PREPARAÇÃO PARA O NATAL , PARTE 3 : OS 5 MANDAMENTOS DA
IGREJA
OBRIGAÇÕES QUE TODO CATÓLICO TEM DE CUMPRIR
É sempre dito que, na vida de
um católico praticante, o Sacramento da Penitência ocupa um lugar semi-central.
O centro estrito é a Eucaristia; porém, nem sempre estamos aptos a recebê-La,
isto é, nem sempre a nossa alma está no estado de Graça. Quando este se perde,
a alma se torna obscura e entra num estado de inimizade com Deus. Por causa
disso, ela estará impedida de receber Jesus no Sacramento da Eucaristia
Isso é seríssimo, pois, sendo a
Eucaristia o próprio Deus, o católico se verá impossibilitado de receber Aquele
que é a razão pela qual ele existe. É óbvio que uma pessoa que não comunga nem
por isso está totalmente impossibilitada de Deus. Afinal, nós temos contato com
Ele de vários outros modos: oração, meditação, peregrinação, mortificação, estudo,
boas obras, etc. Porém, o modo mais perfeito, que deveria ser fonte de todos os
outros e para o qual eles ordenam é a Santíssima Eucaristia
Uma coisa que muitos católicos
não sabem – e por isso não cumprem – é que existem os "Cinco Mandamentos da Igreja", além dos Dez Mandamentos
conhecidos. Eles não foram revogados pela Igreja com o novo Catecismo de João Paulo II (1992). É preciso entender que mandamento é algo
obrigatório para todos os católicos, diferente de recomendações,
conselhos, entre outros. Cristo deu poderes à Sua Igreja a fim de estabelecer
normas para a salvação da humanidade. Ele disse aos Apóstolos: "Quem vos
ouve a mim ouve, quem vos rejeita a mim rejeita, e quem me rejeita, rejeita
Aquele que me enviou" (Lc 10,16). E prossegue: “Em verdade, tudo o que
ligardes sobre a terra, será ligado no céu, e tudo o que desligardes sobre a
terra, será também desligado no céu.” (Mt 18,18)
Então, a Igreja legisla com o
"poder de Cristo", e quem não a obedece, não obedece a Cristo, e
conseqüentemente a Deus Pai
De modo que para a salvação do
povo de Deus, a Igreja estabeleceu cinco obrigações que todo católico tem de
cumprir, conforme ensina o Catecismo da
Igreja Católica (CIC). Este ensina: "Os mandamentos da Igreja
situam-se nesta linha de uma vida moral ligada à vida litúrgica e que dela se
alimenta. O caráter obrigatório dessas leis positivas promulgadas pelas
autoridades pastorais tem como fim garantir aos fiéis o mínimo indispensável no
espírito de oração e no esforço moral, no crescimento do amor de Deus e do
próximo" (§2041)
Note que o Catecismo diz que
isso é o "mínimo indispensável" para o crescimento na vida espiritual
dos fiéis. Podemos e devemos fazer muito mais, pois isso é apenas o mínimo
obrigado pela Igreja. Ela sabe que, como Mãe, tem filhos de todos os tipos e
condições, portanto, fixa, sabiamente, apenas o mínimo necessário, deixando que
cada um, conforme a sua realidade, faça mais. E devemos fazer mais
1º
– Primeiro mandamento da Igreja: "Participar da missa inteira nos domingos
e outras festas de guarda e abster-se de ocupações de trabalho". Ordena
aos fiéis que santifiquem o dia em que se comemora a ressurreição do Senhor, e
as festas litúrgicas em honra dos mistérios do Senhor, da santíssima Virgem
Maria e dos santos, em primeiro lugar participando da celebração eucarística,
em que se reúne a comunidade cristã, e se abstendo de trabalhos e negócios que
possam impedir tal santificação desses dias (Código de Direito Canônico-CDC , cân. 1246-1248) (§2042) . Os Dias
Santos – com obrigação de participar da missa, são esses, conforme o Catecismo:
“Devem ser guardados [além dos domingos] o dia do Natal de Nosso Senhor Jesus
Cristo, da Epifania (domingo no Brasil), da Ascensão (domingo) e do Santíssimo
Corpo e Sangue de Cristo (Corpus Christi), de Santa Maria, Mãe de Deus (1º de
janeiro), de sua Imaculada Conceição (8 de dezembro) e Assunção (domingo), de
São José (19 de março), dos Santos Apóstolos Pedro e Paulo (domingo), e por
fim, de Todos os Santos (domingo)” (CDC,
cân. 1246,1; n. 2043 após nota 252) (§2177)
2º
- Segundo mandamento: "Confessar -se ao menos uma vez por ano" : Assegura
a preparação para a Eucaristia pela recepção do Sacramento da Reconciliação,
que continua a obra de conversão e perdão do Batismo (CDC, cân. 989). É claro
que é pouco se confessar uma vez ao ano, seria bom que cada um se confessasse
ao menos uma vez por mês, pois fica mais fácil de se recordar dos pecados e de
ter a graça para vencê-los
3º
- Terceiro mandamento: "Receber o sacramento da Eucaristia ao menos pela
Páscoa da ressurreição" : (O período pascal vai da
Páscoa até festa da Ascenção) e garante um mínimo na recepção do Corpo e do
Sangue do Senhor em ligação com as festas pascais, origem e centro da Liturgia
cristã (CDC, cân. 920) . Também é
muito pouco comungar ao menos uma vez ao ano. A Igreja recomenda a
comunhão diária
4º
- Quarto mandamento: "Jejuar e abster-se de carne, conforme manda a Santa
Mãe Igreja" : (No
Brasil isso deve ser feito na Quarta-feira de Cinzas e na Sexta-feira Santa).
Este jejum consiste em um leve café da manhã, um almoço leve e um lanche também
leve à tarde, sem mais nada no meio do dia, nem o cafezinho. Quem desejar, pode
fazer um jejum mais rigoroso; o obrigatório é o mínimo. Os que já tem mais de
sessenta anos estão dispensados da obrigatoriedade, mas podem fazê-lo se
desejarem . Diz o Catecismo que o
jejum "Determina os tempos de ascese e penitência que nos preparam para as
festas litúrgicas; contribuem para nos fazer adquirir o domínio sobre nossos
instintos e a liberdade de coração (CDC,
cân. 882)"
5º
- Quinto mandamento: "Ajudar a Igreja em suas necessidades" : Recorda
aos fiéis que devem ir ao encontro das necessidades materiais da Igreja, cada
um conforme as próprias possibilidades (CDC, cân. 222). Não é obrigatório que o
dízimo seja de 10% do salário, nem o Catecismo nem o Código de Direito Canônico
obrigam esta porcentagem, mas é bom e bonito se assim o for. O importante é,
como disse São Paulo, dar com alegria, pois “Deus ama aquele que dá com
alegria” (cf. 2Cor 9, 7). Esta ajuda às necessidades da Igreja pode ser dada
uma parte na paróquia e em outras obras da Igreja
Demos
graças a Deus pela Santa Mãe Igreja que nos guia. O Papa Paulo VI disse que
"quem não ama a Igreja não ama Jesus Cristo"
LITURGIA DO DIA 19 DE DEZEMBRO DE 2013
PRIMEIRA LEITURA (JZ 13,2-7.24-25A)
LEITURA DO LIVRO
DOS JUÍZES - Naqueles dias, 2havia um homem de Saraá, da tribo de Dã,
chamado Manué, cuja mulher era estéril. 3O anjo do Senhor apareceu à mulher e
disse-lhe: “Tu és estéril e não tiveste filhos, mas conceberás e darás à luz um
filho. 4Toma cuidado de não beberes vinho nem licor, de não comeres coisa alguma
impura, 5pois conceberás e darás à luz um filho. Sua cabeça não será tocada por
navalha, porque ele será consagrado ao Senhor desde o ventre materno, e
começará a libertar Israel das mãos dos filisteus”. 6A mulher foi dizer ao
marido: “Veio visitar-me um homem de Deus, cujo aspecto era terrível como o de
um anjo do Senhor. Não lhe perguntei de onde vinha nem ele me revelou o seu
nome. 7Ele disse-me: ‘Conceberás e darás à luz um filho. De hoje em diante,
toma cuidado para não beberes vinho nem licor, e não comeres nada de impuro,
pois o menino será consagrado a Deus, desde o ventre materno até o dia da sua
morte’”. 24Ela deu à luz um filho e deu-lhe o nome de Sansão. O menino cresceu,
e o Senhor o abençoou. 25aO espírito do Senhor começou a agir nele no Campo de
Dã - Palavra do Senhor
SALMO RESPONSORIAL (SL 70)
MINHA BOCA SE
ENCHA DE LOUVOR, PARA QUE EU CANTE VOSSA GLÓRIA
— Sede uma rocha protetora para
mim, um abrigo bem seguro que me salve! Porque sois a minha força e meu amparo,
o meu refúgio, proteção e segurança! Libertai-me, ó meu Deus, das mãos do ímpio
— Porque sois, ó Senhor Deus,
minha esperança, em vós confio desde a minha juventude! Sois meu apoio desde
antes que eu nascesse, desde o seio maternal, o meu amparo
— Cantarei vossos portentos, ó
Senhor, lembrarei vossa justiça sem igual! Vós me ensinastes desde a minha
juventude e até hoje canto as vossas maravilhas
EVANGELHO (LC 1,5-25)
PROCLAMAÇÃO DO
EVANGELHO DE JESUS CRISTO + SEGUNDO LUCAS - 5Nos dias de Herodes, rei da
Judeia, vivia um sacerdote chamado Zacarias, do grupo de Abia. Sua esposa era
descendente de Aarão e chamava-se Isabel. 6Ambos eram justos diante de Deus e
obedeciam fielmente a todos os mandamentos e ordens do Senhor. 7Não tinham
filhos, porque Isabel era estéril, e os dois já eram de idade avançada. 8Em
certa ocasião, Zacarias estava exercendo as funções sacerdotais no Templo, pois
era a vez do seu grupo. 9Conforme o costume dos sacerdotes, ele foi sorteado
para entrar no Santuário, e fazer a oferta do incenso. 10Toda a assembleia do
povo estava do lado de fora rezando, enquanto o incenso estava sendo oferecido.
11Então apareceu-lhe o anjo do Senhor, de pé, à direita do altar do incenso.
12Ao vê-lo, Zacarias ficou perturbado e o temor apoderou-se dele. 13Mas o anjo
disse: “Não tenhas medo, Zacarias, porque Deus ouviu tua súplica. Tua esposa,
Isabel, vai ter um filho, e tu lhe darás o nome de João. 14Tu ficarás alegre e
feliz, e muita gente se alegrará com o nascimento do menino, 15porque ele vai
ser grande diante do Senhor. Não beberá vinho nem bebida fermentada e, desde o
ventre materno, ficará repleto do Espírito Santo. 16Ele reconduzirá muitos do
povo de Israel ao Senhor seu Deus. 17E há de caminhar à frente deles, com o
espírito e o poder de Elias, a fim de converter os corações dos pais aos filhos,
e os rebeldes à sabedoria dos justos, preparando para o Senhor um povo bem
disposto”. 18Então Zacarias perguntou ao anjo: “Como terei certeza disto? Sou
velho e minha mulher é de idade avançada”. 19O anjo respondeu-lhe: “Eu sou
Gabriel. Estou sempre na presença de Deus, e fui enviado para dar-te esta boa
notícia. 20Eis que ficarás mudo e não poderás falar, até o dia em que essas
coisas acontecerem, porque não acreditaste nas minhas palavras, que se hão de
cumprir no tempo certo”. 21O povo estava esperando Zacarias, e admirava-se com
a demora no Santuário. 22Quando saiu, não podia falar-lhes. E compreenderam que
ele tinha tido uma visão no Santuário. Zacarias falava por sinais e continuava
mudo. 23Depois que terminou seus dias de serviço no Santuário, Zacarias voltou
para casa. 24Algum tempo depois, sua esposa Isabel ficou grávida, e escondeu-se
durante cinco meses. 25Ela dizia: “Eis o que o Senhor fez por mim, nos dias em
que ele se dignou tirar-me da humilhação pública!” - Palavra da Salvação
Mensagem do dia 1 de dezembro
de 1983 - “Obrigada
a todos vós que viestes à Igreja para rezar a Jesus, apesar da neve, do gelo e
do mau tempo. Continuai assim e sede perseverantes. Sabei bem que, quando um
amigo vos pede com insistência qualquer coisa, vós a lhe dais. O mesmo faz Jesus convosco; quando rezais com
perseverança e vindes à Missa apesar do vosso cansaço, Ele vos dá tudo o que
lhe pedistes. Por isso, filhos meus, rezai, rezai, rezai!” –
Mensagem de Nossa Senhora em Medjugorje
A
IGREJA CELEBRA HOJE , SANTO URBANO V - Nascido em 1310, no castelo
de Grisac, nas Cevenas, França, Guilherme de Grimoard, filho do cavaleiro do
mesmo nome e de Anfelisa de Montferrand, mostrou-se desde a infância hostil a
toda frivolidade. Vendo-o fugir dos jogos próprios da sua idade e recolher-se à
capela, sua mãe dizia: “Eu não o compreendo; mas, enfim, basta que Deus o
compreenda”. Entrou na abadia beneditina de Chirac, perto de Mende; proferiu os
votos no convento de S. Vítor de Marselha e, a seguir, entrou na Congregação de
Cluny. Formou-se em Direito Canônico em outubro de 1342; ensinou nas
Universidades de Toulouse, Montpellier, Paris e Avignon; exerceu as funções de
Vigário Geral em Clermon e Uzés; foi nomeado Abade de S. Germano de Auxerre em
13 de fevereiro de 1352 e, no dia 26 de julho do mesmo ano, Clemente VI
nomeou-o Legado Pontifício na Lombardia. Mais tarde, sendo Abade de S. Vítor de
Marselha, foi encarregado da mesma missão no reino de Nápoles, por Inocêncio
VI. Os Papas residiam em Avignon (Avinhão), mas já pensavam em voltar para Roma;
para preparar esse regresso, Guilherme desenvolvia grande atividade diplomática
na Itália. Nos fins de 1362, sucedeu a Inocêncio VI, com o nome de Urbano V,
sendo um dos sete Papas que, de 1309 a 1377, residiram em Avignon. O seu
Pontificado assinalou-se pelo envio de missionários para as Índias, a China e a
Lituânia; pela pregação de uma nova cruzada; pelo apoio que deu aos estudos
eclesiásticos, e por diversas reformas que levou a efeito na administração da
Igreja. Depois de renovar a excomunhão pronunciada por Inocêncio VI contra
Pedro IV, rei de Castela, assassino de sua mulher e polígamo, autorizou
Henrique de Trastâmara, seu irmão, a destroná-lo. Convidou ao mesmo tempo Du
Guesclin e as suas “companhias brancas” a prestar-lhe auxílio, assegurando assim
o êxito dessa revolução dinástica. Em 1367, Urbano V entendeu que tinha chegado
o momento de regressar a Roma. No dia 19 de maio, embarcou em Marselha,
acompanhado de vinte e quatro galeras; no dia 3 de junho, desembarcou em
Corneto e em 16 de outubro fez a entrada triunfal na Cidade Eterna. Não
conseguiu, porém, manter-se, apesar dos protestos de Santa Brígida, que lhe
previu morte próxima se voltasse. Mas voltou no dia 26 de setembro de 1370,
regressando a Avignon, onde morreu em 19 de dezembro seguinte, revestido do
hábito beneditino. Tempos antes, tinha-se mudado para casa de seu irmão, por
não desejar acabar a vida num palácio. Por sua ordem, as portas dessa casa
mantinham-se abertas, a fim de que todos pudessem entrar livremente e ver “como
morre um Papa” - Santo Urbano V, rogai
por nós!
Nenhum comentário:
Postar um comentário