"QUE A GRAÇA E A PAZ DE CRISTO JESUS NOSSO SENHOR, E A TERNURA DE MARIA ESTEJAM CONVOSCO E COM OS VOSSOS!
“QUERIDOS FILHOS: HOJE DESEJO CONVIDÁ-LOS À CONFISSÃO, MESMO SE VOCÊS TIVEREM SE CONFESSADO HÁ APENAS A ALGUNS DIAS. DESEJO QUE VOCÊS VIVAM A MINHA FESTA EM SEU ÍNTIMO, MAS VOCÊS NÃO PODERÃO VIVER SE NÃO SE ABANDONAREM COMPLETAMENTE A DEUS. POR ISSO, EU OS CONVIDO A RECONCILIAREM-SE COM DEUS!” MENSAGEM DE 24/03/85
Maria em Medjugorje nos convida a vivermos o Sacramento da Penitência, mas não vivê-lo de qualquer modo. Devemos vivê-lo com o coração, fazendo dele um momento de cura para a nossa alma, de cura do pecado, das mágoas, das tristezas, enfim da nossa incredulidade do amor de Deus.
O perdão de Deus não pode ser visto como um perdão protestante, não é uma mágica onde você fala e Deus perdoa. Mas ao mesmo tempo, não podemos dizer que Deus não perdoa vendo um coração arrependido.
Na encíclica Reconciliatio et Penitencia, o Papa afirmou o pecado estrutural e social e disse que não adianta mudar as estruturas sem que as pessoas mudem primeiro o seus corações. O pecado nasce primeiramente no coração do homem e se reflete no mundo.
O perdão de Deus é então eclesial, pois Deus quer usar os homens, os ministros Seus para doar o Seu perdão aos Seus.
No Antigo Testamento o povo de Deus era o povo santo porque era Deus quem elegia e santificava o Seu povo, e todo o pecado cometido era contra Deus e contra o povo. Por isso, todo o pecado contra o próximo é contra Deus, porque Deus está no próximo.
Cristo Nosso Senhor venceu o pecado, e portanto a adesão a Cristo exige viver de acordo com Cristo. Pode surgir, neste momento, em sua mente a afirmação e pergunta:
Mas viver assim é difícil! O que fazer então?
É simples: primeiramente confiar-nos à infinita misericórdia do Senhor, buscando a conversão cotidianamente, lembrando-nos que já somos um povo santo e salvo. Se cairmos, devemos saber que Cristo, vendo a nossa fragilidade, nos deixou o Sacramento do Perdão, da Reconciliação, da Penitência.
O que não podemos fazer diante dos pecados é omiti-los, colocar a culpa nos outros, nas estruturas, no governo, pois o pecado nasce sempre no coração dos homens, no meu coração, no seu coração. O que vemos de desgraças nada mais é que a conseqüência, o fruto do pecado.
Cristo nos salvou, mas o pecado continua agindo no mundo, como explicar isso então?
Cristo nos salvou e o pecado continua agindo no mundo porque a redenção de Cristo, mesmo com o batismo que apaga em nós as culpas, não tira a conseqüência do pecado que é a concupiscência. Pode-se exprimir isto na expressão de Paulo que diz: “Faço o mal que não quero e não faço o bem que quero!”, é por isso que surge no coração do homem a necessidade da Metanóia – da conversão – a qual é possível só com a graça e com a ajuda de uma vida sacramental.
Podemos observar que aquilo que se manifesta no coração do homem tem suas razões profundas dentro do seu interior, é por isso que o mundo é configurado de acordo com a configuração do homem, embora cada homem haja de acordo com a sua visão. Quando o homem busca a santidade, e age contra ela, mesmo sem querer agir desta forma, ele entra em crise, pois dentro de si sabe que não está agindo como 'Imago Dei' – Imagem de Deus .
Ele sabe que não está construindo um mundo melhor.
Sartre, um filósofo ateu, dizia que queremos sempre submeter o outro a nossa liberdade e vontade, e quando isto não acontece o outro se torna um inferno para nós, porque o outro nos limita e aí surge o desejo de destruí-lo. Já para nós cristãos, a coisa não é bem assim, pois a nossa santidade não é privada, é a partir do outro, daquele que vive a meu lado, é ele o canal que me dá a oportunidade de exercer as virtudes e caminhar em santidade. Isto serve para nós enquanto famílias em oração, Grupos de Oração, comunidade, enquanto Igreja. Lembremo-nos que o nosso caminho de santidade, não é um caminho egoístico e privado, mas comunitário e eclesial.
No século XVI dC (16), os reformadores protestantes criticaram a estrutura da Igreja, os seus pecados, mas não ficaram em unidade com ela, pararam na crítica, não buscaram ajudá-la, preferiram sair, dividir-se. Para eles era mais fácil, mais cômodo, e sobretudo saíram dela por orgulho. Isto para nós é um grande exemplo de unidade que devemos ter, entre nós, com os responsáveis de determinadas funções na Igreja. Lembremo-nos que Jesus rezou pela unidade e não quis a divisão a qual vem de Satanás.
Diante do pecado, vemos que o homem passa por uma crise de consciência, além dele destruir a vida do homem, aniquila-o física, moral e espiritualmente. São Paulo diz que há pessoas doentes por causa de nossos pecados.
Percebemos que hoje tudo nos leva a pecar. A sociedade atual é uma sociedade de morte que condiciona o homem a viver o pecado com naturalidade, superficialidade e banalidade, como algo comum. É dito que o pecado é um conceito antiquado da Igreja, que ele não existe, só existindo na cabeça das 'carolas e beatas', e que o chamado pecado nada mais é que um erro, uma falha.
Como católicos sabemos que isto não é verdade, pois o pecado para nós é tudo aquilo que nos distancia de Deus, sendo ele um ato consciente ou inconsciente.
Maria em Medjugorje nos ensina que já podemos viver a paz, a felicidade, a antecipação do paraíso aqui na terra, em nossos corações, desde que nos esforcemos e busquemos viver a paz, o amor com Deus e com os irmãos. O que pode nos ajudar muito neste sentido é o desejo da reconciliação, que faz com que o homem quebre toda a divisão que está no seu coração.
Para que eu tenha um contato verdadeiro com Deus, devo primeiramente estar em paz comigo mesmo e com os demais, é fundamental o perdão para que eu possa alcançar a unidade com Deus.
Maria nos diz que Deus deve ser o centro de nossas vidas, pois quando colocamos algo que não seja Deus dentro do nosso coração, surge a divisão. Por conseqüência, endeusamos realidades e pessoas, e aí, vamos contra a humanidade, os valores e contra Deus. Quando se tira Deus de Seu lugar, o homem coloca-se no lugar de Deus e começa a oprimir o outro, pois acha que é superior, melhor, se acha o 'bam bam do pedaço'. Aos olhos de Deus, porém, é um infeliz.
Somos chamados por Maria à conversão, à mudança, à metanóia, a qual é uma graça de Deus, mas que também depende do meu querer, da minha vontade de mudar, de propósitos concretos.
Quem realmente se converte por fé, automaticamente rompe com passado e se esforça para difundir o amor, a experiência com o Senhor, a reconciliação, é por isso que Maria nos diz em várias mensagens: “Queridos filhos, hoje eu vos convido...”
A Igreja para nós Católicos é o instrumento fundamental que torna a graça de Deus possível no mundo. É por isso que ela tem a palavra, o juízo e o perdão final sobre os homens, devido ao mandato de Jesus transmitido aos apóstolos, e de modo particular a Pedro.
Devemos estar muito atentos para não desperdiçar o grande dom do Perdão concedido a nós pelo Sacramento da Reconciliação. Para isto, devemos nos preparar, não cair no subjetivismo de achar que pecado é só aquilo que para mim é pecado. Não podemos ser excessivamente sensíveis ao social, quero dizer, aos erros do outro, mas devemos olhar para nós mesmos, e não apontar o dedo ao outro. Se vivo de auto justificações me torno hipócrita.
Muitos criticam os governantes que não fazem nada e deixam o povo passando fome, mas o que fazemos além de criticar? Muitos fazem de sua vida uma vida sem valor, que nada mais é que viver no pecado. Para um político corrupto o que ele faz não é pecado, pois ele não possui valores sobre o certo ou errado, para ele tudo o que faz é lícito. É por isso que a sociedade vai mal, pois ninguém quer escutar o que diz a Igreja que é detentora da moral, então todos criam o seu conceito de certo e errado. Contudo, a Igreja busca dar uma linha a qual é sempre criticada e tida como 'quadrada'.
“Por Intercessão da Toda Santa e Toda Pura, a Bem-Aventurada e Sempre Virgem Maria Rainha da Paz, abençoe-vos o Deus Todo-Poderoso e Misericordioso: "Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo. Amém!”
PERMANECEI NA PAZ E CAMINHAI SEMPRE NELA!
PANIE JEZU UFAM TOBIE!!!
PADRE FERNANDO TADEU
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