O CÉU E O INFERNO , SEGUNDO
BENTO XVI
“O inferno existe, é um local físico e não está vazio” - Papa
Bento XVI em alocução de 08/02/2008, durante um encontro que marcava o início
da Quaresma daquele ano
POR Dom Redovino Rizzardo, cs
Bispo de Dourados - MS
Antes de tudo, o Papa lembra
que Deus é, ao mesmo tempo, justiça e graça: «Ambas devem ser vistas na sua
justa ligação interior. A graça não exclui a justiça. Não muda a injustiça em
direito. Não é uma esponja que apaga tudo, de modo que tudo quanto se fez na
terra termine por ter o mesmo valor. No banquete eterno, não se sentarão à mesa
indistintamente os malvados junto com as vítimas, como se nada tivesse
acontecido»
O Papa fundamenta suas palavras
no Evangelho de Lucas (16,19-31): «Jesus, na parábola do rico epulão e do pobre
Lázaro, apresenta, para a nossa advertência, a imagem de uma alma tão devastada
pela arrogância e pela opulência, que criou, ela mesma, um abismo
intransponível entre si e o pobre: o abismo do fechamento dentro dos prazeres
materiais; o abismo do esquecimento do outro, da incapacidade de amar, que se
transforma agora numa sede ardente e irremediável»
A partir desse texto, Bento XVI
fala do Purgatório: «Devemos destacar que Jesus, nesta parábola, não fala do
destino definitivo depois do Juízo Universal, mas retoma a concepção do
judaísmo antigo de uma condição intermédia entre morte e ressurreição, um
estado em que falta ainda a última sentença. Neste estado, há lugar para
purificações e curas que amadurecem a alma para a comunhão com Deus. A Igreja
assumiu essas ideias e, a partir delas, desenvolveu a doutrina do Purgatório»
Quanto ao Inferno e ao Paraíso,
ele escreve: «Com a morte, a opção de vida feita pelo homem torna-se
definitiva. Ao longo de sua existência, a opção foi tomando forma e caracteres
diversos. Pode haver pessoas que destruíram totalmente em si mesmas o desejo da
verdade e a disponibilidade para o amor; pessoas onde tudo se tornou mentira;
pessoas que viveram para o ódio e espezinharam o amor. Nelas, não haveria nada
de remediável, e a destruição do bem seria irrevogável: é o Inferno. Por outro
lado, podem existir pessoas puríssimas, que se deixaram penetrar inteiramente
por Deus e, consequentemente, estão totalmente abertas ao próximo. Pessoas em
que a comunhão com Deus orienta desde já todo o seu ser, e seu encontro
definitivo com Deus eterniza o que elas já vivem e são». É o Paraíso
«Mas, segundo a nossa
experiência – continua o Papa –, nem um nem outro são o caso normal da
existência humana. Na maioria dos homens, perdura no mais profundo da sua
essência, uma derradeira abertura interior para a verdade, para o amor, para
Deus. Contudo, nas opções concretas da vida, essa abertura é freada por
repetidas concessões ao mal. O que acontece para essas pessoas quando
comparecem diante do Juiz? Será que todas as coisas imundas que acumularam se
tornarão, de repente, irrelevantes?»
Para a sua resposta, Bento XVI
recorre à mesma passagem bíblica que Queiruga escolheu para falar de sua
hipótese sobre o Inferno/Paraíso (1Cor 3,12-15): «As coisas edificadas durante
a vida podem revelar-se palha seca, pura fanfarronice, e desmoronar. Contudo, é
na dor deste encontro com o Juiz, em que o impuro e o nocivo do nosso ser ficam
evidentes, que está a nossa salvação. Uma dor venturosa, em que o poder santo
do seu amor nos penetra como chama, fazendo com que, no final, sejamos
totalmente nós mesmos e, por isso, totalmente de Deus. É assim que se
compenetram e se salvam simultaneamente a justiça e a graça: a justiça nos leva
a cuidar de nossa salvação com temor e tremor (Fil 2,12); e a graça nos permite
esperar e caminhar cheios de confiança ao encontro de um Juiz que é nosso
advogado (1Jo 2,1)»
"O
inferno é a última consequência do próprio pecado, que se vira contra quem o
cometeu. É a situação em que definitivamente se coloca quem rejeita a
misericórdia do Pai, também no último instante da sua vida" - JOÃO PAULO II , AUDIÊNCIA , Quarta-feira 28
de Julho de 1999
LITURGIA DO DIA 09 DE FEVEREIRO DE 2014
PRIMEIRA LEITURA (IS 58,7-10)
LEITURA DO LIVRO
DO PROFETA ISAÍAS - Assim diz o Senhor: 7Reparte o pão com o
faminto, acolhe em casa os pobres e peregrinos. Quando encontrares um nu,
cobre-o, e não desprezes a tua carne. 8Então, brilhará tua luz como a aurora e
tua saúde há de recuperar-se mais depressa; à frente caminhará tua justiça e a
glória do Senhor te seguirá. 9Então invocarás o Senhor e ele te atenderá,
pedirás socorro, e ele dirá: “Eis-me aqui”. Se destruíres teus instrumentos de
opressão, e deixares os hábitos autoritários e a linguagem maldosa; 10se
acolheres de coração aberto o indigente e prestares todo o socorro ao
necessitado, nascerá nas trevas a tua luz e tua vida obscura será como o
meio-dia - Palavra do Senhor
SALMO RESPONSORIAL (SL 111)
UMA LUZ BRILHA
NAS TREVAS/ PARA O JUSTO, PERMANECE PARA SEMPRE/ O BEM QUE FEZ
1. Feliz o homem caridoso e
prestativo,/ que resolve seus negócios com justiça./ Ele é correto, generoso e
compassivo,/ como luz brilha nas trevas para os justos.
2. Porque jamais vacilará o
homem justo,/ sua lembrança permanece eternamente./ Ele não teme receber
notícias más:/ confiando em Deus, seu coração está seguro.
3. Seu coração está tranquilo e
nada teme,/ ele reparte com os pobres os seus bens;/ permanece para sempre o
bem que fez e crescerão a sua glória e seu poder
SEGUNDA LEITURA (1COR 2,1-5)
LEITURA DA
PRIMEIRA CARTA DE SÃO PAULO AOS CORÍNTIOS - 1Irmãos, quando fui à vossa
cidade anunciar-vos o mistério de Deus, não recorri a uma linguagem elevada ou
ao prestígio da sabedoria humana. 2Pois, entre vós, não julguei saber coisa
alguma, a não ser Jesus Cristo, e este crucificado. 3Aliás, eu estive junto de
vós, com fraqueza e receio, e muito tremor. 4Também a minha palavra e a minha
pregação não tinham nada dos discursos persuasivos da sabedoria, mas eram uma
demonstração do poder do Espírito, 5para que a vossa fé se baseasse no poder de
Deus e não na sabedoria dos homens - Palavra
do Senhor
EVANGELHO (MT 5,13-16)
PROCLAMAÇÃO DO
EVANGELHO DE JESUS CRISTO + SEGUNDO MATEUS - Naquele tempo, disse Jesus a
seus discípulos: 13Vós sois o sal da terra. Ora, se o sal se tornar insosso,
com que salgaremos? Ele não servirá para mais nada, senão para ser jogado fora
e ser pisado pelos homens. 14Vós sois a luz do mundo. Não pode ficar escondida
uma cidade construída sobre um monte. 15Ninguém acende uma lâmpada e a coloca
debaixo de uma vasilha, mas sim num candeeiro, onde brilha para todos que estão
na casa. 16Assim também brilhe a vossa luz diante dos homens, para que vejam as
vossas boas obras e louvem o vosso Pai que está nos céus - Palavra da Salvação
MENSAGEM DE NOSSA SENHORA EM
MEDJUGORJE – “Hoje
Eu Ihes agradeço pela sua presença neste lugar em que Eu Ihes ofereço graças
especiais. Convido todos vocês a começarem a viver a vida que Deus deseja de
vocês e a começarem a praticar boas obras de amor e de misericórdia. Não
desejo, queridos filhos, vivam as Mensagens e, ao mesmo tempo, cometam pecado,
pois tal coisa Me desagrada. Por isso, queridos filhos, desejo que cada um de
vocês comece uma nova vida, sem destruir tudo aquilo que Deus opera em vocês e
que lhes está oferecendo. Dou-Ihes a Minha bênção especial e permaneço com
vocês na estrada da conversão” – MENSAGEM DO DIA 25.03.87
A
IGREJA CELEBRA HOJE , SÃO MIGUEL FEBRES - Nascido no Equador, em 1854,
São Miguel Febres recebeu como nome de batismo Francisco. Nasceu com uma grave
deformação física nos pés, mas seus pais amaram, acima de tudo, aquele filho do
Senhor. Sua deficiência não o impediu de dar passos concretos para a vontade de
Deus. O santo entrou para a Congregação dos Lassalistas depois de conhecer a
vida religiosa e, ali, foi dando frutos para o Reino de Deus. Dotado de muitos
dons para lecionar e escrever, pertenceu à Academia de Letras do Equador.
Prestou um grande serviço em Quito, no colégio de La Salle coordenando 1200
crianças. Em tudo buscou a vontade de Deus. Numa pobreza interior muito grande,
a infância espiritual foi o seu segredo; colocou-se no lugar do ser humano, que
é o coração de Deus. Totalmente dependente d’Ele e amando o próximo, seu nome
de batismo era Francisco, mas seu nome religioso era Miguel. Mais do que uma
mudança de nome, uma mudança constante de vida. Como todos os santos, conseguiu
corresponder ao belo chamado do Senhor. São Miguel Febres deu o seu testemunho
até o último instante. Quando, no Equador, rompeu-se a perseguição aos cristãos
e um grande levante anticlerical, por obediência este santo foi para a Europa.
Lá, ele pôde lecionar línguas. Em 1910, ele partiu para a glória. Suas últimas
palavras foram: “Jesus, José e Maria, eu vos dou o meu coração e a minha alma”.
Palavras essas que bem representam toda uma vida entregue nas mãos de Deus. Rezemos,
pedindo a intercessão desse santo para que a nossa vida seja assim também - São Miguel Febres, rogai por nós
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ResponderExcluirhomens deFE vamos paticipar do terço dos HOMENS
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