SANTA SÉ INSISTE QUE NÃO QUER QUE A VISITA SEJA USADA POLITICAMENTE PELO GOVERNO ABORTISTA E GAYSISTA DE DILMA
Jamil
Chade – O Estado de S. Paulo | RIO – O Vaticano se distancia da
tentativa do governo brasileiro de propor uma aliança para o combate à pobreza,
enquanto nos bastidores a Santa Sé insiste que não quer ser usada politicamente
no Brasil pelo governo, principalmente em um momento delicado, de manifestações
pelas ruas e preparação para as eleições de 2014
Na
segunda-feira, a presidente Dilma Rousseff não perdeu a chance de, no primeiro
discurso ao lado do papa Francisco, descrever a política social do governo e
formular uma proposta de se aliar ao Vaticano para desenvolver uma política
internacional baseada no combate à pobreza. O papa tem cobrado governantes e
até mesmo a Igreja para que adotem um discurso e atitudes concretas para ajudar
os mais pobres
Lombardi
explicou que não se trata de um desacordo com a linha adotada pelo Brasil. Mas,
ao Estado, pessoas próximas ao papa garantiram que o argentino e o Vaticano
sabem do momento vivido pelo Brasil e da necessidade de Dilma de colar sua
imagem à popularidade de Francisco. Para completar, a Santa Sé aponta que tanto
na Organização das Nações Unidas (ONU) quanto em outros organismos
internacionais, o Vaticano e o Brasil já têm uma posição de sintonia
O
distanciamento do Vaticano não significa, segundo seus auxiliares, que o papa
não reconheça que tem um papel político importante. “O papa quer ter esse
papel. Mas ele defende uma ação política com P maiúsculo, e não a política partidária”,
explicou um auxiliar
Carta.
Dilma fez de tudo para politizar a viagem do papa ao Brasil. Ela enviou uma
carta ao argentino pedindo que ele a transformasse em uma “visita de Estado” e
fosse a Brasília. Mas Francisco rejeitou o convite. Nos próximos meses, o
governo tentará promover uma aproximação das diplomacias do Vaticano e do
Itamaraty para debater estratégias de ação conjunta em fóruns internacionais
O
Vaticano também já deixou claro que nesta quarta-feira, 24, quando o papa
visitar a favela de Varginha, no Rio, ele não quer a presença de políticos. “O
contato é com o povo, e justamente com o povo mais esquecido pelos
governantes”, declarou um representante do Vaticano
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