Queridos irmãos, queridas irmãs, a paz! Você se distrai quando reza? Que bom! Isto é sinal de que você reza! O Pe. Ljubo (sacerdote que substituiu o Pe. Slavko em Medjugorje) nos diz que “muitas pessoas dizem que quando rezam o Rosário surgem muitos pensamentos, muitas distrações. Frei Slavko dizia que aqueles que não rezam não têm problemas com distrações, somente aqueles que rezam. Mas a distração não é problema só da oração, a distração é um problema em nossas vidas. Se nós olharmos mais profundamente em nossos corações, vamos ver quantas coisas, quantos trabalhos fazemos distraidamente. A distração é um problema da vida. A oração do Rosário ajuda-nos a ver o nosso estado espiritual, a enxergar o ponto ao qual chegamos. O nosso falecido Papa João Paulo II escreveu em sua carta Rosarium Virginis Mariae tantas coisas lindas que tenho certeza de que também ele leu as mensagens de Nossa Senhora. Nesta Carta, ele nos encoraja a rezar esta linda oração, esta oração forte.
A oração do Rosário é
uma oração, por assim dizer, oral que também pode tornar-se uma oração
contemplativa, uma oração profunda, uma oração que pode reunir a família,
porque, através da oração do Rosário, Deus nos dá a sua paz, a sua bênção, a
sua graça. Somente a oração pode pacificar, tranquilizar os nossos corações e
também os nossos pensamentos. Não devemos ter medo das distrações na oração.
Devemos vir a Deus assim como somos, distraídos, e colocar sobre a Sua cruz,
sobre o altar, em Suas mãos, no Seu coração, tudo aquilo que somos, nossas
distrações, pensamentos, sentimentos, emoções, culpas e pecados. Devemos vir a
Ele na verdade e em Sua luz.
Eu sempre fico
maravilhado e impressionado com a grandeza do amor da Virgem Maria, Seu amor de
Mãe. Na mensagem que Nossa Senhora deu ao vidente Jakov na aparição
anual de Natal, Ela Se dirigiu especialmente às famílias e disse: ‘Queridos
filhos, quero que suas famílias se tornem santas’. Nós pensamos que a
santidade seja para os outros, não para nós, mas a santidade não é contra a
nossa natureza humana. A santidade é o que o nosso coração anseia e
procura mais profundamente. Nossa Senhora, aparecendo em Medjugorje, não
veio para roubar a nossa alegria, privar-nos da alegria da vida. Só com
Deus podemos gozar a vida, ter vida. Como disse: ‘Ninguém
pode ser feliz no pecado’.
E nós sabemos que o
pecado nos engana, que o pecado é algo que promete muito, que é
atraente. Satanás não se apresenta feio, preto e com chifres, geralmente
se apresenta bonito e atraente e promete muito, mas acabamos sentindo-nos
enganados, vazios, machucados. Nós sabemos, eu sempre dou este
exemplo, que pode parecer trivial, mas, se você rouba uma loja de chocolate,
mais tarde, quando for comê-lo, vai perceber que o chocolate não está tão
doce. Assim também, quando o marido trai a mulher, ou a mulher trai o
marido, não pode ser feliz, porque o pecado não permite desfrutar a vida, ter a
vida, ter paz.
No sentido mais
amplo, o pecado é satanás, o pecado é uma força que é mais forte do que o
homem. O homem não pode vencer o pecado com suas próprias forças, por isso
precisamos de Deus, nós precisamos do Salvador. Nós não podemos salvar a nós
mesmos, nossas boas obras não nos salvam, com certeza, nem mesmo a minha
oração, a nossa oração vai salvar-nos. Somente Jesus nos salva na oração,
Jesus nos salva na confissão que fazemos, Jesus nos salva na Santa Missa,
Jesus nos salva neste encontro. Nada mais. Que este encontro seja uma
ocasião, um presente, um meio, um tempo em que Jesus e Nossa Senhora queiram
vir até você, que Eles queiram entrar em seu coração para que esta noite você
se torne alguém que crê realmente em Deus.
Jesus e Maria não são
pessoas abstratas, nas nuvens. Nosso Deus não é algo abstrato, algo que
está longe de nossa vida concreta. Nosso Deus se tornou um Deus concreto, se
tornou homem e consagrou, com o seu nascimento, todos os momentos da vida
humana, desde a concepção até a morte. Nosso Deus, por assim dizer, como que
absorveu todos os momentos, todo o destino humano, tudo aquilo que você vive.
Eu sempre digo,
quando falo com os peregrinos, em Medjugorje: ‘Nossa Senhora está aqui’.
Aqui em Medjugorje, nós nos encontramos com Nossa Senhora, rezamos a Ela,
nós a experimentamos, não como uma estátua de madeira ou um ser abstrato, mas
como uma mãe, uma mãe viva, uma mãe que tem coração.
Muitos dizem, quando
vêm a Medjugorje: ‘Aqui em Medjugorje sentimos uma paz, mas quando voltamos para casa,
tudo isso desaparece’. Este é o problema de cada um de nós. É fácil ser
cristão quando estamos aqui na igreja, o problema continuarmos cristãos quando
voltamos para casa. O problema é dizer: ‘Deixemos Jesus na igreja e
voltemos para casa sem Jesus e sem Nossa Senhora’, em vez de trazer no coração
a graça deles conosco, de assumir a mentalidade, os sentimentos de Jesus, Suas
reações, de tentar conhecê-Lo melhor e permitir que Ele nos transforme a cada
dia, cada vez mais. Como eu disse, vou falar menos e rezar mais.
Chegou o momento da oração. O que eu gostaria de desejar a você é que
depois desta reunião, após esta oração, Nossa Senhora esteja com você”.
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