PAPA LEÃO XIII :
Mal funestíssimo, que
Nós nunca deploraremos bastante, porque ele sempre mais difusa e ruinosamente
envenena as almas, é a tendência a fugir da dor e a afastar por todos os meios
as adversidades
De feito, a maioria dos
homens não consideram mais, como deveriam, a serena liberdade de espírito como
um prêmio para quem exercita a virtude e suporta vitoriosamente perigos e
trabalhos; mas excogitam uma quimérica perfeição da sociedade, em que, removido
todo sacrifício, se deparem todas as comodidades terrenas
Ora, este agudo e
desenfreado desejo de uma vida cômoda debilita fatalmente as almas, que, mesmo
quando não se arruínam totalmente, ficam, sem embargo, tão enervados, que
primeiro cedem vergonhosamente em face dos males da vida, e depois sucumbem
miseravelmente
Pois bem: ainda contra
este mal é bem justificado esperar-se do Rosário de Maria um remédio que, pela
força do exemplo, pode grandemente contribuir para fortalecer os ânimos. E isto
se obterá se os homens, desde a sua primeira infância, e depois constantemente
em toda a sua vida, se aplicarem, no recolhimento, à meditação dos mistérios
dolorosos
Através destes
mistérios vemos que Jesus, "guia e aperfeiçoador da fé", começou a
fazer e a ensinar, a fim de que víssemos n'Ele próprio o exemplo prático dos
ensinamentos que Ele daria à nossa humanidade, acerca da tolerância da dor e
dos trabalhos; e o exemplo de Jesus chegou a tal ponto, que, voluntariamente e
de grande coração, Ele mesmo abraçou tudo o que há de mais duro de suportar
Com efeito, vemo-lo como
um ladrão, julgado por homens iníquos, e feito alvo de ultrajes e de calúnias.
Vemo-lo flagelado, coroado de espinhos, crucificado considerado indigno de
continuar a viver, e merecedor de morrer entre os clamores de todo um povo
Consideremos a aflição
de sua santíssima Mãe, cuja alma não foi somente roçada, mas verdadeiramente
"traspassada" pela "espadácia dor"- de modo que ela mereceu
ser chamada, e realmente se tornou, a Mãe das dores
Todo aquele que se não
contentar com olhar, porém meditar amiúde exemplos de tão excelsa virtude, oh!
como se sentirá impelido a imitá-los! Para esse, ainda que seja "maldita a
terra, e faça germinar espinhos e abrolhos", ainda que o espírito seja
oprimido pelos sofrimentos, ou o corpo pelas doenças, nunca haverá nenhum mal
causado pela perfídia dos homens ou pelo furor dos demônios, nunca haverá
calamidade, pública ou privada, que ele não consiga superar com paciência
É, pois, realmente
verdadeiro o dito: "É de cristão fazer e suportar coisas árduas";
porque todo aquele que não quiser ser indigno desse nome não pode deixar de
imitar Cristo que sofre. E repare-se em que como resignação não entendemos a vã
ostentação de um ânimo endurecido à dor, como o tiveram alguns filósofos
antigos; mas sim essa resignação que se funda no exemplo d'Aquele que "em
lugar do gozo que tinha diante de si, suportou o suplício da Cruz, desprezando
a ignomínia" (Heb 12, 2); essa resignação que, depois de pedir a Ele o
necessário auxilio da graça, de modo algum recusa afrontar as adversidades;
antes, alegra-se com elas, e considera um lucro qualquer sofrimento, por mais
acerbo que seja
A Igreja Católica
sempre teve, e tem ainda agora, insignes campeões de tal doutrina: homens e
mulheres, em grande número, em todas as partes do mundo, de todas as condições.
Estes, seguindo as pegadas de Cristo, em nome da fé e da virtude suportam
contumélias e amarguras de todo gênero, e têm como seu programa, mais com os
fatos do que com as palavras, a exortação de S. Tomé: "Vamos também nós, e
morramos com Ele" (Jo. 11, 16)
Oh! praza ao Céu que
exemplos de tão admirável fortaleza se multipliquem sempre mais, a fim de que
deles brote segurança para a sociedade, e virtude e glória para a Igreja – [TRECHO DA ENCÍCLICA LAETITIAE SANCTAE, DO
PAPA LEÃO XIII]
LITURGIA DO DIA 13 DE ABRIL DE 2014
PRIMEIRA LEITURA (IS 50,4-7)
LEITURA
DO LIVRO DO PROFETA ISAÍAS - 4O Senhor Deus deu-me língua
adestrada, para que eu saiba dizer palavras de conforto à pessoa abatida; ele
me desperta cada manhã e me excita o ouvido, para prestar atenção como um
discípulo. 5O Senhor abriu-me os ouvidos; não lhe resisti nem voltei atrás. 6Ofereci
as costas para me baterem e as faces para me arrancarem a barba; não desviei o
rosto de bofetões e cusparadas. 7Mas o Senhor Deus é meu Auxiliador, por isso
não me deixei abater o ânimo, conservei o rosto impassível como pedra, porque
sei que não sairei humilhado - Palavra
do Senhor
SALMO RESPONSORIAL (SL 21)
MEU DEUS,
MEU DEUS, POR QUE ME ABANDONASTES?
— Riem de mim todos
aqueles que me veem,/ torcem os lábios e sacodem a cabeça:/ ao Senhor se
confiou, ele o liberte/ e agora o salve, se é verdade que ele o ama!
— Cães numerosos me
rodeiam furiosos/ e por um bando de malvados fui cercado./ Transpassaram minhas
mãos e os meus pés/ e eu posso contar todos os meus ossos.
— Eles repartem entre
si as minhas vestes/ e sorteiam entre eles minha túnica./ Vós, porém, ó meu
Senhor, não fiqueis longe,/ ó minha força, vinde logo em meu socorro!
— Anunciarei o vosso
nome a meus irmãos/ e no meio da assembleia hei de louvar-vos!/ Vós, que temeis
ao Senhor Deus, dai-lhe louvores,/ glorificai-o, descendentes de Jacó,/ e
respeitai-o, toda a raça de Israel!
SEGUNDA LEITURA (FL 2,6-11)
LEITURA
DA CARTA DE SÃO PAULO AOS FILIPENSES - 6Jesus Cristo,
existindo em condição divina, não fez do ser igual a Deus uma usurpação, 7mas
ele esvaziou-se a si mesmo, assumindo a condição de escravo e tornando-se igual
aos homens. Encontrado com aspecto humano, 8humilhou-se a si mesmo, fazendo-se
obediente até a morte, e morte de cruz. 9Por isso, Deus o exaltou acima de tudo
e lhe deu o Nome que está acima de todo nome. 10Assim, ao nome de Jesus, todo
joelho se dobre no céu, na terra e abaixo da terra, 11e toda língua proclame:
“Jesus Cristo é o Senhor”, para a glória de Deus Pai - Palavra do Senhor
EVANGELHO (MT 27,11-54)
NARRADOR
1: PAIXÃO DE NOSSO SENHOR JESUS CRISTO, SEGUNDO MATEUS
- Naquele tempo, 11Jesus foi posto diante de Pôncio Pilatos, e este o
interrogou: Ass.: “Tu és o rei dos judeus?” Narrador 1: Jesus declarou: Pres.:
“É como dizes”. Narrador 1: 12E nada respondeu, quando foi acusado pelos sumos
sacerdotes e anciãos. 13Então Pilatos perguntou: Leitor: “Não estás ouvindo de
quanta coisa eles te acusam?” Narrador 1: 14Mas Jesus não respondeu uma só
palavra, e o governador ficou muito impressionado. 15Na festa da Páscoa, o
governador costumava soltar o prisioneiro que a multidão quisesse. 16Naquela
ocasião, tinham um prisioneiro famoso, chamado Barrabás. 17Então Pilatos
perguntou à multidão reunida: Ass.: “Quem vós quereis que eu solte: Barrabás,
ou Jesus, a quem chamam de Cristo?” Narrador 2: 18Pilatos bem sabia que eles
haviam entregado Jesus por inveja. 19Enquanto Pilatos estava sentado no
tribunal, sua mulher mandou dizer a ele: Mulher: “Não te envolvas com esse
justo, porque esta noite, em sonho, sofri muito por causa dele”. Narrador 2:
20Porém, os sumos sacerdotes e os anciãos convenceram as multidões para que
pedissem Barrabás e que fizessem Jesus morrer. 21O governador tornou a
perguntar: Ass.: “Qual dos dois quereis que eu solte?” Narrador 2: Eles
gritaram: Ass.: “Barrabás”. Narrador 2: 22Pilatos perguntou: Leitor: “Que farei
com Jesus, que chamam de Cristo?” Narrador 2: Todos gritaram: Ass.: “Seja
crucificado!” Narrador 2: 23Pilatos falou: Leitor: “Mas, que mal ele fez?” Narrador
2: Eles, porém, gritaram com mais força: Ass.: “Seja crucificado!” Narrador 1:
24Pilatos viu que nada conseguia e que poderia haver uma revolta. Então mandou
trazer água, lavou as mãos diante da multidão, e disse: Leitor: “Eu não sou
responsável pelo sangue deste homem. Este é um problema vosso!” Narrador 1: 25O
povo todo respondeu: Ass.: “Que o sangue dele caia sobre nós e sobre os nossos
filhos”. Narrador 1: 26Então Pilatos soltou Barrabás, mandou flagelar Jesus, e
entregou-o para ser crucificado. 27Em seguida, os soldados de Pilatos levaram
Jesus ao palácio do governador, e reuniram toda a tropa em volta dele. Ass.:
28Tiraram sua roupa e o vestiram com um manto vermelho; Narrador 1: 29depois
teceram uma coroa de espinhos, puseram a coroa em sua cabeça, e uma vara em sua
mão direita. Então se ajoelharam diante de Jesus e zombaram, dizendo: Ass.:
“Salve, rei dos judeus!” Narrador 2: 30Cuspiram nele e, pegando uma vara,
bateram na sua cabeça. 31Depois de zombar dele, tiraram-lhe o manto vermelho e,
de novo, o vestiram com suas próprias roupas. Daí o levaram para crucificar.
32Quando saíam, encontraram um homem chamado Simão, da cidade de Cirene, e o
obrigaram a carregar a cruz de Jesus. 33E chegaram a um lugar chamado Gólgota,
que quer dizer “lugar da caveira”. Narrador 1: 34Ali deram vinho misturado com
fel para Jesus beber. Ele provou, mas não quis beber. 35Depois de o crucificarem,
fizeram um sorteio, repartindo entre si as suas vestes. 36E ficaram ali
sentados, montando guarda. 37Acima da cabeça de Jesus puseram o motivo da sua
condenação: Ass.: “Este é Jesus, o Rei dos Judeus”. Narrador 1: 38Com ele
também crucificaram dois ladrões, um à direita e outro à esquerda de Jesus.
39As pessoas que passavam por ali o insultavam, balançando a cabeça e dizendo: Ass.:
40”Tu, que ias destruir o Templo e construí-lo de novo em três dias, salva-te a
ti mesmo! Se és o Filho de Deus, desce da cruz!” Narrador 2: 41Do mesmo modo,
os sumos sacerdotes, junto com os mestres da Lei e os anciãos, também zombavam
de Jesus: Ass.: 42”A outros salvou... a si mesmo não pode salvar! É Rei de
Israel... Desça agora da cruz! e acreditaremos nele. 43Confiou em Deus; que o
livre agora, se é que Deus o ama! Já que ele disse: Eu sou o Filho de Deus”. Narrador
1: 44Do mesmo modo, também os dois ladrões que foram crucificados com Jesus o
insultavam. 45Desde o meio-dia até as três horas da tarde, houve escuridão
sobre toda a terra. 46Pelas três horas da tarde, Jesus deu um forte grito: Pres.:
“Eli, Eli, lamá sabactâni?” Narrador 1: Que quer dizer: Pres.: “Meu Deus, meu
Deus, por que me abandonaste?” Narrador 1: 47Alguns dos que ali estavam,
ouvindo-o, disseram: Ass.: “Ele está chamando Elias!” Narrador 1: 48E logo um
deles, correndo, pegou uma esponja, ensopou-a em vinagre, colocou-a na ponta de
uma vara, e lhe deu para beber. 49Outros, porém, disseram: Ass.: “Deixa, vamos
ver se Elias vem salvá-lo!” Narrador 1: 50Então Jesus deu outra vez um forte
grito e entregou o espírito. (Todos se ajoelham.) Narrador 2: 51E eis que a
cortina do santuário rasgou-se de alto a baixo, em duas partes, a terra tremeu
e as pedras se partiram. 52Os túmulos se abriram e muitos corpos dos santos
falecidos ressuscitaram! 53Saindo dos túmulos, depois da ressurreição de Jesus,
apareceram na Cidade Santa e foram vistos por muitas pessoas. 54O oficial e os
soldados que estavam com ele guardando Jesus, ao notarem o terremoto e tudo que
havia acontecido, ficaram com muito medo e disseram: Ass.: “Ele era mesmo Filho
de Deus!” - Palavra da Salvação
MENSAGEM DE NOSSA
SENHORA EM MEDJUGORJE – “Hoje, de modo especial,
trago-Ihes Jesus pequenino para que os abençoe com a Sua bênção de paz e de
amor. Queridos fiIhos, não se esqueçam de que esta é uma graça que muita gente
não compreende e não aceita. Por isso, vocês que dizem ser Meus e pedem a Minha
ajuda, dêem tudo de vocês mesmos e, sobretudo, dêem o seu amor e o exemplo em
suas famílias. Vocês dizem que o Natal é a festa da família. Então, queridos
fiIhos, coloquem Deus em suas famílias, em primeiro lugar, a fim de que Ele
possa dar-Ihes a paz e protegê-los não somente da guerra, mas também de todo
assédio satânico, quando é tempo de paz. Se Deus estiver com vocês, vocês terão
tudo; enquanto que, quando não O desejam, vocês ficam pobres e perdidos e não
entendem de que lado vocês estão. Por isso, queridos filhos, decidam-se por
Deus e depois receberão tudo” –
MENSAGEM DO DIA 25.12.91
A
IGREJA CELEBRA HOJE , SANTO ERMENEGILDO - O santo de hoje era
filho de um rei cristão ariano, ou seja, que acreditava em Jesus Cristo como
verdadeiro homem, mas não como verdadeiro Deus. Por graça de Deus, através de
sua esposa, Ermenegildo pôde tornar-se um autêntico cristão. Seu pai não o
acolheu, porque este não aceitava o Arianismo. Então o ameaçou e combateu em
guerra. Desprezando o perdão de seu filho, o rei mandou prendê-lo e o entregou
aos algozes. Santo Ermenegildo, pai de família, cristão católico, teve sua
cabeça cortada segundo a ordem de seu próprio pai. Santo Ermenegildo, rogai por nós!
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