SANTA GEMMA GALGANI
E SUAS EXPERIÊNCIAS COM O DEMÔNIO
Para purificar os Seus escolhidos e
fazer deles vítimas de expiação, Deus serve-Se muitas vezes de satanás que, com
o seu ódio ao homem, é em Suas mãos o instrumento mais ativo. A Santa Escritura
e sobretudo os registros da hagiografia oferecem-nos exemplos numerosos desta
conduta da Providência Divina
Quando o Senhor quis elevar São Paulo
da Cruz a um grau mais eminente de santidade, disse-lhe no íntimo da sua alma :
“Fazer-te-ei calcar aos pés pelos demônios". Gema ouviu também um dia
palavras semelhantes: "Prepara-te, minha filha ; por minha ordem o demônio
vai declarar-te guerra e dar, por esta forma, o último retoque à obra que
realizei em ti”
Podemos dizer que esta guerra foi
geral, isto é, dirigida contra cada uma das virtudes e práticas por meio das
quais a jovem virgem se esforçava em caminhar para Deus. Todas desagradavam ao
anjo do mal, que as atacou com ódio feroz. Dir-se-ia que, no exercício do seu
tenebroso império, não tinha outra preocupação senão perseguir esta pobre
menina e procurar meios de a assaltar com tentações
A oração é o alimento vital da
santidade, o supremo caminho que conduz ao Soberano Bem. Desde há muito que
Gema a amava e praticava com todo o ardor da sua alma e devia-lhe bens
inapreciáveis. O que não fez satanás por afastar a donzela da oração! Nada
podendo conseguir com as suas inspirações perversas, provocava-lhe violentas
dores de cabeça que teriam levado uma alma menos enérgica antes à indolência e
ao repouso que à oração; experimentava mil outros meios para a desviar deste
exercício divino
“Oh! dizia-me
ela, que tormento para mim o não
poder orar! Que fadiga eu sofro! E que esforços faz esse velhaco (assim chamava
ao demônio) para me tornar a oração impossível! Ontem à noite queria matar-me,
e tê-lo-ia feito se não fosse a rápida intervenção de Jesus. Eu estava desfalecida,
tinha bem gravado na minha alma o Nome de Jesus, mas não me era possível
proferí-lo com a língua”
Algumas vezes o infernal inimigo
tentava triunfar de um só ímpeto por meio de sugestões ímpias. “Que fazes tu,
lhe dizia, és louca de orar a um malfeitor? Vê como ele te atormenta e
te conserva consigo sobre a cruz. Porventura podes amar quem não conheces e
quem trata tão duramente os seus melhores amigos” Estas blasfêmias não
eram mais que poeira lançada ao vento, mas afligiam profundamente a alma terna
e amante, obrigada a ouvir ultrajar assim o seu adorável Jesus
No meio de tantos sofrimentos, a pobre
menina procurava algum conforto no seu pai espiritual, apresentava-lhe as suas
dificuldades, implorava conselho e direção. Este humilde e filial recurso não
agradava ao espírito das trevas, que via assim diminuir as suas já tão pequenas
probabilidades de êxito. Usou de mil artifícios para isolar na luta a Serva de
Deus, afastando-a do diretor espiritual. Pintou-lho com as mais desprezíveis
cores: como ignorante, um fanático, um iludido. “Nos últimos dias,
escrevia-me ela, o maldito fez-me ‘boas’ [peças]. Este monstro queria
privar-me do meu guia e conselheiro para me perder; não tenho, porém, receio de
que o consiga”
Parece que esta confiança em Deus
deveria desarmar satanás, mas não desarmou. Perante a inutilidade de suas
pérfidas insinuações, recorreu à violência física. Logo que Gema tomava a pena
para me escrever, tirava-lha das mãos e rasgava o papel; algumas vezes, agarrando-a
pelos cabelos, arrancava-a de junto da mesa com tal raiva que lhe ficavam nas
mãos brutais madeixas inteiras; e ao mesmo tempo uivava com voz furiosa: “Guerra,
guerra a teu pai espiritual, guerra enquanto ele estiver no mundo!’ Seja-me
lícito dizer, aqui só entre nós, que nunca passou das palavras. "Acreditai-me,
Padre, dizia Gema, ao ouvi-lo, vê-se que este velhaco odeia muito
mais a vós do que a mim”
O demônio levou a audácia até ao ponto
de tomar as aparências do seu confessor ordinário. Um dia acabava a menina de
entrar na igreja e preparava-se, esperando pelo sacerdote, para a recepção do
sacramento da Penitência. Mas qual não foi o seu espanto ao vê-lo imediatamente
no seu posto, sem que pudesse saber por onde é que tinha entrado! Sentiu uma
grande perturbação interior, que era nela indício infalível da presença do
espírito maligno. Entretanto aproximou-se e começou a confissão. A voz que
ouvia era realmente a do confessor ordinário, mas as palavras eram
escandalosamente indecentes e acompanhadas de atos desonestos. “Meu Deus,
exclamou Gema, que é isto e onde estou eu?” A pura menina, tremendo
dos pés à cabeça, permaneceu por um instante estonteada, depois sossegou,
levantou-se, saiu do confessionário e verificou então que o pretendido confessor
tinha desaparecido, sem que nenhuma das pessoas presentes o visse ir
Não havia dúvida: o demônio procurava
com este artifício grosseiro surpreender a santa menina ou pelo menos tirar-lhe
toda a confiança no ministro de Deus
Tendo falhado este golpe, tentou outro.
Apareceu sob a forma de um belo anjo resplandecente de luz e cheio de
solicitude pela sua felicidade. Como com Eva no paraíso terrestre, empregou a
mais sutil astúcia para conseguir enganá-la. “Olha para mim, dizia ele, posso
tornar-te feliz; jura somente que me obedecerás.” Gema, que desta vez não
tinha sentido a perturbação reveladora da presença do demônio, ouvia
tranquilamente. Mas, logo às primeiras propostas criminosas do espírito
perverso, os olhos se lhe abriram e ela se pôs na defensiva. “Meu Deus,
Maria Imaculada, exclamou a princípio, vinde em meu auxílio!”
Depois, avançando resolutamente para o anjo disfarçado, escarrou-lhe na cara.
Desapareceu imediatamente sob a forma duma grande chama vermelha, deixando no
assoalho do quarto um montão de cinza
Algum tempo depois, novo assalto : “Ouvi,
Padre: escrevia-me Gema, ontem entrava eu em casa, depois de ter me
confessado. Aproveitando o momento de solidão, pus-me de joelhos para recitar a
Coroa das Cinco Chagas. Ia a chegar à quarta Chaga quando vi diante de mim uma
pessoa muito parecida com Jesus. Estava flagelado de há pouco e do seu
coração aberto corria sangue em abundância. Disse-me: ‘É assim, minha filha,
que me correspondes? Considera o estado em que me encontro. Vês como sofro por
ti? E não podes continuar a consolar-me com essas penitências? E no
entanto era bem pouca coisa; podias muito bem retomá-las. – Não, não respondi,
quero obedecer e desobedeceria se vos atendesse. – Mas enfim, o confessor que
tas proibiu foi esse... Ora, tu de nenhum modo estás obrigada a obedecer-lhe. –
E acrescentou muitas mais coisas. Nestes perniciosos conselhos reconheci
satanás, e estava para tomar a disciplina, como das outras vezes em iguais
circunstâncias, quando me senti diferentemente inspirada. Levantei-me,
lancei-lhe água benta e desapareceu. Recuperei então a paz, não sem ter
recebido alguns golpes com que a besta vil me gratifica de tempos a tempos”
Não obtendo outra coisa, o espírito do mal procurava assim levar Gema,
contra a proibição do diretor espiritual, a penitências prejudiciais à saúde
Para protegê-la contra as visões maléficas, ordenei-lhe que a cada
aparição sobrenatural exclamasse: Viva Jesus! Nosso Senhor, sem eu
o saber, tinha-lhe dado um conselho quase igual. Gema devia dizer: Benditos
sejam Jesus e Maria. A dócil menina, para obedecer a ambos, juntava as duas
exclamações. Os bons espíritos repetiam-nas sempre, mas os maus ou não
respondiam ou se limitavam às primeiras palavras: Viva, benditos.
Por este sinal eram reconhecidos, e Gema escarnecia deles
Com a esperança de lhe inspirar o
orgulho, o demônio mostrava-lhe algumas vezes em sonhos, ou mesmo estando
acordada, uma procissão de pessoas vestidas de branco que se aproximavam
piedosamente do seu leito para a venerar. Descobria-lhe também que as cartas para
seu pai espiritual eram religiosamente conservadas com o fim de servirem um dia
à sua glória, etc., etc. Vãs tentações, a Serva de Deus era suficientemente
humilde para não se deixar levar como Eva pela sedução da vaidade
Supondo abalar talvez a sua grande
confiança em Deus, o maldito aproveitava as ocasiões tão freqüentes de abandono
e de cruel aridez espiritual para aumentar em sua alma o horroroso temor da
condenação. “Não vês, lhe dizia, que Jesus não te escuta, que já
te não quer conhecer? Para que afadigar-te em correr após ele? Só te resta
resignar-te com a tua desgraçada sorte” Para os santos foi sempre esta
tentação a mais angustiosa. Gema experimentava-lhe toda a violência; mas
habituada a recorrer a seu Deus, apesar de tudo e em todas as circunstâncias,
com a mais viva fé, como uma criança recorre a seu pai, depressa recuperava a
serenidade. Por isso podia dizer-me: “Este celerado cansa-se; quereria ...
Mas Jesus com suas palavras inspirou-me tal tranqüilidade que todos os esforços
diabólicos não poderiam tirar-me a confiança por um só momento”
O anjo da soberba, furioso de ver que
toda a sua astúcia se malograva aos pés duma humilde donzela, em último recurso
tirou definitivamente a máscara, passando a atos de violência. Aparecia-lhe sob
as formas horríveis dum monstro ameaçador, dum homem feroz, dum cão raivoso.
Depois de ter assim procurado aterrorizá-la, precipitava-se sobre ela,
batia-lhe, rasgava-lhe a pele, atirava-a dum lado para outro no quarto como se
fora uma rodilha; arrastava-a pelos cabelos e martirizava de todas as maneiras
possíveis os seus inocentes membros. E não julguemos que tudo isso se limitava
a impressões puramente imaginárias, porque os efeitos sobre o corpo da vítima
persistiam por muito tempo: cabelos arrancados, carnes lívidas, ossos quase
esmagados, dores atrozes. Algumas vezes ouvia-se o barulho das pancadas, via-se
o leito mudar de lugar e elevar-se da terra para cair bruscamente. Estes
vexames duravam sem interrupção horas inteiras e algumas vezes toda noite
Deixemos Gema falar a este respeito. A
simplicidade do seu estilo e a ingênua sinceridade da sua alma dispensam-nos de
fazer comentário : “Hoje, que me julgava livre desta besta vil, fui
muito molestada por ela. Ia para me deitar, esperando poder dormir; não
sucedeu, porém, assim. A princípio recebi uma pancada das mais terríveis, de
que pensei morrer. O malvado tinha a forma dum grande cão negro, e punha-me as
patas sobre os ombros. Tratou-me de tal modo que em um dado momento supus ter
os ossos todos quebrados. Pouco depois, como eu tomasse água benta, torceu-me o
braço com extrema violência e caí em dor. Os ossos estavam completamente
deslocados, Jesus, porém, veio repô-los no seu lugar, tocando-os, e tudo ficou
remediado”
Em outra carta: “Também ontem o
demônio me afligiu. Minha tia mandou-me que fosse encher os jarros do quarto.
Ao passar com os jarros na mão, diante da imagem do Coração de Jesus,
dirigi-lhe com amor uma prece fervorosa; imediatamente senti darem-me sobre os
ombros uma bastonada tão forte que cai por terra, sem nada quebrar. Ainda hoje
me sinto muito mal e menor trabalho me causa dor”
A santa menina escrevia-me ainda: “Acabo
de passar, como de costume, uma noite má. O demônio apresentou-se diante de mim
sob a figura de um imenso gigante e bateu-me durante toda a noite, dizendo:
para ti já não há esperança de salvação, estás em meu poder. Respondi que nada
temia porque Deus é misericordioso. Então, espumando de raiva, deu-me uma
grande pancada na cabeça e desapareceu gritando: maldita sejas. Fui para o
quarto repousar um pouco, mas tornei a encontrá-lo lá. Começou de novo a
bater-me com uma corda toda aos nós. Batia-me por eu me opor a fazer o mal que
sugeria. Não, lhe dizia eu; e ele redobrava as pancadas, batendo-me
violentamente com a cabeça no chão. De repente tive a lembrança de implorar o
auxílio do divino Pai de Jesus e exclamei: Pai Eterno, livrai-me pelo sangue
preciosíssimo de Jesus. Imediatamente o velhaco deu-me uma pancada formidável,
atirou-me abaixo da cama e fez-me bater a cabeça no chão com tanta violência
que perdi os sentidos com a dor. Só muito tempo depois os recuperei.
Demos graças a Jesus”
Estas cenas repetiam-se muito
freqüentemente, e, em certas épocas todos os dias. A pobre padecente estava
quase habituada a elas. Excetuando as torturas corporais, podemos dizer que a
vista do monstro infernal já não a atemorizava. Olhava-o com a mesma serenidade
com que a pomba olha para um animal imundo. Gema algumas vezes entretinha-se a
responder-lhe e a humilhá-lo, quando não estava proibida de o fazer; e, quando
à invocação do Santíssimo Nome de Jesus, a hedionda besta se rolava por terra
para fugir em seguida a toda pressa, a ingênua menina acompanhava-a com
zombarias e francas gargalhadas. “Se vísseis, Padre, como ele fugia e
tropeçava em sua fuga raivosa, ter-vos-ieis rido comigo.” Assistia eu uma
ocasião à piedosa menina, gravemente doente e em perigo de vida. Sentado a um
canto do quarto rezava tranquilamente o Breviário, quando um enorme gato muito
preto e de aspecto terrificante me saltou impetuosamente para os pés. Deu uma
volta pelo quarto, saltou para o leito da doente e colocou-se muito perto do
seu rosto, fixando nela um olhar feroz. O sangue gelou-me nas veias; Gema,
porém, permanecia muito serena. Então! Que há de novo? Lhe disse eu, ocultando
o melhor possível a minha atrapalhação. – Não tenhais medo, Padre, é esse
velhaco do demônio que quer molestar-me, mas não temais, a vós não fará mal
nenhum. A tremer aproximei-me do leito, tomei água benta e aspergi-o. A visão
desapareceu imediatamente, sem ter conseguido alterar por um só momento a paz
profunda da doente
A única coisa que aterrava
verdadeiramente Gema era o receio de ceder às sugestões do inimigo e ofender a
Deus. Embora nunca tivesse caído durante o passado, o perigo parecia-lhe
iminente e conservava-a aterrorizada. Não esquecia nenhum meio de defesa: Cruz,
relíquias dos Santos, escapulários, exorcismos, e, acima de tudo, recurso
filial a Deus, a Maria Santíssima, ao Anjo da Guarda e ao diretor de sua alma.
Escrevia-me :
“Vinde depressa, Padre, ou ao menos daí fazei exorcismos, porque o
demônio persegue-me por todos os modos; ajudai-me a salvar a alma, tenho medo
de já estar nas mãos de satanás. Ah! Se soubésseis como sofro! Como ele estava
contente esta noite! Agarrou-me pelos cabelos e puxava por eles dizendo:
desobediência! desobediência! Quero concluir desta vez, vem, vem comigo! Queria
levar-me para o inferno. Atormentou-me durante mais de quatro horas. Foi assim
que se passou a noite. Tenho receio de o atender um dia ou outro e vir a
desagradar a Jesus”
Em algumas raríssimas ocasiões o Senhor
permitiu ao demônio apoderar-se de todo o seu ser, ligar as potências da sua
alma e perturbar-lhe a imaginação a tal ponto que se poderia julgar possessa.
Causava dó vê-la neste estado miserável. Ela mesma tinha-lhe um tal horror que,
só com lembrar-se dele, empalidecia e começava a tremer. “Ó Deus, dizia
ela, estive no inferno sem Jesus, sem a divina Mãe, sem o Anjo! Se saí de lá
sem pecado só a Vós o devo, ó Jesus. Apesar de tudo, estou contente, porque
sofrendo assim e sofrendo sempre, faço a Vossa santíssima Vontade.” Se
estes assaltos do demônio se tivessem repetido mais vastas vezes ou tivessem
sido de mais longa duração, a pobre padecente, apesar de muito resignada, teria
com certeza perdido a vida. A estas atribulações juntavam-se as dores de cruéis
doenças, provocadas, como temos fortes razões para o crer, pelo próprio
espírito infernal. E se refletirmos que Gema estava ao mesmo tempo
miraculosamente associada a todos os tormentos sofridos pelo divino Redentor na
Sua Paixão, teremos uma idéia da grandeza do martírio desta virgem heróica, que
se tinha oferecido em holocausto ao Senhor
LITURGIA DO DIA 20 DE MAIO DE 2013
PRIMEIRA LEITURA: ECLESIÁSTICO 1, 1-10
VII SEMANA
COMUM * , (VERDE - OFÍCIO DO DIA DA III SEMANA DO SALTÉRIO) - LEITURA DO LIVRO DO
ECLESIÁSTICO - 1Toda a sabedoria vem do Senhor Deus, ela sempre
esteve com ele. Ela existe antes de todos os séculos. 2Quem pode
contar os grãos de areia do mar, as gotas de chuva, os dias do tempo? Quem pode
medir a altura do céu, a extensão da terra, a profundidade do abismo? 3Quem
pode penetrar a sabedoria divina, anterior a tudo? 4A sabedoria foi
criada antes de todas as coisas, a inteligência prudente existe antes dos
séculos! 5O verbo de Deus nos céus é fonte de sabedoria, seus
caminhos são os mandamentos eternos. 6A quem foi revelada a raiz da
sabedoria? Quem pode discernir os seus artifícios? 7A quem foi
mostrada e revelada a ciência da sabedoria? Quem pode compreender a multiplicidade
de seus caminhos? 8Somente o Altíssimo, criador onipotente, rei
poderoso e infinitamente temível, Deus dominador, sentado no seu trono; 9foi
ele quem a criou no Espírito Santo, quem a viu, numerada e medida; 10ele
a espargiu em todas as suas obras, sobre toda a carne, à medida que a repartiu,
e deu-a àqueles que a amavam - Palavra
do Senhor
SALMO
RESPONSORIAL(92)
REFRÃO: REINA O SENHOR,
REVESTIU-SE DE ESPLENDOR
1. Deus é Rei e se vestiu de
majestade, / brevestiu-se de poder e de esplendor! -R.
2. Vós firmastes o universo inabalável, / vós firmastes vosso trono
desde a origem, / desde sempre, ó Senhor, vós existis! -R.
3. Verdadeiros são os vossos testemunhos, / refulge a santidade em vossa
casa, / refulge a santidade em vossa casa, / refulge a santidade em vossa casa,
/ pelos séculos dos séculos, Senhor! -R
EVANGELHO: MARCOS 9, 14-29
PROCLAMAÇÃO DO EVANGELHO DE JESUS CRISTO, SEGUNDO MARCOS - Naquele tempo, 14Depois,
aproximando-se dos discípulos, viu ao redor deles grande multidão, e os
escribas a discutir com eles. 15Todo aquele povo, vendo de surpresa
Jesus, acorreu a ele para saudá-lo. 16Ele lhes perguntou: Que estais
discutindo com eles? 17Respondeu um homem dentre a multidão: Mestre,
eu te trouxe meu filho, que tem um expírito mudo. 18Este, onde quer
que o apanhe, lança-o por terra e ele espuma, range os dentes e fica
endurecido. Roguei a teus discípulos que o expelissem, mas não o puderam. 19Respondeu-lhes
Jesus: Ó geração incrédula, até quando estarei convosco? Até quando vos hei de
aturar? Trazei-mo cá! 20Eles lho trouxeram. Assim que o menino
avistou Jesus, o espírito o agitou fortemente. Caiu por terra e revolvia-se
espumando. 21Jesus perguntou ao pai: Há quanto tempo lhe acontece
isto? Desde a infância, respondeu-lhe. 22E o tem lançado muitas
vezes ao fogo e à água, para o matar. Se tu, porém, podes alguma coisa,
ajuda-nos, compadece-te de nós! 23Disse-lhe Jesus: Se podes alguma
coisa!... Tudo é possível ao que crê. 24Imediatamente exclamou o pai
do menino: Creio! Vem em socorro à minha falta de fé! 25Vendo Jesus
que o povo afluía, intimou o espírito imundo e disse-lhe: Espírito mudo e
surdo, eu te ordeno: sai deste menino e não tornes a entrar nele. 26E,
gritando e maltratando-o extremamente, saiu. O menino ficou como morto, de modo
que muitos diziam: Morreu... 27Jesus, porém, tomando-o pela mão,
ergueu-o e ele levantou-se. 28Depois de entrar em casa, os seus
discípulos perguntaram-lhe em particular: Por que não pudemos nós expeli-lo? 29Ele
disse-lhes: Esta espécie de demônios não se pode expulsar senão pela oração - Palavra da salvação
MENSAGEM DO DIA 14 de abril DE 1982 - “Deveis saber que o demônio existe. Ele um dia se apresentou diante do
trono de Deus e pediu permissão para tentar a Igreja por um certo período com a
intenção de destruí-la. Deus permitiu ao demônio de pôr a Igreja à prova por um
século, mas acrescentou: ‘Tu não a destruirás!’ Este século no qual vós viveis
está sob o poder do demônio, mas, quando
se realizarão os segredos que eu vos foram confiados, o seu poder será
destruído. Agora mesmo ele já começa a perder o seu poder e por essa razão ele
tornou-se ainda mais agressivo: destrói os casamentos, levanta discórdias entre as almas
consagradas, causa possessão e provoca
homicídios. Protegei-vos, pois, com o jejum e a oração, sobretudo com a oração
comunitária. Carregai convosco objetos bentos e colocai-os também em vossas
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