A VIRGEM MARIA FALA
AO CORAÇÃO DAS MOÇAS
Tu
sabes, minha filha, para que fim te criou Deus? E se o sabes, como tens podido
desviar-te dele tão estranhamente? Certamente te não foi dado esse corpo com
sua sensibilidade, seus dons de graça e de beleza, para fazeres dele um
instrumento de escândalo e de pecado. Da mesma sorte te não foi dada esta alma,
com suas nobres faculdades, inteligência, memória e vontade para estudar as
vaidades do século, para conceberes imagens impudicas ou frívolas, para
procurares o teu bem nas criaturas em lugar de o procurares no Criador
Ah!
que culpável abuso tens feito até ao presente dos benefícios do céu! Tu bem
sabes, minha querida filha, para que fim Deus te criou. É para o conheceres,
amares, e servires nesta vida, e por esse meio adquerires a glória eterna que
te preparou na eternidade. Poderias acaso desejar fim mais nobre e sublime?
Poderia Ele, não obstante a sua omnipotência, dar-t'o melhor? Não o tem os
principes mais graduados e gloriosos da corte celeste; não o tenho eu mesma.
Mas de que modo tens tu correspondido à bondade de Deus? Ah! se queres que eu
seja para ti uma verdadeira Mãe, mostra-te para mim uma verdadeira filha: não
degeneres dos meus exemplos. Desde o primeiro instante que a minha inteligência
se abriu à razão, dediquei-me logo a Deus com a veemência de um coração
ardente, e a chama feliz, que neste momento m'o abrasa, não mais se extinguiu
Desde então, o meu pensamento foi
fazer a vontade de Deus e tornar-me cada vez mais digna d'Ele. Mas tu, que tens
feito? Ah! o teu primeiro desejo foi agradar o mundo, a tua aplicação foi
seguir-lhe as máximas e costumes. Não tens conhecido Deus senão para o ofender.
Gastaste a infância, que é a mais bela idade, - a idade da inocência - em
puerilidades, em preocupações que fazem corar, em desobediências a teus
superiores, em desprezo por teus inferiores e iguais. Tens-te deleitado desde
então com as modas e vaidades. Tens as seguido sem compreender bem o mal que te
acarretam. Fizeste delas um ídolo para conseguires ser tu própria um ídolo dos
outros corações. Não Não sentes confusão
alguma à vista de uma vida tão indigna de uma virgem cristã? Não te aflige
teres-te desviado tão tristemente do fim para que foste criada?
Que engano é o teu, ó querida
filha, se crês achar no mundo a felicidade que sonhas, mesmo quando tudo corresse
conforme os teus desejos, as riquezas e grandezas do mundo não podem fazer-te
feliz. O teu coração, apto a gozar um bem imutável e infinito, coração criado
para um igual bem, nunca poderá estar satisfeito gozando apenas felicidades
limitadas e passageiras
Deixa-te convencer pelo exemplo de tantas pessoas que no mundo vivem no
meio de delícias e riquezas. Julga-las
felizes, mas se pudesses penetrar com a vista em seus corações e ver a
tempestade terrível de aflições, de temores e remorsos que incessantemente lhes
agita e tortura a consciência, em vez de lhes invejares a sorte terias piedade
de sua desgraça. Quantas têm achado a ruína no meio do mesmo que devia ser-lhes
glória! Não, minha filha, o ímpio não pode ter paz verdadeira, nem sincero contentamento.
Só uma alma reta e inocente goza na paz do coração as delícias antecipadas do
Paraíso. Nenhuma catastrofe as pertuba. Os pecadores, ao contrário, conforto
algum podem tirar das consolações terrestres. Não te assuste portanto a
penitência, ó milha querida filha, porque só de terrível tem o nome.
Acredita-me: as lágrimas daquele que na amargura do seu coração chora as
próprias culpas, são mais suaves que a alegria daquele que se inebria com os
prazeres da vida. Criada por Deus e para Deus, só n'Ele acharás a paz.
Desgraçada da alma que ousa crer que se pode achar coisa alguma melhor que Deus. Cessa pois de
armas a vaidade e a mentira e volta-te para aquele que é o único que pode
dar-te a paz e fazer a tua verdadeira felicidade
Demais, ó minha querida, o tempo
nada é comparado com a eternidade. TENS
DE VIVER ETERNAMENTE NUMA ALEGRIA SOBERANA, OU NA MAIS TERRÍVEL DOR. DEVEZ
HABITAR PARA SEMPRE O PARAÍSO OU O INFERNO. QUAL SERÁ A TUA ETERNIDADE?
INTERROGA A CONSCIÊNCIA E ELA TE RESPONDERÁ . Crês que a moleza em que vives, a dissipação, o afã pelas festas e
divertimentos, o desejo de te mostrares, de amar e ser amada, o habito de rir e
acompanhar livremente com pessoas das
quais até devias evitar o encontro com cuidado, são o caminho que conduz ao
céu? Ah! minha filha, eu própria me impuz o dever de proteger a minha inocência por meio do retiro, da modéstia e de uma
oração contínua, pela prática de todas as virtudes que devem servir de norma à
vida de uma verdadeira serva do Senhor, e tu crer-te-ias segura vivendo no
meio de tantos perigos, com tão pouca vigilância e tamanho horror ao
sofrimento?
Meu próprio Divino Filho subiu ao
céu pelo caminho da Cruz, e tu querias persuadir-te que só pode ali chegar pelo
caminho dos prazeres?! De que te servirá ter gozado todas as delícias do mundo
se te perdes e precipitas num fim de dor eterna para que não foste criada? De
que te servirás teres nascido no seio da Igreja, teres sido remida pelo sangue
precioso de meu Filho, alimentada por sacramentos divinos, inscrita no livro do
filho de Deus, pertenceres à uma nação Cristã, a um povo de eleição, se acabas
por te condenar como aqueles que nunca conheceram nem Deus, nem o seu Cristo?
Affectos. Como vossas palavras fortificam meu coração e me esclarecem o
espiríto, ó Maria, minha Mãe amabilíssima! Ah! agora conheço quanto tenho
andado mal até ao presente e o dever que me obriga a dar-lhe um pronto remédio
se não quiser perder o fim para que fui criada. Oh! como as minhas passadas
loucuras me confundem! Quanto era insensata em renunciar a Deus e à sua Glória
por um bem passageiro e uma vã felicidade!
Que desgraçada eu era! Não tinha
Deus em conta alguma; só seguia as minhas vontades desregradas e os absurdos
caprichos do mundo. Que devo eu esperar senão que Deus me não avalie em nada e
me confunde com os seus inimigos? Mas é tempo ainda; vou pois apressar-me, sem
perder um momento, e emendar o meu erro. Detesto e aborreço todos os
prazeres, encantos, festas e vaidades que tem sido ou serão para mim uma
ocasião de ofender o meu Deus. Renuncio de novo a eles, como já tinha
renunciado em meu Batismo; em lugar de os procurar, pisa-los-ei aos pés sem
medo e valorosamente
Chorarei incessantemente o meu erro. Não
pensarei se não em agradar a Deus sem me importar com o que dirá o mundo,
servi-lo-hei e amarei de todo o coração para conseguir o meu fim. Valei-me, ó Mãe
amabilíssima. Sob a vossa poderosíssima proteção, estou certa de obter o perdão
que imploro e de praticar tudo o que tenho resolvido - [Da obra 'Maria Falando ao Coração
das Donzelas', traduzido do italiano pelo Abbade A. Bayle. Livraria Católica
Portuense, Porto, 1917]
LITURGIA DIÁRIA , 17 DE MAIO DE 2013
PRIMEIRA LEITURA: ATOS DOS APÓSTOLOS 25, 13-21
VII SEMANA
DA PÁSCOA , (BRANCO, PREFÁCIO DA ASCENSÃO - OFÍCIO DO DIA) - LEITURA DOS ATOS
DOS APÓSTOLOS - Naqueles dias, 13Alguns dias
depois, o rei Agripa e Berenice desceram a Cesaréia para saudar Festo. 14Como
se demorassem ali muitos dias, Festo expôs ao rei o caso de Paulo: Félix deixou
preso aqui um certo homem. 15Quando estive em Jerusalém, os sumos
sacerdotes e os anciãos dos judeus vieram queixar-se dele comigo pedindo a sua
condenação. 16Respondi-lhes que não era costume dos romanos condenar
homem algum, antes de ter confrontado o acusado com os seus acusadores e antes
de se lhes dar a liberdade de defender-se dos crimes que lhes são imputados. 17Compareceram
aqui. E eu, sem demora, logo no dia seguinte, dei audiência e ordenei que
conduzissem esse homem. 18Apresentaram-se os seus acusadores, mas
não o acusaram de nenhum dos crimes de que eu suspeitava. 19Eram só
desavenças entre eles a respeito da sua religião, e uma discussão a respeito de
um tal Jesus, já morto, e que Paulo afirma estar vivo. 20Vi-me
perplexo quanto ao modo de inquirir essas questões e perguntei-lhe se queria ir
a Jerusalém e ser ali julgado. 21Mas, como Paulo apelou para o
julgamento do imperador, mandei que fique detido até que o remeta a César - Palavra do Senhor
SALMO
RESPONSORIAL (102)
REFRÃO : O SENHOR PÔS O SEU TRONO LÁ NOS CÉUS
1. Bendize, ó minha alma, ao Senhor, / e todo o meu ser, seu santo nome! / Bendize, ó minha alma, ao Senhor, /
não te esqueças de nenhum de seus favores! -R.
2. Quanto os céus por sobre a terra se elevam, / tanto é grande o seu amor aos que o temem; / quanto dista o nascente do poente, / tanto afasta para longe nossos crimes. -R.
3. O Senhor pôs o seu trono lá nos céus, / e abrange o mundo inteiro seu reinado. / Bendizei ao Senhor Deus, seus anjos todos, / valorosos que cumpris as suas ordens. -R.
1. Bendize, ó minha alma, ao Senhor, / e todo o meu ser, seu santo nome! / Bendize, ó minha alma, ao Senhor, /
não te esqueças de nenhum de seus favores! -R.
2. Quanto os céus por sobre a terra se elevam, / tanto é grande o seu amor aos que o temem; / quanto dista o nascente do poente, / tanto afasta para longe nossos crimes. -R.
3. O Senhor pôs o seu trono lá nos céus, / e abrange o mundo inteiro seu reinado. / Bendizei ao Senhor Deus, seus anjos todos, / valorosos que cumpris as suas ordens. -R.
EVANGELHO: JOÃO 21, 15-19
PROCLAMAÇÃO DO EVANGELHO DE JESUS CRISTO, SEGUNDO JOÃO
- Naquele tempo, 15Tendo eles comido, Jesus perguntou a Simão Pedro:
Simão, filho de João, amas-me mais do que estes? Respondeu ele: Sim, Senhor, tu
sabes que te amo. Disse-lhe Jesus: Apascenta os meus cordeiros. 16Perguntou-lhe
outra vez: Simão, filho de João, amas-me? Respondeu-lhe: Sim, Senhor, tu sabes
que te amo. Disse-lhe Jesus: Apascenta os meus cordeiros. 17Perguntou-lhe
pela terceira vez: Simão, filho de João, amas-me? Pedro entristeceu-se porque
lhe perguntou pela terceira vez: Amas-me?, e respondeu-lhe: Senhor, sabes tudo,
tu sabes que te amo. Disse-lhe Jesus: Apascenta as minhas ovelhas. 18Em
verdade, em verdade te digo: quando eras mais moço, cingias-te e andavas aonde
querias. Mas, quando fores velho, estenderás as tuas mãos, e outro te cingirá e
te levará para onde não queres. 19Por estas palavras, ele indicava o
gênero de morte com que havia de glorificar a Deus. E depois de assim ter
falado, acrescentou: Segue-me! - Palavra
da salvação
MENSAGEM DE NOSSA SENHORA EM MEDJUGORJE – “Queridos filhos! Hoje Eu rezo por vocês, e com vocês, para
que o Espírito Santo os ajude e aumente sua fé, a fim de que possam aceitar
ainda mais as mensagens que lhes dou aqui neste lugar santo. Filhinhos,
compreendam que este é o tempo da graça para cada um de vocês. Comigo,
filhinhos, vocês estão seguros. Desejo conduzir todos vocês pelo caminho da
santidade. Vivam minhas mensagens e coloquem em prática cada palavra que lhes
dou; que elas sejam preciosas para vocês, porque vêm do Céu. Obrigada por terem
correspondido a Meu apelo” – MENSAGEM DO DIA 25.06.2002
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