terça-feira, 15 de outubro de 2013

O VALOR DO SILÊNCIO NA SANTA MISSA - LITURGIA DIÁRIA , 16 DE OUTUBRO DE 2013


O VALOR DO SILÊNCIO NA SANTA MISSA

A Santa Missa é patrimônio espiritual de todos a serviço da Glória de Deus e santificação das pessoas . "SANTA MISSA É SACRIFÍCIO! QUEM BATE PALMAS NA SANTA MISSA ESTÁ APLAUDINDO OS ALGOZES!" - (PAPA BENTO XVI)


É triste ver como o ativismo adentrou mesmo dentro das igrejas, como o pragmatismo toma espaço e como os homens simplesmente fogem do silêncio e da quietude. A solidão virou sinônimo de mal nos tempos hodiernos. Tudo isto representa, de fato, uma grande inversão dos retos valores do espírito

Por vezes, temos o Santíssimo exposto e basta que haja um microfone ou alguns livros devocionais para que se tenham garantidas duas horas de barulho ininterrupto. Aquilo a que chamam oração, por vezes, não passa de mera fuga, de esquiva. Simplesmente não há verdadeira entrega, porque nos mantemos apegados ao nosso jeito, às nossas opiniões, às nossas preferências. É preciso libertar-se disto! 

"Retira as sandália", fica nu! "Não sabemos rezar nem pedir como convém" porque nos fiamos em nós mesmos, na nossa limitada compreensão das coisas. É preciso desnudarmo-nos e, na nossa pobreza, podermos sentar aos pés dEle, silenciosos, enquanto Ele, também silente, nos olha e nos sonda. "A linguagem que Deus mais entende é a do silêncio de amor" escreve o doutor da noite. E este silêncio se faz presente não simplesmente quando nos abrimos à vontade dEle, o que caracteriza a atitude amorosa; mas, também, quando, desejosos de O louvar e adorar, reconhecemos a baixeza dos nossos termos e compreendemos que, se o quiséssemos louvar com nossas palavras, antes teríamos de reduzi-Lo ao nível pobre dos nossos conceitos. Diante do inefável, calamos e o nosso silêncio se torna a mais linda canção de amor. É o que os místicos chamam canção silenciosa ou solidão sonora

Não se trata aqui de negar a eficácia da oração vocal. Ao contrário, reconheço mesmo a sua necessidade. Mas é preciso aprofundar as coisas. Sempre que louvamos a Deus de forma conceitual, nos utilizamos de termos que a Ele se atribuem apenas de forma analógica. Deus está para além deles. E não apenas nisto, mas também nas supostas experiências espirituais pelas quais pode um cristão passar. Estaria enganado quem, ao sentir um raio solar sobre a pele, supusesse já conhecer o ardor do sol

É preciso pobreza e amor! Quando somos pobres, percebemos o abismo que é Deus e, diante disto, calamos! Quando amamos, percebemos que isto está além das palavras e, então, calamos. Sobretudo, quem ama quer imitar, como escreveu S. Pedro Julião Eymard. Ao contemplá-Lo no Santíssimo Sacramento, percebemo-Lo quieto e escondido. É então que, amando-O, O imitamos e descobrimos estas verdades veladas, estas pérolas escondidas.. Deus é simples e grande amigo do escondimento, do silêncio e da solidão. No momento em que encontramos algo escondido, nos tornamos, também, neste momento, escondidos. É então que Ele nos leva aos Seus aposentos e nos dá de beber da sua adega

As palmas não são reconhecidas como um sinal litúrgicos pelo ritual e também não se compatibilizam com a natureza sacrifical da Missa, que como sabemos é renovação incruenta da paixão e morte de Nosso Senhor Jesus Cristo, memorial da nossa salvação. O PAPA BENTO XVI, NA CARTA APOSTÓLICA SACRAMENTUM CARITATIS, expõe com muita clareza a dinâmica da espiritualidade eucarística em três momentos: acreditar, celebrar, vivenciar

Por isso os gestos devem expressar o que acreditamos, celebrar a nossa fé seguindo o critério Lex orandi, Lex credendi . Porque não se adequa a teologia da Missa que conforme a Carta Apostólica Domenica Caena de João Paulo II do 24/02/1980, exige respeito a sacralidade e sacrificialidade do mistério eucarístico : “0 mistério eucarístico disjunto da própria natureza sacrifical e sacramental deixa simplesmente de ser tal”. Superando as visões secularistas que reduzem a eucaristia a uma ceia fraterna ou uma festa profana 
Porque bater palmas é um gesto que dispersa e distrai das finalidades da missa gerando um clima emocional que faz passar a assembléia de povo sacerdotal orante a massa de torcedores, inviabilizando o recolhimento interior
Porque o gesto de bater palmas olvida e esquece duas importantes observações do então Cardeal Joseph Raztinger sobre os desvios da Iiturgia : “A liturgia não é um show, um espetáculo que necessite de diretores geniais e de atores de talento. A liturgia não vive de surpresas simpáticas, de invenções cativantes, mas de repetições solenes. Não deve exprimir a atualidade e o seu efêmero, mas o mistério do Sagrado. Muitos pensaram e disseram que a Iiturgia deve ser feita por toda comunidade para ser realmente sua. É um modo de ver que levou a avaliar o seu sucesso em termos de eficácia espetacular, de entretenimento. Desse modo, porém , terminou por dispersar o propium litúrgico que não deriva daquilo que nós fazemos, mas, do fato que acontece. Algo que nós todos juntos não podemos, de modo algum, fazer. Na liturgia age uma força, um poder que nem mesmo a Igreja inteira pode atribuir-se : o que nela se manifesta e o absolutamente Outro que, através da comunidade chega até nós. Isto é, surgiu a impressão de que só haveria uma participação ativa onde houvesse uma atividade externa verificável : discursos, palavras, cantos, homilias, leituras, apertos de mão .... Mas ficou no esquecimento que o Concílio inclui na actuosa participatio também o silêncio, que permite uma participação realmente profunda, pessoal, possibilitando a escuta interior da Palavra do Senhor. Ora desse silêncio , em certos ritos, não sobrou nenhum vestígio"

Finalmente , porque sendo a Iiturgia um Bem de todos, temos o direito a encontrarmos a Deus nela, o direito a uma celebração harmoniosa, equilibrada e sóbria que nos revele a beleza eterna do Deus Santo, superando tentativas de reduzi-Ia a banalidade e a mediocridade de eventos de auditório – [TEXTO DE DOM ROBERTO FRANCISCO FERRERÍA PAZ BISPO AUXILIAR DE NITERÓI]

Diz o CONCÍLIO DE TRENTO"Se somos, forçosamente, obrigados a confessar que os fiéis não podem exercer obra mais Santa nem mais divina do que este Mistério terrível, no qual a Hóstia vivificadora, que nos reconciliou com Deus Pai, é, todos os dias, imolada pelos sacerdotes, parece bastante claro que devemos ter muito cuidado para fazer esta ação com grande pureza de coração e com a maior devoção exterior possível".Estas palavras dizem respeito tanto aos fiéis como ao celebrante
Os primeiros cristãos nos deram admiráveis exemplos a este respeito. Segundo o testemunho de São João Crisóstomo, ao entrar na Igreja, beijavam, humildemente, o assoalho e guardavam, durante a Santa Missa, tal recolhimento que se julgava estar em lugar deserto
Era de observar o preceito da liturgia de São Tiago"Todos devem se conservar no silêncio, no temor, no medo e no esquecimento das coisas terrestres, quando o Rei dos reis, Nosso Senhor Jesus Cristo, vem imolar-se e dar-se em alimento aos fiéis"
São Martinho conformou-se, exatamente, com esta recomendação. Nunca se sentava na igreja; de joelhos, ou em pé, orava com ar compenetrado de um santo assombro. Quando lhe perguntavam pela razão desta atitude, costumava dizer: "Como não temeria, visto que me acho em presença do Senhor?"
A piedosa imperatriz Leonor, esposa de Leopoldo I, assistia sempre, de joelhos, à Santa Missa. Quando lhe aconselhavam poupar a saúde e servir-se duma cadeira de braços, dizia: "Todos se inclinam diante de mim, pobre pecadora, ninguém de minha corte ousaria sentar-se em minha presença, e teria eu a coragem de fazê-lo em presença de meu Deus e Criador?" 

Método curto e devoto, para assistir com fruto à Santa Missa - (FONTE : São Leonardo de Porto-Maurício, Livro “As Excelências da Santa Missa”)


“Era opinião de São João Crisóstomo, opinião aprovada e confirmada por São Gregório, no quarto de seus Diálogos, que, no momento em que o padre celebra a Missa, os céus se abrem, e multidões de Anjos descem do Paraíso para assistir ao Santo Sacrifício. São Nilo abade, discípulo do mesmo São João Crisóstomo, afirma que via, quando este santo doutor celebrava, uma grande multidão daqueles espíritos celestes assistindo os ministros sagrados em suas augustas funções

Eis o meio mais adequado para assistir com fruto à Santa Missa: consiste em irdes à igreja como se fôsseis ao Calvário, e de vos comportardes diante do altar, como o faríeis diante do trono de DEUS, em companhia dos Santos Anjos. Vede, por conseguinte, que modéstia, que respeito, que recolhimento são necessários para receber o fruto e as graças que DEUS costuma conceder àqueles que honram, com sua piedosa atitude, mistérios tão santos

Entre os hebreus, enquanto se celebravam os sacrifícios da antiga Lei, nos quais se ofereciam apenas touros, cordeiros e outros animais, era coisa digna de admiração ver com quanto recolhimento, modéstia e silêncio o povo todo acompanhava. E, se bem que o número de assistentes fosse incalculável, além dos setecentos ministros que sacrificavam, parecia, no entanto, que o templo estava vazio, pois não se ouvia o menor ruído, nem um sopro. Ora, se havia tanto respeito e veneração por esses sacrifícios que, afinal, não eram mais que uma sombra e figura do nosso, que silêncio, que atenção, que devoção não merece a Santa Missa, na qual o próprio Cordeiro Imaculado, o Verbo de DEUS, se imola por nós ?!

Bem o compreendia Santo Ambrósio. No testemunho de Cesário, quando ele celebrava a Santa Missa, após o Evangelho virava-se para o povo e o exortava a um piedoso recolhimento e impunha a todos guardar o mais rigoroso silêncio, não só proibindo a menor palavra, mas ainda abstendo-se de tossir ou fazer qualquer ruído. E era obedecido. Quem quer que assistisse à Santa Missa do santo Bispo, sentia-se tomado de profundo respeito e comovido até ao fundo da alma, tirando assim grande proveito e acréscimo de graças”


“Eis o meio mais adequado para assistir com fruto a Santa Missa : Consiste em irdes à Igreja como se fôsseis ao calvário, e de vos comportardes diante do altar como o faríeis diante do trono de Deus, em companhia dos santos anjos. Vede, por conseguinte, que modéstia, que respeito, que recolhimento são necessários para receber o fruto e as graças que deus costuma conceder àqueles que honram, com sua piedosa atitude, mistérios tão santos . Santo Ambrósio compreendia muito bem isso. Quando celebrava o santo sacrifício, (…) e incluído o Evangelho, se voltava para o povo, e depois de ter exortado os fiéis a um recolhimento profundo, os ordenava que guardassem o mais rigoroso silêncio . Essas prescrições eram cumpridas com exatidão, e por isso todos os que assistiam à Santa Missa sentiam-se como apreendidos de um santo temor e profundamente comovidos, de maneira que conseguiam muitos frutos e graças ” (São Leonardo de Porto Maurício . Tesouro escondido na Santa Missa)





LITURGIA DO DIA 16 DE OUTUBRO DE 2013
1º LEITURA: ROMANOS 2,1-11

XXVIII SEMANA COMUM - (VERDE - OFÍCIO DO DIA) - LEITURA DA CARTA DE SÃO PAULO AOS ROMANOS - 1Assim, és inescrutável, ó homem, quem quer que sejas, que te arvorar em juiz. Naquilo que julgas a outrem, a ti mesmo te condenas; pois tu, que julgas, fazes as mesmas coisas que eles.2Ora, sabemos que o juízo de Deus contra aqueles que fazem tais coisas corresponde à verdade.3Tu, ó homem, que julgas os que praticam tais coisas, mas as cometes também, pensas que escaparás ao juízo de Deus?4Ou desprezas as riquezas da sua bondade, tolerância e longanimidade, desconhecendo que a bondade de Deus te convida ao arrependimento?5Mas, pela tua obstinação e coração impenitente, vais acumulando ira contra ti, para o dia da cólera e da revelação do justo juízo de Deus,6que retribuirá a cada um segundo as suas obras:7a vida eterna aos que, perseverando em fazer o bem, buscam a glória, a honra e a imortalidade;8mas ira e indignação aos contumazes, rebeldes à verdade e seguidores do mal.9Tribulação e angústia sobrevirão a todo aquele que pratica o mal, primeiro ao judeu e depois ao grego;10mas glória, honra e paz a todo o que faz o bem, primeiro ao judeu e depois ao grego.11Porque, diante de Deus, não há distinção de pessoas - Palavra do Senhor

                           
SALMO RESPONSORIAL: SALMOS 61, 2 - 3 61, 6 - 7 61, 9 – 9

RESPOSTA:  SENHOR, PAGAIS A CADA UM, CONFORME SUAS OBRAS

1. Só em Deus a minha alma tem repouso, / porque dele é que me vem a salvação! /Só ele é meu rochedo e salvação, / a fortaleza, onde encontro segurança! -R.

2. 
Só em Deus a minha alma tem repouso, / porque dele é que me vem a salvação! /Só ele é meu rochedo e salvação, / a fortaleza, onde encontro segurança! -R.

3.
 Povo todo, esperai sempre no Senhor, / e abri diante dele o coração: / nosso Deus é um refúgio para nós! -R. 

EVANGELHO: LUCAS 11,42-46

PROCLAMAÇÃO DO EVANGELHO DE JESUS CRISTO, SEGUNDO LUCAS – Naquele tempo, 42Ai de vós, fariseus, que pagais o dízimo da hortelã, da arruda e de diversas ervas e desprezais a justiça e o amor de Deus. No entanto, era necessário praticar estas coisas, sem contudo deixar de fazer aquelas outras coisas.43Ai de vós, fariseus, que gostais das primeiras cadeiras nas sinagogas e das saudações nas praças públicas!44Ai de vós, que sois como os sepulcros que não aparecem, e sobre os quais os homens caminham sem o saber.45Um dos doutores da lei lhe disse: Mestre, falando assim também a nós outros nos afrontas.46Ele respondeu: Ai também de vós, doutores da lei, que carregais os homens com pesos que não podem levar, mas vós mesmos nem sequer com um dedo vosso tocais os fardos - Palavra da Salvação







APARIÇAO ANUAL PARA A VIDENTE MIRJANA EM 18 DE MARÇO DE 2011 . Nossa Senhora apareceu a Mirjana no Cruz Azul nesta manhã. Foi chovendo e muito frio. Nossa Senhora deu a seguinte mensagem : "Queridos filhos! Eu estou com vocês em nome do maior amor, em nome do querido Deus, que veio perto de vocês através do Meu Filho e lhes mostrou o verdadeiro amor. Eu desejo conduzir-vos no caminho de Deus. Desejo ensinar a vocês o verdadeiro amor para que outros possam vê-lo em vocês, que vocês possam vê-lo em outros, que vocês possam ser um irmão para eles e que outros podem ver um irmão misericordioso em vocês. Meus filhos, não tenhais medo de abrir seu coração para Mim. Com o amor maternal, Eu vou te mostrar o que Eu espero de cada um de vocês, o que Eu espero dos Meus apóstolos. Fiquem comigo. Obrigada!” - Mirjana disse que Nossa Senhora abençoou todos os presentes e todos os seus artigos religiosos. Nossa Senhora também nos pediu para rezar pelos sacerdotes e disse : "Volto a enfatizar que triunfarei junto com eles"



A IGREJA CELEBRA HOJE , SANTA MARGARIDA MARIA ALCOQUE - Deus suscitou este luzeiro, ou seja, portadora da luz, que é Cristo, num período em que na Igreja penetrava as trevas do Jansenismo (doutrina que pregava um rigorismo que esfriava o amor de muitos e afastava o povo dos sacramentos). O nome de Santa Margarida Maria Alacoque está intimamente ligado à fervorosa devoção ao Sagrado Coração de Jesus . Nasceu na França em 1647, teve infância e adolescência provadas, sofridas. Órfã de pai e educada por Irmãs Clarissas, muito nova pegou uma estranha doença que só a deixou depois de fazer o voto à Santíssima Virgem . Com a intercessão da Virgem Maria, foi curada e pôde ser formada na cultura e religião. Até que provada e preparada no cadinho da humilhação, começou a cultuar o Santíssimo Sacramento do Altar e diante do Coração Eucarístico começou a ter revelações divinas . “Eis aqui o coração que tanto amou os homens, até se esgotar e consumir para testemunhar-lhe seu amor e, em troca, não recebe da maior parte senão ingratidões, friezas e desprezos”. As muitas mensagens insistiram num maior amor à Santíssima Eucaristia, à Comunhão reparadora nas primeiras sextas-feiras do mês e à Hora Santa em reparação da humanidade . Incompreendida por vários, Margarida teve o apoio de um sacerdote, recebeu o reconhecimento do povo que podia agora deixar o medo e mergulhar no amor de Deus. Leão XIII consagrou o mundo ao Sagrado Coração de Jesus e o Papa Pio XIII recomendou esta devoção que nos leva ao encontro do Coração Eucarístico de Jesus. Santa Margarida Maria Alacoque morreu em 1690 e foi canonizada pelo Papa Bento XV em 1920 . Santa Margarida Maria Alacoque, rogai por nós!


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