domingo, 9 de outubro de 2011

A VIDA TERRENA DA MÃE DE DEUS (Parte- I)


Filhos amados de Maria, caríssimos irmãos em Cristo Jesus,

Gostaria de convidá-los, a nesta semana que o nosso país recorda nossa amada Mãe a conhecer a vida de nossa Mãe e Mãe de Deus. Com base nas escrituras sagradas e na herança histórica da Igreja, podemos conhecer a vida de Nossa amada Mãe, o evangelista Lucas, que conheceu de perto a Sagrada Virgem Maria. Ele registrou a partir das palavras Dela, inúmeros fatos importantes relativos aos primeiros anos da Sua vida. O evangelista Lucas era médico e também artista, tendo reproduzido uma imagem da Virgem, ícone a partir do qual outros pintores fizeram outras cópias. O ícone até hoje é um considerado milagroso, no qual há quase 2000 anos flui azeite. Os dados biográficos que sabemos sobre os pais de Maria foram legados pelo Proto-Evangelho de Tiago, obra citada em diversos estudos dos padres da Igreja Oriental, como Epifânio e Gregório de Nissa. Começemos nossa viagem pela tradição e documentos da igreja.


O NASCIMENTO DA SAGRADA VIRGEM MARIA


Quando se aproximava o momento do nascimento do Salvador do mundo na cidade de Nazaré, na Galileia, morava aí um descendente do rei David, chamado Joaquim com a sua mulher, Anna. Anna (Hannâ), cujo nome em hebraico significa graça, pertencia à família do sacerdote Aarão e seu marido, São Joaquim pertencia à família real de David.
São Joaquim, homem pio fora censurado pelo sacerdote Rúben por não ter filhos. Naqueles tempos não ter filhos era considerado um castigo divino pelos pecados cometidos. Ambos eram pessoas reconhecidamente de boa índole e eram conhecidos pela sua compaixão, humildade e generosidade.
Joaquim e Anna atingiram uma idade muito avançada, mas não tinham filhos. Este fato entristecia-os especialmente Joaquim em particular, sofria muito com a falta de filhos, principalmente porque, de acordo com a as profecias, na sua família deveria nascer o Messias-Jesus. Mas Anna já era idosa e estéril. Apesar da idade, eles continuavam a orar incessantemente e a pedir a Deus para que Ele lhes concedesse um filho.
Para isso fizeram até uma promessa de que se eles recebessem a dádiva do nascimento de um filho, o destinariam para servir a Deus. Confiando no poder divino, São Joaquim retirou-se ao deserto para rezar e fazer penitência. Ali um anjo do Senhor lhe apareceu, dizendo que Deus havia ouvido suas preces. Tendo voltado ao lar, algum tempo depois Anna ficou grávida.
Pela paciência e fé Deus deu a Joaquim e Anna uma grande alegria, e finalmente conceberam uma filha, nasceu-lhes num sábado, 8 de setembro, que recebeu o nome de Miriam (Maria em Latin) o que em hebreu significa: "Senhora, Esperança." A paciência e a resignação com que sofriam a esterilidade levaram-lhes ao prêmio de ter por filha aquela que havia de ser a Mãe de Jesus. Pelo texto Caverna dos Tesouros, atribuído a Efrém da Síria, Anna (Hannâ) era filha de Pâkôdh e seu marido se chamava Yônâkhîr. Yônâkhîr e Jacó eram filhos de Matã e Sabhrath. Jacó foi o pai de José, desta forma, José e Maria eram primos.
Devoção
A devoção aos pais de Maria é muito antiga no Oriente, onde foram cultuados desde os primeiros séculos de nossa era, atingindo sua plenitude no século VI. Já no ocidente, o culto de Sant’Anna remonta ao século VIII, quando, no ano de 710, suas relíquias foram levadas da Terra Santa para Constantinopla, donde foram distribuídas para muitas igrejas do ocidente, estando a maior delas na igreja de Sant’Anna, em Düren, Renânia, Alemanha. São João Damasceno, ao escrever sobre o Natal, deixa claro que São Joaquim e Sant’Anna são os pais de Maria. Seu culto foi tornando-se muito popular na Idade Média, especialmente na Alemanha. Em 1378, o Papa Urbano IV oficializou seu culto. Em 1584, o Papa Gregório XIII fixou a data da festa de Sant’Anna em 26 de Julho, e o Papa Leão XIII a estendeu para toda a Igreja, em 1879. Na França, o culto da Mãe de Maria teve um impulso extraordinário depois das aparições da santa em Auray, em 1623. Tendo sido São Joaquim comemorado, inicialmente, em dia diverso ao de Sant’Anna, o Papa Paulo VI associou num único dia, 26 de julho, a celebração dos pais de Maria, mãe de Jesus. Até hoje a liturgia de São João Crisostomo, utilizado pelos ritos orientais da igreja católica e ortodoxa, faz menção aos bem aventurados Joaquim e Anna.

Pela vida e memoria dos santos e justos Joaquim e Anna, Senhor Jesus Cristo Nosso Deus, tende piedade de nós! Amém

Parte I (continua...)

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...