sexta-feira, 2 de novembro de 2012

De volta pra casa... (Vídeo)


"A morte é o fim da peregrinação terrestre do homem, do tempo de graça e de misericórdia que Deus lhe oferece para realizar sua vida terrestre segundo o projeto divino e para decidir seu destino último.” (Catecismo P.39.2 §1013)
Outro dia, numa homilia o Pe. Eugênio disse mais ou menos assim: que todos nós estamos nessa peregrinação terrestre, como numa viagem de trem rumo a uma estação final, que é a morte. Porém, essa estação final não é propriamente o fim, é uma estação de transição, onde teremos duas opções a seguir: ou céu ou inferno. Não teremos outra opção, ou seguiremos para o céu ou para o inferno, que será nosso destino último e eterno. Seria fácil chegarmos nessa estação final e simplesmente decidirmos: “eu quero ir pro céu”. Quando na verdade, essa decisão se faz durante nossa vivência no mundo, ou seja, vamos naturalmente seguir o caminho que escolhemos aqui na terra. Se buscarmos viver o céu aqui na terra é para lá que iremos, senão... Portanto devemos passar esse breve jornada da nossa existência almejando o caminho de volta pra casa do Pai, que nos espera ansioso.
Santa Catarina de Gênova escreve: “O céu não tem portas e quem quiser entrar pode fazê-lo, porque Deus é todo misericórdia e permanece com os braços abertos para admiti-lo na sua glória”.  No entanto, o ser de Deus é tão puro que, nenhuma alma com vestígio de imperfeição se permite chegar junto dEle. Se essas manchas do pecado não foram eliminadas por uma purificação constante e generosa nessa vida, ao morrer, a alma perceberá com absoluta clareza a “sujeira” que a impede de aproximar-se de Deus e terá o desejo de purificação. Então o Purgatório apresenta-se como a única oportunidade para esse fim.

Mas se, com a ajuda da graça, formos generosos na prática da penitência, no oferecimento da dor e no amor ao sacramento do perdão, podemos ir diretamente para o Céu. Isso é o que fizeram os santos, e eles nos convidam a imitá-los. Portanto nossa passagem pela terra, enquanto esperamos o momento de contemplar a Deus, deveria ser um tempo de purificação. A dor, a doença, o sofrimento são uma graça extraordinária do Senhor para repararmos nossas faltas e pecados. Esforcemo-nos por fazer penitências nesta vida e aceitar a dor e o sofrimento por amor a Deus, para purificar com mais rapidez e eficácia nossas tendências desordenadas nesta vida, visto que, nossos pecados não expiados aqui na terra, adiam nossa união com Deus.
Hoje em especial, dedicamos as nossas orações a todos aqueles que ainda estão se purificando das marcas que os seus pecados deixaram nas suas almas.

 

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