Steve Jobs morreu há quase dois meses, mas não poderia deixar de falar dele.
Li no Estadão dias atrás algo que Arnaldo Jabor escreveu que resumidamente
dizia o que eu gostaria de escrever, mas não o fiz, segue:
Jobs nos restituiu a ideia de que nós,
humanos, é que fazemos a ciência e que ela não aponta necessariamente para um
futuro terrível e negro, como nos livros de ficção científica. A tecnologia
pode ser lúdica, compreensível, de fácil acesso, mesmo que não saibamos que
porra é um gigabyte ou como se monta uma placa-mãe. Jobs humanizou a criação
técnica, deu um rosto à máquina. Ansiávamos por um autor, por alguém que
criasse tecnologia e não foi apenas 'criado' por ela.
Outro dia, no New York Times, o professor
Neal Gabler escreveu sobre o assunto.
Ele diz: "Não acreditamos mais em
'grandes ideias', como antes. Não temos mais celebridades culturais que sejam
pensadores, gente como Reinhold Niebuhr, Daniel Bell, Betty Friedan, Carl Sagan
e Stephen Jay Gould, só para mencionar alguns, mesmo menores. As ideias em si
mesmas já ficavam famosas, como 'o fim da ideologia', 'o meio é a mensagem', 'a
mística feminina', 'a teoria do big-bang' ou o 'fim da história'. Vivemos em um
mundo pós-ideias, um mundo onde grandes ideias iluministas que não sejam
imediatamente 'monetizadas' são cada vez mais raras. Marx mostrou a relação
entre os meios de produção e nossos sistemas políticos, Freud revelou-nos o
inconsciente, Einstein reescreveu a Física. Procurávamos não apenas apreender o
mundo, mas compreendê-lo. É claro, especialmente na América, que vivemos numa
época pós-iluminista, na qual racionalidade, evidência, argumentos lógicos e
debate perderam a batalha para superstição, fé, opinião e ortodoxia. Hoje o que
o futuro nos aponta é mais e mais informação. Saberemos tudo, mas não haverá
ninguém pensando nisso". A ideologia que se desenha no ar é a de uma
informação democratizada. Muitas revoluções derivam para o totalitarismo, mas o
que Jobs fez é uma mutação sem rumo, misteriosa como a vida, sempre se
reinventando. O século 21 começou com decepções e tragédias. O futuro era
negro. Pode até continuar assim, mas Jobs foi
um dos que nos fizeram acreditar que não seremos mais robôs sem alma ou desejo,
mas que podemos agir no mundo, que o humano se revigora, se 'vira', renasce
para além das 'distopias' que os metafísicos predizem para nos amedrontar...
Dia 23 de outubro,
eu estava assistindo um programa na Discovery Science, o tema do programa -
Popular Science: Futuro - Sexo Orgasmos provocados com um dispositivo por
controle remoto. Um exame cerebral que detecta a presença do amor. Festas onde
se pode conferir o DNA de parceiros em potencial. E até amantes robôs; assisti
e, entrei em pânico, Jobs, será que você ficaria feliz em ver a tecnologia
sendo usada assim... no Japão estão criando robôs como se fosse um clone de uma
pessoa, ou seja, eu teria outra Karina para fazer tudo que eu não gosto, por
exemplo, o professor criador desse robô descobriu que nós humanos temos
sentimentos pelos robôs então porque não inseri-lós na sociedade, fazendo tudo
que o homem faz? O robô tem sensores que faz ele agir igual ao ser humano; além
disso, há o colete do abraço, outro professor criou um colete que a gente veste
e ele passa o abraço da pessoa "x"; outra novidade e daí o título do
programa, foi à criação de um aparelho que é colocado na espinha do ser humano
(eletrodos) onde você regula através de um controle remoto "onde, quando e
a intensidade de um orgasmo" que quiser, o aparelho chama-se
orgasmatron...e outras criações desse nível.
SOCORRO! Para o mundo que eu quero descer!!!
O que estamos fazendo? Competimos para saber quem
tem mais amigo no Facebook e precisamos de um colete de abraço, pois vivemos
sozinhos? Não temos mais a capacidade de nos relacionarmos e vivermos uma
castidade, por isso estamos doentes por sexo e podemos ter orgasmos
constantemente através de um aparelho e um controle remoto???... Temos a
necessidade doentia de ficar pendurados em meio a tanta tecnologia e de nos
expormos para o mundo diante de pessoas que nem conhecemos.
O que estamos fazendo com o ser humano, que não
parece mais ser humano... se é que você
me entende.
Caros, o objetivo desse artigo é trazermos para
discussão o que nós queremos do nosso convívio com as pessoas, o que buscamos
de nossas relações, onde fica Deus e seus planos para conosco diante dessa
realidade?
Não se acredita mais nos planos de Deus? Não
acreditamos mais na providência de Deus? Não queremos mais viver provações,
experiências íntimas com Deus?
Que Deus olhe por mim e me proteja, não
permitindo que eu vivencie essa realidade doentia e mesquinha que nós humanos
estamos criando.
OLha minha cara Karine,sobre o Steve Jobs não concordo com seu post. Para mim este é mais um daqueles que inveram DESUTILIDADES trabalhando com a excassez no mercado para venda esurbitantes de seus produtos. Para que quando uma pessoaadquire seu produto em lançamento ele inventa um outro suprimindo o anterior e o desmoralizando com falta de tecnologia. Isto aliena as pessoas transformando-as em verdadeiras consumistas desenfreadas colocando coisas que a tão pouco não eram necessárias e não faziam a menor falta; hoje como se fosse vida ou morte ainda não tê-las (Não menospreso a qualidade dos produtos)! Então, colocar um cara como este não faz a menor diferença. Endeusá-lo também não concordo. Muitos usam o argumento que ele veio da probreza, quase abortado, etc. E quantas crianças hoje estão com suas mentes destruídas e alianadas por jogos e coisas que só podem fazer nestes produtos? E adutos cada vez mais pervertidos no mundo virtual? E adultos que não sabem mais se relacionar com as pessas de carne e osso, só com as virtuais? Então, tecnologia. Faça-me um favor.
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