A Sagrada Escritura fala do demônio desde o
primeiro até o último dos livros revelados: do Gênesis ao Apocalipse. Não há
dúvida de que através de toda história humana, existe uma dura batalha contra o
poder das trevas, e essa batalha, iniciada nas origens do mundo, durará até o
último dia.
Nos nossos dias, também podemos ver manifestações
de maldades e malícias que não se explicam unicamente pela ação do homem.
Pode-se dizer que o demônio provoca numerosos danos de natureza espiritual e
até, indiretamente, de natureza física, tanto nos indivíduos como na sociedade.
Nas suas tentações o demônio utiliza a fraude e a mentira, seduzindo a
humanidade com bens falsos e uma felicidade fictícia, que se converte sempre em
solidão e amargura. Ele não cessa de rondar as criaturas para semear a inquietação,
a ineficácia, e sobretudo, a separação de Deus, pois almeja a nossa perdição. O
maligno age incessantemente para transplantar no homem atitude de rivalidade,
de insubordinação e de oposição à Deus.
Mas, graças à obra Redentora de Jesus Cristo, o
demônio só pode causar verdadeiros danos a quem livremente lhe permitir,
consentindo no mal e afastando-se de Deus. O poder de satanás é limitado, uma
vez que ele também está sob o domínio e a soberania de Deus, que é o único
Senhor do universo. Mas se o demônio ainda continua a deter certo poder sobre o
mundo, é porque a humanidade rejeita os frutos da Redenção. Por isso, vemos
tantas vezes triunfar o mal e ser lesada a justiça. O demônio consegue exercer
seu domínio sobre aqueles que se entregam voluntariamente a ele, preferindo o
reino das trevas ao reino da graça.
Por outro lado, o Nosso Senhor nos deixou muitos
meios para vencer e para viver no mundo com paz e a alegria de um bom cristão.
Entre esses meios, está a oração, a mortificação, a frequente recepção da
Sagrada Eucaristia, a Palavra de Deus e a Confissão, bem como o amor à Virgem
Maria.
Com Nossa Senhora caminhamos sempre seguros.
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