A IGREJA CATÓLICA : FUNDADA POR CRISTO, DESEJADA POR CRISTO,
AMADA POR CRISTO
A Igreja, presente no plano eterno de Deus antes da fundação
do mundo, fundada por Cristo, desejada por Cristo, amada por Cristo é
peregrina; caminha na história. Isto faz parte da sua essência, pois que ela é
continuadora e testemunha da obra salvífica de Deus que, sendo eterno e
imutável, entrou no tempo dos homens, primeiro na história de Israel, o Povo eleito
da Antiga Aliança e, na plenitude dos tempos, de modo pleno, em Jesus Cristo,
Cabeça e princípio da Igreja e Salvador da humanidade. O Senhor Jesus veio
instaurar o Reino de Deus e por isso e para isso fundou a Sua Igreja. A verdade
de Deus, transmitida na Tradição apostólica, é imutável, mas vai sendo
compreendida cada vez mais, cada vez melhor, cada vez de modo mais abrangente
pela Igreja através do tempo. Não há como fugir disso: a temporalidade, a
progressão, é inerente ao homem! Como também as limitações da cultura de cada
tempo e civilização. E a Igreja, portadora da eternidade que entrou no tempo,
vai peregrinando, vai compreendendo sempre mais e melhor nos caminhos da
história; assim vai exprimindo sempre a mesma Verdade – que não é simplesmente
uma teoria humana ou uma doutrina deste mundo, mas uma Pessoa: Jesus Cristo –
de modos novos e com palavras novas. Mas, ela não precisa temer! Cristo lhe
prometeu: “Eu estarei convosco até o fim dos tempos!”
Prometeu-lhe também o “Espírito da Verdade”, que haverá
sempre de conduzir adiante a sua Igreja, até a Verdade plena, pois testemunhará
sempre Jesus e Sua salvação: “Ele tomará do que é Meu e vo-lo anunciará!” Por
isso a Igreja sabe que nunca poderá errar na sua profissão de fé. Essa
profissão não é um velho baú, cheio de verdades teóricas enferrujadas, mas, ao
invés, é a viva Tradição apostólica, sempre interpretada de novo sob a guia do
Espírito Santo, suscitando sempre novos desafios ante os desafios de cada
época, de modo que, cada geração eclesial pode ter certeza de permanecer na
mesma fé, sempre igual e sempre nova. E para que a guarda da verdadeira fé e o
modo de interpretá-la e transmiti-la fosse autêntico, sem cair nos delírios dos
avançados nem no medo e no apego doentio a uma segurança do passado, própria
dos atrasados, Cristo dotou a Sua Igreja de um Magistério, formado pelo Papa,
Sucessor de Pedro, e pelos Bispos em comunhão com ele, sucessores dos
Apóstolos. Somente eles têm a autoridade dada pelo Cristo e confirmada pelo
Espírito de interpretar retamente a fé da Igreja. Num mundo confuso, numa
Igreja batida por tantas ondas, quando Satanás tenta seduzir a tantos, a
humilde comunhão com os pastores reais que o Cristo real colocou à frente do
rebanho, é a mais decisiva garantia de que estamos seguros na verdadeira fé.
Que Deus nos conserve, caro Amigo, neste caminho! As portas do inferno não
prevalecerão! Mantenhamos-nos fiéis ao sagrado Magistério da Igreja e estaremos
na verdadeira fé católica!
A QUEM INTERESSAR POSSA – PARTE I : Tudo
quanto o Pai pensou desde a criação e preparou na antiga aliança, encontra em
Cristo sua realização. Daqui nasce a Igreja: ela está em função do cumprimento
das promessas do Senhor Deus, realizadas em Cristo Jesus nosso Senhor. É
Cristo, portanto, Quem realiza o desígnio do Pai, reunindo os homens na única
família de Deus, que o Pai concebeu desde a eternidade. Assim, o Senhor Jesus
inaugurou na terra o Reino de Deus, do qual a Igreja é presença em mistério, ao
mesmo tempo revelando-o e escondendo-o (cf. Lumen Gentium 3). Uma percepção
comum a todos os cristãos, de todas as denominações, de todos os tempos, é que
onde exista uma comunidade de cristãos organizados como Igreja, essa é convicta
de provir do próprio Jesus crucificado e ressuscitado. A Igreja jamais se pensa
como sendo sua própria causa, fundada por si mesma! Aliás, uma Igreja
autofundada não seria a Igreja de Cristo e muito menos poderia ser ministra da
salvação. Seria algo absolutamente inútil – uma mentira! Engendrada eternamente
no coração amoroso do Pai, a Comunidade ecleisal “foi fundada nos últimos
tempos” (Lumen Gentium 2; cf. LG 5) por Jesus Cristo. Mas, qual o significado
desta afirmação? Hoje, alguns estudiosos, inspirados em teoria unilaterais do
século XIX, rejeitam que Jesus tenha fundado uma Igreja, já que Sua preocupação
seria o Reino. Segundo esta corrente de opinião, a Igreja seria uma realidade
eminentemente pós-pascal, a ser interpretada do ponto de vista meramente
histórico e sociológico. Não deixa, ainda hoje, de ter adeptos a máxima tanto
famosa quanto unilateral e irreal: Jesus anunciou o Reino e o que veio foi a
Igreja!
A QUEM INTERESSAR POSSA – PARTE II - Aliás,
basta recordar quatro aspectos do ministério e da pregação de Jesus: (1) Jesus
tem consciência de ser o Messias, aquele mesmo que, segundo os textos do Antigo
Testamento, deveria constituir um Israel renovado, a serviço do Reinado de
Deus. Atenção: objetivo final é o Reinado de Deus no coração dos homens e do
mundo, mas o meio para isto é a constituição de um novo Israel, um novo Povo de
Deus, a Igreja
(2) Por isso mesmo Jesus nosso Senhor escolheu Doze
apóstolos. Doze é o número dos patriarcas do Povo de Israel. Ao escolher Doze o
Senhor deixa claro que veio constituir um novo Israel, um novo Povo de Deus,
que é a Igreja, que Ele mesmo confiou a Pedro e aos Doze colegialmente
(3) Várias das parábolas do Reino exprimem tal realidade: o
Reino é uma realidade que Jesus inaugurou com a Sua santa vinda, mas deve
desenvolver-se no tempo como o grão de mostarda que cresce, como o fermento que
leveda a massa, como a rede jogada no mar que é puxada pouco a pouco. Assim é o
Reino: demandará um tempo indeterminado, impossível de ser calculado, entre a
primeira e a segunda Vinda do Senhor nosso Jesus Cristo
(4) A instituição da Eucaristia, que o Senhor mandou que os
Seus celebrassem até a Sua Vinda. A própria Eucaristia supõe e pressupõe o
tempo da Igreja, tempo no qual o Senhor não estará fisicamente com os Seus, mas
com eles estará sacramentalmente no memorial eucarístico. Assim, Jesus pensou
na Igreja e a fundou, dando-lhe como penhor o Sacrifico eucarístico. Por isso,
a palavra das Escrituras é clara e exprime a verdade de Deus: “Cristo amou a
Igreja e Se entregou por ela!” (Ef 5,2). Esta é a nossa fé, nosso consolo,
nossa alegria de nascer e morrer no regaço da Mãe católica que a todos nos
gerou para o Cristo, seu amado Esposo. Que nada nem ninguém nos tire a alegria
e a simplicidade da verdadeira fé! – [DOM HENRIQUE SOARES DA COSTA]
LITURGIA DO DIA 22 DE JANEIRO DE 2014
PRIMEIRA LEITURA (1SM 17,32-33.37.40-51)
LEITURA DO PRIMEIRO LIVRO DE SAMUEL - Naqueles dias,
32Davi foi conduzido a Saul e lhe disse: “Ninguém desanime por causa desse
filisteu! Eu, teu servo, lutarei contra ele”. 33Mas Saul ponderou: “Não poderás
enfrentar esse filisteu, pois tu és só ainda um jovem, e ele é um homem de
guerra desde a sua mocidade”. 37Davi respondeu: “O Senhor me livrou das garras
do leão e das garras do urso. Ele me salvará também das mãos deste filisteu”.
Então Saul disse a Davi: “Vai, e que o Senhor esteja contigo”. 40Em seguida,
tomou o seu cajado, escolheu no regato cinco pedras bem lisas e colocou-as no
seu alforje de pastor, que lhe servia de bolsa para guardar pedras. Depois, com
a sua funda na mão, avançou contra o filisteu. 41Este, que se vinha aproximando
mais e mais, precedido do seu escudeiro, 42quando pode ver bem Davi
desprezou-o, porque era muito jovem, ruivo e de bela aparência. 43E lhe disse:
“Sou por acaso um cão, para vires a mim com um cajado?” E o filisteu amaldiçoou
Davi em nome de seus deuses. 44E acrescentou: “Vem, e eu darei a tua carne às
aves do céu e aos animais da terra!” 45Davi respondeu: “Tu vens a mim com
espada, lança e escudo; eu, porém, vou a ti em nome do Senhor Todo-poderoso, o
Deus dos exércitos de Israel que tu insultaste! 46Hoje mesmo, o Senhor te
entregará em minhas mãos, e te abaterei e te cortarei a cabeça, e darei o teu
cadáver e os cadáveres do exército dos filisteus às aves do céu e aos animais
da terra, para que toda a terra saiba que há um Deus em Israel. 47E toda este
multidão de homens conhecerá que não é pela espada nem pela lança que o Senhor
concede a vitória; porque o Senhor é o árbitro da guerra, e ele vos entregará
em nossas mãos”. 48Logo que o filisteu avançou e marchou em direção a Davi,
este saiu das linhas de formação e correu ao encontro do filisteu. 49Davi
meteu, então, a mão no alforje, apanhou uma pedra e arremessou-a com a funda,
atingindo o filisteu na fronte com tanta força, que a pedra se encravou na sua
testa e o gigante tombou com o rosto em terra. 50E assim Davi venceu o
filisteu, ferindo-o de morte com uma funda e uma pedra. E, como não tinha
espada na mão, 51correu para o filisteu, chegou junto dele, arrancou-lhe a
espada da bainha e acabou de matá-lo, cortando-lhe a cabeça. Vendo morto o seu
guerreiro mais valente, os filisteus fugiram - Palavra do Senhor
SALMO RESPONSORIAL (SL 143)
BENDITO SEJA O
SENHOR, MEU ROCHEDO!
— Bendito seja o Senhor, meu
rochedo, que adestrou minhas mãos para a luta, e os meus dedos treinou para a
guerra!
— Ele é meu amor, meu refúgio,
libertador, fortaleza e abrigo; É meu escudo: é nele que espero, ele submete as
nações a meus pés.
— Um canto novo, meu Deus, vou
cantar-vos, nas dez cordas da harpa e louvar-vos, a vós que dais a vitória aos
reis e salvais vosso servo Davi
EVANGELHO (MC 3,1-6)
PROCLAMAÇÃO DO
EVANGELHO DE JESUS CRISTO + SEGUNDO MARCOS - Naquele tempo,1Jesus entrou
de novo na sinagoga. Havia ali um homem com a mão seca. 2Alguns o observavam
para ver se haveria de curar em dia de sábado, para poderem acusá-lo. 3Jesus
disse ao homem da mão seca: “Levanta-te e fica aqui no meio!” 4E perguntou-lhes:
“É permitido no sábado fazer o bem ou fazer o mal? Salvar uma vida ou deixá-la
morrer?” Mas eles nada disseram. 5Jesus, então, olhou ao seu redor, cheio de
ira e tristeza, porque eram duros de coração. E disse ao homem: “Estende a
mão”. Ele a estendeu e a mão ficou curada. 6Ao saírem, os fariseus com os
partidários de Herodes, imediatamente tramaram, contra Jesus, a maneira como
haveriam de matá-lo - Palavra da
Salvação
MENSAGEM DE NOSSA SENHORA EM
MEDJUGORJE - "Queridos
filhos! A fim de que vocês sejam capazes de serem meus apóstolos e de serem
capazes de ajudar todos aqueles que estão nas trevas, para virem a conhecer a
luz do amor de meu Filho, vocês precisam ter um coração puro e humilde .Vocês
não podem ajudar o meu Filho nascer e reinar nos corações daqueles que não O
conhecem, se Ele não reinar - se Ele não for o Rei - em seus corações. Eu estou
com vocês e estou caminhando com vocês como uma mãe. Estou batendo em seus
corações. Eles não podem se abrir, porque não são humildes. Eu estou rezando ,
e vocês meus amados filhos também rezem, para que vocês possam ser capazes de
abrir o seu coração puro e humilde para o meu Filho e para receber os dons que Ele
vos prometeu. Então, vocês serão guiados pelo amor e pela força de meu Filho .
Então, vocês serão meus apóstolos que em todos os lugares ao seu redor espalham
os frutos do amor de Deus. Meu Filho vai agir dentro de vocês e através de
vocês , porque vocês serão "um" com Ele. Meu coração maternal anseia
por isso - pela unidade de todos os meus filhos - através do meu Filho, com
grande amor eu vos abençôo, e rezo por aqueles que foram escolhidos pelo meu
Filho - pelos seus pastores. Obrigada" – MENSAGEM DO DIA 02 DE
JANEIRO DE 2014
A
IGREJA CELEBRA HOJE , SÃO VICENTE - Um santo amado e citado por
muitos santos, como Santo Agostinho, Santo Ambrósio, São Prudêncio e outros que
trouxeram à tona o testemunho desse grande diácono e mártir da Igreja. Nasceu
na Espanha, em Huesca, no século terceiro. De uma família muito distinta e
conhecida por todos, ele escolheu ser cristão e, assim, viver a santidade. Vicente
viveu num período muito difícil da Igreja. Um tempo em que Diocleciano e
Maximiano – imperadores –, começaram a perseguir os cristãos e forçar muitos a
se declararem a favor dos deuses; caso contrário, seriam martirizados. O santo
de hoje foi um dos que fez a opção por Jesus. Ele era um grande pregador da
Palavra, mais do que isso, buscava viver a Palavra que pregava, esta que é,
antes de tudo, Cristo Jesus, o Santo dos Santos, o nosso modelo, o nosso Senhor
e Salvador. Diante das ameaças do governador Darciano, ele não recusou a se dizer
cristão e fiel ao Senhor. Os tormentos o perseguiram. Foi um martírio lento,
sempre com o objetivo de vencê-lo para que Darciano se desse como herói diante
do Cristianismo, mas também com o objetivo de levar São Vicente a renunciar a
própria fé, a sacrificar aos deuses. Fiel a Deus e sustentado pela oração,
diante de si ele tinha o seu grande amor: Deus. Sendo assim, ele for
martirizado aos poucos, até mesmo levado à grelha, tendo seu corpo dilacerado,
jogado numa prisão e, por fim, Darciano deixou-o num leito pedindo que
cuidassem dele. Ali, sim, ele foi visitado por outros cristãos e entregou-se a
Deus. São Vicente tornou-se modelo para todos os cristãos e também padroeiro
principal do patriarcado de Lisboa e também da diocese de Faro. São Vicente, rogai por nós!
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