Queridos
irmãos, queridas irmãs, a paz! Cada um de nós pode-se perguntar: o que há em Medjugorje que atrai tantas pessoas, tantos
peregrinos. O que eles veem? Também o Pe. Ljubo se colocou estas perguntas. Refletindo
sobre tudo isso, ele nos diz:
“Hoje o homem não tem
fome de comida, mas todos nós estamos com fome de Deus, de amor. Se
tentarmos saciar esta fome com coisas, com alimentos, ficamos com mais fome
ainda. Eu, como sacerdote, sempre me pergunto o que há em Medjugorje que
atrai tantas pessoas, tantos crentes, tantos peregrinos. O que eles
veem? E não se encontra uma resposta. Medjugorje não é um lugar
muito atraente, não há nada para ver, humanamente falando: duas montanhas
cheias de pedras e dois milhões de lojas de souvenir, mas há uma presença, uma
realidade que não se vê com os olhos, mas se sente no coração. Muitas
pessoas me confirmaram isso, mas também eu experimentei que aqui existe uma
presença, uma graça, aqui em Medjugorje é mais fácil abrir o coração, é mais
fácil rezar, é mais fácil confessar-se. Através da leitura da Bíblia, se
vê que Deus escolhe lugares concretos, escolhe pessoas concretas através das
quais Ele anuncia e opera.
E o homem, quando
está diante de uma obra de Deus, se sente sempre indigno, medroso, sempre
se opõe. Até Moisés se opôs e disse: “Eu não sei falar”, e Jeremias disse: “Eu
sou uma criança”. Também Jonas foge, porque se sente inadequado para aquilo que
Deus lhe está pedindo, porque as obras de Deus são grandes. Deus faz
grandes coisas por meio das aparições de Nossa Senhora, por meio de todos
aqueles que disseram sim a Ela. Até mesmo na simplicidade da nossa vida
cotidiana Deus faz grandes coisas.
Olhemos para o
Rosário, ele é semelhante à nossa vida diária, simples, monótono, é uma oração
repetitiva. Do mesmo modo, se olharmos para a nossa vida, vemos que todos
os dias fazemos as mesmas coisas. Desde a hora em que nos levantamos até irmos
para a cama, muitas vezes fazemos as mesmas coisas todos os dias. Assim
também na oração repetitiva. Hoje, por assim dizer, o Rosário pode ser uma
oração que não é bem compreendida, porque hoje na vida se está sempre
procurando algo novo, a qualquer custo. Se estamos vendo televisão,
achamos que nas propagandas deve haver sempre alguma diferente, ou nova,
criativa. Assim, também na espiritualidade procuramos algo de
novo. No entanto, a força no cristianismo não está em algo sempre novo, a
força da nossa fé está no poder de Deus que transforma os corações. Esta é
a força da fé e do cristianismo.
Como a nossa querida Mãe do Céu sempre diz, uma família que reza unida
permanece unida. Por outro lado, uma família que não reza unida pode
permanecer unida, mas a vida comunitária da família será sem paz, sem Deus, sem
a bênção, sem as graças. Por assim dizer, na sociedade atual não é
moderno ser cristão, não é moderno rezar. Há poucas famílias em que seus
membros rezam juntos. Encontramos mil desculpas para não rezar, televisão,
compromissos, trabalho e tantas coisas, então tentamos apaziguar a nossa
consciência. Mas a oração é uma tarefa difícil. A oração é algo pelo
qual o nosso coração anseia profundamente, procura, deseja, porque só na oração
podemos apreciar a beleza que Deus quer preparar para nós e nos dar.”
Pe. Ljubo Kurtovic
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