O MUNDO É CONTRA CRISTO
A)
O partido de Jesus e do mundo
Eis
aqui, meus caros Confrades, eis aqui dois partidos que se defrotam todos os
dias; o de Jesus Cristo e o do mundo . O de nosso amável Salvador está à
direita, em aclive, num caminho estreito e que assim cada vez se tornou devido
à corrupção do mundo
Caminha
à frente o bom Mestre, os pés descalços, a cabeça coroada de espinhos, o corpo
todo ensanguentado, e carregando uma pesada Cruz. Apenas algumas pessoas, e das
mais corajosas, o seguem, porque sua voz tão delicada não se ouve no meio do
tumulto do mundo; ou então, não se tem coragem para segui-lo em sua pobreza,
suas dores, suas humilhações e suas outras cruzes, que necessariamente é
preciso carregar, a seu serviço, todos os dias da vida
À
esquerda está o partido do mundo, ou do demônio, que é mais o numeroso, o mais
significativo e o mais brilhante, pelo menos na aparência. Todos os indivíduos
mais brilhantes correm para ele; apressam-se, apesar de serem os caminhos
largos, mais largos, do que nunca em virtude das multidões que por eles passam
como torrentes, e de estarem juncados de flores, marginados de prazeres e
divertimentos, cobertos de ouro e de prata
B)
Espírito totalmente oposto dos dois partidos
À
direita, o rebanhosinho que segue a Jesus Cristo só fala em lágrimas, em
penitências, em orações e em desprezo do mundo; ouvem-se continuamente estas
palavras, entrecortadas de soluços: “Soframos, choremos, jejuemos, oremos,
ocultemo-nos, humilhemo-nos, empobreçamo-nos, mortifiquemo-nos; porque o que
não tem o espírito de Jesus Cristo, que é um espírito de cruz, não pertence a
Ele; os que são de Jesus Cristo mortificaram a carne com as suas
concupiscências; é preciso ser conforme à imagem de Jesus Cristo ou
condenar-se. Coragem! exclamam eles. Coragem! Se Deus está por nós, quem estará
contra nós? Aquele que está em nós é mais forte que o que está no mundo. O
servo não é maior que o senhor. Um momento de leve tribulação redunda em peso
eterno de glória. Há menos eleitos do que se pensa. Só os corajosos e os
violentos arrebatam o céu de viva força; ninguém será lá coroado se não houver
combatido legitimamente, segundo o Evangelho, e não segundo a moda. Combatamos,
pois, vigorosamente, corramos depressa para atingir a meta, a fim de ganharmos
a coroa!” Eis uma parte das palavras divinas com que os Amigos da Cruz
mutuamente se animam
Os
mundanos, ao contrário, gritam todos os dias, para animar-se a perseverar em
sua malícia sem escrúpulos “Vida, vida! Paz, paz! Alegria, alegria! Comamos, bebamos,
cantemos, dancemos, brinquemos! Deus é bom, Deus não nos fez para que nos
danássemos; Deus não proíbe que nos divirtamos; Não nos danaremos por isso.
Nada de escrúpulos! Non moriemini. etc…”
C)
Amoroso apelo de Jesus
Lembrai-vos,
meus caros Confrades, que nosso bom Jesus nos olha neste instante e diz a cada
um de vós em particular: “Eis que quase todos me abandonaram no caminho real da
Cruz. Os idólatras cegos zombam de minha cruz como de uma loucura, os Judeus
obstinados se escandalizam com ela, como se fosse objeto de horror, os herejes
quebraram-na e derrubaram-na como coisa digna de desprezo. Mas, e isto só posso
dizer com lágrimas nos olhos e com o coração transpassado de dor, os filhos que
criei em meu seio e que instruí em minha escola, os meus membros, que animei
com meu espírito, me abandonaram e desprezaram, tornando-se inimigos de minha
cruz! – Numquid et vos vultis abire?Quereis, vós também, abandonar-me, fugindo
da minha Cruz, como os mundanos, que nisto são outros tantos anticristos:
antichristi multi? Quereis enfim, conformar-vos ao século presente, desprezar a
pobreza de minha Cruz, para correr após as riquezas? Evitar a dor de minha Cruz
para procurar aos prazeres? Odiar as humilhações de minha Cruz, para ambicionar
as honras? Tenho, na aparência, muitos amigos que me fazem protestos de amor, e
que, no fundo, me odeiam, pois não amam minha Cruz; muitos amigos de minha mesa
e pouquíssimos amigos de minha Cruz ”
A
este apelo amoroso de Jesus, elevamos acima de nós mesmos; não nos deixemos
seduzir pelos nossos sentidos, como Eva; não olhemos senão o autor e consumador
de nossa fé, Jesus crucificado, fujamos da corrupção da concupiscência do mundo
corrompido; amemos Jesus Cristo da melhor maneira, isto é, através de toda
sorte de cruzes. Meditemos bem estas admiráveis palavras de nosso amável
Mestre, que encerram toda a perfeição da vida cristã: “Si quis vult venire post
me, abneget semetpsum, et tollat crucem suam, et sequatur me!” – [FONTE : Carta Circular Aos Amigos da Cruz
- São Luís Maria de Montfort]
LITURGIA DO DIA 30 DE DEZEMBRO DE 2013
PRIMEIRA LEITURA (1JO 2,12-17)
LEITURA DA
PRIMEIRA CARTA DE SÃO JOÃO - 12Eu vos
escrevo, filhinhos: os vossos pecados foram perdoados por meio do seu nome.
13Eu vos escrevo, pais: vós conheceis aquele que é desde o princípio. Eu vos
escrevo, jovens: vós vencestes o maligno. 14Já vos escrevi, filhinhos: vós
conheceis o Pai. Já vos escrevi, jovens: vós sois fortes, a Palavra de Deus
permanece em vós e vencestes o Maligno. 15Não ameis o mundo, nem o que há no
mundo. Se alguém ama o mundo, não está nele o amor do Pai. 16Porque tudo o que
há no mundo – as paixões da natureza, a concupiscência dos olhos e a ostentação
da riqueza – não vem do Pai, mas do mundo. 17Ora, o mundo passa, e também a sua
concupiscência; mas aquele que faz a vontade de Deus permanece para sempre - Palavra do Senhor
SALMO RESPONSORIAL (SL 95)
O CÉU SE REJUBILE
E EXULTE A TERRA!
—
Ó família das nações, dai ao Senhor, ó nações, dai ao Senhor poder e glória,
dai-lhe a glória que é devida ao seu nome!
—
Oferecei um sacrifício nos seus átrios, adorai-o no esplendor da santidade,
terra inteira, estremecei diante dele!
—
Publicai entre as nações: Reina o Senhor! Ele firmou o universo inabalável, e
os povos ele julga com justiça
EVANGELHO (LC 2,36-40)
PROCLAMAÇÃO DO
EVANGELHO DE JESUS CRISTO + SEGUNDO LUCAS -
Naquele tempo, 36havia também uma profetisa, chamada Ana, filha de Fanuel, da
tribo de Aser. Era de idade muito avançada; quando jovem, tinha sido casada e
vivera sete anos com o marido. 37Depois ficara viúva, e agora já estava com
oitenta e quatro anos. Não saía do Templo, dia e noite servindo a Deus com
jejuns e orações. 38Ana chegou nesse momento e pôs-se a louvar a Deus e a falar
do menino a todos os que esperavam a libertação de Jerusalém. 39Depois de
cumprirem tudo, conforme a Lei do Senhor, voltaram à Galileia, para Nazaré, sua
cidade. 40O menino crescia e tornava-se forte, cheio de sabedoria; e a graça de
Deus estava com ele - Palavra da
Salvação
MENSAGEM
DO DIA 28 de março de 1985 - "Hoje quero dirigir-Ihes este convite: REZEM, REZEM, REZEM!
Na oração, vocês experimentarão uma imensa alegria e encontrarão a solução para
todas as situações difíceis. Obrigada pelos progressos que vocês estão fazendo
na oração! Cada um de vocês é caro ao Meu coração e agradeço a todos aqueles
que incrementaram a oração em suas famílias" – MENSAGEM DE NOSSA SENHORA EM MEDJUGORJE
A IGREJA CELEBRA HOJE , A SAGRADA FAMÍLIA - Se
o Natal tiver sido ao domingo; não tendo sido assim, a Sagrada Família
celebrar-se-á no domingo dentro da Oitava do Natal. Da alocução de Paulo VI, Papa, em Nazaré,
5.1.1964: O exemplo de Nazaré: Nazaré é a escola em que se começa a compreender
a vida de Jesus, é a escola em que se inicia o conhecimento do Evangelho. Aqui
se aprende a observar, a escutar, a meditar e a penetrar o significado tão
profundo e misterioso desta manifestação do Filho de Deus, tão simples, tão
humilde e tão bela. Talvez se aprenda também, quase sem dar por isso, a
imitá-la. Aqui se aprende o método e o caminho que nos permitirá compreender
facilmente quem é Cristo. Aqui se descobre a importância do ambiente que rodeou
a sua vida, durante a sua permanência no meio de nós: os lugares, os tempos, os
costumes, a linguagem, as práticas religiosas, tudo o que serviu a Jesus para
Se revelar ao mundo. Aqui tudo fala, tudo tem sentido. Aqui, nesta escola, se
compreende a necessidade de ter uma disciplina espiritual, se queremos seguir
os ensinamentos do Evangelho e ser discípulos de Cristo. Quanto desejaríamos
voltar a ser crianças e acudir a esta humilde e sublime escola de Nazaré!
Quanto desejaríamos começar de novo, junto de Maria, a adquirir a verdadeira
ciência da vida e a superior sabedoria das verdades divinas! Mas estamos aqui
apenas de passagem e temos de renunciar ao desejo de continuar nesta casa o
estudo, nunca terminado, do conhecimento do Evangelho. No entanto, não
partiremos deste lugar sem termos recolhido, quase furtivamente, algumas breves
lições de Nazaré. Em primeiro lugar, uma lição de silêncio. Oh se renascesse em
nós o amor do silêncio, esse admirável e indispensável hábito do espírito, tão
necessário para nós, que nos vemos assaltados por tanto ruído, tanto estrépito
e tantos clamores, na agitada e tumultuosa vida do nosso tempo. Silêncio de
Nazaré, ensina-nos o recolhimento, a interioridade, a disposição para escutar
as boas inspirações e as palavras dos verdadeiros mestres. Ensina-nos a
necessidade e o valor de uma conveniente formação, do estudo, da meditação, da
vida pessoal e interior, da oração que só Deus vê. Uma lição de vida familiar.
Que Nazaré nos ensine o que é a família, a sua comunhão de amor, a sua austera
e simples beleza, o seu caráter sagrado e inviolável; aprendamos de Nazaré como
é preciosa e insubstituível a educação familiar e como é fundamental e
incomparável a sua função no plano social. Uma lição de trabalho. Nazaré, a
casa do Filho do carpinteiro! Aqui desejaríamos compreender e celebrar a lei,
severa mas redentora, do trabalho humano; restabelecer a consciência da sua
dignidade, de modo que todos a sentissem; recordar aqui, sob este teto, que o
trabalho não pode ser um fim em si mesmo, mas que a sua liberdade e dignidade
se fundamentam não só em motivos econômicos, mas também naquelas realidades que
o orientam para um fim mais nobre. Daqui, finalmente, queremos saudar os
trabalhadores de todo o mundo e mostrar-lhes o seu grande Modelo, o seu Irmão
divino, o Profeta de todas as causas justas que lhes dizem respeito, Cristo
Nosso Senhor.João Paulo II, na Carta dirigida à família, por ocasião do Ano
Internacional da Família, 1994, escreve:A Sagrada Família é a primeira de
tantas outras famílias santas. O Concílio recordou que a santidade é a vocação
universal dos batizados (LG 40). Como no passado, também na nossa época não
faltam testemunhas do “evangelho da família”, mesmo que não sejam conhecidas
nem proclamadas santas pela Igreja…A Sagrada Família, imagem modelo de toda a
família humana, ajude cada um a caminhar no espírito de Nazaré; ajude cada
núcleo familiar a aprofundar a própria missão civil e eclesial, mediante a
escuta da Palavra de Deus, a oração e a partilha fraterna da vida! Maria, Mãe
do amor formoso, e José, Guarda e Redentor, nos acompanhem a todos com a sua
incessante proteção. Sagrada Família de
Nazaré, rogai por nós!
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