MÚSICA, LITURGIA, HUMILDADE E BOM SENSO
Ser "músico de Missa" é algo extraordinário, é chamado
de Deus, preste atenção no seu ministério!
Segundo o Catecismo da Igreja Católica (CIC),
n. 1323 , Santa Missa é :
"O nosso Salvador Instituiu na Última Ceia, na noite em que foi entregue,
o Sacrifício Eucarístico do seu Corpo e Sangue, para perpetuar pelo decorrer
dos séculos, até voltar, o Sacrifício da Cruz, confiando à Igreja, sua esposa
amada, o memorial da sua Morte e Ressurreição: sacramento de piedade, sinal de
unidade, vínculo de caridade, banquete pascal em que se recebe Cristo, a alma
se enche de graça e nos é concedido o penhor da glória futura". E
continua: " [...] ela é a renovação do Sacrifício de Nosso Senhor Jesus
Cristo, que sendo verdadeiro Deus e verdadeiro homem, pagou pelos nossos
pecados na cruz. Tal Sacrifício se torna presente na Santa Missa no momento em
que o pão e vinho se tornam verdadeiramente o Corpo, Sangue, Alma e Divindade
de Nosso Senhor. (CIC, 1373-1381) .
O Santo Sacrifício da Missa é incruento (ou seja, sem sofrimento nem
derramamento de sangue), pois não se repete, ou seja, é o mesmo e único
Sacrifício do Calvário, porém, torna-se verdadeiramente presente na Santa Missa
para que possamos receber os seus frutos e nos alimentar da Carne e do Sangue
de Nosso Senhor. Por isso o Sagrado Magistério nos ensina que "o
sacrifício de Cristo e o sacrifício da Eucaristia são um único sacrifício"
(CIC, 1367)
O Papa João Paulo II escreve: “Ele (povo) quer sentir nas músicas de vossas
igrejas o apelo ao louvor de Deus, à ação de graças, à prece humilde e
confiante e se sente desconfortável quando esses cantos em sua letra envolvem
uma mensagem política ou puramente terrena, e em sua expressão musical não
apresentam a característica de música religiosa, mas são marcadamente profanos
no ritmo, na linha melódica e nos instrumentos musicais de acompanhamento” (Aos Bispos dos Regionais Nordeste 1 e 4 da
CNBB, por ocasião da visita ad limina Apostolorum 1995-1996)
O Papa Bento XVI escreve: “No âmbito da valorização da Palavra de Deus durante a celebração
litúrgica, tenha-se presente também o canto nos momentos previstos pelo próprio
rito, favorecendo o canto de clara inspiração bíblica capaz de exprimir a
beleza da Palavra divina por meio de um harmonioso acordo entre as palavras e a
música. Neste sentido, é bom valorizar aqueles cânticos que a tradição da
Igreja nos legou e que respeitam este critério; penso particularmente na
importância do canto gregoriano” (Exortação Apostólica Pós-Sinodal Verbum
Domini do Santo Padre Bento XVI ao Episcopado, ao Clero, às pessoas consagradas
e aos fiéis leigos sobre a Palavra de Deus na vida e na missão da Igreja, n.°
70)
Olhando para a seriedade da Celebração Eucarística, reviver o sacrifício
de Cristo, que é a nossa redenção, não é qualquer coisa, nem deve ser vivido de
qualquer maneira, por isso os músicos não podem tocar na Missa de qualquer
jeito , do jeito que quiserem
A música tem íntima ligação com a liturgia, dela depende e a ela serve.
Tomando por base essa frase, percebemos que não se toca simplesmente na Santa
Missa, mas se presta um serviço a Deus e à sagrada liturgia . Para isso é preciso ter a postura
A Liturgia no Santo Sacrifício da Missa, perpetuação do Calvário de
Nosso Senhor, deve ser algo sublime, digna do momento e do lugar. Toda a
Igreja, em todo o seu tempo de existência, sempre prezou muito pela beleza e
dignidade da Liturgia, que é dirigida a Deus
Não obstante assim seja, o que vemos hoje é um tal descaso que certas
celebrações parecem ser animadas por artistas circenses ou por cantores pops.
Há mesmo grupos que parecem surdos e parecem querer tomar o centro da Santa
Celebração com instrumentos e microfones altíssimos e com músicas
intermináveis, sem falar da total inconveniência destas com as partes da Santa
Missa
E, como se não bastasse isso, é comum que, mesmo em partes tão sublimes
como o "Sanctus", a música seja encerrada com, nada mais nada menos,
um solo distorcido de guitarra... E na hora da Elevação do Santíssimo Corpo e
do Santíssimo Sangue de Nosso Senhor, de repente (Deus nos acuda) escutamos
elevar-se também o inconveniente som dos instrumentos musicais. Ora, e virou o
que?! É show mesmo? Eu diria que é amor-próprio-desesperado!
Percebemos aqui erros crassos (crassíssimos!!!). Primeiro, o que motiva
toda esta palhaçada é a vaidade, o orgulho, o sentimento do estrelato. Depois,
temos a total ignorância do que seja a Liturgia, sendo que tal atitude chega a
ser uma profanação. Depois, consideramos a possibilidade de algum problema de
audição. E, por fim, a total falta de bom senso
Como dizia o Papa João Paulo II, ninguém deve buscar ser o protagonista
do Santo Sacrifício e os cânticos devem ser ordenados e convenientes para o
Santa Missa. Para isto nos diz Sua Santidade, parafraseando o Papa Paulo VI,
que o modelo supremo da música litúrgia é o canto gregoriano. Este é, pois, o
critério para a orientação do que seja conveniente ou não. Quanto mais a música
se aproximar deste modelo, tanto mais é digna do Templo e, quanto mais dele se distancia,
tanto mais é indigna
Porém, a partir da idéia de "inculturação", distorcida ao bel
prazer dos artistas, tem se incluído na Missa verdadeiras cacofonias, como a
infame "dança do espetinho". Desconfio que, para estes e outros
abusos, a MTV tem dado sua contribuição e os "artistas" católicos, impossibilitados de obter fãs
naquelas proporções, se aproveitam da morte de Nosso Senhor para a sua própria
auto-promoção
Haverá, neste mundo ou no outro, maior contradição? O Deus humanado humilha-se
na Cruz enquanto um qualquer se aproveita para tentar construir a sua fama ou
para arrancar aplausos do "público", distraindo-os mesmo do que
acontece sobre o Altar? Até onde vai a vaidade humana?
Seria cômico se não fosse trágico: Deus se humilha e o homem quer se exaltar a partir da humilhação
de Deus
Quero dizer com tudo isso : atenção nas
escolhas das músicas. É interessante observarmos três pontos:
- Dedicação e postura do músico, a música executada com
perfeição
- Observação das diretrizes da Igreja sobre a música na liturgia
- Unção na execução da música, que se dá pela vida de oração do
músico
Enfim... estamos no fim do mundo. E, como dizia Deus Pai a Santa
Catarina de Sena: "até os demônios
sentem asco das almas que tratam a Eucaristia com desdém”
LITURGIA DO DIA 18/09/2013
PRIMEIRA LEITURA: 1º TIMÓTEO 4, 12-16
XXIV SEMANA
COMUM - (VERDE - OFÍCIO DO DIA) - LEITURA DA PRIMEIRA CARTA DE SÃO PAULO A
TIMÓTIO - Caríssimo, 12Ninguém te despreze por seres
jovem. Ao contrário, torna-te modelo para os fiéis, no modo de falar e de
viver, na caridade, na fé, na castidade. 13Enquanto eu não chegar, aplica-te à
leitura, à exortação, ao ensino. 14Não negligencies o carisma que está em ti e
que te foi dado por profecia, quando a assembléia dos anciãos te impôs as mãos.
15Põe nisto toda a diligência e empenho, de tal modo que se torne manifesto a
todos o teu aproveitamento. 16Olha por ti e pela instrução dos outros. E
persevera nestas coisas. Se isto fizeres, salvar-te-ás a ti mesmo e aos que te
ouvirem - Palavra do Senhor
SALMO RESPONSORIAL(110)
REFRÃO:
GRANDIOSAS SÃO AS OBRAS DO SENHOR!
1. Eu agradeço a Deus de todo o coração junto com todos os seus justos
reunidos! Que grandiosas são as obras do Senhor, elas merecem todo o amor e
admiração! -R.
2. Que beleza e esplendor são os seus feitos! Sua justiça permanece
eternamente! O Senhor bom e clemente nos deixou a lembrança de suas grandes
maravilhas. -R.
3. Ele dá o alimento aos que o temem e jamais esquecerá sua Aliança. Ao
seu povo manifesta seu poder, dando a ele a herança das nações. -R.
EVANGELHO: LUCAS 7, 36-50
PROCLAMAÇÃO
DO EVANGELHO DE JESUS CRISTO, SEGUNDO LUCAS - Naquele tempo, 36Um fariseu convidou Jesus a ir comer com ele. Jesus
entrou na casa dele e pôs-se à mesa. 37Uma mulher pecadora da cidade, quando
soube que estava à mesa em casa do fariseu, trouxe um vaso de alabastro cheio
de perfume; 38e, estando a seus pés, por detrás dele, começou a chorar. Pouco
depois suas lágrimas banhavam os pés do Senhor e ela os enxugava com os
cabelos, beijava-os e os ungia com o perfume. 39Ao presenciar isto, o fariseu,
que o tinha convidado, dizia consigo mesmo: Se este homem fosse profeta, bem
saberia quem e qual é a mulher que o toca, pois é pecadora. 40Então Jesus lhe
disse: Simão, tenho uma coisa a dizer-te. Fala, Mestre, disse ele. 41Um credor
tinha dois devedores: um lhe devia quinhentos denários e o outro, cinquenta.
42Não tendo eles com que pagar, perdoou a ambos a sua dívida. Qual deles o
amará mais? 43Simão respondeu: A meu ver, aquele a quem ele mais perdoou. Jesus
replicou-lhe: Julgaste bem. 44E voltando-se para a mulher, disse a Simão: Vês
esta mulher? Entrei em tua casa e não me deste água para lavar os pés; mas
esta, com as suas lágrimas, regou-me os pés e enxugou-os com os seus cabelos.
45Não me deste o ósculo; mas esta, desde que entrou, não cessou de beijar-me os
pés. 46Não me ungiste a cabeça com óleo; mas esta, com perfume, ungiu-me os
pés. 47Por isso te digo: seus numerosos pecados lhe foram perdoados, porque ela
tem demonstrado muito amor. Mas ao que pouco se perdoa, pouco ama. 48E disse a
ela: Perdoados te são os pecados. 49Os que estavam com ele à mesa começaram a
dizer, então: Quem é este homem que até perdoa pecados? 50Mas Jesus,
dirigindo-se à mulher, disse-lhe: Tua fé te salvou; vai em paz - Palavra da salvação
MENSAGEM DE NOSSA SENHORA EM MEDJUGORJE – “Queridos filhos! Neste tempo, enquanto vocês ainda olham para o
ano passado, convido-os, filhinhos, a olharem profundamente o seu coração e a
decidirem-se estar mais próximos de Deus e da oração. Filhinhos, vocês ainda
estão presos às coisas terrenas e pouco, à vida espiritual. Que também este meu
convite de hoje seja para vocês um estímulo a decidirem-se por Deus e pela
conversão diária. Vocês não podem se converter, filhinhos, se não deixarem os
pecados e se não se decidirem pelo amor a Deus e ao próximo. Obrigada por terem
correspondido a Meu apelo” – MENSAGEM DO DIA 25.01.2002
A IGREJA CELEBRA HOJE , SÃO JOSÉ DE CUPERTINO - O santo de hoje nasceu num estábulo, a
exemplo de Jesus, em Cupertino, no reino de Nápoles, a 17 de junho de 1603.
Filho de pais pobres, tornou-se um pobre que enriqueceu a Igreja com sua
santidade de vida. José quando menino era a tal ponto limitado na inteligência
que pouco aprendia e apresentava dificuldades nos trabalhos manuais, porém, de
maneira extraordinária progrediu no campo da oração e da caridade . São José
foi despedido de dois conventos franciscanos por não conseguir corresponder aos
ofícios e serviços comuns. Ele, porém, não desistia de recomendar sua causa a
Santíssima Virgem, pela qual tinha sido anteriormente curado de uma grave e
misteriosa enfermidade . O poder da oração levou São José de Cupertino para o
convento franciscano e ao sacerdócio, precisando para isso que a Graça suprisse
as falhas da natureza. Desde então, manifestavam-se nele, fenômenos místicos
acompanhados de curas milagrosas, que o tornou conhecido e procurado em toda a
região. Dentre os acontecimentos espirituais o que muito se destacou foi o
êxtase, que consiste naquele estado de elevação da alma ao plano sobrenatural,
onde a pessoa fica momentaneamente desapegada dos sentidos e entregue
totalmente numa contemplação daquilo que é Divino. São José era tão sensível a
esta realidade espiritual, que isto acontecia durante a Santa Missa, quando
rezava com os Salmos e em outros momentos escolhidos por Deus; somente num dos
conventos onde viveu 17 anos, seus irmãos presenciaram cerca de 70 êxtases do
santo . A fama das curas milagrosas se alastrava como uma epidemia, exaltando a
imaginação popular, e obrigando o Frei José, a ser transferido de convento para
convento. Mas, os fenômenos se repetiam e o povo lhe tirava todo o sossego.
Como na vida da maioria dos santos não faltaram línguas caluniosas que,
interpretando mal esta popularidade atribuiu-lhe poderes demoníacos aos seus
milagres e êxtases, ao ponto de denunciarem o santo Frei ao Tribunal da
Inquisição de Nápoles. O processo terminou reconhecendo a inocência do
religioso, impondo-lhe, porém, a reclusão obrigatória e a transferência para
conventos afastados . Depois de sofrer muito e de diversas maneiras, predisse o
lugar e o tempo de sua morte, que aconteceu em 18 de setembro de 1663, contando
com sessenta anos de humilde testemunho e docilidade aos Carismas do Espírito
Santo. Foi beatificado por Bento XIV em 1753 e canonizado por Clemente XIII em
1767 . São José de Cupertino, rogai por
nós!
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