Queremos agora penetrar o sentido dos ensinamentos de São
João da Cruz contidos nesta cautela. Essa cautela é contra o Demônio, o que
significa que tudo o que concorre contra esses conselhos procede do Demônio. E
assim ele nos ensina a nuca considerar "o Prelado menos que Deus, seja ele
quem for, pois foi constituído em seu lugar."
Os Superiores Eclesiásticos são representantes de Deus,
representam Deus, por isso são também Vigários de Cristo. O Papa é o Máximo
Representante (Vigário) de Cristo na terra. O Vicariato foi constituído pelo
próprio Deus. Não podemos ter o Papa menos que Deus, pois ele o representa,
fala em nome de Deus. A mesma fé que temos em Deus, devemos ter também no Papa.
O mesmo respeito que temos por Deus, devemos ao Papa. Pois quem despreza o
Papa, despreza também a Deus, conforme as palavras de Cristo: "Quem vos
ouve, a Mim ouve; quem vos despreza, a Mim despreza!"(cf. Ev.).
Portanto, devemos crer o Papa, "seja ele quem
for", ou seja, devemos crer nele ainda que ele seja Argentino(sic), ou
mesmo que seja o Cardeal Bergoglio.
Os Tradicionalistas estão devendo nesse ponto, pois não
aceitam o Papa, eles estão desobedecendo o Papa porque dizem que ele é isso ou
aquilo. São João da cruz diz: mesmo que ele seja isso ou aquilo, devemos ter
por ele uma estima e uma fé igual a que temos por Deus.
O pior é que se levantam contra o Papa porque não escutam o
que ele diz! O Papa Francisco prega o Amor de Deus que eles não compreendem.
Santo Agostinho no seu comentário sobre a Iª Carta de João disse que é muito
perigoso não acreditar que Deus é Amor, e chama o pecado contra a caridade de
"pecado especial". Ora, Santo Tomás de Aquino classifica o cisma de
violação da caridade.
Não existe nem pode existir nesta terra razões sejam elas quais forem que justifiquem a
rebelião contra o Papa, seja ele (o Papa) quem for, como ensina São João da
Cruz.
Portanto, o espírito que leva à rebelião e à desobediência
ao Papa não pode, segundo a cautela de São João da Cruz, ser de Deus.
Não é, nem pode ser uma graça providencial de Deus não estar
em plena comunhão com o Papa Francisco. Muito pelo contrário, é grande desgraça
estar em desacordo com o Papa Francisco, grande Apóstolo do Amor de Deus.
O Magistério do Papa é Infalível sempre, pois do contrário
nossa oração do Credo, na Missa, seria incompleta. Cremos a Santa Igreja
Católica, etc., rezamos na Missa. Não poderíamos crer a Igreja se o Papa
Francisco estivesse exercendo um Magistério falível. Cremos a Igreja hoje, que
é real e não ideal. O idealismo é também uma heresia. Cremos a Igreja infalível
na sua parte divina e passível na sua parte humana.
São João da Cruz, rogai por nós.
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