A NECESSIDADE DA CONTRIÇÃO
PERFEITA
É IMPORTANTE NA VIDA E NA MORTE
I — É importante na vida
Porque: que precioso não é o estado de graça! A
graça não adorna somente a alma, mas invade-a e penetra-a toda, e transforma-a
em uma nova criatura, em filha de Deus e herdeira do céu. Além disso, faz com
que todas as obras e trabalhos do cristão sejam meritórios para o Céu; a graça
é a varinha mágica que tudo converte em ouro, porém em ouro de méritos
celestiais. Pelo contrário, que triste é o estado do cristão que jaz em pecado!
Todos os seus trabalhos, todas as suas orações, todas as suas boas obras ficam
inúteis e sem mérito para o Céu; é inimigo de Deus e, no momento em que o tênue
fio da vida se parta, cairá precipitado no inferno. Não será, pois, importante
e necessário o estado de graça para o cristão? Pois, se o
perdeste, podes recuperá-lo, principalmente de duas maneiras:
1º Pela Confissão
2º Pela contrição perfeita
A Confissão é o meio adequado e ordinário para
alcançar a graça santificante. Como este meio, porém, nem sempre está ao nosso
alcance, Deus deu-nos outro extraordinário, que é a contrição perfeita. Imagina
que, um dia, tens a imensa desgraça de cometer um pecado mortal. Quando,
passada a agitação do dia, vem o sossego da noite, a tua consciência angustiada
levanta-se e clama com voz poderosa. — Confessar-se agora... não é possível.
Como remediar este estado? Pois olha, Deus põe em tuas mãos a chave de ouro que
te vai abrir as portas do Céu; arrepende-te de teus pecados por verdadeiro amor
de Deus, protesta-lhe firmemente não tornar a cometê-los, promete confessá-los
quanto antes, e podes acreditar que estás reconciliado com Deus; deita-te
tranqüilo
Porém, se o cristão não conhece nem pratica a
contrição perfeita, que triste estado o da alma! Em pecado mortal se deita e se
levanta, e assim vive dois, três, quatro meses e mais, até a Confissão seguinte
E talvez que, neste estado, continue por anos
inteiros, sem que a profunda noite do pecado seja interrompida, nem um momento
sequer, na sua alma pelos raios do sol da graça depois da Confissão. Triste
estado! Viver quase sempre em pecado, inimigo de Deus, sem mérito para o Céu e
em perigo de eterna condenação! Mais; quando alguém, antes de receber um
sacramento, por exemplo, o da Confirmação, o do Matrimonio, se lembra de um
pecado grave não perdoado, pode, pela contrição perfeita, fazer-se digno de
receber o sacramento. Somente para a Comunhão, isso não basta; é necessária a
Confissão
Também para o cristão que está em estado de graça,
é importante o uso freqüente da contrição perfeita. Antes de tudo, nunca
podemos estar completamente seguros de que estamos em estado de graça. Porém,
esta segurança aumenta e se confirma com cada ato de verdadeira contrição
perfeita. Sucede, além disso, que alguém tenha dúvida sobre se consentiu em
alguma tentação; estas dúvidas acovardam e desalentam a alma no caminho da
virtude. Que há a fazer nestes casos? Examinar se consentimos ou não? Isso de
nada aproveita. Excita-te à contrição perfeita e fica tranqüilo. Porém, ainda
que tivéssemos toda a certeza possível de que estamos em graça, que preciosa
não é a contrição perfeita! Por cada ato de contrição perfeita, aumentamos este
estado de graça na alma, e cada grau de graça vale mais do que todas as
riquezas do mundo. Por cada ato de contrição perfeita e caridade, destroem-se
os pecados veniais e as faltas que mancham a alma, e esta fica cada vez mais
formosa diante de Deus. Por cada ato de contrição perfeita, são perdoadas as
penas temporais dos pecados (*)
(*) Quer dizer que se perdoam sempre algumas penas
e até todas, se o ato for mui intenso (N. do T.)
Recorda-te do que o Senhor disse à Madalena:
“Perdoados lhe são muitos pecados, porque amou muito” (Lc 7,47). E se tanto
apreciamos, e com razão, as indulgências, as boas obras, as esmolas, incluamos
entre estas a caridade, a rainha das virtudes
Por cada ato de contrição perfeita vai a alma
confirmando-se mais e mais no bem e robustecendo-se contra o mal, de modo que,
com razão, pode esperar a suprema graça da perseverança final. Já vês, pois,
que é importante a contrição perfeita na vida. Porém, de modo particular
II — É importante na
morte
Sobretudo em perigo de morte repentina
Houve um grande incêndio numa cidade, e neste
pereceram centenas de pessoas. Entre muitas que gemiam no pátio de uma casa,
via-se um menino de doze anos que, de joelhos, pedia em voz alta a graça da
contrição; explicou depois porque o fazia e suplicou que orassem com ele em voz
alta . Talvez que, por seu intermédio, muitos daqueles infelizes se salvassem
para sempre
Perigos como este sem conta te cercam e, quando
menos o penses, podes ser vítima de uma desgraça repentina: podes, por exemplo,
cair de uma árvore; podes ser atropelado por um carro na rua; podes ser
surpreendido de noite, pelo fogo, na tua habitação; podes colocar mal o pé em
uma escada; pode ser que, enquanto trabalhas, te falte repentinamente os
sentidos e caias... levam-te moribundo à casa, vão a correr chamar o sacerdote;
este, porém, tarda em chegar, e urge tanto!... Que fazer? Excita-te em seguida
à contrição perfeita, arrepende-te por amor e gratidão para com Deus, e Jesus
Cristo paciente salvar-te-á por toda a eternidade; a contrição perfeita terá
sido para ti a chave do Céu no último momento e no último e supremo transe para
a alma e para o corpo
Com isto, não desejo que alguém se aventure a
deixar tudo para o último momento, à mercê de um ato de contrição perfeita,
julgando ficar já por isso livre de pecado, pois é muito duvidoso que a
contrição perfeita possa servir aos que têm pecado à sua sombra. O que deixo
dito vale, antes de tudo e sobretudo, para os que têm boa vontade
— Porém, haverá tempo — dir-me-ás — em tais
circunstâncias, para fazer um ato de contrição perfeita?
Com a ajuda de Deus, sim; porque, para a contrição
perfeita não se
requer muito tempo, sobretudo quando antes, em
tempo de saúde, nos temos exercitado nela; em um momento a podemos excitar e
penetrar na alma. E como, em casos tão extraordinários, tem mais eficácia a
graça de Deus, e o espírito, mais atividade no transe tremendo da morte, dos
momentos se fazem horas. Lembra-te de que falo por experiência própria. Uma
vez, a 20 de julho de 1886, estive em grande e terrível perigo de morte, seria
coisa de oito ou dez segundos, o espaço para meio Pai-Nosso
Pois, em tão curto espaço de tempo, mil pensamentos
cruzaram-se em minha mente; a minha vida inteira passou diante de minha alma,
com rapidez incrível, e, atrás dela, o que seria de mim depois da minha morte;
tudo isto, como disse, num espaço de tempo insignificante, o suficiente para
meio Pai- Nosso. Por dita minha, porém, e grande favor de Deus, a quem rendo
graças, não foi aquele momento para morte, mas sim para vida; — do contrário,
não teria podido escrever a Chave de ouro
Pois, a primeira coisa que fiz, em tão terrível
momento, foi o que, segundo o Catecismo, deve fazer todo o cristão em perigo de
morte: excitar-se à contrição e recorrer a Deus pedindo-a e implorando-a a seu
favor
E a verdade é que, naquela ocasião, creio que
aprendi a amar e apreciar o valor da contrição perfeita; desde então tenho
difundido, quanto me tem sido possível, o seu conhecimento e estima
E esta misericórdia, que podes exercitar na tua
alma no último momento, podes exercitá-la também com os demais cristãos, teus
irmãos. E quão triste é que, em tão apurado transe, não seja isto melhor
compreendido!
Acode muita gente, choram e gritam
desordenadamente, e, sem saber que fazer, correm à procura do medico e do
sacerdote, trazem todos os remédios que têm em casa e, entretanto, o enfermo
agoniza, e... naqueles breves mas preciosos momentos, talvez não haja quem se
compadeça da sua alma imortal e lhe proponha que faça um ato de contrição
perfeita e o salve para sempre
Se te apresentar ocasião, vai com sossego e
tranqüilidade para o lado do moribundo ferido ou enfermo; se te for possível,
põe-lhe o Crucifixo diante dos olhos e, com voz firme mas tranqüila, pede-lhe
que pense e repita com o coração o que tu vais rezar; e, feito isto, vai
dizendo compassada e claramente o ato de contrição, ainda que te pareça que ele
nada ouve nem entende. Com isto, terás feito uma obra sumamente boa, e o
moribundo te agradecerá eternamente no Céu. Sim, até mesmo a um herege, podes
ajudar desta maneira em seus últimos momentos; não lhe fales, se queres, de
Confissão, porém excita-o a que faça um ato de amor de Deus e de Jesus
Crucificado e dize-lhe compassadamente o ato de contrição
Trecho do Livro: A CONTRIÇÃO PERFEITA - UMA CHAVE
DE OURO DO CÉU, de Pe. J. de Driesch – Pags. 23-28
LITURGIA DO DIA 18 DE NOVEMBRO DE 2013
PRIMEIRA LEITURA (1MC 1,10-15.41-43.54-57.62-64)
LEITURA DO PRIMEIRO LIVRO DOS MACABEUS. Naqueles dias, 10brotou uma raiz iníqua, Antíoco Epífanes,
filho do rei Antíoco. Estivera em Roma, como refém, e subiu ao trono no ano
cento e trinta e sete da era dos gregos. 11Naqueles dias, apareceram em
Israel pessoas ímpias, que seduziram a muitos, dizendo: “Vamos fazer uma
aliança com as nações vizinhas, pois, desde que nos isolamos delas, muitas
desgraças nos aconteceram”. 12Estas palavras agradaram, 13e
alguns do povo entusiasmaram-se e foram procurar o rei, que os autorizou a
seguir os costumes pagãos. 14Edificaram em Jerusalém um ginásio, de
acordo com as normas dos gentios. 15Aboliram o uso da circuncisão e
renunciaram à aliança sagrada. Associaram-se com os pagãos e venderam-se para
fazer o mal. 41Então o rei Antíoco publicou um decreto para todo o
reino, ordenando que todos formassem um só povo, obrigando cada um a abandonar
seus costumes particulares. 42Todos os pagãos acataram a ordem do rei
43e inclusive muitos israelitas adotaram sua religião, sacrificando aos
ídolos e profanando o sábado. 54No dia quinze do mês de Casleu, no ano
cento e quarenta e cinco, Antíoco fez erigir sobre o altar dos sacrifícios a
Abominação da desolação. E pelas cidades circunvizinhas de Judá construíram
altares. 53Queimavam incenso junto às portas das casas e nas ruas. 56Os
livros da Lei, que lhes caíam nas mãos, eram atirados ao fogo, depois de
rasgados. 57Em virtude do decreto real, era condenado à morte todo
aquele em cuja casa fosse encontrado um livro da Aliança, assim como qualquer
pessoa que continuasse a observar a Lei. 62Mas muitos israelitas
resistiram e decidiram firmemente não comer alimentos impuros. 63Preferiram
a morte a contaminar-se com aqueles alimentos. E, não querendo violar a aliança
sagrada, esses foram trucidados. 64Uma cólera terrível se abateu sobre
Israel - Palavra do Senhor
SALMO
RESPONSORIAL (SL
118,53.61.134.150.155.158)
VIVIFICAI-ME, Ó SENHOR, E GUARDAREI VOSSA ALIANÇA!
— Apodera-se de
mim a indignação, vendo que os ímpios abandonam vossa lei
— Mesmo que os
ímpios me amarrem com seus laços, nem assim hei de esquecer a vossa lei
— Libertai-me da
opressão e da calúnia, para que eu possa observar vossos preceitos!
— Meus opressores
se aproximam com maldade; como estão longe, ó Senhor, de vossa lei!
— Como estão longe
de salvar-se os pecadores, pois não procuram, ó Senhor, vossa vontade!
— Quando vejo os
renegados, sinto nojo, porque foram infiéis á vossa lei
EVANGELHO (LC
18,35-43)
PROCLAMAÇÃO DO EVANGELHO DE JESUS CRISTO + SEGUNDO
LUCAS - 35Quando Jesus se
aproximava de Jericó, um cego estava sentado à beira do caminho, pedindo
esmolas. 36Ouvindo a multidão passar, ele perguntou o que
estava acontecendo. 37Disseram-lhe que Jesus Nazareno estava
passando por ali. 38Então o cego gritou: “Jesus, filho de
Davi, tem piedade de mim!” 39As pessoas que iam na frente
mandavam que ele ficasse calado. Mas ele gritava mais ainda: “Filho de Davi,
tem piedade de mim!” 40Jesus parou e mandou que levassem o
cego até ele. Quando o cego chegou perto, Jesus perguntou: 41“Que
queres que eu faça por ti?” O cego respondeu: “Senhor, eu quero enxergar de
novo”. 42Jesus disse: “Enxerga, pois, de novo. A tua fé te
salvou”. 43No mesmo instante, o cego começou a ver de novo e
seguia Jesus, glorificando a Deus. Vendo isso, todo o povo deu louvores a Deus –
Palavra da Salvação
Mensagem de Nossa Senhora
a vidente Mirjana Dragicevic-Soldo em 02/04/2012 - “Queridos
filhos, como a Rainha da Paz, EU desejo dar a paz a vocês, Meus filhos, a
verdadeira paz que vem através do Coração Divino do MEU DIVINO FILHO. Como uma
mão, EU rezo que a sabedoria, a humildade e a bondade possam vir a reinar nos
seus corações – que a paz possa reinar – que MEU FILHO possa reinar. Quando MEU
FILHO for o senhor nos seus corações, vocês serão capazes de ajudar os outros a
virem a conhecê-LO. Quando a paz celestial chegar a reinar sobre vocês, aqueles
que a estão procurando nos lugares errados, causando assim dor ao Meu Coração
Maternal, a reconhecerão. Meus filhos, grande será a Minha alegria quando EU
ver que vocês estão aceitando as Minhas palavras e que vocês desejam ME seguir.
Não tenham medo, vocês não estão sozinhos. Dêem-Me as suas mãos e EU os
guiarei. Não esqueçam dos seus pastores. Rezem para que em seus pensamentos
eles sempre estejam com o MEU FILHO que os chamou para testemunhá-LO. Obrigada
a vocês” – MENSAGEM
DE NOSSA SENHORA EM MEDJUGORJE
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