A FÉ : OU AUMENTA , OU SE PERDE
O apóstolo São Pedro, escrevendo aos primeiros fiéis e por eles instruindo os fiéis de todos os tempos, dizia: «Ficai sempre prontos a responder em defesa da religião a quem quer que lhes pergunte qual a razão da esperança que está em vós»
A Fé pode aumentar, a Fé pode diminuir e se perder. A Fé, consistindo essencialmente na adesão de nosso espírito à verdade revelada, aumenta ou diminui segundo seja a adesão mais ou menos firme.Ora, sendo a alma humana ativa por natureza, é indispensável que sua Fé aumente ou diminua. Ela aumenta se a alma avança no conhecimento do Pai e do Filho e do Espírito Santo, se a alma penetra melhor nas verdades do Credo, em uma palavra, se a alma progride no caminho da verdade.Mas como a Fé requer, juntamente com assentimento do espírito, o movimento de piedade da vontade que quer crer, evidentemente a Fé também pode e deve crescer pelo caminho da vontade que se submete cada vez mais docilmente, cada vez mais amorosamente à verdade divina. Assim, duas coisas ajudarão singularmente a Fé em seu progresso, a saber: a instrução e a piedade. A instrução, o cristão a encontrará na pregação, no Catecismo, nas leituras santas; a piedade consistirá sobretudo na fidelidade às promessas do batismo; o cristão ajudado pela oração e pelos sacramentos, crescerá na Fé. Todo cristão que quer crescer na Fé, deve vigiar com redobrada atenção contra tudo que for capaz de enfraquecer a Fé. Ele deve tomar cuidado para não se deixar levar pelas máximas deste mundo, pois o mundo, enquanto mundo, só se ocupa das coisas sensíveis; a Fé, ao contrário, nos mostra o preço inestimável das coisas invisíveis. O mundo só vê o presente; a Fé, que nos esclarece tanto sobre o passado quanto sobre o presente, nos faz velar principalmente sobre o futuro. O mundo está todo voltado para os gozos da terra; a Fé nos ensina que este é o tempo das privações e das penitências e nos mostra que Deus é o único bem verdadeiro em que podemos repousar nossas almas e esperar os verdadeiros gozos. É preciso pois velar para permanecer fiel, quer dizer, crente. E quem assim velar, verá infalivelmente crescer em sua alma as luzes tão doces, tão serenas da verdade eterna; e quanto mais entrar nesta luz, mais ele provará o quanto o Senhor é doce, o quanto é precioso e inestimável o dom da Fé. Ao contrário, toda alma que não velar, que se deixar embalar pelas promessas insignificantes de um mundo que nada tem, que nada sabe, que nada pode, toda alma que não velar, verá sua Fé diminuir para em seguida se perder completamente. Se tivéssemos olhos para ver o lamentável espetáculo das almas que perdem a Fé, não teríamos lágrimas que chegassem para chorar tão grande infelicidade. Alguns perdem a Fé logo depois do batismo; esses não receberam a instrução cristã necessária, e suas almas nunca fizeram o ato de Fé. Privado de seu ato, o hábitus posto em suas almas no dia do batismo foi facilmente reduzido a nada. É muito raro que as almas que perderam a Fé nestas condições a tornem a encontrar. Elas tornam-se estranhas a Deus e a Nosso Senhor Jesus Cristo e vivem apenas uma vida terrestre, triste prelúdio de uma morte eterna. Outros perdem a Fé pouco depois da primeira comunhão. Esses entram em um mundo descrente do qual não desconfiam, e imaginam que eles é que foram ingênuos por terem acreditado um pouco. Se chega o pecado mortal, coisa fácil de acontecer, será fácil também perder a Fé e fechar os olhos à pura luz que os havia tornado tão felizes no dia de sua primeira comunhão. Ainda outros perdem a Fé nas escolas. Tanto escolas primárias como escolas superiores, fazem freqüentemente os batizados perderem a Fé. Aí não se ensina a conhecer o único e verdadeiro Deus, a saber o Pai e o Filho e o Espírito Santo; as escolas primárias têm como principal objetivo a formação do plural e do sistema métrico; às superiores só interessa o diploma de bacharel e de doutor. Sem falar daquelas onde se ensina consciente e propositadamente a impiedade, o indiferentismo ou mesmo o ateísmo. Finalmente, há os que perdem a Fé pelos interesses materiais. Preocupados demais com os negócios, entregues inteiramente a especulações financeiras, esquecem seu batismo, negligenciam o cuidado com sua alma, não vivem mais da Fé, não velam mais para que sua Fé seja alimentada e perdem-na, talvez mesmo sem sentir. Ó Deus, Deus meu, vós que por vossa graça nos haveis dado a Fé, por esta mesma graça conservai-nos na Fé! Atacada por todos os lados, hoje a Fé tornou-se rara nas almas. À medida que os tempos avançam, caminhamos para a realização das palavras de Nosso Senhor: «Quando o Filho do homem voltar, crês que Ele encontrará Fé sobre a Terra?». (Lc. 18,8). Repare que as almas que vemos já não ter Fé, tiveram-na ao menos no batismo. Estas almas estão em um estado bem diferente dos infiéis que nunca tiveram Fé. A Fé é um bem tão grande que uma vez entrando numa alma fica sempre alguma coisa. São Francisco de Sales disse, a respeito da caridade: «A caridade tendo sida separada da alma pelo pecado deixa, muitas vezes, alguma coisa que parece com a caridade, que pode iludir e nos entreter em vão». Esta aparência de Fé, porque ela é apenas aparência, não passa de um fingimento de Fé; uma Fé fingida ou, se quiser, imaginada, é o que se chama sentimento religioso. Os sentimentos religiosos! Uma espécie de presente que os homens querem dar a Deus, pelo qual Deus deve se sentir muito agradecido; um fundo de benevolência que o homem sente por Deus; uma sorte de polidez, de bom tom, de bom gosto do homem em relação a Deus; sim, tudo que quiser neste gênero, que a pouco obrigue, que não atrapalhe, que se acomode, que se preste a tudo, e não se comprometa com coisa alguma: aí está o que geralmente se entende por sentimentos religiosos, mas isto não é a Fé. Assim como a aparência de Caridade pode nos iludir e nos entreter em vão, a aparência de Fé pode nos iludir e nos ilude muitas vezes e pode nos entreter e nos entretém amiúdo, em vão. E como isto acontece? perguntará a senhora. A resposta é fácil. Um cristão, para agradar a Deus, deve fazer atos de Fé a toda hora. Na oração, na prática da vida cristã, na recepção dos sacramentos, o cristão deve ter como obrigação severa praticar a Fé, fazendo atos interiores para acompanhar muitos atos exteriores da vida cristã. Este é o dever. Ora, o perigo, a decepção consiste em fazer atos da vida cristã não com Fé mas com aparência de Fé ou sentimentos religiosos. A Fé é então substituída pelo sentimento, a realidade pela imaginação. Neste estado podem-se fazer muitas orações sem rezar, confessar-se sem querer se emendar, receber a Eucaristia sem se unir a Jesus Cristo. Segundo o que ouvi dizer, tanto por um Bispo como por um missionário que percorreu toda a França e estudou atentamente o estado das almas, parece que hoje, sob muitos pontos de vista, fazemos apenas com a máscara da Fé o que deve ser feito com a Fé. Isto ajudará a senhora a compreender e a poupará do sofrimento quando chegar o dia em que reconhecer que um bom número de cristãos, que se dizem devotos e praticantes, têm exatamente os mesmos vícios dos mundanos não praticantes. Eles praticam, ai de nós! mas a Fé não é o princípio de seus atos religiosos, eles são cristãos em imaginação, e na realidade viciosos como tantos outros. O sentimento religioso é certamente um dom de Deus. É um bem, um bem de ordem natural. O sentimento religioso é a conseqüência natural de nossa qualidade de criaturas, como o respeito aos pais é natural nos filhos
LITURGIA DO DIA 09 DE OUTUBRO DE 2011
PRIMEIRA LEITURA : Isaías 25, 6-10
XXVII DO TEMPO COMUM - (verde, glória, creio - IV do saltério) - Leitura do livro profeta Isaías - 6O Senhor dos exércitos preparou para todos os povos, nesse monte, um banquete de carnes gordas e medulosas, com vinhos velhos purificados. 7Nesse monte tirará o véu que vela todos os povos, a cortina que recobre todas as nações, 8e fará desaparecer a morte para sempre. O Senhor Deus enxugará as lágrimas de todas as faces e tirará de toda a terra o opróbrio que pesa sobre o seu povo, porque o Senhor o disse. 9Naquele dia dirão: Eis nosso Deus do qual esperamos nossa libertação. Congratulemo-nos, rejubilemo-nos por seu socorro, 10porque a mão do Senhor repousa neste monte, enquanto que Moab é pisada no seu lugar como pisada é a palha no monturo. - Palavra do Senhor
SALMO RESPONSORIAL (SALMO 22)
REFRÃO: Na casa do Senhor habitarei eternamente
1. Salmo de Davi. O Senhor é meu pastor, nada me faltará. Em verdes prados ele me faz repousar. Conduz-me junto às águas refrescantes, restaura as forças de minha alma. Pelos caminhos retos ele me leva, por amor do seu nome. - R.
2. restaura as forças de minha alma. Pelos caminhos retos ele me leva, por amor do seu nome. Ainda que eu atravesse o vale escuro, nada temerei, pois estais comigo. Vosso bordão e vosso báculo são o meu amparo. - R.
3. Preparais para mim a mesa à vista de meus inimigos. Derramais o perfume sobre minha cabeça, e transborda minha taça. A vossa bondade e misericórdia hão de seguir-me por todos os dias de minha vida. E habitarei na casa do Senhor por longos dias. - R.
SEGUNDA LEITURA : Filipenses 4, 12-14.19-20
Leitura da carta de São Paulo aos Filipenses - Irmãos, 12Sei viver na penúria, e sei também viver na abundância. Estou acostumado a todas as vicissitudes: a ter fartura e a passar fome, a ter abundância e a padecer necessidade. 13Tudo posso naquele que me conforta. 14Contudo, fizestes bem em tomar parte na minha tribulação. 19Em recompensa, o meu Deus há de prover magnificamente a todas as vossas necessidades, segundo a sua glória, em Jesus Cristo. 20A Deus, nosso Pai, seja a glória, por toda a eternidade! Amém. - Palavra do Senhor
EVANGELHO : Mateus 22, 1-14
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo, segundo Mateus - Naquele tempo, 1Jesus tornou a falar-lhes por meio de parábolas: 2O Reino dos céus é comparado a um rei que celebrava as bodas do seu filho. 3Enviou seus servos para chamar os convidados, mas eles não quiseram vir. 4Enviou outros ainda, dizendo-lhes: Dizei aos convidados que já está preparado o meu banquete; meus bois e meus animais cevados estão mortos, tudo está preparado. Vinde às bodas! 5Mas, sem se importarem com aquele convite, foram-se, um a seu campo e outro para seu negócio. 6Outros lançaram mãos de seus servos, insultaram-nos e os mataram. 7O rei soube e indignou-se em extremo. Enviou suas tropas, matou aqueles assassinos e incendiou-lhes a cidade. 8Disse depois a seus servos: O festim está pronto, mas os convidados não foram dignos. 9Ide às encruzilhadas e convidai para as bodas todos quantos achardes. 10Espalharam-se eles pelos caminhos e reuniram todos quantos acharam, maus e bons, de modo que a sala do banquete ficou repleta de convidados. 11O rei entrou para vê-los e viu ali um homem que não trazia a veste nupcial. 12Perguntou-lhe: Meu amigo, como entraste aqui, sem a veste nupcial? O homem não proferiu palavra alguma. 13Disse então o rei aos servos: Amarrai-lhe os pés e as mãos e lançai-o nas trevas exteriores. Ali haverá choro e ranger de dentes. 14Porque muitos são os chamados, e poucos os escolhidos. - Palavra da salvação
MENSAGEM DO DIA 14/01/1985 - Satanás é muito forte e, com todas as suas energias, deseja destruir os Meus planos, que comecei a realizar com vocês. Vocês rezem, somente rezem e não cessem de rezar nem por um instante. Também Eu pedirei ao Meu Filho para que se realizem todos os Meus planos, que Eu já iniciei. Sejam pacientes e perseverantes nas orações! E não permitam que Satanás os enfraqueça. Ele trabalha muito no mundo. Estejam atentos - MENSAGEM DE NOSSA SENHORA EM MEDJUGORJE
A falta de fé naqueles que vivem em pecado não nasce da obscuridade da fé. Embora Deus tenha desejado que as coisas da fé nos fossem em grande parte incompreensíveis e ocultas, para que tivéssemos merecimento em crer, contudo as verdades da fé se tornam evidentes pelos sinais que as manifestam. Não acreditar nelas seria não só imprudência, mas também falta de religião e loucura. A fraqueza da fé de muitos nasce de seus maus costumes. Quem despreza a amizade de Deus para não se privar de prazeres ilícitos, desejaria que não houvesse lei que os proibisse, nem castigo para os que pecam. Faz tudo para evitar a reflexão sobre as verdades eternas, a morte, o juízo, o inferno, a justiça divina. Tudo isso lhe causa muito medo e torna amargo os seus prazeres. Espreme, então, o cérebro procurando razões, ao menos prováveis, para se persuadir ou se convencer que não existe alma, nem Deus, nem inferno. Assim poderíamos viver e morrer como o animal que não conhece lei nem razão. A dissolução dos costumes é a fonte donde nascem e saem todos os dias tantos livros e sistemas materialistas indiferentistas, deístas e naturalistas. Uns negam a existência de Deus; outros negam a Providência Divina, dizendo que Deus, depois de criar os homens, não se importa mais com eles, sendo-lhes indiferente se o amam ou se o ofendem, se os homens se salvam ou se perdem. Outros negam a bondade divina, afirmando que Deus criou muitas almas para o inferno, forçando-as ele mesmo a pecarem para que assim se condenem e o almadiçoem para sempre no fogo eterno. – Tudo isso é ingratidão e maldade dos homens! Deus os criou por sua misericórdia para os fazer eternamente felizes no céu. Encheou-os de tantas luzes, benefícios e graças, para que alcançássemos a vida eterna. Para esse mesmo fim ele os remiu com tantas dores e com tanto amor. E os homens se esforçam por não acreditar em nada, para se entregarem aos vícios e viverem à vontade. Mas, não adianta! Por mais esforços que façam, nunca esses infelizes poderão libertar-se do remorso da má consciência e do temor da justiça divina. Certamente não poriam em dúvida as verdades da fé e acreditariam firmemente em todas as verdades reveladas por Deus, se deixassem os vícios e se dedicassem a amar a Jesus Cristo - [Fonte: Trecho do livro: A Prática do Amor a Jesus Cristo, de Santo Afonso Maria de Ligório, pág.200]
A IGREJA CELEBRA HOJE , SÃO JOÃO LEONARDO - São João Leonardo nasceu em Lucca, na Toscana (Itália), em 1541. Seguiu a profissão de seu pai (farmacêutico), até que respondeu sim ao sacerdócio. Tocado pelo abandono das crianças, sem escola e sem educação religiosa, São João Leonardo fundou a "Companhia da Doutrina Cristã", visando a catequese das crianças, assim como instituiu a "Congregação dos Clérigos Regulares da Mãe de Deus", com o carisma correspondente a educação popular e promoção da vida sacramental. Depois de voltar da piedosa romaria que fez para o Santuário de Nossa Senhora de Loreto, São João Leonardo passou em Roma, onde fundou a "Propaganda da Fé", como local de formação do Clero em terras de missão e assistência às vítimas da peste. Amigo de vários outros santos, como São Felipe Néri, São José Calazans e São Camilo de Léllis, testemunhou que grandes renovações na Igreja e fora, partem de grandes corações apaixonados por Jesus e pela humanidade. São João Leonardo partiu para a glória no ano de 1609, ao consumir-se na assistência à Jesus Cristo na pessoa de inúmeros doentes. São João Leonardo, rogai por nós!
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