sábado, 5 de novembro de 2011

MARIA SANTÍSSIMA , MODELO DE RESIGNAÇÃO - LITURGIA DIÁRIA , 06 DE NOVEMBRO DE 2011

MARIA SANTÍSSIMA , MODELO DE RESIGNAÇÃO
Nossa Senhora nos ensina como enfrentar aquilo que nos contraria, a aceitar resignadamente a vontade de Deus, sem perder o ânimo nem diminuir o amor a Ele


Para aplicar ao episódio da perda do Menino Jesus no Templo uma frase corriqueira, poderíamos dizer que “as coisas não podiam ser piores”. Pareceria que tal frase em nada é aplicável à Sagrada Família, mas ela expressa de forma popular o que pensamos quando as contradições e problemas se acumulam sobre nós. Não é só um fato que acontece, mas vários se sobrepõem uns aos outros; e todos, por assim dizer, na direção errada. Todos tivemos dias em que tudo nos saiu mal. Se temos um compromisso importante — por exemplo, um exame na faculdade —, exatamente nesse dia o despertador não funciona, o ônibus passa antes da hora, está chovendo, etc. Coisas assim acontecem com todos os homens, podendo ser até com certa freqüência. Por que Deus permite dias assim? Geralmente é para nos ensinar que, não obstante o livre arbítrio que possuímos até o fim da vida, não somos inteiramente independentes, e que apesar das aparências não dominamos tudo nem somos senhores absolutos de nossa vida. Esta é uma forma amorosa de Deus agir a fim de voltarmo-nos para Ele e pedir ajuda. A VONTADE DE DEUS E A NOSSA : Sendo o homem uma criatura racional, para ele é coisa difícil aceitar o que é contrário à sua vontade. Nossa sensibilidade faz com que desejemos algo com veemência, mas não é nossa vontade a rainha dos acontecimentos. Pelo contrário, no Pai Nosso rezamos todos os dias “seja feita a vossa vontade assim na Terra como no Céu”. E muitas vezes a vontade de Deus é uma, e a nossa outra. Até por motivos que podem ser lícitos. Um pai pode querer ganhar mais dinheiro para manter melhor sua família, mas Deus pode ter outro desígnio, desejando para ele uma cruz cujas vantagens se mostrarão em certo momento. E é justamente para nos educar nesta matéria que temos a virtude da resignação, ou seja, a capacidade de aceitar as adversidades da vida. Muitas pessoas são capazes de grandes esforços, mas, quando chega a hora da resignação, suportam mal a contrariedade; e infelizmente, muitas vezes, de forma até revoltada. Em geral, as pessoas que têm grande dinamismo, grande personalidade ou capacidade de liderança, se não têm inteira submissão a Deus, encontram especial dificuldade em praticar esta virtude. Mas Nossa Senhora, que é um modelo de personalidade, de decisão e determinação, nos ensina como fazê-lo. A PERDA DO MENINO JESUS : A Sagrada Escritura nada fala da vida de Nosso Senhor no período entre sua volta do Egito para Nazaré e o episódio da perda no Templo, e isso indica uma certa continuidade na sua santa vida. Não é que não realizasse maravilhas, pois Ele era Deus, mas indica que havia um comportamento que não variava. Certamente Ele era obediente, ajudava seus pais e os consolava. Como todos os anos, a Sagrada Família ia ao Templo de Jerusalém para a celebração da Páscoa. Isso requeria vários dias, pois a distância é de uns 105 quilômetros. Segundo o costume da época, os homens viajavam na frente e na retaguarda, para proteger a caravana; as mulheres, crianças e pessoas não aptas para a defesa viajavam no meio. Naquela época, a maioridade das pessoas era aos 20 anos. As pessoas entre 12 e 20 anos tinham um estatuto intermediário entre criança e homem. Os jovens poderiam ir com os homens, na frente da caravana, ou com as mães no centro, de acordo com as necessidades. Jesus Cristo, que tinha 12 anos, podia estar com São José ou com sua Santíssima Mãe, ao voltar de Jerusalém. Cada um deles, na sua humildade, certamente pensava que Ele estaria com o outro. Para São José, era evidente que o Menino Deus estaria com sua Mãe. Entretanto, para Ela, fazia sentido que o Menino Jesus, tendo chegado a uma idade conveniente, pudesse mostrar sua maturidade indo com seu pai. Ao chegar ao ponto de descanso, São José e Maria Santíssima constatam que Ele não estava na caravana. A surpresa deve ter sido atroz. Sabendo que Ele era Deus, a primeira coisa em que pensariam: “Se Ele nos deixou, é porque não O merecemos”. Suponho que a perplexidade deles tenha sido completa e inesperada. Por que não avisou? Por que não disse que ia ficar? Se desejava rezar ou fazer algo, é óbvio que seus pais iriam concordar. Podemos bem imaginar que entrariam também dúvidas terríveis. Sabiam eles que Jesus Cristo ia redimir o gênero humano, mas não sabiam como nem quando. As Sagradas Escrituras indicavam uma morte cruel. Será que Ele permitiu ser raptado e assassinado, para assim cumprir sua vocação? Será que Ele, pelo contrário, antes da Redenção, não se isolaria num local deserto, e nunca mais voltariam a vê-lo? Será que. No sentido mais literal da palavra, isso é uma contrariedade. Nada poderia ir mais contra os desejos e esperanças da Santa Virgem. E foi nesse momento que Ela nos mostrou como praticar a virtude da resignação. Não ficou sem fazer nada, não se revoltou, não caiu em prantos inúteis ou recriminações injustas. Ao encontrar seu filho, Ela diz que o procuravam “aflitos” (São Lucas 2,48), o que se refere a eles mesmos, mas não forma um juízo sobre a ação realizada por Ele. Eles haviam começado por procurá-lo junto aos seus parentes. Mas, muito simbolicamente, lá não O encontraram, pois muitas vezes não encontramos Deus onde mais desejaríamos que Ele estivesse. Depois de três dias de busca incessante, O encontraram no Templo, discutindo com os Doutores da Lei. Pareceria que, tendo encontrado o Menino Jesus, acabariam as contrariedades, e com isso a possibilidade de praticar a virtude da resignação. Mas não. Quando perguntaram ao Menino Jesus por que fez isso, Ele respondeu com uma frase cheia de sabedoria, mas de difícil interpretação: “Por que me procuráveis? Não sabíeis que devo ocupar-me das coisas de meu Pai?” (São Lucas 2,49). Em seguida a Sagrada Escritura acrescenta que eles não compreenderam o que Ele lhes dissera. Mas aceitaram com amor. Poderiam eles fazer ainda outras perguntas e tentar obter maiores informações, mas não consta que o fizessem. Certamente meditaram o fato, levantaram hipóteses, tiraram conclusões. Sobretudo, para nossa edificação, eles se resignaram a aceitar, sem compreender, a vontade de Deus. Tudo isso na tranqüilidade de consciência, sem perder a vontade e a constância. Aproveitemos tal fato a fim de pedir a Maria Santíssima sua ajuda para praticarmos essa tão importante virtude, especialmente nos dias de hoje, em que o torvelinho do mundo moderno nos impõe um estilo de vida tão contrário ao que desejaríamos

LITURGIA DO DIA 06 DE NOVEMBRO DE 2011




PRIMEIRA LEITURA : Apocalipse 7, 2-4.9-14


TODOS OS SANTOS E SANTAS - (branco - glória, creio, prefácio próprio - ofício da solenidade) - Leitura do livro do Apocalipse de são João - Eu João, 2Vi ainda outro anjo subir do oriente; trazia o selo de Deus vivo, e pôs-se a clamar com voz retumbante aos quatro Anjos, aos quais fora dado danificar a terra e o mar, dizendo: 3Não danifiqueis a terra, nem o mar, nem as árvores, até que tenhamos assinalado os servos de nosso Deus em suas frontes. 4Ouvi então o número dos assinalados: cento e quarenta e quatro mil assinalados, de toda tribo dos filhos de Israel; 9Depois disso, vi uma grande multidão que ninguém podia contar, de toda nação, tribo, povo e língua: conservavam-se em pé diante do trono e diante do Cordeiro, de vestes brancas e palmas na mão, 10e bradavam em alta voz: A salvação é obra de nosso Deus, que está assentado no trono, e do Cordeiro. 11E todos os Anjos estavam ao redor do trono, dos Anciãos e dos quatro Animais; prostravam-se de face em terra diante do trono e adoravam a Deus, dizendo: 12Amém, louvor, glória, sabedoria, ação de graças, honra, poder e força ao nosso Deus pelos séculos dos séculos! Amém. 13Então um dos Anciãos falou comigo e perguntou-me: Esses, que estão revestidos de vestes brancas, quem são e de onde vêm? 14Respondi-lhe: Meu Senhor, tu o sabes. E ele me disse: Esses são os sobreviventes da grande tribulação; lavaram as suas vestes e as alvejaram no sangue do Cordeiro. - Palavra do Senhor


SALMO RESPONSORIAL (SALMO 23)


REFRÃO: É assim a geração dos que procuram o Senhor!
1. pois ele mesmo a assentou sobre as águas do mar e sobre as águas dos rios a consolidou. Quem será digno de subir ao monte do Senhor? Ou de permanecer no seu lugar santo? - R.
2. O que tem as mãos limpas e o coração puro, cujo espírito não busca as vaidades nem perjura para enganar seu próximo. Este terá a bênção do Senhor, e a recompensa de Deus, seu Salvador. - R.
3. Tal é a geração dos que o procuram, dos que buscam a face do Deus de Jacó. - R.
4. Levantai, ó portas, os vossos dintéis! Levantai-vos, ó pórticos antigos, para que entre o Rei da glória! Quem é este Rei da glória? É o Senhor forte e poderoso, o Senhor poderoso na batalha. - R.


SEGUNDA LEITURA : 1º João 3, 1-3


Leitura da primeira carta de são João - Caríssimos, 1Considerai com que amor nos amou o Pai, para que sejamos chamados filhos de Deus. E nós o somos de fato. Por isso, o mundo não nos conhece, porque não o conheceu. 2Caríssimos, desde agora somos filhos de Deus, mas não se manifestou ainda o que havemos de ser. Sabemos que, quando isto se manifestar, seremos semelhantes a Deus, porquanto o veremos como ele é. 3E todo aquele que nele tem esta esperança torna-se puro, como ele é puro. - Palavra do Senhor


EVANGELHO : Mateus 5, 1-12


Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo, segundo Mateus - Naquele tempo, 1Vendo aquelas multidões, Jesus subiu à montanha. Sentou-se e seus discípulos aproximaram-se dele. 2Então abriu a boca e lhes ensinava, dizendo: 3Bem-aventurados os que têm um coração de pobre, porque deles é o Reino dos céus! 4Bem-aventurados os que choram, porque serão consolados! 5Bem-aventurados os mansos, porque possuirão a terra! 6Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão saciados! 7Bem-aventurados os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia! 8Bem-aventurados os puros de coração, porque verão Deus! 9Bem-aventurados os pacíficos, porque serão chamados filhos de Deus! 10Bem-aventurados os que são perseguidos por causa da justiça, porque deles é o Reino dos céus! 11Bem-aventurados sereis quando vos caluniarem, quando vos perseguirem e disserem falsamente todo o mal contra vós por causa de mim. 12Alegrai-vos e exultai, porque será grande a vossa recompensa nos céus, pois assim perseguiram os profetas que vieram antes de vós. - Palavra da salvação

MENSAGEM DO DIA 26/09/1985 - Agradeço-Ihes por todas as orações; obrigada por todos os sacrifícios. Desejo convidá-los, queridos filhos, a renovarem as Mensagens que estou dando a vocês. Sobretudo, pratiquem o jejum, porque com ele conseguirão e Me darão a alegria de ver realizado, inteiramente, o projeto que Deus tem para Medjugorje - MENSAGEM DE NOSSA SENHORA EM MEDJUGORJE


A IGREJA CELEBRA HOJE , SÃO NUNO DE SANTA MARIA - Nuno Álvares Pereira nasceu em Portugal a 24 de Junho de 1360, e recebeu a educação cavalheiresca típica dos filhos das famílias nobres do seu tempo. Aos treze anos torna-se pajem da rainha D. Leonor, tendo sido bem recebido na Corte e acabando por ser pouco depois cavaleiro. Aos dezesseis anos casa-se, por vontade de seu pai, com uma jovem e rica viúva, D. Leonor de Alvim. Da sua união nascem três filhos, dois do sexo masculino, que morrem em tenra idade, e uma do sexo feminino, Beatriz, a qual mais tarde viria a desposar o filho do rei D. João I, D. Afonso, primeiro duque de Bragança. Quando o rei D. Fernando I morreu a 22 de Outubro de 1383 sem ter deixado filhos varões, o seu irmão D. João, Mestre de Avis, viu-se envolvido na luta pela coroa lusitana, que lhe era disputada pelo rei de Castela por ter desposado a filha do falecido rei. Nuno tomou o partido de D. João, o qual o nomeou Condestável, isto é, comandante supremo do exército. Nuno conduziu o exército português repetidas vezes à vitória, até se ter consagrado na batalha de Aljubarrota (14 de Agosto de 1385), a qual acaba por determinar à resolução do conflito. Os dotes militares de Nuno eram no entanto acompanhados por uma espiritualidade sincera e profunda. O amor pela Eucaristia e pela Virgem Maria são os alicerces da sua vida interior. O estandarte que elegeu como insígnia pessoal traz as imagens do Crucificado, de Maria e dos cavaleiros S. Tiago e S. Jorge. Fez ainda construir às suas próprias custas numerosas igrejas e mosteiros, entre os quais se contam o Carmo de Lisboa e a Igreja de S. Maria da Vitória, na Batalha. Com a morte da esposa, em 1387, Nuno recusa contrair novas núpcias, tornando-se um modelo de pureza de vida. Quando finalmente alcançou a paz, distribui grande parte dos seus bens entre os seus companheiros, antigos combatentes, e acaba por se desfazer totalmente daqueles em 1423, quando decide entrar no convento carmelita por ele fundado, tomando então o nome de frei Nuno de Santa Maria. Impelido pelo amor, abandona as armas e o poder para revestir-se da armadura do Espírito recomendada pela Regra do Carmo: era a opção por uma mudança radical de vida em que sela o percurso da fé autêntica que sempre o tinha norteado. O Condestável do rei de Portugal, o comandante supremo do exército e seu guia vitorioso, o fundador e benfeitor da comunidade carmelita, ao entrar no convento recusa todos os privilégios e assume como própria a condição mais humilde, a de frade Donato, dedicando-se totalmente ao serviço do Senhor, de Maria — a sua terna Padroeira que sempre venerou—, e dos pobres, nos quais reconhece o rosto de Jesus.

Significativo foi o dia da morte de frei Nuno de Santa Maria, aos 71 anos de idade. Era o Domingo de Páscoa, dia 1 de Abril de 1431. Após sua morte, passou imediatamente a ser reputado de “santo” pelo povo, que desde então o começa a chamar “Santo Condestável”. Nuno Álvares Pereira foi beatificado em 23 de Janeiro de 1918 pelo Papa Bento XV através do Decreto "Clementíssimus Deus" e foi consagrado o dia 6 de Novembro ao, então, beato. O Santo Padre, Papa Bento XVI, durante o Consistório de 21 de Fevereiro de 2009 determina que o Beato Nuno seja inscrito no álbum dos Santos no dia 26 de Abril de 2009. São Nuno de Santa Maria, rogai por nós!





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