A resposrta é muito simples! Durante séculos, sob o domínio Turco e, depois, comunista, os Croatas sofreram cruelmente, porque queriam tirar-lhes a fé cristã. Eles sabem por experiência que a salvação lhes vem da Cruz de Cristo; não vem dos projetos de desarmamento, da ajuda humanitária ou dos tratados de paz, embora, por vezes, estas relidades tragam alguns benefícios.
A fonte da salvação é a Cruz de Cristo! Estas pessoas tem sabedoria, não se deixam enganar quando se trata da vida ou da morte. Por isso, elas ligaram indissociavelmente o casamento à Cruz de Cristo. Fundaram o casamento, que dá a vida humana, sobre a Cruz que dá a vida divina.
A tradição croata do casamento é tão bela que começa a fazer escola na América e na Europa. Quando um jovem casal se prepara para o casamento, não se lhe diz que encontrou a pessoa ideal, o melhor partido. Não! Que diz o Padre? Você encontrou a sua cruz e é uma cruz para amar. Uma cruz para carregar, uma cruz que você não deve rejeitar, mas amar.
Estas palavras pronunciadas na França, deixaria o noivo mudo de espanto, mas na Herzegovina, a cruz evoca o amor e o cucifixo é o tesouro da casa.
Quando os noivos se dirigem para a igreja, , levam consigo um crucifixo. Este crucifixo é abençoado pelo padre e, durante a troca de compromissos, reveste-se de central importância.
De fato, a noiva pousa a mão direita sobre a cruz. Por sua vez, o noivo põe a mão sobre a da noiva e as mãos ficam assim reunidas sobre a cruz.
O padre coloca a estola sobre a mão dos noivos que pronunciam, então, seus compromissos e prometem mutua fidelidade, segundo o rito da igreja. Frei Iozo diz que, depois disto, os noivos não se beijam, mas beijam a cruz. Eles sabem que beijam a fonte do amor.
Quem se aproxima e vê as mãos deles estendidas sobre a cruz compreende que, se o marido abandona a esposa ou ela abandona o marido, é a cruz que eles abandonaram. E quando se deixa a cruz, nada resta; perde-se tudo porque se deixou Jesus. Perdeu-se Jesus.
Depois da cerimônia, os noivos levam o crucifixo e dão-lhe um lugar de honra na casa. Tornar-se-á o centro da oração familiar, porque tem a convicção de que a família nasceu dessa cruz. Se sobrevém um problema, se há um conflito, é diante desta cruz que os esposos vem encontrar socorro. Não irão ao advogado, não consultarão um adivinho ou um astrólogo para resolver e não contarão com um psicólogo para resolver seus problemas. Não! Eles irão diante de Jesus, diante da cruz. Ajoelharão e, diante de Jesus, derramando suas lágrimas, chorarão o seu sofrimento e, sobretudo, trocarão o seu perdão.Não adormecem com o coração pesado porque recorreram ao seu Jesus, ao único que tem o poder de salvar.
Eles ensinarão aos seus filhos a abraçar a cruz de cada dia e a não se deitarem como pagãos, sem terem agradecido a Jesus. Para as crianças, tão longe quanto vão suas recordações, Jesus é o amigo da família que se respeita e que se ama. Estas crianças não recebem ursinhos para abraçar durante a noite para se sentirem em segurança. Mas dizem “boa noite a Jesus” e beijam a cruz. Adormecem com Jesus, não com uma pelúcia. Sabem que Jesus os guarda em Seus braços e nada tem a temer. Seus medos extinguem-se no beijo a Jesus.
Fonte: Ecos de Medjugorie – Março de 2002.
Nenhum comentário:
Postar um comentário