Farei em três partes o relato da vida destas duas santas madres, deixarei neste domingo o que disse delas Teodoreto, que foi um padre sírio, martirizado em Antioquia durante o reinado do imperador romano Juliano, o Apóstata.
Acredito que será de grande proveito espiritual não somente para os leigos que aompanham estas postagens, mas também para nós, mulheres consagradas, para que possamos aprofundar mais o grande dom que recebemos de Nosso Senhor Jesus Cristo.
Conta o mesmo Teodoreto: “Sei de uma santa abadessa chamada Públia, que governava em Antioquia uma comunidade de virgens no tempo do imperador Juliano. Outras mulheres piedosas também queriam imitar o fervor dos santos solitários;
Os desertos da Síria não foram menos santificados por suas virtudes, também como cultos próximos a Antioquia ou na diocese de Ciro, ou em outro lugar por estas santas virgens. Elas viveram sua consagração com fervor e entrega sem ter nada que invejar a dos santos solitários.
Teodoreto afirma que não faltam pessoas do outro sexo – mulheres – que vivem virtuosamente sua consagração com grande zelo. “São muitas, umas que tem abraçado totalmente a vida solitária, outras que vivem em grupos de até mais ou menos 250 mulheres, tomando todas as mesmas alimentações, dormindo sobre esteiras, usando suas próprias mãos em trabalhos de fiar lã e suas línguas cantando os louvores de Deus. Isto não somente em nossa Província, mas também na Síria, Palestina, Egito, Ásia, Mesopotâmia e Ponto; desde que Jesus Cristo nasceu de uma virgem, a terra tem oferecido ao seu Criador santos lugares cheios de virgens que são como santas flores de excelente odor, cujo esplendor e beleza nunca se murcham. Não há mais distinções entre as virtudes e as perfeições do sexo, como disse o santo Apóstolo: “Não se distingue mais o homem e a mulher quando se trata do que verdadeiramente é de Deus.”
Teodoreto nos ajuda a compreender bastante em que consistiram os exercícios e as práticas destas virgens consagradas de seu tempo, ao sublinhar que professavam a mesma vida que os solitários, também os anacoretas ou cenobitas. Quanto às outras que seguiam a vida de anacoretas (pessoa que vive na solidão), suas austeridades eram parecidas com a deles. Não há mais o que ler do que disse Teodoreto das santas Marana, Cira e Domnima. Umas das primeiras foi um prodígio de penitência e praticou em seu tempo o que um santo autor escreve mais tarde: Aquele amor de Jesus Cristo impele as almas grandes a grandes ações e não sentem o peso desta carga nem pena alguma, não levam em conta o trabalho que acima de suas forças físicas suportam com grande ânimo.
Na próxima semana iniciarei a descrever a vida de uma destas santas madres.
Fiquem na paz!
Madre Rosa Maria de Lima, F.M.D.J
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