Ó PECADO,
Ó MALDITO PECADO MORTAL
"Ó pecado, ó maldito pecado mortal, tão familiar aos homens e
tão pouco conhecido dos homens! Ó maldito pecado, destruidor de nossa santa
religião, carrasco cruel de nossas almas!... semente de reprovação! Ó maldito pecado,
que é a causa de todas as nossas desgraças, no tempo e pela eternidade! Ó
sangrento assassino de Jesus Cristo! Ó meu Deus, se conhecêssemos bem o que é
o pecado, poderíamos cometê-lo com prazer? E, depois de tê-lo cometido,
poderíamos viver tranquilos?"
O pecado mortal é um ato de revolta que
beira ao desprezo da vontade divina. Eis a linguagem que o homem que peca
mortalmente mantém para com Deus :
"Retire-se de
mim, não quero mais que sejas meu Deus, nem eu quero ser vosso servo; eu O
desprezo com todos os vossos bens... Queres que eu santifique o santo dia do
domingo; pois bem! eu quero profaná-lo pelos trabalhos que o Senhor proibistes,
ainda mais, me entregando aos prazeres e à devassidão. Mandastes-me conservar
meu corpo e minha alma puros e castos; eu não quero; eu os profanarei por
pensamentos e desejos vergonhosos, por ações infames. Queres que eu perdoe meu
inimigo; já eu, eu quero me vingar. Queres que eu faça proveito de vossa santa
palavra, que vossos ministros me anunciam para me ensinar os meios de me portar
bem, das graças que a religião me oferece para me ajudar a vencer minhas más
tendências; já eu, quero desprezar vossa palavra e aquele que a anuncia, e
pisotear em todas as vossas graças. Queres isso; eu não quero. Não queres aquilo;
eu quero. O Senhor me manda fazer isso, eu não quero fazer"
O que é portanto o pecado
mortal? "Uma oposição" tão formal "à vontade de Deus",
que o pecador renuncia a Deus e o rejeita. É sua vontade substituída de
um modo absoluto à vontade divina e tornada sua própria regra de ação; é
a usurpação sacrílega do soberano domínio de Deus pela criatura; é
o homem sacudindo o jugo de Deus, e se fazendo ele próprio Deus
O pecado mortal implica, na realidade,
que ainda que o pecador não se dê conta disso de um modo explícito, "um
desgosto" de Deus, "uma aversão de Deus, uma rebelião de
coração" contra Deus e contra a virtude que Ele determina, pois a alma,
cometendo o pecado, só se desvia de Deus e de seus preceitos porque ela acha o
pecado mais desejável que Deus e realmente digno de suas preferências :
"A penitência, as
mortificações, o perdão dos inimigos, as
violências que temos que nos fazer para vencer as tendências corrompidas de
nosso coração, a privação de certos prazeres, tudo isso nos amedronta, nos
torna enfermos só de pensar; achamos que o bom Deus exige demais, que é muito
difícil servi-Lo; preferimos nos expor a sofrer durante a eternidade do que nos
violentar para agradar a Deus, evitando o pecado"
Estar desgostoso de
Deus, do soberano bem, da infinita beleza... eis a terrível perversidade do
pecado mortal!
Desviar-se de Deus, criador, pai,
redentor, esposo... eis a ingratidão sem limites, caráter do pecado mortal!
Querer se libertar dAquele por quem
subsistem todas as coisas, e ser sua própria lei... eis o orgulho de Lúcifer e
de seus anjos, e que se encontra em todo pecado mortal!
Ó pecado mortal, "cegueira",
loucura, abismo insondável de malícia!
O pecado mortal constrói no coração do pecador
um ídolo no lugar de Deus. Deus sendo o bem perfeito, o bem por excelência, devemos amá-Lo acima
de todas as coisas. Ora, o pecado mortal expulsa Deus de nosso coração e coloca
em seu lugar a criatura que amamos mais do que Deus
E assim, diz Santo
Agostinho, "....tantas paixões contentamos, tantos deuses estranhos adoramos
. Pobre pecador, colocas teu Deus sob a escuma de tuas explosões, sob a vilania
de tua avareza, sob a fumaça de tua ambição. Tu O colocas e tu gostarias de
mergulhá-Lo em tuas torpezas e em tuas impurezas... Que horror que a divindade
seja arrancada de seu trono por um infame pecador para colocá-la sob os pés de
suas paixões! Ó eternidade, serás assaz longa para punir estes
desgraçados?"
"A quem me comparastes? dizia o Senhor por seu profeta (Is 40, 5-6).
A um ídolo inanimado, mudo e grosseiro, que nunca salvou ninguém, enquanto que
Eu te engendrei, alimentei, carreguei em meus braços"
Desviar-se de Deus era apenas o começo e como a primeira parte do pecado; entretanto, rejeitar Deus para se ligar à criatura e se fazer dela um ídolo, eis a consumação do pecado: Deus, o ser por essência, é posto então abaixo do nada
"Vocês querem" conceber "um novo horror do pecado",
e, sobretudo, do pecado mortal? "Recordem-se que foi ele que causou a
morte de Jesus Cristo. Considerem este divino Salvador suspenso na cruz, os pés e as mãos
perfuradas, o corpo completamente dilacerado pelos chicotes, o rosto todo
ferido e coberto de escarros imundos, a cabeça coroada com espinhos...
"Ah! meu filho, diz ele, sofro uma morte tão ignominiosa e tão
cruel a fim de destruir o pecado. Mesmo que todas as criaturas do céu e da
terra tivessem dado sua vida e sofrido tudo o que os carrascos pudessem
inventar de suplícios e de torturas, elas
não seriam capazes de satisfazer um único pecado venial. E eis porque tu me
vês morrendo sobre a cruz, vítima dos pecados do mundo"
Ó! visto que o pecado é um mal tão
grande, é preciso um Deus para expiá-lo e nos lavar de nossas sujeiras! Não
cessaremos de cometê-los? Imaginem então que, segundo o ensino do Apóstolo,
aqueles que o cometem "crucificam novamente o Filho de Deus em seu
coração" (Hb 6, 6), e renovam seus opróbrios, visto que eles renovam o que
foi a causa de seus sofrimentos e de sua morte. Vocês ainda querem acrescentar
(isso) à Paixão de Nosso Senhor? Reconheçamos nossos desvios, choremos nossos
crimes, nos entreguemos à penitência, aproveitemos para isso todas as graças
que Deus nos oferece em sua misericórdia, estejamos dispostos a perder tudo ao
invés de ofendê-Lo e não cessemos de chorar até que Ele nos diga que é o
suficiente
E agora, "iremos ao pé da cruz
para aí misturar, ao menos, nossas lágrimas ao sangue de Jesus
Cristo". "Escutemos por um instante os reprovados que choram,
que gritam, que berram e que pedem misericórdia sem poder obtê-la. Porém, para
nós, nós ainda podemos; este terno Senhor nos chama, ele vem diante de nós para
nos dizer que ele nos ama
Não percamos de vista o que é pecado,
os males que ele nos prepara para a outra vida, os bens que ele nos tira
pela eternamente
Queremos o céu, mas jamais o pecado
poderá entrar nesta morada de delícias
Sim, tudo nos convida a deixar o pecado: o Filho de Deus, do alto da
cruz, nos conjura a não fazer com que os méritos de sua morte sejam inúteis
para nós; os anjos e os santos nos gritam do alto do céu quanto é grande a
felicidade que está preparada para nós se evitarmos o pecado; os reprovados nos
dizem para sermos sábios às suas custas, para não imitá-los...
Ah! Ainda um instante, e não estaremos
mais neste mundo, e seremos do número ou dos santos ou dos reprovados. Fiquemos
atentos, pois o momento de nossa partida é desconhecido. Feliz e mil vezes
feliz é aquele que mantiver sua alma sempre pronta para comparecer perante seu
Deus! – [Dom Convert. Ma retraite avec le saint Curé d'Ars. Libraire catholique Emmanuel Vittre, Lyon, 1982]
LITURGIA DO DIA 02/08/2013
PRIMEIRA LEITURA: LEVÍTICO 23, 1.4-11.15-16.27.34-37
XVII SEMANA COMUM* , (VERDE - OFÍCIO DO DIA DA I SEMANA DO SALTÉRIO) - LEITURA DO LIVRO DO LEVÍTICO - 1O
Senhor disse a Moisés: "Dize aos israelitas o seguinte: 4"Eis
as festas do Senhor, santas assembléias que anunciareis no devido tempo. 5No
primeiro mês, no décimo quarto dia do mês, entre as duas tardes, será a Páscoa
do Senhor. 6E no décimo quinto dia desse mês, realizar-se-á a
festa dos Pães sem Fermento em honra do Senhor: comereis pães sem fermento
durante sete dias. 7Tereis no primeiro dia uma santa assembléia, e
não fareis nenhum trabalho servil. 8Durante sete dias
oferecereis ao Senhor sacrifícios pelo fogo. No sétimo dia haverá uma santa
assembléia; e não fareis trabalho algum servil". 9O
Senhor disse a Moisés: "Dize aos israelitas o seguinte: 10quando
tiverdes entrado na terra que vos hei de dar, e fizerdes a ceifa, trareis ao
sacerdote um molho de espigas como primícias de vossa ceifa. 11O
sacerdote agitará esse molho de espigas diante do Senhor, para que ele vos seja
favorável: fará isso no dia seguinte ao sábado. 15"A partir do
dia seguinte ao sábado, desde o dia em que tiverdes trazido o molho para ser
agitado, contareis sete semanas completas. 16Contareis cinquenta
dias até o dia seguinte ao sétimo sábado, e apresentareis ao Senhor uma nova
oferta. 27"No décimo dia do sétimo mês será o dia das
Expiações. Tereis uma santa assembléia: humilhareis vossas, almas e oferecereis
ao Senhor sacrifícios queimados pelo fogo. 34no décimo quinto
dia do sétimo mês, celebrar-se-á a festa dos Tabernáculos durante sete dias, em
honra do Senhor. 35No primeiro dia haverá uma santa assembléia: não
fareis nenhum trabalho servil. 36Durante sete dias oferecereis ao
Senhor sacrifícios queimados pelo fogo. No oitavo dia tereis uma santa
assembléia e oferecereis ao Senhor sacrifícios queimados pelo fogo. Será uma
assembléia solene: não fareis trabalho algum servil. 37Estas são as
solenidades do Senhor que anunciareis para haver santas assembléias, para
oferecer ao Senhor sacrifícios queimados pelo fogo, holocaustos, oblações,
vítimas e libações, cada coisa em seu dia - Palavra do Senhor
SALMO
RESPONSORIAL (80)
REFRÃO:
EXULTAI NO SENHOR, NOSSA FORÇA
1. Cantai salmos, tocai tamborim, harpa e lira
suaves tocai! Na lua nova tocai a trombeta, na lua cheia, na festa solene! -R.
2. Porque isto é costume em Jacó, um preceito do Deus de Israel; uma lei que foi dada a José, quando o povo saiu do Egito. -R.
3. Em teu meio não exista um deus estranho nem adores a um deus desconhecido! Porque eu sou o teu Deus e teu Senhor, que da terra do Egito te arranquei. -R.
2. Porque isto é costume em Jacó, um preceito do Deus de Israel; uma lei que foi dada a José, quando o povo saiu do Egito. -R.
3. Em teu meio não exista um deus estranho nem adores a um deus desconhecido! Porque eu sou o teu Deus e teu Senhor, que da terra do Egito te arranquei. -R.
EVANGELHO: MATEUS 13, 54-58
PROCLAMAÇÃO DO EVANGELHO DE JESUS CRISTO, SEGUNDO MATEUS
- Naquele tempo, 54Foi para a sua cidade e ensinava na sinagoga, de
modo que todos diziam admirados: Donde lhe vem esta sabedoria e esta força
miraculosa? 55Não é este o filho do carpinteiro? Não é Maria sua
mãe? Não são seus irmãos Tiago, José, Simão e Judas? 56E suas irmãs,
não vivem todas entre nós? Donde lhe vem, pois, tudo isso? 57E não
sabiam o que dizer dele. Disse-lhes, porém, Jesus: É só em sua pátria e em sua
família que um profeta é menosprezado. 58E, por causa da falta de
confiança deles, operou ali poucos milagres - Palavra da salvação
MENSAGEM DE NOSSA SENHORA EM MEDJUGORJE – “Queridos
filhos! Hoje desejo agradecer-lhes por viverem as minhas mensagens. Eu os
abençôo a todos com a minha benção maternal e conduzo todos vocês ao meu Filho
Jesus. Obrigada por terem correspondido ao Meu apelo” – MENSAGEM DO DIA25.06.98
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