Em 1846 Nossa Senhora apareceu, em La Salette, a duas crianças: Maximino
e Melânia.
Posteriormente essa aparição teve aprovação da Igreja.
É bem famoso aquela parte destas revelações chamada de "O Segredo de La Salette".
No contexto de La Salette
há uma mensagem, ou parte de uma grande mensagem, que a muitos deixou
perplexos,
na qual Nossa Senhora disse mais ou menos assim: "... Roma
perderá a fé, e converter-se-á na sede do anti-cristo".
Essas palavras, do grande segredo, aparentemente vão de encontro com o
Dogma de
Fé na indefectibilidade
da Igreja, também contrastam com as palavras de Nosso
Senhor Jesus Cristo que prometeu estar com a sua Igreja todos os dias
até a
consumação dos tempos e de que as portas do inferno não prevalecerão
contra a
Igreja.
Como,
então, conciliar
essas palavras de La Salette com os Canones
Católicos, para que delas
não tiremos conclusões contrárias à Fé Católica?
Para não se incorrer em contradição com os Canones
Católicos é preciso
então
interpretar as palavras da Santíssima Virgem de acordo com o Dogma da
Fé.
Que Nossa Senhora quis dizer quando pronunciou essa mensagem?
Há que se entender os vários sentidos do que quer dizer "Roma perderá a
Fé, etc."
Nossa Senhora não fala aqui de uma apostasia do Papa e das Autoridades
Romanas,
não pode estar falando nesse sentido, porque senão como ficaria o Dogma
da indefectibilidade
da Igreja?
Para entender o que Ela disse, é bom lembrar de uma célebre afirmação de
Leão
XIII,
na Encíclica Immortali Dei, na qual ele dizia mais ou menos assim:
"Houve um tempo em que a luz
do Evangelho guiava os povos, os reinos, as leis, etc.!"
Pois bem, tendo lembrado dessas memoráveis palavras dá para se ter uma parva
idéia de como Nossa Senhora realmente falou nos Alpes franceses.
Um dos sentidos para "Roma perderá a Fé, etc." é, portanto, o
seguinte: não ser mais acreditada.
Quando Nossa Senhora disse que "Roma" perderia a fé, estava falando
naquele sentido de que Roma perderia a credibilidade das pessoas ao
redor do
mundo inteiro, que a maioria quase absoluta das pessoas não iriam mais
acreditar
nos ensinamentos de Roma.
De fato, e contra fatos não há argumentos, hoje quase ninguém mais
acredita no
Papa e nas Autoridades Vaticanas. Da falta de fé no Papa e em Roma segue
nescessariamente
a desobediência e a contestação do Magistério atual.
Uma vez caído no descrédito universal das pessoas, Roma passa a ser, não
de
fato, mas por um temerário julgamento, a Sede não de Cristo, mas do Anti-cristo.
Cito dois exemplos para melhor ilustrar a questão:
Ficou muito famosa uma escritora protestante, chamada Helen Golden Hite, por
ter disseminado pelo mundo inteiro a herética afirmação de que o Papa
era a
besta do Apocalipse.
Essa escritora afirmava que o Papa era o Anti-cristo.
Também entre os Católicos, Dom Marcel Lefevre, de feliz memória, afirmou,
muitas vezes, equivocadamente, de que João Paulo II era o Anti-cristo.
Outros postulam pela Vacância de Roma, e também afirmam que o atual Papa
é o
Anti-cristo.
Outros não chamam o Papa de anti-cristo, mas também não o obedecem,
tornando
nula toda a doutrina por ele ensinada a toda a Igreja.
Portanto, é nesse sentido que Roma converteu-se, não de fato, mas
através de um
ímpio julgamento, na Sede do Anti-cristo.
A mensagem fala, portanto, não de uma apostasia da Igreja em si, na sua
sede,
no seu magistério, mas de uma apostasia em relação a si, ou seja, de um
descrédito universal das pessoas na única Igreja de Nosso Senhor Jesus
Cristo
cuja sede é em Roma e tem o Papa Francisco por seu
legítimo Representante e
Pastor Supremo e Universal.
Nossa Senhora de La Salette,
ora pro nobis.
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