quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Aprendendo com o Padre Reus


Queridos irmãos, queridas irmãs, a paz! No século XX viveu entre nós, em São Leopoldo, cidade próxima a Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, o sacerdote alemão Padre João Batista Reus, que morreu com fama de santidade. Seu processo de canonização está em andamento e esperamos em breve vê-lo sobre os altares. As romarias ao seu túmulo são constantes e inumeráveis as graças alcançadas pelos fiéis.
Ele foi um grande místico. Como bom jesuíta, sua principal devoção era ao Sagrado Coração de Jesus. Padre Reus costumava dizer que o altar era, para ele, o Sinai de Deus. Nele, Deus descia até o homem e nele o homem subia até Deus.

Transcrevemos abaixo algumas das visões e experiências de Deus que o Padre Reus costumava ter. Estes textos são tirados de sua auto-biografia, livro que, por obediência, foi obrigado a escrever:

25 de março de 1938. “Depois da Consagração da santa Hóstia, vi, repentinamente, o Menino Jesus, quase em tamanho normal, diante de mim sobre o altar e, em seguida, em meio a um sol radiante, que espargia seus raios para o infinito. Esta visão pareceu-me estranha. Creio, no entanto, ser um sinal de que o acontecido não valia só para mim, mas que as graças desta nova Encarnação na santa Missa chegariam aos que estão longe. Também após a santa Missa, na sacristia, vi o Menino Jesus em mim.”

10 de abril de 1938. “Segurando a santa Hóstia na mão, à hora da Comunhão, vi sair dela uma chama de fogo que se dirigia para minha boca. Isso certamente representa o desejo que o Sagrado Coração de Jesus tem para unir-se à alma humana.”

26 de abril de 1938. “Hoje rezei a santa Missa em honra do Espírito Santo. Quanto me lembro, imediatamente após a Consagração senti como a própria santidade do Espírito Santo me envolveu. Nunca vivi algo semelhante.”

Sobre o Espírito Santo, irmãos, o Pe. Reus havia escrito, em 12 de novembro de 1937:
“Quando me levantei de manhã, para saudar com todo ardor o amado Salvador e oferecer-lhe meu coração, Ele estava na frente da minha cama. Há algum tempo, li na vida da venerável Irmã Miriam Alellin, que lhe foi dito que ‘em todo o mundo, mensalmente, cada sacerdote rezasse uma Missa em honra do Espírito Santo. Todos os assistentes receberiam, em grande medida, luz e graça’. Durante muito tempo resisti a isso e, como me parece, com razão. Nas revelações dos santos, recomendam-se muitas práticas, porém não para todos. (...) Depois de algum tempo, reli novamente o artigo sobre o Espírito Santo. Este pensamento não me abandonou mais. Eu devo rezar esta Missa. Durante o mês de outubro o fiz pela primeira vez.”

No dia 17 de maio de 1938, ele relata: “Na visita ao Santíssimo, chamei o Espírito Santo de ‘meu coração’. Nisso, vi o Espírito Santo em forma de pomba no lugar do meu coração, em forte clarão brilhante, assinalado em forma de linhas.”

Por vezes, o Padre Reus via as mãos de Jesus nas suas:
30 de janeiro de 1938. “Em diversas ocasiões, vi as santas mãos do amado Salvador com luminosos contornos em minhas mãos: na Consagração, ao rezar a absolvição, na confissão e, também, numa ocasião não-litúrgica, ao lavar as mãos.”

24 de maio de 1938. “Durante uma confissão, em meu quarto, vi a mão luminosa do Divino Salvador em minha mão, que se ergueu e deu a bênção comigo. Ouvi as palavras da absolvição, que Ele pronunciou comigo. Logo a seguir, vieram dois outros penitentes, com os quais se repetiu a mesma coisa, com alguns detalhes a mais. Com o terceiro, isso se manifestou de maneira mais expressiva. Ouvi toda a oração do Misereatur até o fim, pronunciada pelo Divino Salvador em mim e comigo. Vi também sua santa mão, dando a bênção. Vi como da minha mão, principalmente da chaga da mão, saíam chamas de fogo sobre o penitente e como, na oração Ego te absolvo – eu te absolvo, saía uma chama de fogo da minha boca sobre o coirmão penitente. Eu tive que me esforçar para dominar o meu próprio ardor, que irrompeu do meu interior quando o coirmão se afastou.”

Queridos irmãos, queridas irmãs, vários penitentes percebiam que o Pe. Reus alterava a voz quando dava a absolvição. A causa estava nesse fenômeno místico e também na sua própria emoção, pois que se julgava indigno de tão grandes graças. Este servo de Deus muitas vezes se via envolto em fogo, fenômeno, aliás, quase diário em sua vida. Peçamos a Deus que, por sua intercessão, o fogo do amor divino se acenda em nossos corações e se alastre aos nossos irmãos, até que o mundo inteiro arda num grande incêndio de amor.

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