O pecado é uma doença, Jesus é o médico e o Sacramento da Penitência é o remédio.
Se alguma vez nos sentimos desanimados por força de alguma doença espiritual que nos pareça incurável, não nos esqueçamos destas consoladoras palavras de Cristo: "Não são os que gozam de boa saúde que necessitam de médico, mas os enfermos". O Senhor está sempre muito perto de nós, especialmente nesses momentos de fraqueza, por maior que tenha sido a falta, por muito que sejam as misérias...
No Sacramento da Confissão é Cristo quem nos perdoa, através de seus ministros, os sacerdotes. Devido a isso, não nos confessamos para pedir àquele que está no lugar de Deus que nos compreenda e nos reanime. Vamos antes pedir perdão a Deus. Deus é sempre o principal ofendido pelo pecado e somente Ele pode perdoar. Por isso a acusação dos nossos pecados não consiste simplesmente em declará-los, ou seja, em fazer um relato histórico das nossas faltas, mas sim em acusar-nos delas. O Senhor só nos pede que reconheçamos humildemente nossas faltas. Basta sermos sinceros de verdade, pois a confissão sincera das nossos pecados e culpas deixa sempre a alma numa grande paz e numa grande alegria, como que libertos das amarras que nos escravizam e nos derrubam.
Devemos nos aproximar do Senhor como aquelas pessoas simples que os rodeavam, como os cegos, os coxos e os paralíticos, que o procuravam porque desejavam ardentemente a sua cura. Somente aquele que sabe e se sente manchado experimenta a necessidade profunda de ficar limpo; só quem é consciente das suas feridas e das suas chagas experimenta a urgência de ser curado. Assim também, devemos sentir profunda preocupação em curar todos os pontos que o nosso exame de consciência nos mostre que devemos ser curados e nos acusar perante Deus, através do Sacramento da Confissão.
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