sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Maria, a Verdadeira Rosa do meu espinho



Há 02 anos atrás descobri que estava com câncer. Câncer de mama. A princípio foi uma notícia trágica, pois me considerava ainda jovem pra ter uma doença tão grave, ainda mais com 02 filhos pequenos pra criar - um de sete anos e outra de seis anos. Inevitavelmente, a gente associa essa doença com morte. Mas, felizmente e graças a Deus, o câncer pra mim significou vida. Eu costumo dizer que foi uma doença do corpo que curou minha alma.


Gostaria de compartilhar com vocês meu testemunho e minha conversão à Deus.


Apesar de católica, eu estava muito afastada da Igreja. Raramente ia à missa, confessar nem se fala, muito menos comungar. Até rezar eu rezava pouco e muitas vezes por obrigação. Mas no fundo, essa falta de fé me incomodava bastante, tanto que, as poucas vezes que rezava, pedia a Deus pra aumentar a minha fé. E felizmente Deus ouviu minhas preces, só não imaginava que seria dessa maneira, através da dor.


Quando a médica deu o diagnóstico do câncer de mama, na hora pensei na quimioterapia. É um absurdo falar isso, mas o que mais me preocupava era perder o cabelo. A doença também me apavorava, mas não mais do que ficar careca. Sempre fui muito vaidosa e Deus pegou justamente no meu ponto fraco, meu cabelo. Enfim, sai do consultório arrasada e no mesmo instante liguei pra minha mãe, pra minha sogra e por fim, pro meu marido, a todos dei a notícia por telefone mesmo, pois estavam na expectativa pra saberem o resultado. Infelizmente eu não tinha como poupá-los da novidade.


No caminho de volta pra casa, exatamente quando estava passando em frente ao Santuário Desatadora dos Nós - Campinas / SP, eu ouvi uma voz que disse: "Jesus vai te curar, porque você tem uma missão pra cumprir". Eu estranhei, mas senti mesmo que, se eu vivesse na época de Cristo, seria como um daqueles doentes que apenas tocou no manto de Jesus e foi curado. Mesmo assim continuava angustiada.


Chegando em casa conversei com meus filhos que, apesar de crianças, entenderam muito bem do que se tratava, pois minha cunhada estava em tratamento de câncer de ovário.


À noite, antes de deitar, eu rezei. Dessa vez, rezei de verdade e não por obrigação. A princípio tive vergonha de rezar pra Deus, então pedi a São Judas Tadeu, meu santo de devoção, que intercedesse por mim junto a Jesus. Foi uma noite terrível, dormi muito mal, se é que dormi... mas pra minha surpresa, quando acordei estava me sentindo muito bem e tive a graça de perceber a bondade de Deus e O agradeci, porque EU estava com câncer e não os meus filhos, ou o meu marido, ou os meus pais. E daquele dia em diante eu não chorei mais, não porque eu segurava o choro, mas porque não tinha nenhuma vontade de chorar. Às vezes eu tentava, achava que tinha que chorar, afinal eu estava com câncer! Os outro choravam, mas eu não, porque estava em paz! Foi uma graça!


A partir daí procurei um bom médico que solicitou inúmeros exames e agendou a cirurgia pro dia 07 de outubro, uma quarta-feira. Na semana da cirurgia, mais precisamente no sábado - dia 03, a mãe de uma grande amiga comentou comigo por telefone, sobre o Mosteiro Rainha da Paz, do Pe. Eugênio, em São Paulo. Eu senti uma forte atração em saber mais a respeito do Mosteiro e apesar de ter um compromisso naquele horário, corri pro computador e entrei no site do Mosteiro. Li o testemunho do Pe. Eugênio e fiquei impressionada. Li também sobre Medjugorje e sobre as aparições de Nossa Senhora Rainha da Paz. Tudo era novidade pra mim, e tudo foi me tocando, até que li a mensagem de Maria do dia 25 de setembro de 2009:


"Querido filhos! Trabalhai hoje com alegria e insistentemente no vossa conversão. Oferecei todas as vossas alegrias e tristezas ao Meu Imaculado Coração, para que eu possa conduzir-vos todos para o Meu Filho bem amado, a fim de que, no seu coração encontrem a alegria. Estou convosco para ensinar-vos e conduzir-vos para a eternidade. Obrigada por terdes respondido ao meu chamado".


Senti que Nossa Senhora estava falando comigo, era como se o computador não estivesse na minha frente e ouvi novamente uma voz que disse: "Venha no Mosteiro me ajudar". Comecei a chorar e queria ficar ali pra sempre, mas tinha que ir embora, pois meu filho iria participar de um campeonato de futebol, não tinha como deixar de ir. Saí as pressas e peguei meu marido no trabalho para irmos juntos ao campeonato. No caminho falei a respeito do Mosteiro e pedi a ele que me levasse lá no dia seguinte, domingo - 04 de outubro. Expliquei que era um lugar católico e ele concordou.


Chegando em casa, entrei novamente no site do Mosteiro para pegar o endereço, foi quando meu marido percebeu que todo primeiro domingo do mês tinha missa de cura. E para nossa surpresa, justamente o domingo que poderíamos ir ao Mosteiro, antes da cirurgia, era o primeiro domingo de outubro. Que Providência!


A caminho do Mosteiro, eu desafiei Deus. A mãe da minha amiga recebeu uma grande graça numa missa de cura, que foi proclamada pelo Pe. Eugênio, então falei pra Deus que eu também queria ouvir do padre que iria ser curada. Porém eu estava preocupada apenas com a cura do corpo, nem imaginava que precisava da cura da alma também. E pela primeira vez, eu participei de uma missa de verdade, de corpo e alma. Foi uma bênção! Principalmente quando o Pe. Eugênio, durante as proclamações de cura, disse: "Jesus está curando uma pessoa com câncer que vai essa semana no médico. Essa pessoa volte na próxima missa pra dar testemunho de cura". Não tive dúvida, era eu! E sai de lá mais preocupada com o testemunho que iria dar do que a cirurgia que iria me submeter naquela semana. Eu tive a certeza que estava curada e nada poderia tirar minha fé!


Na semana seguinte, fiz a cirurgia e o médico ficou bastante otimista, apesar de dizer que deveríamos aguardar o resultado dos exames para saber realmente o grau do câncer e que tratamento adotar. As semanas foram passando e nada dos exames ficarem prontos. Pra minha agonia, até a quinta-feira antes da missa de cura de novembro, os exames não haviam chegado, pelo menos não todos, ainda faltava um exame, mas o médico não queria se manifestar, afinal um exame poderia contrariar os demais e ele não poderia se comprometer. Provavelmente apenas na outra semana chegaria esse último exame. Mas aí seria tarde demais! Fiquei arrasada e por um momento pensei que não era eu que deveria dar o testemunho de cura. Inclusive, meu marido e minha mãe me desencorajaram, dizendo que, sem os exames, eu não teria como provar que estava curada. Naquele dia fui dormir extremamente chateada, porque tinha decidido não dar mais o testemunho.


Naquela época, eu estava lendo o livro "Maria, Passa na Frente", porém eu não tinha o hábito de rezar pra Maria. Na verdade, eu A achava muito poderosa... a Mãe de Deus! Sempre admirei a devoção de minha mãe e meu sogro por Nossa Senhora Aparecida, mas eu nunca pedia a intercessão de Nossa Senhora. Não conseguia me aproximar dEla. Quanto tempo perdido!!! No entanto, no dia seguinte quando acordei, tomei uma decisão: "Com exames ou sem exames vou dar testemunho de cura, porque apesar de não ter como provar a cura do corpo, eu posso testemunhar a cura da alma". Nesse momento, eu disse pela primeira vez: "Maria, passa na frente"! Logo em seguida, meu celular tocou, era meu médico, dizendo que apesar de faltar um exame, eu estava de parabéns porque os resultados superaram as expectativas dele e que eu poderia ficar despreocupada porque o exame que faltava não iria contrariar os demais. Disse pra eu passar um feriado - finados - em paz. Cai de joelhos! A partir daí começou minha devoção por Nossa Senhora. Tanto que fui ao Mosteiro para dar o testemunho e em honra a Maria disse uma frase que resume bem tudo isso que vivi: "Existem pessoas que choram ao saber que as rosas tem espinhos, mas existem outras que sorriem ao saber que os espinhos tem rosas". No meu caso, graças a Deus, tive várias rosas: meu marido que foi meu melhor amigo durante essa fase difícil de nossas vidas; meus filhos que não deixaram eu "curtir" meu sofrimento, porque a todo momento era solicitada por eles e independente do meu estado eu tinha que servi-los, e isso me fez levantar várias vezes; meus pais que sempre foram muito presente na minha vida; além dos meus irmãos, sogro e sogra, parentes e amigos... Mas a Verdadeira Rosa do meu espinho foi MARIA!


Não tenho como descrever o amor e carinho que sinto por Maria hoje. Fico triste só de pensar nesses 38 anos que fiquei afastada dEla, por opção e ignorância da minha parte. Mas Maria não desistiu de mim, nem de minha família, porque Ela é Mãe, Nossa Verdadeira Mãe!!!


Voltando ao testemunho... além da cirurgia, tive que fazer 04 sessões de quimioterapia, e hoje posso afirmar que perder o cabelo não é nada comparado ao sofrimento causado por esse tratamento. Depois disso, fiz 30 sessões de radioterapia e atualmente faço exames periodicamente e tenho que tomar um remédio no período de 5 anos. Apesar de tudo isso e mesmo perdendo meu "precioso" cabelo, louvo a Deus pela doença que tive e se tivesse a oportunidade de voltar no tempo e escolher: não ter câncer e não mudar de vida, eu com certeza, escolheria ter câncer e voltar definitivamente para Deus. Graças a essa "pedra" que Ele colocou no meu caminho, eu pude mudar de direção e seguir com fidelidade o Verdadeiro e Único Caminho, JESUS.


Por isso, não canso de dizer, obrigada Senhor!

Um comentário:

  1. Nossa que lindo, que Deus lhe abençoe e conserve, e nossa mamãe Maria, sempre sempre te carregue no colo. Obrigada por sua vida

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