SANTA MISSA : CELEBRAÇÃO DE UM MISTÉRIO SAGRADO
O ESPÍRITO SANTO INSPIRA O POVO PARA QUE PARTICIPE FRUTUOSAMENTE DA LITURGIA ACOMPANHANDO A REVERÊNCIA DO MOMENTO, JAMAIS DE DISTRAIR OU INSERIR ELEMENTOS ESTRANHOS AO RITO DA MISSA. DEUS QUER SER HONRADO PELA LITURGIA TAL COMO ELA FOI INSPIRADA DESDE O SÃO PEDRO APÓSTOLO E DA FORMA COMO ELA CHEGOU ATÉ HOJE. HÁ QUE SE SABER QUE TUDO QUE NÃO ESTÁ PREVISTO NO MISSAL NÃO É PARTE DA MISSA, PORQUE ELA É COMPLETA POR GRAÇA DA TERCEIRA PESSOA DA SANTÍSSIMA TRINDADE
A Santa Missa é a celebração de um mistério sagrado; é a celebração da Paixão, Morte e Ressurreição de Nosso Senhor Jesus Cristo. Quando se tem essa visão as coisas ocupam os seus respectivos lugares, ou seja, Deus se torna o centro da celebração e abusos não acontecem. Entretanto, a Igreja vive um momento ímpar em sua história: o que se vê por todos os lados, é a inculturação, ou seja, o espaço sagrado sendo despido de sua sacralidade em nome de uma maior aproximação com o mundo. O mundo sendo trazido para dentro da Igreja, o rito sendo esvaziado de seu sentido e significado e, consequentemente, Deus sendo deixado à margem
O BEATO CARDEAL JOHN HENRY NEWMAN , acerca do sentido do sagrado diz que : Os sentimentos de temor e do sagrado são ou não sentimentos cristãos? Ninguém pode em sã razão duvidar disso. São sentimentos que teríamos, em grau intenso, se tivéssemos a visão do Deus soberano. São sentimentos que teríamos se nos apercebêssemos claramente de sua presença. Na medida em que cremos que Ele está presente, devemos tê-los. Não tê-los é não perceber, não crer que Ele está presente - (Parochial and Plain Sermons, v. 5)
A Igreja possui diversos documentos orientando como deve ser a participação ativa e frutuosa dos fiéis e dos participantes da Liturgia da Santa Missa. A mais recente é a Sacramentum Caritatis, na qual o Papa Bento XVI esclarece ainda mais sobre o assunto
(…) Favorecem tal disposição interior, por exemplo, o recolhimento e o silêncio durante alguns momentos pelo menos antes do início da liturgia, o jejum e — quando for preciso — a confissão sacramental; um coração reconciliado com Deus predispõe para a verdadeira participação. De modo particular é preciso alertar os fiéis que não se pode verificar uma participação ativa nos santos mistérios, se ao mesmo tempo não se procura tomar parte ativa na vida eclesial em toda a sua amplitude, incluindo o compromisso missionário de levar o amor de Cristo para o meio da sociedade
Sem dúvida, para a plena participação na Eucaristia é preciso também aproximar-se pessoalmente do altar para receber a comunhão; contudo é preciso estar atento para que esta afirmação, justa em si mesma, não induza os fiéis a um certo automatismo levando-os a pensar que, pelo simples fato de se encontrar na igreja durante a liturgia, se tenha o direito ou mesmo — quem sabe — se sinta no dever de aproximar-se da mesa eucarística. Mesmo quando não for possível abeirar-se da comunhão sacramental, a participação na Santa Missa permanece necessária, válida, significativa e frutuosa; neste caso, é bom cultivar o desejo da plena união com Cristo, por exemplo, através da prática da comunhão espiritual, recordada por João Paulo II e recomendada por santos mestres de vida espiritual (SC, 55)
Dessa forma, a participação na Liturgia da Santa Missa é uma atitude interior de conversão, de humilhar-se diante de Deus, adorá-Lo, é colocar diante de Deus o coração contrito. Isso não é equivalente a bater palmas, fazer malabarismos, danças, vestir-se como palhaço. O fiel deve estar na missa com a alma, com o espírito e não meramente de corpo presente. Não se deve esquecer também que o centro da Santa Missa é o sacrifício incruento de Nosso Senhor Jesus Cristo
É pela Missa e pelos sacramentos, que constituem a própria essência da Liturgia, que a Santa Igreja nos santifica. Fá-lo ainda unindo-nos à sua oração e iniciando-nos no espírito e na prática da vida cristã mais autêntica. A primeira parte da Missa é uma verdadeira catequese em que, constantemente lembrados no decurso do ano, as verdades do dogma e os preceitos da moral católica são postos em verdadeira e perfeita ligação com a celebração dos mistérios de Cristo e com as festas dos santos. A compenetração deste ensinamento assíduo, da vida sacramental e de uma vida de oração, TORNA A LITURGIA FONTE INDISPENSÁVEL PARA A VIDA CRISTÃ
E por Cristo que temos acesso ao Pai, e a mediação de Cristo está no âmago de toda a vida cristã. É pelo ato da Santa Missa, no ato sacrifical da Sua imolação na Cruz ,que Jesus nos alcança o acesso ao Pai Eterno, porque depois da Ressurreição e Ascenção ao Céu, a Sua atividade sacerdotal continua na Missa
Ora, são as riquezas incalculáveis deste tesouro do Calvário que a Missa, quotidianamente, nos faculta e propicia. Não que a morte cruenta do Senhor se repita: para todo o sempre fixado na Glória, Jesus não volve a morrer. Mas o sacramento contido na Missa atualiza o que se operou sobre a Cruz. A separação do Corpo e do Sangue de Cristo, representada pelo pão e pelo vinho separados*, miraculosamente se efetua no altar em virtude da transubstanciação: toda a substância do pão se transmuta na do Seu Corpo, toda a substância do vinho na do Seu Sangue. É, pois, bem a vítima divina, em estado real de imolação, que a Missa faz ressurgir entre nós. O culto infinito de adoração, de ação de graças, de expiação e de súplica que, crucificado, o Filho rendeu a seu Pai, de novo o rende Ele sobre o altar, todas as vezes que se celebra a Santa Missa
A Missa é a interveção medianeira de Cristo junto a Deus para que a Redenção continuasse a operar na terra, porque Aquele que foi Vítima e Sacerdote na Cruz continua a Ser Vítima e Sacerdote na Missa. A Liturgia é, portanto, a forma exata que Cristo escolheu para render glória ao Pai que quis nos redimir e abrir as portas da salvação
Eu Vos adoro com profundo respeito, meu Jesus, verdadeira vítima de expiação por nossos pecados; e Vos ofereço este ato de adoração em compensação dos sacrilégios e ultrajes que recebeis de tantos cristãos, que se atrevem até ir receber-Vos na Santa Comunhão tendo a sua alma em pecado mortal, e tantas e tão repetidas irreverências que cada dia cometem os homens e mulheres ao assistirem a Santa Missa. Eu Vos ofereço, em reparação de tão abomináveis sacrilégios, as últimas gotas de Vosso Preciosíssimo Sangue que derramastes da Chaga do lado, e, encerrando-me nesta Sagrada Chaga, eu Vos adoro, bendigo e amo, repetindo, em união com todas as almas devotas do Santíssimo Sacramento: - Graças e louvores sejam dados a todo o momento! Ao Santíssimo e Diviníssimo Sacramento.....AMÉM
PRIMEIRA LEITURA: ATOS DOS APÓSTOLOS 4, 1-12
OITAVA DA PÁSCOA , (BRANCO, GLÓRIA, PREFÁCIO DA PÁSCOA I - OFÍCIO PRÓPRIO) - LEITURA DOS ATOS DOS APÓSTOLOS - Naqueles dias, 1E, enquanto êles falavam ao povo, sobrevieram os sacerdotes, e o magistrado do templo, e os saduceus, 2contrariados porque ensinavam ao povo e anunciavam, na pessoa de Jesus, a ressurreição dos mortos. 3Prenderam-nos e os meteram no cárcere até o outro dia, pois já era tarde. 4Muitos, porém, dos que tinham ouvido a pregação creram; e o número dos fiéis elevou-se a mais ou menos cinco mil. 5No dia seguinte reuniram-se em Jerusalém os chefes do povo, os anciãos, os escribas, 6com Anás, sumo sacerdote, Caifás, João, Alexandre e todos os que eram da linhagem pontifical. 7Colocando-os no meio, perguntaram: Com que poder ou em que nome fizestes isso? 8Então Pedro, cheio do Espírito Santo, respondeu-lhes: Chefes do povo e anciãos, ouvi-me: 9se hoje somos interrogados a respeito do benefício feito a um enfermo, e em que nome foi ele curado, 10ficai sabendo todos vós e todo o povo de Israel: foi em nome de Jesus Cristo Nazareno, que vós crucificastes, mas que Deus ressuscitou dos mortos. Por ele é que esse homem se acha são, em pé, diante de vós. 11Esse Jesus, pedra que foi desprezada por vós, edificadores, tornou-se a pedra angular. 12Em nenhum outro há salvação, porque debaixo do céu nenhum outro nome foi dado aos homens, pelo qual devamos ser salvos - Palavra do Senhor
SALMO RESPONSORIAL(117)
REFRÃO: A PEDRA QUE OS PEDREIROS REJEITARAM, TORNOU-SE AGORA A PEDRA ANGULAR
1. Dai graças ao Senhor, porque ele é bom! “Eterna é a sua misericórdia!” A casa de Israel agora o diga: “Eterna é a sua misericórdia!” Os que temem o Senhor agora o digam: “Eterna é a sua misericórdia!” -R.
2. “A pedra que os pedreiros rejeitaram, tornou-se agora a pedra angular. Pelo Senhor é que foi feito tudo isso: Que maravilhas ele fez a nossos olhos! Este é o dia que o Senhor fez para nós, alegremo-nos e nele exultemos! -R.
3. Ó Senhor, dai-nos a vossa salvação, ó Senhor, dai-nos também prosperidade!” Bendito seja, em nome do Senhor, aquele que em seus átrios vai entrando! Desta casa do Senhor vos bendizemos. Que o Senhor e nosso Deus nos ilumine! -R.
1. Dai graças ao Senhor, porque ele é bom! “Eterna é a sua misericórdia!” A casa de Israel agora o diga: “Eterna é a sua misericórdia!” Os que temem o Senhor agora o digam: “Eterna é a sua misericórdia!” -R.
2. “A pedra que os pedreiros rejeitaram, tornou-se agora a pedra angular. Pelo Senhor é que foi feito tudo isso: Que maravilhas ele fez a nossos olhos! Este é o dia que o Senhor fez para nós, alegremo-nos e nele exultemos! -R.
3. Ó Senhor, dai-nos a vossa salvação, ó Senhor, dai-nos também prosperidade!” Bendito seja, em nome do Senhor, aquele que em seus átrios vai entrando! Desta casa do Senhor vos bendizemos. Que o Senhor e nosso Deus nos ilumine! -R.
EVANGELHO: JOÃO 21, 1-14
PROCLAMAÇÃO DO EVANGELHO DE JESUS CRISTO, SEGUNDO JOÃO - Naquele tempo, 1Depois disso, tornou Jesus a manifestar-se aos seus discípulos junto ao lago de Tiberíades. Manifestou-se deste modo: 2Estavam juntos Simão Pedro, Tomé (chamado Dídimo), Natanael (que era de Caná da Galiléia), os filhos de Zebedeu e outros dois dos seus discípulos. 3Disse-lhes Simão Pedro: Vou pescar. Responderam-lhe eles: Também nós vamos contigo. Partiram e entraram na barca. Naquela noite, porém, nada apanharam. 4Chegada a manhã, Jesus estava na praia. Todavia, os discípulos não o reconheceram. 5Perguntou-lhes Jesus: Amigos, não tendes acaso alguma coisa para comer? Não, responderam-lhe. 6Disse-lhes ele: Lançai a rede ao lado direito da barca e achareis. Lançaram-na, e já não podiam arrastá-la por causa da grande quantidade de peixes. 7Então aquele discípulo, que Jesus amava, disse a Pedro: É o Senhor! Quando Simão Pedro ouviu dizer que era o Senhor, cingiu-se com a túnica (porque estava nu) e lançou-se às águas. 8Os outros discípulos vieram na barca, arrastando a rede dos peixes (pois não estavam longe da terra, senão cerca de duzentos côvados). 9Ao saltarem em terra, viram umas brasas preparadas e um peixe em cima delas, e pão. 10Disse-lhes Jesus: Trazei aqui alguns dos peixes que agora apanhastes. 11Subiu Simão Pedro e puxou a rede para a terra, cheia de cento e cinquenta e três peixes grandes. Apesar de serem tantos, a rede não se rompeu. 12Disse-lhes Jesus: Vinde, comei. Nenhum dos discípulos ousou perguntar-lhe: Quem és tu?, pois bem sabiam que era o Senhor. 13Jesus aproximou-se, tomou o pão e lhos deu, e do mesmo modo o peixe. 14Era esta já a terceira vez que Jesus se manifestava aos seus discípulos, depois de ter ressuscitado - Palavra da salvação
MENSAGEM DE NOSSA SENHORA EM MEDJUGORJE – “Queridos filhos! Também hoje estou com vocês e, novamente, convido todos vocês a se aproximarem de Mim através de suas orações. De modo especial, convido-os à renúncia neste tempo de graça. Filhinhos, meditem e vivam, por meio de pequenos sacrifícios, a paixão e morte de Jesus por cada um de vocês. Somente se se aproximarem de Jesus compreenderão o amor incomensurável que Ele tem por cada um de vocês. Através da oração e de seus sacrifícios, vocês se tornarão mais abertos ao dom da fé, ao amor pela Igreja e às pessoas que estão ao redor de vocês. Amo-os e abençôo-os. Obrigada por terem correspondido a Meu apelo” – MENSAGEM DO DIA 25.02.98
A IGREJA CELEBRA HOJE , SÃO VICENTE FERRER- Nascido na Espanha em 1350, viveu em tempos difíceis pois, por influência política, havia um cisma na Igreja do Ocidente: por Cardeais foi declarada inválida a eleição de Urbano VI como Papa, e foi escolhido Roberto de Genebra que tomou o nome de Clemente VII. As coroas ibéricas procuraram manter-se neutras entre os dois Papas, mas o de Avinhão esforçou-se por conquistar a obediência delas e mandou como seu legado o Cardeal Pedro de Luna. Este procurou o apoio de Vicente, que lho deu em boa fé e escreveu um tratado sobre o cisma. São Vicente acompanhou o mesmo legado nalgumas viagens por esses reinos, regressando depois ao ensino e à pregação em Valência. Pouco depois, volta Pedro de Luna a Avinhão e sucede a Clemente VII como Papa, tomando o nome de Bento XIII. E é reclamada a presença de Vicente em Avinhão, onde passa uns anos. São Vicente Ferrer foi um santo religioso dominicano, grande pregador e fiel ao carisma. Ele pregava sobre a segunda vinda de Jesus, o Juízo Final, mas de uma maneira que provocava uma conversão nas pessoas. Sua pregação, Deus a confirmava com sinais, milagres e conversões. Um homem de penitência, da verdade, da esperança, que semeava a unidade e essa expectativa do Senhor que voltará . Vicente pôde contribuir para a eleição do Papa e pôde deixar bem claro, pela sua vida, que a Palavra de Deus precisa ser anunciada com o espírito e com uma vida a serviço da verdade e da Igreja. São Vicente Ferrer, rogai por nós!
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