A
SANTA IRA DE SÃO JOÃO MARIA VIANNEY SOBRE O PECADO
O Pecado é o verdugo do
bom Deus e o assassino da alma.
É ele que nos arranca do céu para nos
precipitar no inferno . E nós o amamos ! ...
que loucura ! Se pensássemos bem nisto, teríamos tão vivo horror do pecado, que
não poderíamos cometê-lo . Ó meus filhos, como somos ingratos! O bom Deus quer fazer-nos felizes,
e nós não o queremos! Desviamo-nos
dele e nos damos ao demônio ! Fugimos ao nosso amigo e buscamos o nosso
carrasco ... Cometemos o pecado; afundamo-nos na lama. Uma vez
metidos nesse lamaçal, não sabemos mais sair dele. Se estivesse nisso a nossa
riqueza, nós bem saberíamos safar-nos desse mau passo; mas porque vai nisso só
a nossa alma, nós ficamos no lamaçal...Que nos fez o bom Deus, para o
afligirmos assim, e mesmo, num sentido, para o fazermos morrer de novo, a ele, que nos resgatou do inferno? Seria mister que todos os pecadores, quando vão aos seus prazeres
culposos encontrassem no caminho, como São Pedro, a Nosso Senhor, que lhe
disse: "Eu vou a esse
lugar onde tu mesmo vais, para ser nele crucificado de novo" . Talvez isso os fizesse refletir
. Oh! como somos insensatos! Empregamos em nos perdermos um tempo que Deus nos
proporcionou para nos salvarmos. fazemos-lhe guerra com os meios que ele nos
deu para o servirmos ! ...Não é uma verdadeira loucura podermos saborear desde
esta vida as alegrias do céu, unindo-nos a Deus pelo amor, e nos querer-nos tornar dignos do inferno ligando-nos com o demônio?... Não se pode compreender bastante esta loucura; não se pode
chorá-la bastante
Era 1827 e as multidões
que chegavam à aldeia de Ars vinham de toda parte. A fama do Padre Vianney já
havia se espalhado pelos quatro cantos da França. Barões, clérigos, camponeses,
curiosos; todos queriam conhecer aquela figura a qual tinham por santo. Um
médico, tomado pelas intrigas dos colegas, decidira visitar o sacerdote, a fim
de confirmar suas injustas suspeitas. De volta à capital, Paris, não pôde dizer
aos amigos outra coisa sobre o pobre cura senão: "eu vi Deus num homem" . A santidade de João Maria Vianney causava constrangimentos. Apegado desde cedo à oração , agia em tudo conforme à vontade
divina, fazendo de sua vida um perpétuo louvor a Deus. Tinha um fervor
imensurável. Passava horas à frente do sacrário, gastando-se em severas penitências e na meditação dos santos mistérios: "O
meu terço vale mais que mil sermões". Por isso, não poupou esforços no combate
às blasfêmias e à libertinagem. Era o zelo pela casa do Pai que o consumia . Os primeiros anos de Vianney em Ars foram de grandes desafios.
A pequena aldeia estava
atolada no indiferentismo. Trabalhava-se no domingo, blasfemava-se no
campo, a falta de modéstia e os divertimentos profanos reinavam no coração
daquela gente. A situação era desesperadora. E
para uma alma apaixonada como a do Cura D'Ars, assistir àquele espetáculo de
imoralidades era como ver a Cristo sendo crucificado. Com efeito, tratou logo de agir
Sem
fazer concessões, apressou-se
em instruir os mais novos na catequese e nas práticas piedosas.
Vianney estava convencido de que a ignorância religiosa era a causa de todos os
males : "Este pecado
condenará mais almas do que todos os outros juntos, porque uma pessoa ignorante
quando peca não conhece nem o mal que faz, nem o bem que perde". Do
alto do púlpito, atacava a todos pulmões as tabernas e o trabalho no domingo. Começava uma guerra sem
tréguas, e o santo não iria recuar enquanto não visse a sua paróquia, de
joelhos, diante do Senhor ."Ah!
Os taberneiros, o demônio não os importuna muito, pelo contrário, despreza-os e
cospe-lhes em cima" . Com
essas palavras, o humilde cura fustigava a bebedeira, para desespero daqueles
que se lançavam a tão vergonhoso vício. E assim também procedia com o trabalho
nos dias de guarda. "Se
perguntássemos aos que trabalham nos domingos : 'Que acabais de fazer?' -
repreendia o Cura D'Ars - "eles bem poderiam responder: 'Acabamos de
vender a nossa alma ao Demônio e de crucificar a Nosso Senhor… Estamos no
caminho do inferno" .
Pouco a pouco, as blasfêmias foram desaparecendo e as tabernas se fechando.
Pesava-lhes a maldição de um homem santo . "Vós vereis, profetizava, vereis
arruinados todos aqueles que aqui abrirem tabernas". Mas um derradeiro combate ainda estava
por vir
Em
1823, erguia-se na pequena paróquia de Ars uma segunda capela. Atendendo à
vontade do pároco, ela seria dedicada a São João Batista, santo que tomara por
patrono no dia de sua Confirmação. A cerimônia de inauguração foi de grande
júbilo. Contudo, para os amantes dos prazeres profanos, motivo de despeito.
Vianney mandara esculpir no arco do pequeno . oratório a seguinte inscrição: "A
sua cabeça foi o preço de uma dança". Uma alusão ao martírio de São
João Batista e uma clara reprimenda aos bailes . A luta de Vianney
contra os serões durou cerca de dez anos. A ele se opunha grande parte da
comunidade, sobretudo os rapazes apegados aos encantos da luxúria. À medida que
o povo se afastava das danças, com efeito, mais raiva tinham do sacerdote os
fanfarrões. Chegaram a organizar encontros a fim de puni-lo, mas o brado de Vianney foi tão
forte que a eles não restou outra alternativa senão ceder . "O
demônio rodeia um baile como um muro cerca um jardim… As pessoas que entram num
salão de baile deixam à porta o seu Anjo da Guarda e o Demônio substitui-o, de
tal modo que há tantos Demônios quantos são os dançadores" Era o fim dos bailes em Ars . Os
hereges também não tinham vez com o santo. Certo dia, um jovem
de espírito petulante resolveu atacá-lo na frente da multidão. "Quem é o senhor, meu
amigo?" questionou
Vianney. O
rapaz disse que era protestante . Com a firmeza de um verdadeiro
pastor, retorquiu-lhe o santo padre : "Oh!
meu pobre amigo, o senhor é pobre e muito pobre: Os protestantes nem sequer
possuem santos cujos nomes possam dar aos filhos. Veem-se obrigados a pedir
nomes emprestados à Igreja Católica" .
Foi o suficiente para que o sujeito se retirasse em silêncio
A
santa intransigência de Vianney tinha um motivo igualmente santo: ele amava a
seus paroquianos com amor de predileção. Por isso faria tudo que
estivesse a seu alcance para lhes assegurar a salvação eterna. E
seus esforços foram recompensados. Após poucos anos de ministério, Ars não era
mais Ars. O povo havia se
convertido, já não se trabalhava mais aos domingos e a igreja permanecia sempre
cheia. Vencera a santidade do pobre cura .
Os paroquianos compreenderam o que há tanto lhes ensinava o São Cura D'Ars : "Tão grande é o amor de Deus,
é um fogo que queima na alma sem, contudo, a consumir. Ter Jesus no coração é
já possuir o céu"
LITURGIA DO DIA 10 DE OUTUBRO DE 2013
PRIMEIRA LEITURA (ML 3,13-20A)
LEITURA DA PROFECIA DE MALAQUIAS - 13“Vossas
palavras são duras contra mim, diz o Senhor, e ainda perguntais: 14‘Que
dissemos contra ti?’ Vós estais dizendo: ‘É coisa inútil servir a Deus; que
vantagem tivemos em observar seus preceitos e em levar uma vida severa na
presença do Senhor dos exércitos? 15Portanto, hoje os felizardos são os
soberbos, pois consolidaram-se, praticando o mal, e, mesmo provocando a Deus,
estão impunes’. 16Vieram, entretanto, a falar uns com os outros, os
tementes a Deus. O Senhor prestou atenção e ouviu-os; em sua presença foi
escrito um livro de feitos notáveis, aberto aos que temem o Senhor e têm seu
nome no pensamento. 17Serão para mim o tesouro, diz o Senhor dos
exércitos, para o dia que eu me reservar; hei de favorecê-los, como o pai ao
filho que o serve. 18De novo vereis a distância que há entre o
justo e o ímpio, entre o que serve a Deus e o que não o serve. 19Eis que
virá o dia, abrasador como fornalha, em que todos os soberbos e ímpios serão
como palha; e esse dia vindouro haverá de queimá-los, diz o Senhor dos
exércitos, tal que não lhes deixará raiz nem ramo. 20aPara vós, que
temeis o meu nome, nascerá o sol da justiça, trazendo salvação em suas asas” - Palavra do Senhor
SALMO RESPONSORIAL
É FELIZ QUEM A DEUS
SE CONFIA!
—
Feliz é todo aquele que não anda conforme os conselhos dos perversos; que não
entra no caminho dos malvados, nem junto aos zombadores vai sentar-se; mas
encontra seu prazer na lei de Deus e a medita, dia e noite, sem cessar
—
Eis que ele é semelhante a uma árvore que à beira da torrente está plantada;
ela sempre dá seus frutos a seu tempo, e jamais as suas folhas vão murchar. Eis
que tudo o que ele faz vai prosperar
—
Mas bem outra é a sorte dos perversos. Ao contrário, são iguais à palha seca
espalhada e dispersada pelo vento. Pois Deus vigia o caminho dos eleitos, mas a
estrada dos malvados leva à morte
EVANGELHO (LC 11,5-13)
PROCLAMAÇÃO DO EVANGELHO DE JESUS
CRISTO + SEGUNDO LUCAS - Naquele tempo, disse Jesus aos
seus discípulos: 5“Se um de vós tiver um amigo e for procurá-lo à
meia-noite e lhe disser: ‘Amigo, empresta-me três pães, 6porque um
amigo meu chegou de viagem e nada tenho para lhe oferecer’, 7e se o
outro responder lá de dentro: ‘Não me incomodes! Já tranquei a porta, e meus
filhos e eu já estamos deitados; não me posso levantar para te dar os pães’; 8eu
vos declaro: mesmo que o outro não se levante para dá-los porque é seu amigo,
vai levantar-se ao menos por causa da impertinência dele e lhe dará quanto for
necessário. 9Portanto, eu vos digo: pedi e recebereis; procurai e
encontrareis; batei e vos será aberto. 10Pois quem pede recebe;
quem procura encontra; e, para quem bate, se abrirá. 11Será que algum de
vós que é pai, se o filho pedir um peixe, lhe dará uma cobra?12Ou ainda,
se pedir um ovo, lhe dará um escorpião? 13Ora, se vós que sois
maus, sabeis dar coisas boas aos vossos filhos, quanto mais o Pai do céu dará o
Espírito Santo aos que o pedirem!” - Palavra
da Salvação
MENSAGEM
DE NOSSA SENHORA EM MEDJUGORJE - “Queridos Filhos! Hoje, Eu os convido a
nascerem de novo, em oração e através do Espírito Santo, para se tornarem um
povo novo, com Meu Filho; um povo que sabe que, se perderem a Deus, perderão a
si mesmos; um povo que sabe que, com Deus, apesar de todos os sofrimentos e
provas, estão seguros e salvos. Eu os chamo a se reunirem na família de Deus e
serem fortalecidos com a Força do Pai.Como indivíduos, meus filhos, vocês não
podem parar o mal que quer começar a governar neste mundo e destruí-lo. Mas, de
acordo com a vontade de Deus, todos juntos, com Meu Filho, vocês podem mudar
tudo e curar o mundo. Eu os convido a orarem, com todo o seu coração, pelos
seus pastores, porque o Meu Filho os escolheu. Obrigada” - Mensagem
do dia 25 de julho de 2011 à Marija Pavlovic-Lunetti
A IGREJA CELEBRA HOJE ,
SÃO DANIEL COMBONI - São Daniel Comboni nasceu em Limone (Itália), em 1831. Único
sobrevivente de oito irmãos. Aos dez anos ingressou num internato de Verona.
Quando tinha dezessete anos, ouvindo contar as vicissitudes dos missionários na
África, decidiu dedicar sua vida à evangelização dos africanos. Em 1854 é
ordenado sacerdote, quando contava 23 anos de idade. Depois de uma cuidadosa
preparação, estudando árabe, medicina, música etc., partiu para África em 1857.
Estando lá, impressionou-se com a terrível situação dos escravos. A prática do
tráfico de escravos estava de tal maneira arraigada que, no Egito e no Sudão, o
único local onde os escravos encontravam asilo eram as missões de Daniel
Comboni. Após dois anos, teve de regressar à Itália. Mas Comboni não desanima e
idealiza um projeto que ele chamou “Plano para a regeneração da África”. A
idéia central do projeto era salvar a África por meio dos próprios africanos.
Propunha-se fundar escolas, hospitais, universidades, ao longo de toda a costa
africana. Nestes centros formariam-se os futuros cristãos, professores,
enfermeiros, sacerdotes e religiosas, que depois penetrariam no interior, a fim
de evangelizar as populações africanas e promover o seu desenvolvimento. Fundou
em 1867 o Instituto para as Missões na África que deu lugar ao que hoje são os
Missionários Combonianos. Em 1877 é ordenado Bispo da África Central e logo a
seguir ordena sacerdote um antigo escravo, primeiro padre africano daqueles
lugares, quando na Europa alguns ainda negavam ao africano a evidência de ser
pessoa. Grande missionário, Comboni era capaz de atravessar o deserto para
fundar um centro missionário no sul do Sudão, como também empenhava-se em falar
para associações missionárias, Bispos, em Paris, Colônia (Alemanha) etc, com o
objetivo de arrecadar auxílio econômico e de pessoal, organizando grupos e
equipes de missionários para a Missão na África Central. Morreu aos 50 anos, a
10 de outubro de 1881, no meio desta gente que tanto amou. No momento da morte
abençoa os seus companheiros dizendo: “Não temais; eu morro, mas a minha obra não morrerá”. Beatificado
por João Paulo II a 17 de março de 1996, São Daniel Comboni foi canonizado pelo
mesmo Sumo Pontífice em 5 de outubro de 2003. São Daniel Comboni, rogai por nós!
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