MONSENHOR RANJITH: COMUNHÃO DEVE SER
RECEBIDA DE JOELHOS E NA BOCA
A situação da fé na presença real da Eucaristia é bastante
preocupante. Não quero dizer que todos tenham perdido a fé. Contudo, nós da
Congregação para o Culto Divino fizemos recentemente uma sondagem sobre a
Adoração Eucarística, que será o tema de nossa próxima reunião plenária. Dos
informes das diversas conferências episcopais, no que diz respeito aos aspectos
negativos, surge a constatação de que no clero influenciado por certas
tendências teológicas não existe mais uma fé clara na presença real de Cristo.
Em alguns seminários se ensina que Cristo está presente apenas no momento da
Consagração e da Comunhão, depois não. Se trata de uma posição mais protestante
que, depois, abre caminho para abusos e até mesmo sacrilégios das espécies
eucarísticas. Uma situação lamentável
FOTO : Padre Pio , recebendo a Hóstia Santa de joelhos e na boca
É necessário aquele sentido de reverência, fruto da
consciência que temos em relação com o Corpo do Senhor, Jesus vivo em sua forma
eucarística, que nós comemos, que nós adoramos. Para tanto, se necessitará ver
urgentemente como dar uma formação teológica e sacramental que assegure aos
jovens seminaristas, aos sacerdotes e também aos religiosos e religiosas, um
reforço deste sentido da real e contínua presença de Cristo nas espécies
eucarísticas.Se não, as conseqüências só poderão ser dramáticas para a Igreja e
causa de inumeráveis problemas.No Livro do Apocalipse, São João relata como viu
e ouviu o que foi a ele revelado e prostrou-se em adoração aos pés do anjo de
Deus (cf. Apoc 22, 8). Prostrar-se, ou abaixar-se sobre os próprios joelhos
ante a majestade da presença de Deus em humilde adoração, era um hábito de
reverência que Israel apresentava constantemente perante o Senhor. É dito no
primeiro livro dos Reis, “Quando Salomão acabou de fazer ao Senhor esta prece e
esta súplica, levantou-se de diante do altar do Senhor, onde estava ajoelhado
com as mãos levantadas para o céu. De pé, abençoou toda a assembléia de Israel”
(1 Reis 8, 54-55). A posição de súplica do Rei é clara: Ele estava de joelhos
diante do altar
FOTO : Soldado recebendo a comunhão , na segunda guerra mundial
A mesma tradição é também visível no Novo Testamento onde
vemos Pedro cair de joelhos ante a Jesus (cf. Lc 5, 8); quando Jairo pediu a
Ele que curasse sua filha (Lc 8, 41), quando o Samaritano retornou para
agradecer a Jesus e quando Maria, a irmã de Lázaro, pediu-Lhe pela vida de seu
irmão (Jo 11,32). A mesma atitude de prostração diante da revelação da divina
presença é amplamente conhecida no Livro do Apocalipse (Apoc. 5, 8, 14 e 19,
4).Intimamente relacionada a esta tradição era a convicção de que o Templo
Sagrado de Jerusalém era o lugar da morada de Deus e, portanto, no templo era
necessária a preparação da própria disposição por meio de expressão corporal;
um profundo sentido de humildade e reverência na presença do Senhor
Mesmo na Igreja, a profunda convicção de que nas espécies
Eucarísticas o Senhor está verdadeiramente e realmente presente, juntamente com
a crescente prática de preservar o Santíssimo Sacramento em tabernáculos,
contribuiu para a prática de ajoelhar-se numa atitude de humilde adoração do
Senhor na Eucaristia
... fé na Presença Real de Cristo nas espécies Eucarísticas
já pertencia a essência da fé da Igreja Católica e era uma parte intrínseca do
Catolicismo. Estava claro que não podíamos edificar a Igreja se esta fé fosse
minimamente afetada.Portanto, a Eucaristia, pão transubstanciado em Corpo de
Cristo e o vinho em Sangue de Cristo, Deus entre nós, é para ser acolhido com
deslumbramento, reverência e uma imensa atitude de humilde adoração.Seguindo
essa tradição, fica claro que se tornou coerente e indispensável tomar ações e
atitudes de corpo e espírito que facilitem [entrar em] o silêncio, o
recolhimento e a aceitação humilde de nossa miséria face à grandeza e a
santidade infinitas Daquele que vem ao nosso encontro sob as espécies
Eucarísticas
FOTO : Monsenhor Fulton Sheen , entregando a Santa Comunhão
A melhor forma de expressar nosso senso de reverência para
com o Senhor na Missa é seguir o exemplo de Pedro, quem, como nos diz o
Evangelho, atirou-se de joelhos ante o Senhor e disse, ”Retira-te de mim,
Senhor, porque sou um homem pecador.” (Lc 5, 8) . Atualmente podemos observar
que em algumas igrejas essa prática está decrescendo e aqueles responsáveis
além de exigirem que os fiéis devam receber a Santíssima Eucaristia de pé,
ainda eliminam todos os genuflexórios, forçando os fiéis a se sentarem ou permanecerem
de pé, mesmo durante a elevação e adoração das [Sagradas] Espécies. É irônico
que tais medidas tenham sido tomadas em [algumas] dioceses por aqueles que são
os responsáveis pela liturgia, ou em igrejas, por pastores, sem sequer fazerem
uma mínima consulta aos fiéis, a despeito de hoje em dia, muito mais do que
antes, haver um ambiente desejoso de democracia na Igreja
Ao mesmo tempo, acerca da comunhão nas mãos, deve-se
reconhecer que a prática foi impropriamente e rapidamente introduzida em algumas
dioceses da Igreja logo após o Concílio, mudando aquela antiqüíssima prática,
tornando-a uma prática regular em toda a Igreja. Algumas dioceses justificaram
a mudança dizendo que ela melhor reflete o Evangelho ou a antiga prática da
Igreja… Outras, para justificar essa prática, referem-se às palavras de Jesus:
“Tomai e comei.” (Mc 14, 22; Mt 26, 26)
FOTO : Cálice e a Patena , usado pelo Papa São Pio X
Quaisquer que sejam as razões para esta prática, não podemos
ignorar o que está acontecendo no mundo inteiro onde a mesma tem sido
implantada. Esse gesto tem contribuído para um gradual enfraquecimento da
atitude de reverência para com a sagradas espécies Eucarísticas, enquanto que
na prática anterior salvaguardava-se melhor o sentido de reverência. Naquela,
ao invés, surgiu uma alarmente ausência de recolhimento e um espírito geral de
descaso. Presenciamos pessoas que comungam e com freqüência retornam para os
seus assentos como se nada de extraordinário tivesse acontecido… Em muitos
casos, não se pode discernir aquele sentido de seriedade e de silêncio interior
que deve ser o sinal da presença de Cristo na alma
Há ainda aqueles que levam as sagradas espécies para tê-las
como souvenires, aqueles que vendem, ou ainda pior, que as levam para
dessacralizá-las em rituais satânicos. Mesmo em grandes concelebrações, também
em Roma, várias vezes as espécies sagradas foram encontradas jogadas no chão .
Essa situação nos leva a refletir não apenas sobre uma séria perda da fé, mas
também sobre as ofensas ultrajantes…Neste sentido, o livro escrito pelo Bispo
Athanasius Schneider, Bispo Auxiliar de Karaganda no Cazaquistão, intitulado
Dominus Est, é significativo e estimado. Ele vem trazer uma contribuição ao
debate corrente sobre a presença real e substancial de Cristo na espécies
consagradas do pão e do vinho… a partir de sua experiência, que lhe provocou
uma profunda fé, deslumbramento e devoção para com o Senhor presente na
Eucaristia, ele nos apresenta uma esclarecedora consideração
histórico-teológica de como a prática de receber a Sagrada Comunhão na língua e
de joelhos foi aceita e praticada na Igreja por um longo período de tempo
FOTO : Papa João Paulo II , recebendo a Santa Comunhão , de joelhos e na boca do Cardeal Joseph Ratzinger (futuro Papa Bento XVI)
Agora eu penso que é o momento ideal para se rever e
reavaliar tão boas práticas e, se necessário, abandonar a prática corrente que
não foi exigida nem pela Sacrosanctum Concilium nem pelos Padres da Igreja, mas
foi apenas aceita depois de sua introdução ilegítima em algum países. Agora,
mais do que nunca, nós temos a obrigação de ajudar os fiéis em desenvolver
novamente uma fé profunda na Presença Real de Cristo nas espécies Eucarísticas
a fim de que se fortaleça a vida da Igreja e a defenda em meio as perigosas
distorções da fé que esta situação continua causando.As razões para esta
mudança não devem ser tão acadêmicas, mas pastoral-espirituais assim como
litúrgicas – em resumo, o que melhor edifica a fé. Neste sentido Mons.
Schneider apresenta uma coragem louvável por ter sido capaz de apreender o
verdadeiro significado das palavras de São Paulo: “que isto se faça de modo a
edificar.” (1 Cor 14, 26) - FONTE : MALCOLM RANJITH (2010) - Secretário da Congregação para o
Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos
VÍDEO : Porquê não comungar na mão : https://www.facebook.com/photo.php?v=518880048197045&set=vb.100002251638836&type=2&theater
LITURGIA DO DIA 13 DE JUNHO DE 2014
PRIMEIRA LEITURA (1RS 19,9A.11-16)
Leitura do Primeiro Livro dos Reis - Naqueles dias, ao chegar a Horeb, o monte de Deus,
9ao profeta Elias entrou numa gruta, onde passou a noite. E eis que a palavra
do Senhor lhe foi dirigida nestes termos: 11“Sai e permanece sobre o monte
diante do Senhor, porque o Senhor vai passar”. Antes do Senhor, porém, veio um
vento impetuoso e forte, que desfazia as montanhas e quebrava os rochedos. Mas
o Senhor não estava no vento. Depois do vento houve um terremoto. Mas o Senhor
não estava no terremoto. 12Passado o terremoto, veio um fogo. Mas o Senhor não
estava no fogo. E depois do fogo ouviu-se um murmúrio de uma leve brisa.
13Ouvindo isto, Elias cobriu o rosto com o manto, saiu e pôs-se à entrada da
gruta. Ouviu, então, uma voz que dizia: “Que fazes aqui, Elias?” 14Ele
respondeu: “Estou ardendo de zelo pelo Senhor, Deus todo-poderoso, porque os
filhos de Israel abandonaram tua aliança, demoliram teus altares e mataram à
espada teus profetas. Só eu escapei. Mas, agora, também querem matar-me”. 15O
Senhor disse-lhe: “Vai e toma o teu caminho de volta, na direção do deserto de
Damasco. Chegando lá, ungirás Hazael como rei da Síria. 16Unge também a Jeú,
filho de Namsi, como rei de Israel, e a Eliseu, filho de Safat, de Abel-Meula,
como profeta em teu lugar - Palavra do Senhor
SALMO RESPONSORIAL (Sl 26)
Senhor, é vossa face que eu procuro!
— Senhor, ouvi a voz do meu apelo,
atendei por compaixão! Meu coração fala convosco confiante, é vossa face que eu
procuro.
— Não afasteis em vossa ira o vosso
servo, sois vós o meu auxílio! Não me esqueçais nem me deixeis abandonado, meu
Deus e Salvador!
— Sei que a bondade do Senhor eu hei
de ver na terra dos viventes. Espera no Senhor e tem coragem, espera no Senhor!
EVANGELHO (MT 5,27-32)
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Mateus - Naquele tempo, disse Jesus aos
seus discípulos: 27“Ouvistes o que foi dito: ‘Não cometerás adultério’. 28Eu,
porém, vos digo: Todo aquele que olhar para uma mulher, com o desejo de
possuí-la, já cometeu adultério com ela no seu coração. 29Se o teu olho direito
é para ti ocasião de pecado, arranca-o e joga-o para longe de ti! De fato, é
melhor perder um de teus membros, do que todo o teu corpo ser jogado no
inferno. 30Se tua mão direita é para ti ocasião de pecado, corta-a e joga-a
para longe de ti! De fato, é melhor perder um dos teus membros, do que todo o
teu corpo ir para o inferno. 31Foi dito também: ‘Quem se divorciar de sua
mulher, dê-lhe uma certidão de divórcio’. 32Eu, porém, vos digo: Todo aquele
que se divorcia de sua mulher, a não ser por motivo de união irregular, faz com
que ela se torne adúltera; e quem se casa com a mulher divorciada comete
adultério” - Palavra da Salvação
MENSAGEM DE NOSSA SENHORA EM
MEDJUGORJE – “Hoje
estou feliz em vê-los em tão grande número e por terem correspondido e terem
vindo para viver as minhas mensagens. Filhinhos, convido-os a serem os meus
alegres mensageiros de paz neste mundo inquieto. Rezem pela paz para que, o
quanto antes, reine um tempo de paz que o meu Coração espera com impaciência.
Eu estou perto de vocês filhinhos, e intercedo diante do Altíssimo por cada um
de vocês e os abençôo a todos com a Minha bênção materna” – MENSAGEM
DO DIA 25.06.95
A IGREJA CELEBRA HOJE , SANTO ANTÔNIO, DOUTOR DA IGREJA - Neste dia, celebramos a memória do
popular santo – doutor da Igreja – que nasceu em Lisboa, em 1195, e morreu nas
vizinhanças da cidade de Pádua, na Itália, em 1231, por isso é conhecido como
Santo Antônio de Lisboa ou de Pádua. O nome de batismo dele era Fernando de
Bulhões y Taveira de Azevedo. Ainda jovem pertenceu à Ordem dos Cônegos
Regulares, tanto que pôde estudar Filosofia e Teologia, em Coimbra, até ser
ordenado sacerdote. Não encontrou dificuldade nos estudos, porque era de
inteligência e memória formidáveis, acompanhadas por grande zelo apostólico e
santidade. Aconteceu que em Portugal, onde estava, Antônio conheceu a família
dos Franciscanos, que não só o encantou pelo testemunho dos mártires em
Marrocos, como também o arrastou para a vida itinerante na santa pobreza, uma
vez que também queria testemunhar Jesus com todas as forças. Ao ir para
Marrocos, Antônio ficou tão doente que teve de voltar, mas providencialmente
foi ao encontro do “Pobre de Assis”, o qual lhe autorizou a ensinar aos frades
as ciências que não atrapalhassem os irmãos de viverem o Santo Evangelho. Neste
sentido, Santo Antônio não fez muito, pois seu maior destaque foi na vivência e
pregação do Evangelho, o que era confirmado por muitos milagres, além de
auxiliar no combate à Seita dos Cátaros e Albigenses, os quais isoladamente
viviam uma falsa doutrina e pobreza. Santo Antônio serviu sua família
franciscana através da ocupação de altos cargos de serviço na Ordem, isto até
morrer com 36 anos para esta vida e entrar para a Vida Eterna. Santo Antônio, rogai por nós!
Excelente artigo obre a SSSma Eucariatia e a revererência devida ao precioso corpo e sangue de Nosso Senhor Jesus Cristo. A Eucaristia deve ser recebida de Joelhos na boca. , de acordo com a liturgia anterior ao Concílio do Vaticano II.
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