Posted: 26 May 2013 09:00 PM PDT
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São Francisco, Verona |
Pouco antes de morrer, São Francisco de Assis convocou seus seguidores e os alertou de problemas vindouros, dizendo:
“Célere se aproxima o tempo no qual haverá grandes provas e aflições; perplexidades e discórdias, tanto espirituais como temporais, virão em abundância; a caridade de muitos esfriará, enquanto a malícia dos ímpios aumentará. Tudo isso já encontramos hoje: uma grande catástrofe espiritual e temporal: crise no campo da fé e crise no campo da economia. A Caridade de muitos, não porém de todos, esfriará. Sem Caridade, como disse o Beato João Paulo II, não há conversão nem salvação. Bento XVI pregou incansavelmente a Caridade e Francisco, o Papa atual, continua o Magistério de Bento XVI. Como poucos aderem ao Magistério Petrino com entusiasmo e fidelidade, Magistério que quer reacender com maior vigor a virtude do Amor nas almas, ocorre então a crise da Caridade. Enquanto isso, ou seja, enquanto o Amor de Deus não é a luz que orienta a maioria dos Católicos, o mau impera e prospera.
“Os demônios deterão um poder incomum; a imaculada pureza de nossa Ordem, e de outras, será tão enegrecida que bem poucos cristãos ainda obedecerão ao verdadeiro Pontífice Soberano e à Igreja Romana com corações leais e caridade perfeita. Esse poder incomum nós já assistimos; a Ordem Franciscana e as outras Ordens já estão sofrendo grandes crises de fé. São Francisco fala que nesse tempo poucos cristãos ainda obedeceriam ao "verdadeiro Pontífice Soberano e à Igreja Romana com corações leais e caridade perfeita." A Igreja está dividida pela discórdia. São poucos os que obedecem ao Papa. Uns não obedecem porque seguem a maldita teologia da libertação, outros não obedecem o Papa porque se proclamam defensores da sã doutrina (não sei como pode ser sã a doutrina que desobedece ao Papa), outros não obedecem o Papa porque o chamam impostor ou o julgam como falso Papa. São Francisco chama de "verdadeiro" à esse Pontífice, para salvar do erro àqueles que viriam a chamá-lo de falso ou proclamar que a Santa Sede estaria vacante, o que é impossível. Portanto, será verdadeiro o Pontífice que Reinará em meio à crise vislumbrada por São Francisco. O Papa Francisco é, portanto, verdadeiro Papa, e não falso Papa, detém as Chaves do Reino dos Céus, e não é um capitulador, como afirmam certas fontes tradicionalistas. “Na época dessa tribulação, um homem não canonicamente eleito será elevado ao Pontificado, que, com sua astúcia, empenhar-se-á em levar muitos ao erro e à morte. Os Sedevacantistas afirmam que Paulo VI, João Paulo II, Bento XVI e Francisco não são Papas. São Francisco se refere a eles afirmando que são "verdadeiros" Pontífices, não falsos como dizem. Pelo que se saiba todos esses Papas rechaçados pelos Sedevacantistas foram Canonicamente Eleitos, houve o Conclave com os Rituais Prescritos e Bulados em todas as eleições. Essa profecia não pode se aplicar, portanto aos últimos Papas. Esse falso Pontífice que aparecerá na época da grande tribulação não pode ser um falso Papa, e esta profecia não pode ser aplicada aos últimos Papas, pois todos eles foram Canonicamente eleitos. Aplica-se mais ao Cisma Lefevre, que em 1988 realizou Sagrações Episcopais não canônicas. Aplica-se também ao cisma Sedevacantista. Estes "não obedecem ao verdadeiro Pontífice Soberano e à Igreja Romana com corações leais e caridade perfeita." São Francisco chama de "verdadeiro Pontífice" ao Papa que eles não obedecem. Não obedecem ao verdadeiro Papa porque o rejeitam como falso. Não obedecem à Igreja de Roma porque estão no cisma. O cisma é um pecado contra a caridade, ensina Santo Tomás de Aquino. “Então escândalos se multiplicarão, nossa Ordem se dividirá, e muitas outras serão totalmente destruídas, porque aprovarão o erro ao invés de combatê-lo. Escândalos já os temos por toda parte, sobretudo o escândalo da pedofilia no clero. A Ordem Franciscana já se dividiu e deu origem à vários ramos, muitos dos quais querem voltar ao primitivo espírito da Ordem. As novas ramificações da Ordem de São Francisco buscam as origens, voltar à fidelidade de seu Fundador. São Francisco disse que sua Ordem se dividiria no fim dos tempos, em busca da santidade, mas disse que as outras seriam destruídas por causa dos erros que correrão solto no fim dos tempos.
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Extase de São Francisco, El Greco |
“Haverá uma tal diversidade de opiniões e cismas entre as pessoas, os religiosos e o clero, que, se aqueles dias não fossem abreviados, segundo as palavras do Evangelho, até os eleitos seriam levados ao erro, se não fossem guiados, em meio a tão grande confusão, pela imensa misericórdia de Deus. Como exemplo para "cismas" cito os Tradicionalistas e os Sedevacantistas e os Modernistas e os Progressistas. O "erro" ao qual o Anticristo quer a todos levar é o pecado contra a Caridade, contra o Mandamento de Nosso Senhor Jesus Cristo. Mas os que nestes tempos funestos serão preservados do "erro", serão "guiados pela imensa MISERICÓRDIA DE DEUS." Isso significa que os Prelados dos fins dos tempos serão Imagens Vivas da Misericórdia de Deus, serão para a humanidade afundada num mar de misérias e pecados a face viva da Misericórdia do Pai. Guiados pela Misericórdia de Deus, ou seja, por essa doutrina, eles escreverão "Dives in Misericórdia", "Deus Caritas est", "Lumen Fidei" e tantos outros escritos que proclamariam ao mundo envelhecido no pecado o Deus que é Amor e Misericórdia. "Onde mais superabundou o pecado, mais superabundou a graça"(S.Paulo). Ou ainda: "Deus encerrou todos no pecado, para ter misericórdia deles todos!"(S. Paulo). Leiam as homilias do Papa Francisco para constatar que quem guia ele é a Misericórdia de Deus, pois nos seus escritos encontramos a Misericórdia e o Amor de Deus profusamente. A Misericórdia de Deus é a Espiritualidade e a vida dos Papas dos últimos tempos. Portanto, tenhamos confiança incondicional no Papa Francisco e nos seus Predecessores, e rejeitemos toda orientação que queira por em dúvida o Santíssimo Magistério destes Papas Canonicamente Eleitos.
“Então nossa Regra e nosso modo de vida serão violentamente combatidos por alguns, e provas terríveis virão contra nós. Teologia da Libertação, Tradicionalismo, Sedevacantismo, correntes que combatem violentamente a fidelidade ao Papa.
“Os que permanecerem fiéis receberão a coroa da vida; mas ai dos que, confiando somente em sua Ordem, caírem em mornidão, pois não serão capazes de suportar as tentações permitidas como teste para os eleitos. Um chamado contra a tibieza. Essa crise será para os bons uma tentação. Ora, não precisa sair da Igreja para não cair em tentação, pois a tentação não é pecado, pecado é consentir nela. Assim, é possível conviver na Igreja em meio à crise, e até mesmo participar de Missas cheias de abusos litúrgicos, cheias de erros e de profanações, pois esses abusos e essas profanações serão para os bons apenas tentações, com as quais eles não consentirão, mas as sofrerão em união com Jesus Cristo, praticando a Caridade e rezando pela salvação de todos os seus irmãos caídos em erros.
“Os que perseverarem em seu fervor e mantiverem sua virtude com amor e zelo pela verdade sofrerão injúrias e perseguições como rebeldes e cismáticos. A crise de fé e os abusos na liturgia serão as tentações que como àgua fria serão causa para tentar esfriar o fervor dos bons nestes tempos. São Francisco os chama a perseverarem na oração e no fervor e a manterem sua fidelidade com AMOR e zelo, isto é, não esfriar na virtude da Caridade, unir-se aos Papas destas épocas e transformarem-se em viva Caridade de Deus para com seus irmãos pecadores. Nenhum pecado justifica o pecado de cisma. Assim como Jesus suportou os pecados de todos, também os cristãos dos últimos tempos deverão suportar os pecados e escândalos dentro da Igreja, e não fora dela, como fazem os tradicionalistas e os sedevacantistas. Cismático é quem está fora e não dentro da Igreja. Os tradicionalistas nos acusam de hereges e cismáticos, mas isso não é verdade. Somos e sempre seremos fiéis ao Papa, e hoje ao Papa Francisco. Somos fiéis ao Papa que está vivo no meio de nós, não à um Papa ideal, do passado, que já morreu, e que agora no céu reza para que sejamos um só com o Papa atual.
“Pois seus perseguidores, instigados por espíritos malignos, dirão que prestam um grande serviço a Deus eliminando aqueles homens pestilentos da face da terra. Aqueles que combatem os que ficarão fiéis aos Papas da futura crise julgam, equivocadamente, prestar grande serviço à Deus, mas pelo cisma prestam, na verdade, um grande desserviço a Deus, pois a Caridade e a Misericórdia não é a luz (doutrina) que os guia.
“Mas o Senhor será o refúgio dos aflitos, e salvará todos que nEle confiarem. Esse Senhor só pode ser a Divina Eucaristia. Portanto, comunguemos com maior confiança em Jesus, que nossas comunhões sejam nossa única salvação e única solução para todas as nossas causas e necessidades. Façamos ação de graça depois da comunhão, pois quem não faz ação de graças não comungou com plena confiança. Jesus nos ama e quer ser nossa salvação na Eucaristia, em cada comunhão. Ele é o Pão da Vida. Sem Ele é impossível fazer qualquer coisa, sem a comunhão nada podemos fazer! Mas temos que fazer a ação de graças! Isso é polêmico, mas não podemos receber Jesus e não conversar com Ele, não podemos comungar e desprezar Jesus, não lhe dando a devida atenção.
“E a fim de se assemelharem a seu Mestre [Cristo], esses eleitos agirão com total confiança e com sua morte obterão para si mesmos a vida eterna. Os Papas dos últimos tempos serão semelhantes a Jesus, em Amor e Misericórdia. Serão guiados pelo AMOR, e eles mesmos serão imagens vivas deste AMOR. Encontra-se a morte em quem não pratica a Caridade. Encontra-se a vida em quem pratica a Caridade. Encontrarão a morte aqueles que não tiverem vez no coração de seus irmãos. Nosso Papa está vivo, mas no coração dos tradicionalistas e dos sedevacantistas e dos modernistas ele está morto, porque não tem vez com eles, é excluído e condenado por eles, e isso equivale á morte. Também nós podemos encontrar a morte no coração de muitos irmãos que nos rejeitam, e nós podemos também dar a morte a muitos irmãos que nós condenamos. Tenhamos em nós a vida, não a morte, amemos nossos irmãos como Jesus nos amou. Permaneçamos firmes na Caridade, em comunhão com o Papa Francisco, e amemos nosso próximo.
“Escolhendo obedecer a Deus e não aos homens, eles não terão medo de nada e preferirão perecer a aprovar a falsidade e a perfídia. Deus é Amor, e Amor deve ser sua Justiça. Os homens nos pedem para fazer justiça, mas a justiça dos homens não é a justiça de Deus, a justiça de Deus é a Cruz, é a Caridade, pois foi a Caridade que pregou Cristo na Cruz, pois se não fosse a Caridade, Deus teria destruído todos os seus inimigos. Firme é a doutrina na qual permanece o Papa, essa doutrina é a doutrina do Amor, que os homens (tradicionalistas e sedevacantistas) exigem que ele abandone. O Papa é guiado por Deus, pela Misericórdia, não pode atender à esses homens que querem que ele faça a Igreja infalível errar. Querem que o Papa condene o Concílio Vaticano II e a Missa Nova. Ora, se o Papa fizer essa condenação, estará admitindo que a Igreja errou, e a Igreja não erra, é dogma de fé. Querem que o Papa atente contra o dogma. O Papa prefere perecer no coração destes, que desobedecer a Deus. Jamais o Papa fará essas condenações. A solução é a hermenêutica da reforma na continuidade, ensinada por seu Predecessor Bento XVI.
“Alguns pregadores manterão silêncio sobre a verdade, e outros a calcarão sob os pés e a negarão. Não tenhamos medo da verdade. O silêncio é imposto pela falta de Caridade. Tenhamos Caridade e não prenderemos a Verdade.
“A santidade de vida será desprezada até pelos que exteriormente a professam, pois naqueles dias Jesus Cristo lhes dará não um verdadeiro pastor, mas um destruidor.” A santidade de vida será desprezada até pelos que a professam exteriormente. Isso não se aplica aos modernistas, pois eles são contra a santidade de vida mesmo exteriormente. Isso aplica-se aos tradicionalistas que professam e defendem um modo de vida santa. A santidade de vida só é possível na Caridade, sem Caridade não há santidade, sem Caridade somos como "simbalo que tine"(cf. I Coritntios 13,1ss). Esse falso pastor não pode ser o Papa, mas aquele que opõe-se ao Papa, aquele que com sua doutrina do erro, que é a falta de caridade, destrói a obediência ao Papa. In Iesu.
(Fonte: “Works of the Seraphic Father St. Francis Of Assisi”, Washbourne, Londres, 1882, pp. 248-250, com Imprimatur do bispo de Birmingham, D. William Bernard).
Ao lado, reproduções do original inglês. CLIQUE NELAS PARA AMPLIAR.
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