TESTEMUNHO DE IVAN DRAGICEVIC EM MAZDAPALACE -2006
Uma saudação cordial a todos vós no início deste encontro. Estou muito feliz de poder estar aqui com vocês hoje e poder transmitir esta bela e feliz notícia a qual nos convida a Santa Virgem, há mais de 25 anos. É belo ver hoje a Igreja viva, “porque vós sois a Igreja viva!” disse Nossa Senhora.
Já se passaram 25 anos que Nossa Senhora está conosco e nos tem deixado tantíssimas mensagens. É difícil falar neste breve tempo de todas as suas mensagens. Eu porém vou salientar aquelas mais importantes às quais nos convida a Santa Virgem
Vou falar de maneira simples, como fala Nossa Senhora. Sei que muitos de vós já estiveram em Medjugorjee também já leram muitos livros, mas desejo descrever o início das Aparições, falar propriamente do primeiro dia.
Em 1981 eu era um adolescente, tinha 16 anos. Como um menino era muito tímido e fechadoe unido tantíssimo à minha família. Naquele tempo vivíamos num comunismo e a vida era muito difícil para nós. Levantava-me muito cedo e ia ao campo trabalhar com meus pais, nos vinhedos e nos campos. Depois do almoço eu ia à escola. A vida era pesada e difícil. Durante o trabalho de cada dia eu pedia aos meus pais que quando houvesse um dia de festa que eu não trabalhasse, para poder descansar um pouco e poder jogar com os companheiros de classe.
Em 24 de junho de 1981 era uma quarta feira , dia de São João Batista, uma festa muito famosa. Naquela manhã, com em toda festa, dormia um pouco mais, mais que eu podia, mas sempre assistia à Missa com os meus pais. Eu me recordo muito bem, que naquele dia eu não tinha o desejo de ir à Missa porque queria dormir mais, o mais possível.
Os meus pais entraram no meu quarto umas cinco ou seis vezes e me ordenavam de levantar-me imediatamente, de preparar-me para a Missa para não chegarmos atrasados. Naquele dia levantei-me rapidamente. E juntamente com meus irmãos menores, fomos para a Igreja atravessando os campos a pé. Naquela manhã, participei da Missa, mas estava presente somente fisicamente: a minha alma e o meu coração estavam bem distantes dali. Esperava que a Missa terminasse o mais rápido possível. Retornando à casa, almocei e depois com os meus amigos da cidade, fomos jogar bola. Ficamos jogando até às 17 hs. Quando retornávamos à casa, encontramos três jovens: Ivanka, Mirjana e Vicka e também alguns de nossos amigos que estavam com elas. Eu não falei nem perguntei nada porque era muito tímido e não conversava muito com as moças. Terminando de conversar com elas, eu e meus amigos nos dirigimos para as nossas casas.. Desejávamos, no entanto parar para ver a partida de basket. Durante o intervalo fomos para casa para comermos alguma coisa. Andando para a casa de um meu amigo, escutamos uma voz ao longe, que me chamava: “Ivan, Ivan, Ivan, venha ver!É Nossa Senhora!”. O caminho que percorríamos era muito estreito e não tinha ninguém. Caminhando um pouco esta voz foi ficando mais forte e mais intensa e naquele momento eu vi uma das três jovens que tínhamos encontrado há poucos minutos, toda tremendo de medo. Estava descalça e corria em nossa direção e dizia: “Venham, venham ver! É Nossa Senhora sobre a montanha!” Eu não sabia mesmo o que dizer. “Mas qual Nossa Senhora?”, “Deixa estar, esta jovem está fora de si!”. Porem, olhando como de comportava, acontecia uma coisa muito estranha: ela insistia e chamava de modo perseverante: “venham comigo e vejam também vocês!” Eu disse ao meu amigo, “vamos acompanhá-la para ver o que está acontecendo!”. Andando com ela para aquele lugar, encontramos outras duas jovens: Ivanka e Mirjana, voltadas para o Pobdro, de joelhos e choravam e gritavam alguma coisa. Naquele momento, Vicka voltou-se e indicou com a mão “Olhem, é ali sobre a colina!” Eu olhei e vi a imagem de Nossa Senhora. Quando vi , saí correndo e fui para casa velozmente. Quando cheguei em casa não falei nada, nem mesmo aos meus pais. A noite foi uma noite de muito medo. Não posso descrever com as minhas palavras, uma noite de mil perguntas que se passavam na minha cabeça: “ mas como é possível isto? Mas será de verdade que era mesmo Nossa Senhora?” Eu vi naquela noite mas já não tinha certeza! Jamais com meus 16 anos não podia sonhar com uma coisa deste gênero. Que isto podia acontecer, que Nossa Senhora pudesse aparecer. Até os 16 anos eu nunca tinhas tido uma devoção especial à Nossa Senhora. Era um católico praticante, crescia na fé, fui educado na fé, rezava com os meus pais, mas muitas vezes enquanto rezava, esperava que terminasse logo para ir embora, como todos os jovens. Naquela noite, tinha muitas dúvidas e esperava que o dia chegasse e a noite terminasse logo. Quando amanheceu, os meus pais que já tinham escutado na cidade que eu estava presente, me esperavam na porta de meu quarto. Fizeram-me muitas perguntas e também muitas recomendações pois num tempo de comunismo não se podia falar da fé.
Os nossos pais tinham na verdade muito medo, perguntavam-se o que poderia acontecer na nossa vida, mas nós não tínhamos nem mesmo medo da prisão.
No segundo dia, muitas pessoas vinham de todas as partes e desejavam seguir-nos, perguntavam se Nossa Senhora havia deixado qualquer sinal de Sua presença e com todas aquelas pessoas saímos em direção ao Podbrdo. Antes de chegarmos lá em cima, cerca de 20metros, Nossa Senhora já estava ali nos esperando, tendo o pequeno Jesus nos braços. Apoiava os pés sobre uma pequena nuvem e com uma mão nos fazia um sinal. “Queridos filhos, aproximem-se!” dizia. Naquele momento eu não podia andar nem para frente nem para trás. Pensava só em fugir, porem alguma coisa era mais forte naquele momento.
Aquele dia eu não esquecerei jamais!
Quando não desejávamos nos mover, voamos por sobre as pedras aproximando-nos Dela. Uma vez próximos, não posso descrever a emoção que senti. Nossa Senhora veio, aproximou-se de nós, estendeu as mãos sobre nossas cabeças e começou a dizer-nos aquelas primeiras palavras: “Queridos filhos, estou com vocês! Eu sou a vossa Mãe! Não tenham medo de nada! Eu vos ajudarei, vos protegerei!”.
Texto da revista “Mir i Dobro” setembro de 2006
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