terça-feira, 15 de novembro de 2011

ONU: ABORTO PARA COMBATER O EFEITO ESTUFA

Noticias Globales, Ano XIV. Número 1012, 44/11. Informativo nº 1127.Buenos Aires, 15 novembro de 2011
1127) ONU: ABORTO PARA COMBATER O EFEITO ESTUFA.
Fontes: Próprias e PNUD, Relatório sobre Desenvolvimento Humano 2011. Por Juan C. Sanahuja
Preparação do Rio+20. Objetivos sem eufemismos: “Os direitos reprodutivos, incluído o acesso aos serviços de saúde reprodutiva, são uma condição prévia de Empoderamento da mulher e também poderiam evitar a degradação ambiental”. Saúde reprodutiva com a cumplicidade de líderes religiosos.
O Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD; siglas em inglês: UNDP), publicou o Relatório sobre Desenvolvimento Humano 2011, que tem como título: Sustentabilidade e Equidade: Um melhor futuro para todos. O relatório adianta algumas das conclusões da futura Conferência das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento Sustentável (Rio de Janeiro, junho de 2012), também chamada Rio+20, comemorando o 20º aniversário da Cúpula do Rio de Janeiro sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento (1992)
Objetivos sem eufemismos
Qualquer um que leia o Relatório, conhecendo a linguagem usada pela ONU nos documentos que se sucederam nestes 20 anos, tem a impressão de que a única coisa que mudou é que os reais objetivos das políticas das Nações Unidas são manifestados cada vez mais claramente, com menos eufemismos.
Helen Clark, Administradora do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento, inicia dizendo: a desigualdade de gênero interage com os resultados ambientais, agravando-os.
Recordemos que na linguagem internacional, igualdade de gênero significa o direito das mulheres e das meninas de exercer o controle sobre seus próprios corpos, sua sexualidade e sobre a reprodução. Recordemos também que ot ermo “saúde reprodutiva”, abarca a esterilização e o aborto por meios químicos e cirúrgicos.
Esterilização e aborto para combater o “efeito estufa”
O Relatório afirma “Para além dos Objetivos de desenvolvimento do milênio, o mundo necessita de um quadro de desenvolvimento pós-2015 que reflita a equidade e a sustentabilidade; o Rio+20 representa uma grande oportunidade para alcançar  um entendimento partilhada de como continuar avançando”. “Existem alternativas à desigualdade e à insustentabilidade (...). Os investimentos que melhoram a equidade – por exemplo –  no acesso a energias renováveis, água e saneamento, e saúde reprodutiva – podem melhorar tanto a sustentabilidade como o desenvolvimento humano”.
“Nosso Índice de Desigualdade de Gênero (IDG), que este ano foi atualizado para 145 países, mostra como as restrições à saúde reprodutiva contribuem para a desigualdade de gênero. Trata-se de um assunto importante, porque nos países onde existe um controle efetivo e universal da reprodução, as mulheres têm menos descendência, com os benefícios que isso implica para a saúde materna e infantil e para a redução nas emissões de gases de efeito estufa”.
Por exemplo, em Cuba, Ilhas Maurícias, Tailândia e Tunísia, onde ambos os serviços de saúde reprodutiva e  contra conceptivos estão disponíveis sem restrição, as taxas de fertilidade estão abaixo de dois nascimentos por mulher. No entanto, no mundo são muitas  as necessidade não satisfeitas nesta área e os dados sugerem que se todas as mulheres pudessem exercer seus direitos reprodutivos, o crescimento demográfico se reduziria o suficiente para reduzir as emissões de gases de efeito estufa em níveis inferiores aos atuais. Estima-se que ao atender as necessidades não satisfeitas de planejamento familiar até 2050, as emissões mundiais de dióxido de carbono reduzir-se-iam em até 17% dos níveis atuais“. Pelo visto, consideram uma “conquista” chegar a uma taxa de natalidade inferior à necessária para a reposição da população; pretender-se-á a desaparição destes países?
A primeira parte do relatório termina dizendo: “os direitos reprodutivos, incluído o acesso a serviços de saúde reprodutiva, são uma condição prévia de Empoderamento da mulher e também poderiam evitar a degradação ambiental”.

Saúde reprodutiva com a cumplicidade de líderes religiosos

O Relatório registra o “sucesso” das políticas de saúde reprodutiva (esterilização e aborto) em “Bangladesh, onde a taxa de fecundidade caiu de 6,6 nascimentos por mulher em 1975 para 2,4 em 2009”. Aí, diz o documento, o governo recorreu a programas de divulgação e subsídios para facilitar a disponibilidade de medidas contraceptivas e, além disso, a “debates com formadores de opinião de ambos os sexos – religiosos, professores e organizações não governamentais -  para influenciar as normas sociais”.
Além disso, o Programa da ONU para o Desenvolvimeto afirma que no Relatório sobre Desenvolvimento Humano 2011 é “coerente e reflete as declarações internacionais sobre desenvolvimento sustentável, como as de Estocolmo (1972), Rio de Janeiro (1992) e Johanesburgo (2002), que promovem os três pilares do desenvolvimento sustentável: equidade ambiental, econômica e social” FIM, 15-11-11
Vid.:
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NOTICIAS GLOBALES es un boletín de noticias sobre temas que se relacionan con la PROMOCIÓN Y DEFENSA DE LA VIDA HUMANA Y LA FAMILIA. Editor: Pbro. Dr. Juan Claudio Sanahuja; E-mail: noticiasglobales@noticiasglobales.org ; http://www.noticiasglobales.org ;
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(Tradução nossa – ver original em 


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