quarta-feira, 16 de abril de 2025

42º Dia Quaresma Para Casais


💛QUAGÉSIMO SEGUNDO DIA 💛

DESAFIO QUARESMAL PARA CASAIS

 

 “Nem eu te condeno. Vai, e de agora em diante não peques mais.” João 8,11

 

📖 1. Explicação Bíblica e Espiritual

A mulher pega em adultério foi arrastada diante de Jesus para ser condenada. Os fariseus queriam aplicar a Lei de Moisés, mas Jesus, com ternura e autoridade divina, direciona os olhos para o coração, e não apenas para os atos do passado. Ele não diz que o pecado não existiu — Ele diz que há um novo começo. Ele olha para a mulher com misericórdia e verdade: "Nem eu te condeno", mas também: "vai e não peques mais". É um chamado à redenção, não à exclusão. Agostinho de Hipona diz, que ali estava o pecado diante da misericórdia.

A Lei de Moisés (cf. Lv 20,10; Dt 22,22) é clara, ambos os culpados, homem e mulher, deveriam ser punidos com a morte. E o homem? Desapareceu. Porque em uma sociedade machista o homem nunca é culpado. Nunca é julgado. Nunca é cobrado e condenado. A ausência do homem na cena é um lembrete para todos nós: Nem sempre quem está em evidência é o mais pecador. Às vezes, quem não aparece é quem manipula os bastidores da injustiça.

Esse silêncio da injustiça grita. A mulher é exposta. O homem, protegido. Isso revela a hipocrisia estrutural de uma sociedade que cobra moral apenas da mulher, como se o pecado fosse dela sozinha. Jesus vê isso. Por isso, não responde com palavras, mas com um gesto: escreve no chão. É como se Ele dissesse: "Vocês falam de Lei, mas ignoram a justiça. Condenam, mas escondem a verdade."

Quando Ele diz: "Quem de vós estiver sem pecado, atire a primeira pedra." (Jo 8,7). Ele denuncia a falsa justiça, o julgamento seletivo, e revela que a misericórdia é mais divina que o castigo.

👉 Para casais em segunda união, essa passagem é como um abraço de Cristo. A Igreja os acompanha com ternura, respeitando a história ferida e iluminando caminhos de reconciliação e santidade, mesmo quando os sacramentos não podem ser plenamente vividos. O amor continua possível. O recomeço é sagrado. 🙏🏼

 

💬 “A misericórdia de Deus não apaga o passado, mas lhe dá um novo sentido.” — Santo Agostinho

 

🧠 2. Abordagem Psicológica da Passagem

Do ponto de vista psicológico, essa cena nos ensina algo essencial: Não somos definidos pelos nossos erros passados, mas pela coragem de mudar e amar de novo.

Muitos casais em segundas uniões carregam culpa, rejeição, medo de repetir padrões. Mas o amor maduro começa quando se entende que recomeçar não é traição ao passado, mas fidelidade à vida.

A frase de Jesus tem dois elementos fundamentais para a saúde emocional do casal: “Nem eu te condeno” → Cura da culpa. Liberdade para amar sem medo.

Na psicologia do casal, isso tem um paralelo direto:

➡️ Muitas vezes, um dos cônjuges é mais punido, julgado, acusado, enquanto o outro é isento, protegido ou mesmo vitimizado. Isso destrói a equidade no relacionamento. Esse desequilíbrio gera ressentimento, culpa tóxica, autodepreciação em um, e imaturidade emocional ou arrogância moral no outro.

💬 Casais que desejam recomeçar precisam parar de escolher culpados e começar a assumir responsabilidades mútuas. Não se constrói um novo amor em cima do tribunal da culpa, mas no altar da verdade. Casais que recomeçam precisam olhar um para o outro sem carregar o julgamento no olhar, mas sim esperança. Devem construir algo novo, não ficar presos no que já foi.

 

💬 “Recomeçar exige mais coragem do que começar.” — Carl Jung

 

📚 Exemplo Bíblico: A Samaritana e o Recomeço (João 4,1-26)

Jesus encontra uma mulher que já teve cinco maridos e vivia com um homem que não era seu esposo. E o que Ele faz? Conversa com ela. Escuta-a. Revela-lhe que ela é digna de conhecer a fonte de água viva. Ele não a descarta. Ele a envia como missionária. Esse é o coração de Deus: Ele transforma histórias feridas em fontes de esperança.

 

🌿 Como viver um relacionamento de segunda união sabendo que o outro teve uma vida, um amor e uma família antes?

📖 1. Espiritualmente: Amar com maturidade é aceitar que o outro tem uma história. Cada pessoa carrega um passado. Isso é inevitável. Quem entra em uma segunda união está acolhendo um coração que já foi moldado por outras experiências — algumas belas, outras dolorosas. Amar alguém em segunda união é abraçar não só o presente da pessoa, mas também sua história.

 

👉 Jesus nunca apagou a história de ninguém.

A Samaritana, por exemplo (João 4), teve cinco maridos. E mesmo assim, Jesus não a exclui. Ele a escolhe. Ele confia nela uma missão. Isso nos mostra que não somos definidos pelo que vivemos, mas pelo que estamos dispostos a construir agora. O amor maduro não é ciumento do passado, mas comprometido com o presente.

 

🧠 2. Psicologicamente: A dor da comparação e o caminho da aceitação

É comum surgir a insegurança, do tipo: “Será que ele amou mais a outra? Será que ela pensa no ex quando estamos juntos? Será que eu sou apenas uma tentativa de recomeço?” Essas perguntas são humanas, mas se não forem cuidadas, viram veneno emocional. O segredo não está em apagar o passado do outro, mas em integrá-lo com carinho e maturidade.

 

🔑 Duas chaves psicológicas para isso:

Respeito à memória sem competição.

O que o outro viveu faz parte da formação dele. Aquela história ajudou a moldar quem ele é hoje — e foi essa pessoa que você ama. Não precisa disputar com o passado. Basta ser presente com inteireza.

Segurança afetiva baseada no hoje.

Pergunte a si mesmo(a): “O amor que vivemos hoje é verdadeiro? Somos parceiros? Há respeito, entrega, fidelidade?” Se a resposta for sim, então é aí que está a segurança.  “A maturidade afetiva começa quando aceito que amar alguém é acolher também a história que o trouxe até mim.”

 

🕊️ 3. Espiritualmente e pastoralmente: Amar sem apagar o que foi, mas cuidando do que será

Como mentor espiritual e psicotertapeuta, aprendi que não se ama apagando o passado do outro, mas cuidando do presente para que o futuro seja fecundo. A Igreja, em sua misericórdia, compreende que muitos casais vivem essa realidade complexa. Ela não banaliza o matrimônio, mas também não fecha os olhos para os caminhos de dor e recomeço.

 

O casal em segunda união pode viver: Uma vida de oração juntos 🙏🏼 Um compromisso de fidelidade, verdade e caridade ❤️ Uma vida sacramental segundo a orientação pastoral (às vezes sem a Eucaristia, mas não sem Deus) 🕯️

 

💬 “Onde há amor sincero e esforço de fidelidade, ali Deus já começou a fazer morada.”

 

🎯 Desafio de Amor Concreto para Hoje:

"Oração e Recomeço com Olhar Novo"

Hoje, o casal vai fazer este gesto simples:

🕯️ À noite, sentem-se frente a frente, com uma vela acesa.

👁️ Olhem um para o outro por 1 minuto em silêncio, com ternura.

💬 Depois, cada um diz em voz alta:

"Hoje, eu te acolho com misericórdia. Eu escolho recomeçar contigo, com amor e sem julgamentos."

 

🙏🏼 Em seguida, façam juntos esta oração (espontânea ou como esta):

"Senhor, cura em nós o que ficou ferido. Dá-nos um olhar de misericórdia um para o outro, e ensina-nos a amar como quem foi perdoado. Que o nosso amor cresça onde antes só havia dor. Amém."

 

❤️ Conclusão

Amar em uma segunda união é um ato de coragem espiritual e emocional. Não se trata de apagar o passado, mas de transformá-lo em aprendizado.

Jesus não espera casais perfeitos. Ele deseja casais dispostos a viver o amor com verdade, misericórdia e responsabilidade.

 

🌈 Onde há amor sincero, há chance de recomeço.

📿 Onde há perdão, há espaço para santidade.

 

💬 Para participar e receber todas as instruções, entre no grupo do WhatsApp através deste link:

https://whatsapp.com/channel/0029Vb14oHO0bIdtCuhwHY03

                         

🔄 Compartilhe essa benção! Se você̂ conhece casais que estão passando por dificuldades ou que gostariam de fortalecer ainda mais seu casamento, envie esse convite para eles! Pequenos gestos podem transformar vidas, e essa pode ser a oportunidade que alguém precisa para recomeçar.

Vamos juntos trilhar esse caminho de renovação e graça! Que essa Quaresma seja um tempo de bençãos para o seu casamento! 💜✨

Saiba mais acesse o nosso site: https://terapiadecasalcrista.com.br/   

 

DR. FERNANDO TADEU

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