Em diálogo com a agência ACI Digital, bispos brasileiros se posicionaram contra uma possível decisão do Supremo Tribunal Federal emdespenalizar o aborto de crianças portadoras de anencefalia. Os prelados que falaram com nossa agência defendendo a vida
humana foram: Dom Dimas Lara Barbosa, (Arcebispo de Campo Grande-MS e
Segundo vice-presidente do Conselho Episcopal Latino-americano), Dom
Antônio Augusto Dias Duarte (Bispo Auxiliar do Rio de Janeiro), Dom
Jacyr Francisco Braido, SC(Bispo da Diocese de Santos-SP), Dom Airton
José dos Santos (Arcebispo de Campinas-SP), eDom Henrique Soares Costa
(Bispo Auxiliar da Arquidiocese de Aracaju-SE).
O Arcebispo de Campo Grande no Mato Grosso do Sul, Dom Dimas Lara Barbosa, ofereceu à nossa agência um importante esclarecimento sobre o caso dos bebês portadores de anencefalia: “No caso específico dos anencefálicos, primeiramente é preciso que se diga que a própria terminologia é inadequada. Não é verdade que a criança não tenha cérebro, pois se assim o fosse ela seria natimorta. O que acontece são graus diferenciados de má-formação em partes do cérebro que, sim, vão dificultar e muito uma vida normal dessas crianças mas que, de forma alguma, permitem que elas sejam qualificadas como “cadáveres”, como “seres inanimados”.
“Muito pelo contrário, a experiência tem mostrado como, nos casos em que a gestação é levada adiante com muito amor, as crianças sobrevivem, têm reações, as funções fisiológicas são preservadas, reagem sobretudo ao carinho da própria mãe, ao chamado e a diversos estímulos”, asseverou.
“Nós não temos condições, inclusive, de dizer o grau de dor e sensações que essas crianças possam vir a ter, até mesmo porque a ciência evoluiu pouco nessa direção”, esclareceu também o prelado que ocupa o cargo de segundo vice-presidente do Conselho Episcopal Latino-americano, CELAM.
“O apelo que eu faço a cada brasileiro é que nós, mais uma vez, nos oponhamos radicalmente a esta tentativa de legalizar o aborto dessas criançinhas mais indefesas ainda, justamente porque doentes, e que elas não sejam assassinadas no ventre de suas próprias mães”, declarou Dom Dimas em sua entrevista a ACI Digital.
“Quem tem o direito de dizer quem tem o direito de nascer? Só Deus! Só a Ele pertence a vida”.
“A vida humana é sagrada, sejamos pois defensores da vida”, alentou Dom Lara Barbosa que durante anos foi membro da presidência da CNBB.
Falando desde sua experiência como bispo mas também enquanto médico, Dom Antônio Augusto Dias, Auxiliar do Rio afirmou que “toda vida humana é querida desde o útero”.
“Diante da questão ponderada pelos ministros do STF a respeito das crianças que estão se desenvolvendo no útero materno com mal-formação denominada anencefalia, eu, como bispo auxiliar do RJ e também como médico, compreendo perfeitamente todas as circunstâncias que envolvem esta gravidez. Porém, por cima de todas elas, existe uma realidade que é intocável: em primeiro lugar, a dignidade da maternidade feminina, que dá à nossa sociedade a certeza de que qualquer ser humano, independentemente de suas circunstâncias de saúde ou circunstâncias sociais é amado desde o útero materno”, afirmou.
“Sabemos, pela medicina, que as crianças portadoras de anencefalia têm um curto espaço de tempo de vida, mas o que importa não é o espaço de vida curto ou longo mas o quão intensamente são amadas”, declarou o bispo a ACI Digital.
“Eu exorto aos senhores Ministros do STF que, durante suas ponderações, tenham muito presente o rosto daquela mulher que viram pela primeira vez após seu nascimento e que tem um título inigualável: mãe”, disse o prelado dirigindo-se aos magistrados do Supremo.
Falando ao povo brasileiro em geral Dom Dias Duarte declarou: “Ao povo brasileiro eu dirijo uma exortação: cada um de nós é responsável pelas gerações futuras. Nós seremos considerados pelas gerações futuras como homens e mulheres que souberam demonstrar seu amor à Igreja, à Pátria por terem defendido a vida humana desde seu princípio até sua morte natural. Como exortava o saudoso Beato João Paulo II, nós temos que ser um povo de construtores da Cultura da Vida e da Civilização do Amor, especialmente do amor aos mais frágeis, aos mais marginalizados”.
“Diante de uma situação que vai ser ponderada e decidida no STF nós não podemos simplesmente ouvir passivamente”. O bispo pediu aos brasileiros que rezem “para que os ministros tenham a sabedoria jurídica e também sabedoria humana de defenderem a vida”.
Por sua parte o bispo de Santos no litoral paulista se posicionou igualmente e acima de tudo “a favor da vida”.
“Eu quero manifestar-me contra essa ideia de querer aprovar o aborto para anencéfalos. Não há justificativa nenhuma para nós podermos agir deste modo”, afirmou o prelado.
“Este apelo eu quero dirigir aos Ministros do Supremo Tribunal Federal para que repensem este assunto. Dirijo-me também a todos os cidadãos brasileiros para que se manifestem em favor da vida, acima de tudo”.
“Temos que tomar muito cuidado com certos passos que vamos dando de forma inconsequente e que levam, ao final, a comprometer a existência humana e a disponibilidade das mulheres em gerar novos filhos para a sociedade contemporânea”, conclui o bispo.
Em diálogo telefônico com a nossa agência, o Arcebispo de Campinas (SP) também defendeu a vida dascrianças portadoras de anencefalia e, unindo-se a seus colegas do episcopado, dirigiu uma mensagem aos Ministros do Supremo Tribunal e aos brasileiros.
“Aos Ministros do STF e a todo o povo do Brasil, nós defendemos o direito à vida de todas as pessoas. Acreditamos naquilo que deve ser feito por aqueles que têm autoridade no País, neste caso, os juízes do STF: a vida humana não se restringe aos anos que vivemos nem ao tipo de vida que levamos. A vida humana é vida humana, independentemente de qualquer condição. Nós devemos protegê-la, favorecê-la e dar-lhe condições para que seja valorizada e respeitada. Não importa se ela há de durar um minuto ou cem anos”.
“A vida humana é mais importante que interesses ou ideologias pessoais ou de grupos. Uma sociedade que valoriza e defende a vida cresce e se desenvolve na História. Uma sociedade que começa a prejudicar, maltratar e chega ao ponto de destruir a vida, tem seu futuro comprometido”.
Finalmente, Dom Henrique Soares, auxiliar de Aracaju ressaltou o caráter seríssimo da decisão que o Supremo está a tomar, posto que a vida e a dignidade humana não são um tema de religião, mas um tema que diz respeito à toda a sociedade.
“Por isso, como bispo da Igreja, como cristão, mas também como cidadão brasileiro e como membro da raça humana, eu peço aos senhores Ministros do STF que estejam atentos à questão das crianças anencéfalas, que estejam atentos a esta questão, olhando os grandes valores humanos, os grandes valores que inspiraram nossa sociedade”, afirmou o prelado.
“Em verdade, uma coisa é a morte natural, outra coisa é induzir a morte de um ser que tem o direito de, mesmo com a possibilidade de uma existência breve, viver essa breve vida, lutar por essa vida. Repito: se o ser humano não for reverenciado sempre, a vida humana estará sujeita a arbítrios e arbitrariedades extrínsecas à sua própria dignidade”, destacou Dom Soares.
“É como filho da humanidade, como filho da pátria brasileira e como bispo da Igreja que eu peço a atenção dos senhores Ministros e peço ao povo brasileiro que não baixe jamais a guarda na discussão dessas questões. E que grite em defesa dos grandes valores humanos que forjaram e que norteiam nossa sociedade, nossa cultura”.
“Que o Brasil seja digno da humanidade, que o Brasil seja digno de Cristo”, finalizou o prelado que também é um conhecido defensor da vida e da família no Brasil.
O Arcebispo de Campo Grande no Mato Grosso do Sul, Dom Dimas Lara Barbosa, ofereceu à nossa agência um importante esclarecimento sobre o caso dos bebês portadores de anencefalia: “No caso específico dos anencefálicos, primeiramente é preciso que se diga que a própria terminologia é inadequada. Não é verdade que a criança não tenha cérebro, pois se assim o fosse ela seria natimorta. O que acontece são graus diferenciados de má-formação em partes do cérebro que, sim, vão dificultar e muito uma vida normal dessas crianças mas que, de forma alguma, permitem que elas sejam qualificadas como “cadáveres”, como “seres inanimados”.
“Muito pelo contrário, a experiência tem mostrado como, nos casos em que a gestação é levada adiante com muito amor, as crianças sobrevivem, têm reações, as funções fisiológicas são preservadas, reagem sobretudo ao carinho da própria mãe, ao chamado e a diversos estímulos”, asseverou.
“Nós não temos condições, inclusive, de dizer o grau de dor e sensações que essas crianças possam vir a ter, até mesmo porque a ciência evoluiu pouco nessa direção”, esclareceu também o prelado que ocupa o cargo de segundo vice-presidente do Conselho Episcopal Latino-americano, CELAM.
“O apelo que eu faço a cada brasileiro é que nós, mais uma vez, nos oponhamos radicalmente a esta tentativa de legalizar o aborto dessas criançinhas mais indefesas ainda, justamente porque doentes, e que elas não sejam assassinadas no ventre de suas próprias mães”, declarou Dom Dimas em sua entrevista a ACI Digital.
“Quem tem o direito de dizer quem tem o direito de nascer? Só Deus! Só a Ele pertence a vida”.
“A vida humana é sagrada, sejamos pois defensores da vida”, alentou Dom Lara Barbosa que durante anos foi membro da presidência da CNBB.
Falando desde sua experiência como bispo mas também enquanto médico, Dom Antônio Augusto Dias, Auxiliar do Rio afirmou que “toda vida humana é querida desde o útero”.
“Diante da questão ponderada pelos ministros do STF a respeito das crianças que estão se desenvolvendo no útero materno com mal-formação denominada anencefalia, eu, como bispo auxiliar do RJ e também como médico, compreendo perfeitamente todas as circunstâncias que envolvem esta gravidez. Porém, por cima de todas elas, existe uma realidade que é intocável: em primeiro lugar, a dignidade da maternidade feminina, que dá à nossa sociedade a certeza de que qualquer ser humano, independentemente de suas circunstâncias de saúde ou circunstâncias sociais é amado desde o útero materno”, afirmou.
“Sabemos, pela medicina, que as crianças portadoras de anencefalia têm um curto espaço de tempo de vida, mas o que importa não é o espaço de vida curto ou longo mas o quão intensamente são amadas”, declarou o bispo a ACI Digital.
“Eu exorto aos senhores Ministros do STF que, durante suas ponderações, tenham muito presente o rosto daquela mulher que viram pela primeira vez após seu nascimento e que tem um título inigualável: mãe”, disse o prelado dirigindo-se aos magistrados do Supremo.
Falando ao povo brasileiro em geral Dom Dias Duarte declarou: “Ao povo brasileiro eu dirijo uma exortação: cada um de nós é responsável pelas gerações futuras. Nós seremos considerados pelas gerações futuras como homens e mulheres que souberam demonstrar seu amor à Igreja, à Pátria por terem defendido a vida humana desde seu princípio até sua morte natural. Como exortava o saudoso Beato João Paulo II, nós temos que ser um povo de construtores da Cultura da Vida e da Civilização do Amor, especialmente do amor aos mais frágeis, aos mais marginalizados”.
“Diante de uma situação que vai ser ponderada e decidida no STF nós não podemos simplesmente ouvir passivamente”. O bispo pediu aos brasileiros que rezem “para que os ministros tenham a sabedoria jurídica e também sabedoria humana de defenderem a vida”.
Por sua parte o bispo de Santos no litoral paulista se posicionou igualmente e acima de tudo “a favor da vida”.
“Eu quero manifestar-me contra essa ideia de querer aprovar o aborto para anencéfalos. Não há justificativa nenhuma para nós podermos agir deste modo”, afirmou o prelado.
“Este apelo eu quero dirigir aos Ministros do Supremo Tribunal Federal para que repensem este assunto. Dirijo-me também a todos os cidadãos brasileiros para que se manifestem em favor da vida, acima de tudo”.
“Temos que tomar muito cuidado com certos passos que vamos dando de forma inconsequente e que levam, ao final, a comprometer a existência humana e a disponibilidade das mulheres em gerar novos filhos para a sociedade contemporânea”, conclui o bispo.
Em diálogo telefônico com a nossa agência, o Arcebispo de Campinas (SP) também defendeu a vida dascrianças portadoras de anencefalia e, unindo-se a seus colegas do episcopado, dirigiu uma mensagem aos Ministros do Supremo Tribunal e aos brasileiros.
“Aos Ministros do STF e a todo o povo do Brasil, nós defendemos o direito à vida de todas as pessoas. Acreditamos naquilo que deve ser feito por aqueles que têm autoridade no País, neste caso, os juízes do STF: a vida humana não se restringe aos anos que vivemos nem ao tipo de vida que levamos. A vida humana é vida humana, independentemente de qualquer condição. Nós devemos protegê-la, favorecê-la e dar-lhe condições para que seja valorizada e respeitada. Não importa se ela há de durar um minuto ou cem anos”.
“A vida humana é mais importante que interesses ou ideologias pessoais ou de grupos. Uma sociedade que valoriza e defende a vida cresce e se desenvolve na História. Uma sociedade que começa a prejudicar, maltratar e chega ao ponto de destruir a vida, tem seu futuro comprometido”.
Finalmente, Dom Henrique Soares, auxiliar de Aracaju ressaltou o caráter seríssimo da decisão que o Supremo está a tomar, posto que a vida e a dignidade humana não são um tema de religião, mas um tema que diz respeito à toda a sociedade.
“Por isso, como bispo da Igreja, como cristão, mas também como cidadão brasileiro e como membro da raça humana, eu peço aos senhores Ministros do STF que estejam atentos à questão das crianças anencéfalas, que estejam atentos a esta questão, olhando os grandes valores humanos, os grandes valores que inspiraram nossa sociedade”, afirmou o prelado.
“Em verdade, uma coisa é a morte natural, outra coisa é induzir a morte de um ser que tem o direito de, mesmo com a possibilidade de uma existência breve, viver essa breve vida, lutar por essa vida. Repito: se o ser humano não for reverenciado sempre, a vida humana estará sujeita a arbítrios e arbitrariedades extrínsecas à sua própria dignidade”, destacou Dom Soares.
“É como filho da humanidade, como filho da pátria brasileira e como bispo da Igreja que eu peço a atenção dos senhores Ministros e peço ao povo brasileiro que não baixe jamais a guarda na discussão dessas questões. E que grite em defesa dos grandes valores humanos que forjaram e que norteiam nossa sociedade, nossa cultura”.
“Que o Brasil seja digno da humanidade, que o Brasil seja digno de Cristo”, finalizou o prelado que também é um conhecido defensor da vida e da família no Brasil.
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