terça-feira, 9 de julho de 2013

EXPLICAÇÃO DO SOFRIMENTO PARA O CATOLICISMO‏ - LITURGIA DIÁRIA , 09 DE JULHO DE 2013

EXPLICAÇÃO DO SOFRIMENTO PARA O CATOLICISMO‏


PERGUNTA — Se Deus é nosso Pai, por que Ele permite a guerra, a doença, a fome? Por que Ele permite que seus filhos sofram? Por favor, me ajudem!


RESPOSTA — O apelo final por ajuda indica uma pessoa submetida a muitos sofrimentos, que deseja entender a razão deles em face de um Deus que é Pai de misericórdia: “Compassivo e misericordioso é o Senhor, paciente e cheio de misericórdia; o Senhor é suave com o mundo todo, e suas misericórdias se estendem sobre todas as suas obras” (Ps 144,8-9). Como explicar, então, que Deus permita que soframos?


Como primeiro movimento de uma alma católica , me compadeço desses sofrimentos e peço a Maria Santíssima que interceda junto a Deus Nosso Senhor para que eles sejam diminuídos na medida do possível. Mas há uma quota de sofrimento, variável no modo e na intensidade, que cada um de nós nesta vida tem de carregar. Para esse sofrimento peço a Deus, a paciência e a resignação de alma, tão agradáveis a Nosso Senhor e tão cheias de frutos para nossas almas


A pergunta acima tem um alcance mais profundo do que talvez a própria consulente imaginou ao formulá-la. Com efeito, ela incide sobre uma discrepância fundamental entre o espírito católico e o mundo moderno. Esse ponto de discrepância consiste na seriedade com que devemos encarar a vida nesta Terra


A GRAVE CRISE DE SERIEDADE


O mundo moderno vive um momento de grande decadência espiritual e moral, que teve origem numa grave crise de seriedade. Essa crise veio se desenvolvendo ao longo de séculos, mas até a I Guerra Mundial (1914-1918) a sociedade ainda conservava importantes traços de seriedade. Fotografias e filmes da época mostram pessoas geralmente sérias, tanto nas cenas da vida quotidiana como em ocasiões de solenidade. Entretanto, a partir de então, o processo que leva a ter uma posição superficial perante a vida sofreu uma aceleração rápida, em consequência principalmente da difusão do “espírito de Hollywood”


Assim chamamos o espírito disseminado pelos filmes provenientes dos Estados Unidos (os quais, aliás, segundo observadores dignos de crédito, apresentavam a mentalidade norte-americana não de modo autêntico, mas caricatural). O fato é que, em poucas dezenas de anos, implantou-se em todo o Ocidente um modo otimista, risonho e superficial de encarar a vida, caracterizado pela convicção gratuita de que o desenrolar dos acontecimentos termina sempre num happy end. Isto é, tudo nesta vida tem um final normalmente feliz


Tal estado de espírito predispõe a considerar o sofrimento como um intruso no decurso normal da vida


Assim, para compreendermos sem dificuldade a razão de ser do sofrimento no plano divino, temos que expungir de nossa alma todo resquício de espírito hollywoodiano que, mesmo sem o percebermos, se tenha introduzido em nós. Para isso, nada melhor do que nos compenetrarmos de que a vida é séria, extremamente séria


O SOFRIMENTO E A SALVAÇÃO DAS ALMAS


O fundamento mais tangível dessa seriedade é que temos uma alma a salvar :
O DESFECHO DE NOSSA HISTÓRIA PESSOAL SERÁ UMA VIDA ETERNAMENTE FELIZ NO CÉU OU UMA VIDA ETERNAMENTE DESGRAÇADA NO INFERNO


A graça de Deus nos chama constantemente para as vias da salvação, mas a escolha do caminho depende também de nossa cooperação — ou não cooperação… — com essa graça. E nesta alternativa se joga tudo por tudo! Como, então, passar a vida sorrindo tolamente diante dessa dupla perspectiva final?


O sofrimento entrou no mundo pelo pecado. A consequência do pecado de nossos primeiros pais, Adão e Eva, foi sua expulsão do Paraíso terrestre, a condenação à morte e o fechamento do Céu para o gênero humano. Deus, porém, que é Pai de misericórdia, apiedou-se da humanidade e determinou que a Segunda Pessoa da Santíssima Trindade se fizesse homem, pagasse por nós o débito do pecado — que, por ser infinito, não estávamos em condições de saldar — e nos reabrisse o Céu . Tal foi a obra da Redenção consumada pelo sofrimento de Nosso Senhor Jesus Cristo no alto da Cruz.
O essencial, portanto, foi cumprido pelo Divino Salvador


Entretanto, Deus estabeleceu que o fruto da Redenção se aplicasse a cada um de nós pela nossa participação pessoal no Sacrifício redentor de Cristo.
E essa participação se dá pela aceitação amorosa e resignada dos sofrimentos que Deus nos manda nesta vida . É a doutrina ensinada por São Paulo, segundo a qual devemos completar em nossa carne o que falta à Paixão de Cristo (cfr. Col 1,24) . Fica assim explicada a profunda razão de ser do sofrimento dos filhos de Deus nesta Terra


SÃO INSUPORTÁVEIS OS SOFRIMENTOS?


Essa exposição tem como fundo de quadro sofrimentos humanamente suportáveis (bem entendido, com a ajuda da graça divina) . Mas nossa missivista refere-se a três gêneros de sofrimento — “a guerra, a doença e a fome” — que, no seu entender, parecem exceder de muito a capacidade do homem de suportá-los. Como conciliar isso com a visão que temos de um Deus, Pai das misericórdias?


A dúvida faz sentido. Os jornais descrevem todos os dias horrores da guerra, atos pavorosos de terrorismo que atingem indiscriminadamente todo gênero de vítimas, incursões criminosas de guerrilhas que tumultuam a vida de diversas nações, regimes totalitários que provocam fomes insanáveis a que estão submetidas populações inteiras, a pandemia da Aids etc. Não constitui isso um sofrimento que ultrapassa todo limite do suportável?


Sem dúvida, o estado de convulsão generalizada em que está o mundo produz sofrimentos inauditos . Porém, cumpre perguntar se o estado de pecado em que vive hoje grande parte da humanidade não é de molde a atrair castigos divinos. E a pecados inauditos, castigos inauditos… E como isso tudo ofende a Deus!


O BOM PAI, QUANDO CASTIGA, É PARA BEM DO FILHO


Temos visto a extensão e a gravidade desses pecados: a imoralidade inconcebível das modas e dos costumes, a desagregação institucional da família, o aborto, a depravação homossexual e tantas outras desordens , na esfera individual como na social, nacional e internacional .
Tudo isso manifesta o abandono dos princípios da moral natural e da moral católica , um voltar desdenhoso de costas a Deus. Como admirar-se de que Deus puna o mundo com castigos nunca vistos?


Assim, ao  sofrimento que sempre acompanhou a vida do homem desde Adão e Eva acrescentam-se sofrimentos incomensuráveis, que se podem atribuir a um castigo pela apostasia hodierna, a qual ofende enormemente o Coração de Jesus. Aceitar com amor e resignação os sofrimentos que daí decorrem é um meio de a alma católica reparar tão grandes ofensas



DEUS NUNCA DEIXA SEUS FILHOS AO ABANDONO, MAS SOCORRE-OS MISERICORDIOSAMENTE

Por isso enviou sua Santíssima Mãe à Terra, em Fátima, a anunciar que, se os homens não se emendassem, grandes castigos haveriam de sobrevir. Porém, ao fim destes, graças também nunca vistas choverão sobre a humanidade, que retornará a Deus e à Igreja, estabelecendo-se na Terra uma era de paz: é o Reino de Cristo, que se reinstaurará COM O TRIUNFO DO IMACULADO CORAÇÃO DE MARIA. Essa a grande e maravilhosa esperança que nos dá ânimo para suportar todas as lutas e sofrimentos deste mundo convulsionado em que vivemos





LITURGIA DIÁRIA , 09 DE JULHO DE 2013
PRIMEIRA LEITURA: GÊNESIS 32, 23-33

SANTA PAULINA DE JESUS , RELIGIOSA E VIRGEM - (BRANCO, PREF. COMUM OU DAS VIRGENS - OFÍCIO DA MEMÓRIA) - LEITURA DO LIVRO DO GÊNESIS - Naqueles dias, 23Tomou-os, e os fez passar a torrente com tudo o que lhe pertencia. 24Jacó ficou só; e alguém lutava com ele até o romper da aurora. 25Vendo que não podia vencê-lo, tocou-lhe aquele homem na articulação da coxa e esta deslocou-se, enquanto Jacó lutava com ele. 26E disse-lhe: "Deixa-me partir, porque a aurora se levanta." "Não te deixarei partir respondeu Jacó, antes que me tenhas abençoado." 27Ele perguntou-lhe: "Qual é o teu nome?" "Jacó." 28"Teu nome não será mais Jacó, tornou ele, mas Israel, porque lutaste com Deus e com os homens, e venceste." Jacó perguntou-lhe: 29"Peço-te que me digas qual é o teu nome." "Por que me perguntas o meu nome?", respondeu ele. E abençoou-o no mesmo lugar. 30Jacó chamou àquele lugar Fanuel: "porque, disse ele, eu vi a Deus face a face, e conservei a vida". 31O sol levantava-se no horizonte, quando ele passou Fanuel. E coxeava de uma perna. 32É por isso que os israelitas, ainda hoje, não comem o nervo da articulação da coxa, porque aquele homem tinha tocado nesse nervo da articulação da coxa de Jacó - Palavra do Senhor

SALMO RESPONSORIAL(16)

REFRÃO: VEREI, JUSTIFICADO, VOSSA FACE, Ó SENHOR!

1.
 Ó Senhor, ouvi a minha justa causa, escutai-me e atendei o meu clamor! Inclinai o vosso ouvido à minha prece, pois não existe falsidade nos meus lábios. -R

2. De vossa face é que me venha o julgamento, pois vossos olhos sabem ver o que é justo. Provai meu coração durante a noite, visitai-o, examinai-o pelo fogo, mas em mim não achareis iniqüidade. -R.

3. Eu vos chamo, ó meu Deus, porque me ouvis, inclinai-me o vosso ouvido e escutai-me! Mostrai-me vosso amor maravilhoso, vós que salvais e libertais do inimigo quem procura a proteção junto de vós. -R.

4. Protegei-me qual dos olhos a pupila e guardai-me, à proteção de vossas asas. Mas eu verei, justificado, a vossa face e ao despertar me saciará vossa presença. -R.

EVANGELHO: MATEUS 9, 32-38

PROCLAMAÇÃO DO EVANGELHO DE JESUS CRISTO, SEGUNDO MATEUS - Naquele tempo, 32Logo que se foram, apresentaram-lhe um mudo, possuído do demônio. 33O demônio foi expulso, o mudo falou e a multidão exclamava com admiração: Jamais se viu algo semelhante em Israel. 34Os fariseus, porém, diziam: É pelo príncipe dos demônios que ele expulsa os demônios. 35Jesus percorria todas as cidades e aldeias. Ensinava nas sinagogas, pregando o Evangelho do Reino e curando todo mal e toda enfermidade. 36Vendo a multidão, ficou tomado de compaixão, porque estava enfraquecida e abatida como ovelhas sem pastor. 37Disse, então, aos seus discípulos: A messe é grande, mas os operários são poucos. 38Pedi, pois, ao Senhor da messe que envie operários para sua messe - Palavra da salvação





 
MENSAGEM DE NOSSA SENHORA EM MEDJUGORJE – “Hoje os convido o viverem a paz em seus corações e em suas famílias. Não existe paz, filhinhos, onde não se reza e não existe amor onde não existe fé. Por isso, filhinhos, convido todos vocês a decidirem-se, hoje novamente, pela conversão. Eu estou perto de vocês, filhinhos, e convido-os a virem todos para os meus braços, para ajudá-los, mas vocês não querem e assim Satanás os tenta e, mesmo nas coisas mais pequenas, a fé de vocês enfraquece. Portanto, filhinhos, rezem e através da oração terão a bênção e a paz” – MENSAGEM DO DIA 25.03.95


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