Queridos irmãos, queridas irmãs, a paz! Seguimos hoje pinçando algumas pérolas extraídas da Carta Apostólica Rosarium Virginis Mariae, do Beato João Paulo II.
“O Rosário, precisamente a partir da experiência de Maria, é uma oração marcadamente contemplativa. Privado desta dimensão, perderia sentido, como sublinhava Paulo VI: ‘Sem contemplação, o Rosário é um corpo sem alma e a sua recitação corre o perigo de tornar-se uma repetição mecânica de fórmulas e de vir a achar-se em contradição com a advertência de Jesus: Na oração não sejais palavrosos como os gentios, que imaginam que hão de ser ouvidos graças à sua verbosidade (Mt 6, 7)’.”
“O contemplar de Maria é, antes de mais, um recordar. Convém, no entanto, entender esta palavra no sentido bíblico da memória (zakar), que atualiza as obras realizadas por Deus na história da salvação.”
“Se a Liturgia, ação de Cristo e da Igreja, é ação salvífica por excelência, o Rosário, enquanto meditação sobre Cristo com Maria, é contemplação salutar. De fato, a inserção, de mistério em mistério, na vida do Redentor faz com que tudo aquilo que Ele realizou, e a Liturgia atualiza, seja profundamente assimilado e modele a existência.”
Em seguida, o Papa nos fala sobre Aprender Cristo de Maria:
“Cristo é o Mestre por excelência, o revelador e a revelação. Não se trata somente de aprender as coisas que Ele ensinou, mas de ‘aprender a Ele’. Porém, nisto, qual mestra mais experimentada do que Maria? Percorrer com Ela as cenas do Rosário é como frequentar a ‘escola’ de Maria para ler Cristo, penetrar nos seus segredos, compreender a sua mensagem.
Uma escola, a de Maria, ainda mais eficaz, quando se pensa que Ela a dá obtendo-nos os dons do Espírito Santo com abundância e, ao mesmo tempo, propondo-nos o exemplo daquela ‘peregrinação da fé’, na qual é mestra inigualável. Diante de cada mistério do Filho, Ela convida-nos, como na sua Anunciação, a colocar humildemente as perguntas que abrem à luz, para concluir sempre com a obediência da fé: ‘Eis a serva do Senhor, faça-se em mim segundo a tua palavra’ (Lc 1, 38)”. (a ser continuado)
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