Leila,
52 anos, é viúva e mãe de três filhos. Mora no Líbano, na Planície de Bekaa.
Quando decidiu vir a Medjugorje, tinha o coração despedaçado pela angústia e
pela tristeza. Foi a irmã quem a incentivou a vir. Mas, por causa do peso que a
oprimia, veio como um autômato, sem nenhuma convicção. O marido morrera de
câncer no fígado, havia quatro anos. Depois de sua morte, ela parou de rezar,
não vivia mais. Fugia de todos e fechava-se numa revolta e tristeza
aparentemente sem saída. No quarto dia da peregrinação, telefonou à irmã,
desesperada: “Não sei o que vim fazer aqui, sinto-me terrivelmente mal. O pior
é que aí no Líbano também é terrível, não encontro paz. Melhor seria se tivesse
ficado em casa!”. A irmã tratou de encorajá-la, assegurando-lhe que,
acompanhada por outros, estava rezando muito para que ela encontrasse a paz.
Também oferecia Missas e Vias-Sacras em sua intenção.
Sexta-feira
passada, 10 de maio, Leila estava junto à Cruz Azul (ao pé da Colina das
Aparições), afastada da multidão que se encontrava reunida na Igreja para o
Rosário. Chegou também uma amiga do seu grupo, que propôs rezarem um terço.
Leila sentou-se numa pedra e a amiga noutra e rezaram em silêncio, para respeitar
a oração de pessoas francesas que haviam chegado. Então Leila, no coração,
clamou à Virgem todo o seu sofrimento, dizendo: “Por que me deixastes vir aqui
se ainda sofro mais do que no Líbano? Vede que não tenho paz. Peço-Vos,
ajudai-me! E se vedes alguma coisa que bloqueia a paz no meu coração,
suplico-Vos que ma tireis, porque á já não suporto mais. Abençoai-me, dai-me um
sinal! Se me libertardes, prometo rezar um Terço todos os dias da minha vida
pela alma do meu marido”. O céu estava muito nublado, tinha chovido. Por volta
das 18h30m, Leila levantou os olhos e, surpresa, viu o sol se movimentar e
brilhar com uma intensidade jamais vista. No entanto, podia fixar os olhos nele
sem os molestar. Parecia que o sol crescia e pulsava, indo e vindo em sua
direção, num movimento semelhante ao de um coração que bate. Transformou-se
numa hóstia imensa e, depois, a Virgem apareceu, de braços aberto, como para
acolher alguém. Estava vestida de branco, resplandecente de luz e, junto dEla,
havia uma cruz luminosa. Depois, apareceu Jesus, junto de Nossa Senhora, com a
coroa de espinhos. Leila via somente o Seu rosto, ensanguentado. Ele olhava
para Leila, que se pôs a chorar, não querendo acreditar no que seus olhos viam.
Ficou assim, de olhos fixos nEle durante 20 minutos, sem poder fazer o menor
movimento. A amiga ouviu-a dizer em voz alta, várias, vezes, em libanês: “Não
partais, fica ainda!”. Por seu lado, outras pessoas presentes, entre as quais
alguns franceses, viam o memo, mas sem o rosto de Cristo. Depois deste
acontecimento, Leila só conseguia repetir: “Obrigada, meu Deus, pela graça que
me destes!”.
Não
desejo dar a descrição detalhada do que Leila viu, e menos ainda pronunciar-me
sobre esta manifestação particular. Mas, se a árvore se reconhece pelos frutos,
todos nós vemos que Leila se tornou outra pessoa. A paz invadiu-a
profundamente, a oração voltou a brotar do seu coração e, sobretudo, eu
terrível bloqueio em relação ao marido desfez-se. Pela primeira vez, Leila pôde
conceder o perdão que nunca tinha dado antes, perdoar os anos de sofrimento
conjugal que este falecimento tinha como que encerrado no seu coração, sem
possibilidade de sair de lá. Pouco importa o que Leila viu com seus olhos, mas
uma coisa é certa: tornou-se leve e sua felicidade é indizível! A paz interior
finalmente invadiu-a! nessa mesma noite, telefonou à irmã para lhe dizer,
chorando de alegria: “Eu vi Nossa Senhora! Eu vi Jesus!”.
Muitas
pessoas, como Leila, ficam encerradas na revolta e na amargura depois da morte
de alguém que lhes é próximo, quando não puderam perdoar-se mutuamente durante
a vida dessa pessoa. Muitos pensam então que já é tarde demais para fazer as
pazes, creem ter perdido definitivamente a oportunidade de se reconciliar com o
defunto que agora á não pode falar-lhes. Daqui resultam graves perturbações na
alma, de que o maligno se serve facilmente, muitas vezes até levar ao desespero
a pessoa que ainda ficou nesta vida. Mas as graças de Deus não são limitadas
pelo tempo e pelas circunstâncias! Com Ele, nunca é demasiado tarde, sobretudo
para a misericórdia. Como é importante fazer a paz, tanto com o mortos, como
com o vivos! Deus concede esta graça de libertação; é preciso desejá-la e
pedi-la. Do outro lado, o falecido vê agora as coisas de forma muito diferente.
O erro está em fixar a imagem do morto no estado em que estava quando nos
deixou, como se a sua morte fosse o seu ponto final. Ora, o que se passa com
ele é muito diferente; sua saída deste mundo transformou-o profundamente, mais
profundamente que qualquer conversão espetacular o teria feito na terra. Mesmo
que ainda sofra no Purgatório, ama agora todos os homens com um amor puro, sem
manchas, totalmente insulado por Deus; agora já não pode mais pecar, deseja
para os seus o que o próprio Deus deseja: com toda a sua alma, desposa e ama a
vontade de Deus. Assim, as más recordações que poderiam persistir no coração
dos que ficam, por assim dizer, “caducam”; portanto, é importante que se
libertem delas o mais rapidamente possível. Em Medjugorje, encontram-se numerosas
pessoas de luto. Eu constato que a Mãe de Deus intervém com poder para consolar
Seus filhos. Ela varre as velharias que paralisam tantos corações. Basta
pedir-Lhe e abrirmo-nos sinceramente a esta graça de renovação; então a vida se
infiltrará nestes corações, como mostra a experiência de Leila (geralmente sem
visões nem manifestações extraordinárias!).
Fonte:
Irmã Emmanuel - Childrenofmedjugorje
"...Estava vestida de branco, resplandecente de luz...".
ResponderExcluirConfere. É verídico.