Queridos irmãos, queridas irmãs, a paz! Nossa Senhora tem repetido com insistência, em Medjugorje, que estamos vivendo “um tempo de graça”. Padre Livio Fanzaga escreve sobre isso, levando-nos a refletir sobre o significado das palavras de Maria.
“As aparições de Nossa Senhora são sempre uma grande graça, que redunda em benefício para toda a Igreja. No entanto, não entenderíamos Medjugorje se não entendêssemos a singularidade deste evento. Nunca antes havia acontecido que Nossa Senhora aparecesse por tanto tempo, endereçando mensagens para a Igreja e para toda a humanidade. Se lembrarmos que as aparições de Lourdes e Fátima ocorreram num espaço de poucos meses, a originalidade única de Medjugorje aparece em toda a sua evidência.
Para muitas pessoas, é justamente a duração dessas aparições que causa perplexidade. No entanto, quem acompanha os acontecimentos desde o início viu desdobrar-se o plano de Maria em toda a sua sabedoria sobrenatural. Nossa Senhora mesma, a fim de enfatizar quão grande dom da graça é a sua presença, afirmou que foi Deus quem a enviou e que foi o Altíssimo que lhe concedeu permanecer assim por tanto tempo conosco. Na verdade, sua presença diária lhe permite, diz ela, sustentar-nos nas provações, ensinar-nos a rezar, e guiar-nos no caminho da santidade, de tal modo que possamos vir a estar todos com ela no Paraíso, que é a meta para a qual devemos tender.
Depois dos primeiros momentos de espanto com a continuação inesperada das aparições, os peregrinos perceberam que estavam diante de um dom da graça que nenhuma geração havia tido antes. De fato, Nossa Senhora mesma se tornara guia e mestra de uma geração inteira. Quem pode contar os fiéis, espalhados por todas as partes do mundo, que começaram sua jornada espiritual com a Rainha da Paz e a estão levando adiante por tanto tempo? Os próprios videntes eram, então, adolescentes. Eles agora são homens e mulheres maduros. Como eles, muitos outros tiveram a graça de ser guiados por Maria no caminho de suas vidas, em um momento decisivo para a fé e para o futuro do homem.
Nossa Senhora tem sublinhado repetidamente que estamos vivendo um momento de grande graça, afirmando, porém, que não estamos conscientes disso. Trata-se, sem dúvida, da graça de Sua presença, a qual, da forma como acontece em Medjugorje, é única nos dois milênios de história cristã. Esta sua presença diária que conforta, ilumina, guia e instrui, dando apoio à Igreja em um dos momentos mais difíceis de sua história, é uma graça que muitos acham difícil de entender em toda a sua magnitude. Nossa Senhora maternalmente nos adverte sobre o fato de que, quando Ela não vier mais, lamentaremos o dom incomensurável que nos havia sido dado e que nós não fomos capazes de fazer frutificar.
No entanto, não entenderemos a extraordinária importância das aparições de Medjugorje se não as colocarmos em relação ao momento histórico em que vivemos. Essa presença tão longa de Maria não poderia ser explicada sem os graves perigos que ameaçam a humanidade no momento presente. O Santo Padre os indicou na oração de consagração do milênio a Nossa Senhora, quando disse que a humanidade está numa encruzilhada, podendo reduzir a terra a uma pilha de escombros ou transformá-la num jardim de paz.
O olhar sobrenatural de Maria se dirige à raiz da doença do mundo moderno, o que talvez muito poucos sejam capazes de ver e que, se não for erradicada, acabaria por comprometer o próprio futuro da humanidade. Trata-se do desejo do homem contemporâneo de construir um mundo sem Deus. Esta é a grande tentação que corre a nossa geração. Esta é a ‘máxima impostura’ a que faz alusão o Catecismo da Igreja Católica (n. 675), que leva os homens a apostatar da verdade e a glorificar a si próprios no lugar de Deus e do seu Messias, que veio na carne. E a Rainha da Paz afirma que sem Deus não há futuro nem salvação eterna. Com a nossa ajuda, Nossa Senhora quer salvar os homens do nosso tempo deste perigo mortal.”
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