NO INFERNO , SOFRIMENTO ETERNO
CRUCIABUNTUR DIE AC NOCTE IN
SAECULA SAECULORUM — “SERÃO
ATORMENTADOS DIA E NOITE PELOS SÉCULOS DOS SÉCULOS” (APOC. 20, 10)
SUMÁRIO - Consideremos
que o inferno é um cárcere tristíssimo, no qual se sofrem todas as penas e
todas elas eternamente. De sorte que passarão cem anos, passarão mil, e o
inferno apenas terá começado. Passarão cem mil séculos, passarão cem milhões, e
o inferno estará ainda no seu princípio. Ora, esse inferno nos está também
preparado, se não nos aplicarmos ao serviço de Deus, se O ofendermos pelo
pecado. Quantos dentre os que, como nós, meditaram nesse horroroso cárcere,
estão agora nele queimando para sempre!
I. Considera que o
inferno não tem fim; sofrem-se nele todas as penas, e todas elas eternamente.
De sorte que passarão cem anos de sofrimentos, passarão mil, e o inferno terá
apenas começado. Passarão cem mil, cem milhões, mil milhões de anos e de
séculos, e o inferno estará ainda no seu princípio. — Se um anjo
fosse nesta hora dizer a um réprobo que Deus o quer livrar do inferno, mas
quando? Quando tiverem passado tantos milhões de séculos quantas são as gotas
de água, as folhas das árvores, e os grãos de areia que existem no oceano e na
terra, vós haveríeis de ficar pasmos; mas a verdade é que aquele réprobo
sentiria mais alegria com tal notícia do que vós se vos dessem a notícia de
haverdes sido eleito rei de um grande reino. Sim, porque o réprobo diria
consigo: é verdade que devem passar tantos séculos, mas chegará o dia em que
terminarão. Porém, os séculos hão de passar, e o inferno estará no seu
princípio; suceder-se-á tantas vezes igual número de séculos, quantos são os
grãos de areia, as gotas de água, as folhas das árvores, e ainda o inferno
estará no seu princípio. — Cada réprobo de boa vontade proporia a Deus esta
condição: Senhor, aumentai as minhas penas tanto quanto vos aprouver;
prolongai-as tanto quanto for da vossa vontade, mas ponde-lhe um termo qualquer
dia e ficarei contente. Mas não, esse fim nunca chegará
Se o pobre réprobo
pudesse ao menos iludir-se e consolar-se dizendo: quem sabe? Talvez um dia Deus
se apiede de mim e me livre do inferno! Mas não, o desgraçado réprobo terá
incessantemente diante da vista a sentença de sua condenação eterna, e dirá:
todas as penas que agora estou sofrendo, o fogo, os lamentos, nunca mais terão
fim? Nunca! E quanto tempo durarão? Sempre, sempre! Ó nunca! Ó sempre! Ó
eternidade! Ó inferno! Como? Os homens o crêem, e pecam e continuam a viver no
pecado?
II. Irmão meu, põe
sentido; lembra-te de que o inferno é também para ti, se cometeres o pecado. Já
está ardendo essa fornalha horrorosa debaixo de teus pés, e no momento em que
estás lendo isto, quantas almas caem nela! Lembra-te que, se uma vez mereceste
o inferno, dá graças a Deus por não te ter lançado nele. Procura o mais
depressa possível reparar o mal feito, chora os teus pecados e emprega os meios
mais aptos para a tua salvação. Confessa-te quanto antes, lê cada dia um pouco
em um ou outro livro espiritual; pratica a devoção a Maria Santíssima recitando
cada dia o Terço e jejuando cada sábado: resiste às tentações, chamando logo
por Jesus e Maria: foge das ocasiões do pecado, e se Deus te chamar para
deixares o mundo, faze-o, obedece. Tudo quanto se fizer para livrar-se de uma
eternidade de penas, é pouco, é nada: Nulla nímia securitas, ubi pericliatur aeternitas (1) —
“Nenhuma cautela é demasiada, quando se trata de assegurar uma eternidade
feliz”. Quantos eremitas foram viver em grutas, nos desertos, a fim de fugir do
inferno! E tu, o que fazer depois de teres merecido tantas vezes o inferno? Que
fazes? Que fazes? Vê que te condenas. Entrega-te a Deus e dize-lhe:
Eis-me aqui, ó Senhor
meu: quero fazer tudo quanto me pedirdes. Graças Vos dou por me terdes
suportado até hoje com tanta paciência; agradeço-Vos as luzes que agora me
destes, fazendo-me ver a minha insensatez, e o mal que fiz ultrajando-Vos com
tão numerosos pecados. Ah! Jesus, doce Salvador meu, detesto-os e arrependo-me
de toda a minha alma. Amo-Vos sobre todas as coisas. Vós não me condenastes ao
inferno, a fim de que eu comece a amar-Vos. Sim, quero amar-Vos, e quero
amar-Vos muito. Dai-me a força para compensar com o meu amor os desgostos que
Vos tenho dado. † Doce Coração
de Maria, sêde minha salvação (2). (II 479) – [Meditações: Para todos os Dias e
Festas do Ano : Tomo I – Santo Afonso Maria de Ligório – págs.
48 – 50]
LITURGIA DO DIA 27 DE DEZEMBRO DE 2013
PRIMEIRA
LEITURA (1JO 1,1-4)
LEITURA DA PRIMEIRA CARTA DE SÃO JOÃO - 1Caríssimos,
o que era desde o princípio, o que nós ouvimos, o que vimos com os nossos
olhos, o que contemplamos e as nossas mãos tocaram da Palavra da Vida – 2de
fato, a Vida manifestou-se e nós a vimos, e somos testemunhas, e a vós
anunciamos a Vida eterna, que estava junto do Pai e que se tornou visível para
nós –; 3isso que vimos e ouvimos, nós vos anunciamos, para que estejais
em comunhão conosco. E a nossa comunhão é com o Pai e com seu Filho, Jesus
Cristo. 4Nós vos escrevemos estas coisas para que a nossa alegria fique
completa - Palavra do Senhor
SALMO RESPONSORIAL (SL 96)
Ó JUSTOS, ALEGRAI-VOS NO SENHOR!
— Deus é Rei! Exulte a terra de alegria, e as ilhas
numerosas rejubilem! Treva e nuvem o rodeiam no seu trono, que se apoia na
justiça e no direito
— As montanhas se derretem como cera ante a face do
Senhor de toda a terra; e assim proclama o céu sua justiça, todos os povos
podem ver a sua glória
— Uma luz já se levanta para os justos, e a
alegria, para os retos corações. Homens justos, alegrai-vos no Senhor, celebrai
e bendizei seu Santo nome!
EVANGELHO (JO 20,2-8)
PROCLAMAÇÃO DO EVANGELHO DE JESUS CRISTO + SEGUNDO JOÃO - No primeiro dia da semana, 2Maria
Madalena saiu correndo e foi encontrar Simão Pedro e o outro discípulo, aquele
que Jesus amava, e lhes disse: “Tiraram o Senhor do túmulo, e não sabemos onde
o colocaram”. 3Saíram, então, Pedro e o outro discípulo e foram ao
túmulo. 4Os dois corriam juntos, mas o outro discípulo correu mais
depressa que Pedro e chegou primeiro ao túmulo. 5Olhando para dentro,
viu as faixas de linho no chão, mas não entrou. 6Chegou também Simão
Pedro, que vinha correndo atrás, e entrou no túmulo. Viu as faixas de linho
deitadas no chão 7e o pano que tinha estado sobre a cabeça de Jesus, não
posto com as faixas, mas enrolado num lugar à parte. 8Então entrou
também o outro discípulo, que tinha chegado primeiro ao túmulo. Ele viu e
acreditou - Palavra da Salvação
MENSAGEM DO DIA 14
de janeiro de 1985 - "Meus queridos filhos! Satanás é muito forte e, com todas
as suas energias, deseja destruir os Meus planos, que comecei a realizar com
vocês. Vocês rezem, somente rezem e não cessem de rezar nem por um instante.
Também Eu pedirei ao Meu Filho para que se realizem todos os Meus planos, que
Eu já iniciei. Sejam pacientes e perseverantes nas orações! E não permitam que
Satanás os enfraqueça. Ele trabalha muito no mundo. Estejam atentos" – MENSAGEM DE NOSSA SENHORA EM
MEDJUGORJE
A IGREJA CELEBRA HOJE ,
SÃO JOÃO EVANGELISTA
- O nome deste evangelista significa: “Deus é misericordioso”:
uma profecia que foi se cumprindo na vida do mais jovem dos apóstolos. Filho de
Zebedeu e de Salomé, irmão de Tiago Maior, ele também era pescador, como Pedro
e André; nasceu em Betsaida e ocupou um lugar de primeiro plano entre os
apóstolos. Jesus teve tal predileção por João que este assinalava-se como “o
discípulo que Jesus amava”. O apóstolo São João foi quem, na Santa Ceia,
reclinou a cabeça sobre o peito do Mestre e, foi também a João, que se
encontrava ao pé da Cruz ao lado da Virgem Santíssima, que Jesus disse: “Filho, eis aí a tua mãe” e, olhando para Maria disse: “Mulher, eis aí o teu filho”. (Jo 19,26s). Quando Jesus se transfigurou, foi João,
juntamente com Pedro e Tiago, que estava lá. João é sempre o homem da elevação
espiritual, mas não era fantasioso e delicado, tanto que Jesus chamou a ele e a
seu irmão Tiago de Boanerges, que significa “filho do
trovão”. João esteve desterrado em Patmos, por ter dado testemunho de Jesus.
Deve ter isto acontecido durante a perseguição de Domiciano (81-96 dC). O
sucessor deste, o benigno e já quase ancião Nerva (96-98), concedeu anistia
geral; em virtude dela pôde João voltar a Éfeso (centro de sua atividade
apostólica durante muito tempo, conhecida atualmente como Turquia). Lá o coloca
a tradição cristã da primeiríssima hora, cujo valor histórico é irrecusável. O
Apocalipse e as três cartas de João testemunham igualmente que o autor vivia na
Ásia e lá gozava de extraordinária autoridade. E não era para menos. Em nenhuma
outra parte do mundo, nem sequer em Roma, havia já apóstolos que sobrevivessem.
E é de imaginar a veneração que tinham os cristãos dos fins do século I por
aquele ancião, que tinha ouvido falar o Senhor Jesus, e O tinha visto com os
próprios olhos, e Lhe tinha tocado com as próprias mãos, e O tinha contemplado
na sua vida terrena e depois de ressuscitado, e presenciara a sua Ascensão aos
céus. Por isso, o valor dos seus ensinamentos e o peso de das suas afirmações
não podiam deixar de ser excepcionais e mesmo únicos. Dele dependem (na sua doutrina, na sua
espiritualidade e na suave unção cristocêntrica dos escritos) os Santos Padres
daquela primeira geração pós-apostólica que com ele trataram pessoalmente ou se
formaram na fé cristã com os que tinham vivido com ele, como S. Pápias de
Hierápole, S. Policarpo de Esmirna, Santo Inácio de Antioquia e Santo Ireneu de
Lião. E são estas precisamente as fontes donde vêm as melhores informações que
a Tradição nos transmitiu acerca desta última etapa da vida do apóstolo. São
João, já como um ancião, depara-se com uma terrível situação para a Igreja,
Esposa de Cristo: perseguições individuais por parte de Nero e perseguições
para toda a Igreja por parte de seu sucessor, o Imperador Domiciano. Além
destas perseguições, ainda havia o cúmulo de heresias que desentranhava o
movimento religioso gnóstico, nascido e propagado fora e dentro da Igreja,
procurando corroer a essência mesma do Cristianismo. Nesta situação, Deus
concede ao único sobrevivente dos que conviveram com o Mestre a missão de ser o
pilar básico da sua Igreja naquela hora terrível. E assim o foi. Para aquela
hora, e para as gerações futuras também. Com a sua pregação e os seus escritos
ficava assegurado o porvir glorioso da Igreja, entrevisto por ele nas suas
visões de Patmos e cantado em seguida no Apocalipse. Completada a sua obra, o
santo evangelista morreu quase centenário, sem que nós saibamos a data exata.
Foi no fim do primeiro século ou, quando muito, nos princípios do segundo, em
tempo de Trajano (98-117 dC). Três são as obras saídas da sua pena incluídas no
cânone do Novo Testamento: o quarto Evangelho, o Apocalipse e as três cartas
que têm o seu nome - São João
Evangelista, rogai por nós!
Nenhum comentário:
Postar um comentário