PENITÊNCIA E CONVERSÃO
Antologia de São João Crisóstomo
O mais grave é que, encontrando-nos neste estado [de pecado], não pensamos na deformidade da nossa alma nem nos damos conta do seu aspecto horrível. Quando te sentas numa barbearia para cortar o cabelo, imediatamente tomas na mão um espelho e olhas e voltas a olhar como vai ficando o corte e perguntas aos presentes e ao próprio barbeiro se ficou bem o topete da frente. E, mesmo que já sejas um velho, muitas vezes não te envergonhas da mania de imitar a gente jovem. Mas de que a nossa alma esteja deformada, e até de que tenha assumido o aspecto de uma fera [...], nem sequer nos damos conta. No entanto, também aqui dispomos de um espelho espiritual, muito melhor e mais proveitoso que o outro, material. Este espelho não somente põe diante de nós a nossa deformidade, mas até, se o quisermos, pode transformá-la em beleza incomparável. Este espelho é a memória dos homens santos, as histórias da sua vida bem-aventurada, a lição das Escrituras, as leis que por Deus nos foram dadas. Se alguma vez decidires olhar para as imagens desses santos, não somente verás a deformidade da tua própria alma, mas, assim que a vires, não precisarás de mais nada para libertar-te dessa fealdade. Tão proveitoso é para nós esse espelho e com tal facilidade realiza a transformação. (Homilias sobre São Mateus, 4, 9)
Não são somente as
feridas do corpo que produzem a morte se não forem tratadas, mas as da alma
também. No entanto, chegamos a tal ponto de insensatez que cuidamos, sim, com
todo o empenho, das feridas do corpo, mas não fazemos o menor caso das da alma
. No corpo, é natural que nos sobrevenham muitas doenças incuráveis; no
entanto, nem por isso desesperamos e, apesar de os médicos nos dizerem e
repetirem que para tal doença não há remédio nem medicamento que a faça
desaparecer, insistimos uma e outra vez e lhes pedimos que pelo menos pensem em
alguma coisa que a alivie. No caso da alma, porém, para a qual não existe doença
incurável, pois a alma não está submetida à necessidade ou fatalidade da
natureza; no caso da alma, digo, descuidamos as doenças e desesperamos da sua
cura, como se se tratasse de achaques alheios. Onde a natureza das doenças
poderia levar-nos a desesperar, pomos todo o nosso cuidado, como se tivéssemos
mil esperanças de saúde; onde não há motivo para o desalento, desistimos e nos
descuidamos, como se estivéssemos desesperados. A tal ponto atribuímos mais importância
ao corpo que à alma!
Na verdade, por
este caminho, nem o corpo poderemos salvar. Aquele que descuida o principal e
põe todo o seu empenho no secundário, destrói e perde um e outro. Aquele que
guarda a devida ordem, ao salvar e cuidar do principal, mesmo que descuide o
secundário, ao salvar o primeiro salva também o segundo. É o que Cristo nos
quis dar a entender quando disse: Não temais os que matam o corpo, mas não
podem matar a alma; temei antes aquele que pode lançar a alma e o corpo,no
inferno (Mt 10,28). (Exortação 1 a Teodoro, 15)
Mais do que o próprio pecado, o que irrita e ofende a Deus é que os pecadores não sintam dor alguma dos seus pecados. (Homilias sobre São Mateus, 14, 4)
Imaginemos alguém repleto de toda a maldade, que tenha cometido todos os crimes que excluem do reino dos céus. Não o imaginemos entre aqueles que permanecem entre os infiéis a vida inteira, mas entre os fiéis, entre aqueles que primeiro agradaram a Deus, mas que depois se fizeram fornicadores, adúlteros, moles, ladrões, bêbados, invertidos, maldizentes ou blasfemos, ou cometeram outros pecados semelhantes a estes. Pois bem, nem mesmo a um pecador destes consentiria eu que desesperasse, mesmo que tivesse chegado à extrema velhice com toda essa carga de pecados. Se a ira de Deus fosse uma paixão, o pecador teria razão para desesperar de poder apagar um incêndio alimentado por ele próprio com pecados tão grandes. Mas não! A divindade é alheia à paixão e, quando castiga e se vinga, não o faz por ira, mas por sua imensa solicitude e amor. Portanto, é preciso ter bom ânimo e confiar no poder da penitência
Não basta retirar a flecha do corpo; também é preciso curar a chaga produzida pela flecha. Coisa semelhante acontece na alma: depois de ter recebido o perdão dos pecados, tem de curar por meio da penitência a chaga que ficou. (Homilias sobre São Mateus, 3, 5)
Mais do que o próprio pecado, o que irrita e ofende a Deus é que os pecadores não sintam dor alguma dos seus pecados. (Homilias sobre São Mateus, 14, 4)
Imaginemos alguém repleto de toda a maldade, que tenha cometido todos os crimes que excluem do reino dos céus. Não o imaginemos entre aqueles que permanecem entre os infiéis a vida inteira, mas entre os fiéis, entre aqueles que primeiro agradaram a Deus, mas que depois se fizeram fornicadores, adúlteros, moles, ladrões, bêbados, invertidos, maldizentes ou blasfemos, ou cometeram outros pecados semelhantes a estes. Pois bem, nem mesmo a um pecador destes consentiria eu que desesperasse, mesmo que tivesse chegado à extrema velhice com toda essa carga de pecados. Se a ira de Deus fosse uma paixão, o pecador teria razão para desesperar de poder apagar um incêndio alimentado por ele próprio com pecados tão grandes. Mas não! A divindade é alheia à paixão e, quando castiga e se vinga, não o faz por ira, mas por sua imensa solicitude e amor. Portanto, é preciso ter bom ânimo e confiar no poder da penitência
Não basta retirar a flecha do corpo; também é preciso curar a chaga produzida pela flecha. Coisa semelhante acontece na alma: depois de ter recebido o perdão dos pecados, tem de curar por meio da penitência a chaga que ficou. (Homilias sobre São Mateus, 3, 5)
LITURGIA
DIÁRIA , 03 DE DEZEMBRO DE 2013
PRIMEIRA
LEITURA (IS 11,1-10)
LEITURA DO LIVRO DO PROFETA ISAÍAS - Naquele dia, 1nascerá uma haste do tronco de Jessé e, a partir
da raiz, surgirá o rebento de uma flor; 2sobre ele repousará o Espírito
do Senhor: espírito de sabedoria e discernimento, espírito de conselho e
fortaleza, espírito de ciência e temor de Deus; 3no temor do Senhor,
encontra ele seu prazer. Ele não julgará pelas aparências que vê nem decidirá
somente por ouvir dizer; 4mas trará justiça para os humildes e uma ordem
justa para os homens pacíficos; fustigará a terra com a força da sua palavra e
destruirá o mau com o sopro dos lábios. 5Cingirá a cintura com a correia
da justiça e as costas com a faixa da fidelidade. 6O lobo e o cordeiro viverão
juntos e o leopardo deitar-se-á ao lado do cabrito; o bezerro e o leão comerão
juntos e até mesmo uma criança poderá tangê-los. 7A vaca e o urso
pastarão lado a lado, enquanto suas crias descansam juntas; o leão comerá palha
com o boi; 8a criança de peito vai brincar em cima do buraco da cobra
venenosa; e o menino desmamado não temerá pôr a mão na toca da serpente. 9Não
haverá danos nem mortes por todo o meu santo monte: a terra estará tão repleta
do saber do Senhor quanto às águas que cobrem o mar. 10Naquele dia, a
raiz de Jessé se erguerá como um sinal entre os povos; hão de buscá-la as nações,
e gloriosa será a sua morada - Palavra
do Senhor
SALMO
RESPONSORIAL (SL 71)
NOS SEUS DIAS, A JUSTIÇA FLORIRÁ; PAZ EM ABUNDÂNCIA, PARA SEMPRE
— Dai ao Rei
vossos poderes, Senhor Deus, vossa justiça ao descendente da realeza! Com
justiça ele governe o vosso povo, com equidade ele julgue os vossos pobres!
— Nos seus dias, a
justiça florirá e grande paz até que a lua perca o brilho! De mar a mar
estenderá o seu domínio, e desde o rio até os confins de toda a terra!
— Libertará o
indigente que suplica, e o pobre ao qual ninguém quer ajudar. Terá pena do
indigente e do infeliz, e a vida dos humildes salvará
— Seja bendito o
seu nome para sempre, e que dure como o sol sua memória! Todos os povos serão
nele abençoados, todas as gentes cantarão o seu louvor!
EVANGELHO (LC 10,21-24)
PROCLAMAÇÃO DO EVANGELHO DE JESUS CRISTO + SEGUNDO
LUCAS - 21Naquele momento
Jesus exultou no Espírito Santo e disse: “Eu te louvo, Pai, Senhor do céu e da
terra, porque escondeste essas coisas aos sábios e inteligentes, e as revelaste
aos pequeninos. Sim, Pai, porque assim foi do teu agrado. 22Tudo
me foi entregue pelo meu Pai. Ninguém conhece quem é o Filho, a não ser o Pai;
ninguém conhece quem é o Pai, a não ser o Filho e aquele a quem o Filho o
quiser revelar”. 23Jesus voltou-se para os discípulos e disse-lhes em
particular: “Felizes os olhos que veem o que vós vedes! 24Pois eu vos
digo que muitos profetas e reis quiseram ver o que estais vendo, e não puderam
ver; quiseram ouvir o que estais ouvindo, e não puderam ouvir” - Palavra da Salvação
Mensagem do dia 25 de janeiro de 1994 - "Vocês todos são meus filhinhos. Eu os amo. Não se
esqueçam, porém, filhinhos, de que, sem oração, vocês não podem permanecer
perto de Mim. Neste tempo, Satanás quer criar desordens em seus corações e em
suas famílias. Não cedam, filhinhos. Não permitam que ele dirija vocês e suas
vidas. Eu os amo e intercedo por vocês junto a Deus. Rezem, filhinhos" – Mensagem de
Nossa Senhora em Medjugorje
A IGREJA CELEBRA HOJE , SÃO FRANNCISCO XAVIER - A Igreja que na sua essência é missionária, teve no
século XV e XVI um grande impulso do Espírito Santo para evangelizar a América
e o Oriente. No Oriente, São Francisco Xavier destacou-se com uma santidade que
o levou a ousadia de fundar várias missões, a ponto de ser conhecido como “São
Paulo do Oriente”. Francisco nasceu no castelo de Xavier, na Espanha, a 7 de
abril de 1506, sofreu com a guerra, onde aprendeu a nobreza e a valentia; com
dezoito anos foi para Paris estudar, tornando-se doutor e professor. Vaidoso e
ambicioso, buscava a glória de si até conhecer Inácio de Loyola, com quem fez
amizade; e que sempre repetia ao novo amigo: “Francisco, que adianta o homem
ganhar o mundo inteiro se perder a sua alma?” Com o tempo, e
intercessão de Inácio, o coração de Francisco foi cedendo ao amor de Jesus, até
que entrou no verdadeiro processo de conversão; o resultado se vê no fato de
ter se tornado cofundador da Companhia de Jesus. Já como Padre, e empenhado no
caminho da santidade, São Francisco Xavier foi designado por Inácio a ir em
missão para o Oriente. Na Índia, fez frutuoso trabalho de evangelização que
abrangeu todas as classes e idades, ao avançar para o Japão, submeteu-se em
aprender a língua e os seus costumes, a fim de anunciar um Cristo encarnado.
Ambicionando a China para Cristo, pôs-se a caminho, mas em uma ilha frente a
sua nova missão, veio a falecer por causa da forte febre e cansaço. Esse grande
santo missionário entrou no Céu com quarenta e seis anos, e percorreu grandes
distâncias para anunciar o Evangelho, tanto assim que se colocássemos em uma
linha suas viagens, daríamos três vezes a volta na Terra. São Francisco Xavier,
com dez anos de apostolado, tornou-se merecidamente o Patrono Universal das Missões
ao lado de Santa Teresinha do Menino Jesus - São Francisco Xavier, rogai por nós!
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