sábado, 15 de outubro de 2011
Bento XVI optimista quanto ao crescimento e difusão da Palavra de Deus no mundo de hoje
Na tarde deste sábado, às 18.30, Bento XVI deslocou-se à Aula Nova do Sínodo no Vaticano, para saudar e dirigir a palavra aos participantes no encontro sobre a Nova Evangelização que se desenrolou ao longo dia dia, sob o tema “A Palavra de Deus cresce e se difunde”. Precedido pelas notas musicais do tenor italiano, Andrea Bocelli, Bento XVI disse ter apreciado o convite do Presidente do Conselho Pontifício para a Promoção da Nova Evangelização, o arcebispo D. Rino Fisichela, Bento XVI mostrou-se optimista quanto ao crescimento e difusão da Palavra de Deus no mundo.
Consciente de que tal como nos primeiros anos do cristianismo também hoje não faltam obstáculos à difusão e crescimento da Palavra de Deus, o Papa sublinhou que essa Palavra está sempre viva em cada momento da História, até aos nossos dias, porque a Igreja a actualiza mediante a sua fiel transmissão, celebração dos Sacramentos e o testemunho dos crentes. Por isso, afirmou, a nossa História está em plena continuidade com a da primeira comunidade cristã, vive da mesma linfa vital.
No entanto, o homem contemporâneo vê-se muitas vezes confuso e não consegue encontrar respostas a tantos interrogativos que agitam a sua mente e o seu coração no que toca ao sentido da vida. O homem não pode fugir a essas interrogativos, não pode viver numa única dimensão. Mas,, infelizmente é muitas vezes orientado para respostas que o afastam do essencial da vida e não o conduzem à felicidade.
Não obstante isso, Bento XVI acredita que a Palavra de Deus continua a crescer e a difundir-se. E indica três razões fundamentais: em primeiro lugar porque a força da Palavra não depende essencialmente de nós, mas sim de Deus, que esconde a sua potencia sob sinais de fraqueza e se revela no madeiro da Cruz. É preciso acreditar e deixá-lo agir – disse - indicando como segunda razão o facto de a semente da Palavra cair ainda hoje num terreno fértil que a acolhe e dá frutos. Os novos evangelizadores são parte desse terreno. No mundo, embora o mal faça mais barulho, o terreno fértil continua a existir. O terceiro motivo é que o anuncio do Evangelho chegou realmente aos confins da terra e mesmo no meio da indiferença, incompreensões e persecuções, muitos continuam ainda hoje, com coragem, a abrir o coração e a mente ao convite de Cristo a encontrá-Lo e a tornar-se Seu discípulo. Não fazem barulho, são como grãozinhos de mostarda que se torna árvore.
Este fermento missionário que anima a Igreja não deve fazer esquecer que Jesus não redimiu o mundo com belas palavras e meios vistosos, mas sim com o sofrimento e a morte na cruz – advertiu Bento XVI - recordando quer ser evangelizadores não é um privilégio, mas sim um empenho que provém da fé. Deixai-vos plasmar pela graça de Deus, exortou os presentes. Sede sinais de esperança, capazes de olhar para o futuro com a certeza que vem de Deus, que venceu a morte e nos deu a vida eterna. O mundo de hoje precisa de novos evangelizadores, de pessoas que falem a Deus, para poderem falar de Deus.
O Conselho Pontifício para a Promoção da Nova Evangelização foi criado, referiu Bento XVI, precisamente para ajudar a identificar as grandes questões que agitam a sociedade e a cultura contemporâneas, para ajudar a Igreja na sua missão especialmente no seio dos países de antiga tradição cristã que parecem ter-se tornado indiferentes, ou mesmo hostis à Palavra de Deus. O mundo precisa de pessoas que anunciem e dêem testemunho de que é Cristo que nos ensina a arte de viver.
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