Filhos amados de Maria, caríssimos irmãos em Cristo Jesus,
Convido-os hoje a ler a Epístola de São Thiago. Buscando nela o que nos pede a Gospa na mensagem do dia 25 de outubro de 2011, a alegria do Cristo Ressuscitado e a conversão diária. A saudação utilizada pelo apostolo era comum ao mundo grego: "Alegrai-vos", eu completaria como disse sabiamente São Paulo: "Alegrai-vos sempre no Senhor! Repito: alegrai-vos!". A verdadeira felicidade é Cristo Jesus, e para estar com ele precisamos busca-Lo a cada segundo de nossa existência terrena.
Primeiro antes de tudo, é necessário que se distinga São Tiago, irmão do Senhor, do apóstolo Tiago, filho de Alfeu, um dos Doze, cuja memória a Igreja celebrada em 3 de maio.
São Tiago é o que os mencionado em (Mt 13,15) e (Mc 6,3) como um dos 4 irmãos do Senhor. Os outros três são: José, Simão e Judas. Acerca da relação entre estes «irmãos» com o Senhor Jesus Cristo houve, desde o início, várias explicações, as mais relevantes são duas: ou eram filhos de uma prima de Maria, ou, mais provavelmente, eram filhos de José de um casamento anterior já que José era viúvo quando ficou noivo de Maria. E, em ambos os casos, segundo o costume da época, era comum chamá-los de «irmãos», o que pode ser verificado em várias passagens do Antigo Testamento. Ao que parece, nenhum dos «irmãos» creram n’Ele logo de início, conforme menciona claramente São João, o Teólgo (Jo 7,1-5). Mas, o que foi que transformou São Tiago a ponto de se apresentar, em sua carta como o «Servo de Deus e do Senhor Jesus Cristo» (cf. carta a ele atribuída, Tg 1,1). Não o sabemos com certeza, mas o santo apóstolo Paulo cita em sua primeira epístola aos Coríntios que Jesus se manifestou a São Tiago depois da sua ressurreição (1Cor 15,7).
Dos textos bíblicos, sabemos que Tiago foi um dos representantes mais destacados da Igreja de Jerusalém. São Paulo, em sua carta aos Gálatas (Gl 1,19-2,9) faz menção a ele como um dos três «pilares» da Igreja nesta cidade.
Também em Atos dos Apóstolos, quando os apóstolos se reuniram com os anciãos para decidir se os gentios convertidos deveriam aceitar a circuncisão ou não, São Tiago falou como «cabeça» da comunidade de Jerusalém, e foi ele que proclamou o parecer do conselho. A São Tiago é atribuída a primeira das sete cartas pastorais (que não é dirigida a uma determinada cidade ou pessoa) que fazem parte do Novo Testamento. De acordo com os exegetas, a carta de Tiago foi escrita entre os anos 50 e 60 (d.C). Esta carta contém uma coleção de ensinamentos e instruções sobre a conduta cristã e a vida pastoral: a paciência na tribulação, a fé, o amor ao trabalho, o controle da língua, o perigo do dinheiro entre outras coisas. Isto é o que nos informa o Novo Testamento sobre Tiago.
A tradição, porém, nos faz também menção a ele, entre estas, que Tiago era conhecido, em vida, como «o Justo»; que desde a sua infância havia sido separado para Deus; que nunca se alimentava de manteiga, nem provava vinho; que seu cabelo «não conhecia a tesoura» (em sinal de sua separação para Deus ou sua escolha para ser de Deus); que permaneceu casto durante toda a sua vida; que seus joelhos ficaram endurecidos como pedra pelas prostrações excessivas para a oração.
Os Apóstolos o elegeram por unanimidade como o primeiro bispo de Jerusalém, e assim permaneceu durante 30 anos, atraindo durante este tempo, muitos judeus e gentios à fé em Jesus Cristo. Certa vez foi visto pregando do telhado de uma casa, ou mesmo no templo, e dizia: «O Filho do homem está sentado à direita do Todo-Poderoso, e virá sobre as nuvens para julgar o mundo com bondade». E, enquanto o povo aclamava: «Hosana ao Filho de Davi!» os fariseus e os fanáticos dos judeus empurravam para baixo o Justo, apedrejando-o em seguida. Um deles bateu violentamente com um pau em sua cabeça, com o que se consumou o martírio, e se lhe abriram as portas da vida. Suas virtudes, conhecidas de todos, fez com que os judeus mais eminentes atribuíssem ao assassinato de São Tiago o cerco e destruição de Jerusalém em 70 dC.
Valoroso lembrar que São Tiago também estava com Maria no Cenáculo. Que lá recebeu o Espirito Santo e que a alegria é um fruto do Espirito Santo. Cultivemos convívio com o Espírito Santo, quando buscamos viver em intimidade com Ele. Essa é uma possibilidade concreta, e não apenas uma afirmação poética. Se o Espírito estiver em nós, seu fruto vai nascer na árvore da nossa vida. Permita que alegria do Espírito Santo se expresse claramente em você e por você.
A alegria se expressa em várias formas em nossas vidas. Uma de suas manifestações é a chamada alegria interior, ponto de início de outras manifestações. Diante daquilo que Deus nos tem feito, somos gratos e a manifestação mais própria para o sentimento de gratidão é a alegria. Quem é grato é alegre. Uma pessoa cheia do Espírito é uma pessoa alegre. A alegria é uma das conseqüências mais visíveis da plenitude do Espírito Santo em nós.
Que se aplique integralmente a nós a descrição feita por Lucas acerca de alguns primeiros cristãos: "os discípulos, porém, estavam cheios de alegria e do Espírito Santo" (Atos 13.52). Se vivemos no Espírito, somos alegres. Como ensina a Sagrada escritura, a Bíblia: "a execução da justiça é motivo de alegria para o justo" (Provérbios 21.15).
Apóstolo Tiago o justo, Bispo, Mártir e irmão do Senhor! Interceda junto de Deus por todos nós. Amém!
Como um discípulo do Senhor assimilaste o Evangelho, ó justo São Tiago; e como mártir, irrecusável é a tua petição por nós; como irmão do Senhor, desfrutas de Sua confiança, e como bispo, podes interceder por nós, Suplica, pois, a Cristo Deus pela salvação de nossas almas!
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