PADRE PIO E A CONFISSÃO
O cardeal Lercaro, durante o Congresso Eucarístico diocesano de Trapani, em 1969, celebrando o padre, disse: “O confessionário era para ele um manancial de sofrimento interior, espiritual: a sua paixão. O pecado pesava sobre ele, o pecado que ele escutava, contestava e reprovava, por chamar a si aquela misericórdia de Deus; o pecado, que em nome de Deus perdoava, era uma ferida em sua alma… Ele unia seu sofrimento ao de Cristo para que a culpa dos irmãos fossem perdoadas”
LITURGIA DO DIA 23 DE SETEMBRO DE 2011
PRIMEIRA LEITURA : Ageu 1, 15; 2, 9
Padre Pio tinha o Carisma de Conhecer o interior das pessoas a consciência. “Aquelas a quem perdoardes os pecados, ser-lhes-ão perdoados; aqueles a quem os retiverdes, ser-lhe-ão retidos”. (Jo 20,23). Essas palavras de Jesus eram bem impressas no coração de Padre Pio, unicamente pela percepção de ter de ser ministro da Misericórdia Divina. Mas sabia se podia absolver ou não absolver, segundo a disposição do penitente. Era severo com os curiosos, hipócritas e mentirosos, e amoroso e compassivo com os verdadeiramente arrependidos. Seu confessionário não era uma máquina de absolvições, mas um lugar de conversas. Queria que o arrependimento por todos os pecados, quer mortais ou veniais, fosse verdadeiro. Nisto era clara sua percepção de absoluta santidade de Deus, da necessidade que a alma chegasse ao Juízo, purificada nesta Terra, além de estado de Graça, porque sabia bem como são grandes as penas do Purgatório. Ficaram conhecidos vários casos de pessoas que, confessando, acusavam-se assim: -“Padre, eu cometi pecadinhos usuais, as besteiras de sempre….”. E ele, irredutível: - “Pecadinhos? Besteira ofender a Deus? Vá embora”, e naquele momento não havia nada a ser feito. Suas confissões são como atos de anúncio e de salvação, de dor e de glória, de reprimenda e de amor. Atesta uma carta de Foggia, em 23 de agosto de 1916: “Deveria saber que não me deixaria um momento livre: um turbilhão de almas sedentas de Jesus me desabam, antes mesmo de colocar as mãos nos bolsos” (Ep. I). Ele se prodigaliza com a evidente certeza que o confessionário é um tribunal de Misericórdia Divina, mas ao mesmo tempo a sofrida função da caridade sacerdotal. Para um penitente, disse: “Não vê como está escuro? Vá colocar as coisas no lugar, muda de vida e depois volta que eu te confesso”. Padre Tarcisio, presenciou a cena, ficou abatido por aquela resposta, mas Padre Pio lhe disse: “Se tu soubesses como essas situações ferem primeiro o meu coração! Mas se fosse assim, muitos não se converteriam a Deus…”. Muitas vezes repetia: “Gerei-lhe no amor e na dor”. Eu posso também golpear os meus filhos, mas choro por todos os que me procuram! Quero carregá-los sem resistência, como uma pipa”. Levava ao coração dos penitentes, esperança e fidelidade no perdão divino. Escreveu: “Você não tem tempo de amar o Senhor? Não O ama ainda? Não deseja amá-Lo para sempre? Não tenha medo por isso! Mesmo admitindo que você tenha cometido todos os pecados deste mundo, Jesus te repete: ‘são-te perdoados muitos pecados, porque muito você amou”’ (Ep.III). E mais uma vez: “Tenho como certo que Deus pode regenerar tudo em uma criatura concebida no pecado e que carrega a carga hereditária permanente de Adão: mas não pode, absolutamente, rejeitar o desejo sincero de amá-Lo” (Ep. IV). Uma alma que lhe pedisse o que fosse no confessionário, respondia: “O trono deve ser a maestria de Deus”. A um jovem que chorava, Padre Pio perguntou: - “Por que chora?”. Respondeu: - “Porque não me deu absolvição”. Com carinho, Padre Pio consolou-o: - “Filho, é assim, a absolvição não te foi negada para mandá-lo ao inferno, mas ao paraíso
A IGREJA CELEBRA HOJE , SÃO PADRE PIO DE PIETRELCINA - Este digníssimo seguidor de S. Francisco de Assis nasceu no dia 25 de maio de 1887 em Pietrelcina (Itália). Seu nome verdadeiro era Francesco Forgione. Ainda criança era muito assíduo com as coisas de Deus, tendo uma inigualável admiração por Nossa Senhora e o seu Filho Jesus, os quais via constantemente devido à grande familiaridade. Ainda pequenino havia se tornado amigo do seu Anjo da Guarda, a quem recorria muitas vezes para auxiliá-lo no seu trajeto nos caminhos do Evangelho. Conta a história que ele recomendava muitas vezes as pessoas a recorrerem ao seu Anjo da Guarda estreitando assim a intimidade dos fiéis para com aquele que viria a ser o primeiro sacerdote da história da Igreja a receber os estigmas do Cristo do Calvário.Com quinze anos de idade entrou no Noviciado da Ordem dos Frades Menores Capuchinhos em Morcone, adotando o nome de "Frei Pio" e foi ordenado sacerdote em 10 de agosto de 1910 na Arquidiocese de Benevento. Após a ordenação, Padre Pio precisou ficar com sua família até 1916, por motivos de saúde e, em setembro desse mesmo ano, foi enviado para o convento de São Giovanni Rotondo, onde permaneceu até o dia de sua morte.Abrasado pelo amor de Deus, marcado pelo sofrimento e profundamente imerso nas realidades sobrenaturais, Padre Pio recebeu os estigmas, sinais da Paixão de Jesus Cristo, em seu próprio corpo. Entregando-se inteiramente ao Ministério da Confissão, buscava por meio desse sacramento aliviar os sofrimentos atrozes do coração de seus fiéis e libertá-los das garras do demônio, conhecido por ele como "barba azul". Torturado, tentado e testado muitas vezes pelo maligno, esse grande santo sabia muito da sua astúcia no afã de desviar os filhos de Deus do caminho da fé. Percebendo que não somente deveria aliviar o sofrimento espiritual, recebeu de Deus a inspiração de construir um grande hospital, conhecido como "Casa Alívio do Sofrimento", que se tornou uma referência em toda a Europa. A fundação deste hospital se deu a 5 de maio de 1956. Devido aos horrores provocados pela Segunda Guerra Mundial, Padre Pio cria os grupos de oração, verdadeiras células catalisadoras do amor e da paz de Deus, para serem instrumentos dessas virtudes no mundo que sofria e angustiava-se no vale tenebroso de lágrimas e sofrimentos. Na ocasião do aniversário de 50 anos dos grupos de oração, Padre Pio celebrou uma Missa nesta intenção. Essa Celebração Eucarística foi o caminho para o seu Calvário definitivo, na qual entregaria a alma e o corpo ao seu grande Amor: Nosso Senhor Jesus Cristo; e a última vez em que os seus filhos espirituais veriam a quem tanto amavam. Era madrugada do dia 23 de setembro de 1968, no seu quarto conventual com o terço entre os dedos repetindo o nome de Jesus e Maria, descansa em paz aquele que tinha abraçado a Cruz de Cristo, fazendo desta a ponte de ligação entre a terra e o céu. Foi beatificado no dia 2 de maio de 1999 pelo Papa João Paulo II e canonizado no dia 16 de junho de 2002 também pelo saudoso Pontífice. Padre Pio dizia: "Ficarei na porta do Paraíso até o último dos meus filhos entrar!" São Pio de Pietrelcina, rogai por nós!
O cardeal Lercaro, durante o Congresso Eucarístico diocesano de Trapani, em 1969, celebrando o padre, disse: “O confessionário era para ele um manancial de sofrimento interior, espiritual: a sua paixão. O pecado pesava sobre ele, o pecado que ele escutava, contestava e reprovava, por chamar a si aquela misericórdia de Deus; o pecado, que em nome de Deus perdoava, era uma ferida em sua alma… Ele unia seu sofrimento ao de Cristo para que a culpa dos irmãos fossem perdoadas”
Hoje, para falar da existência do demônio é preciso estar com o coração claro no Senhor. Ninguém pode falar do anticristo com profundidade sem estar com o coração totalmente dado ao Senhor, sem ter prudência, vigilância, uma vida totalmente voltada à adoração, à Santa Missa. Quero falar do Sacramento da Confissão. Esse livro do padre Gabriele Amorth – "Breve história de um santo" – que é um dos maiores exorcistas do mundo e faz parte da Associação Internacional de Exorcistas. Ele conta aqui que durante seu longo ministério até hoje quando ele exorciza ou tem algum contato com o exorcismo, o demônio fala com a pessoa que está sendo exorcizada. Sobre Padre Pio, o demônio disse: “Esse frade, não! Padre Pio, não!” E nesse livro, padre Gabriel pede a intercessão de Padre Pio. A comunhão dos santos é uma graça extraordinária na Igreja. E São Pio continua profundamente exorcista. Padre Pio viveu entre o confessionário e o altar. 20h por dia, ele passava no confessionário. Hoje, os católicos confundem direção espiritual com confissão. Padre Pio foi muito enérgico na confissão, a ponto de negar a absolvição para muitos. Ele via nos olhos que a pessoa não estava arrependida. Um dia, um jovem disse que estava chorando porque não havia recebido a absolvição. Padre Pio disse-lhe que estava fazendo aquilo para ele ir para o céu, porque ele não tinha se arrependido. As pessoas que eram repreendidas por Padre Pio sentiam compulsão no coração. Elas voltavam e eram profundamente tocadas no coração. A não-absolvição trazia ao coração delas o desejo de mudança de vida e autenticidade. Muitos católicos brincam com a confissão e uma porção, infelizmente, não confessa mais e abandona a confissão. Eu quero dizer que o fundamental de um retiro de cura e libertação é a confissão. Confissão não é simplesmente escutar uma pessoa. Confissão não nos cansa, em primeiro lugar, só por escutar o que você tem a falar e exige de nós uma paciência. O que cansa o sacerdote? O peso, a expiação. O sacerdote vai carregando nos ombros dele os pecados de vocês. Onde vai parar o pecado perdoado? Ele some de sua vida, mas quem traz ele para si é o sacerdote. O próprio ato de ele se consumir pela Igreja está aniquilando o pecado do povo. É esta a razão de um dos maiores motivos do ódio dos demônios contra o Sacramento da Confissão. Muitos católicos não se humilham mais. Qual o único caminho que o Sangue de Jesus usa para limpar este "lodo" no coração? É o Sacramento da Confissão. Padre Pio passava horas e horas na confissão e as pessoas eram transformadas. Essa é missão por excelência do sacerdote: celebrar o sacrifício de Cristo e tirar o pecado de sua vida pelo Sacramento da Confissão. Padre Pio era muitíssimo amigo de São Miguel Arcanjo e tinha uma convivência especial com os anjos. Certa vez, um jovem ficou numa grande fila para se confessar com ele. Quando Padre Pio levantou as mãos envoltas em linho e numa luvinha – ele tinha a arte da humildade, de esconder os estigmas – o jovem viu descer um filete de sangue e deu um testemunho. Cada vez que você vai se confessar é o Sangue do Senhor que está entrando na sua alma. Por que uma multidão vai vir aqui buscar cura e libertação? Porque precisamos deixar que Jesus entre no profundo da nossa alma e dê a nós a alegria de poder escutar do sacerdote: "Vai em paz! Os teus pecados foram perdoados!" Sem arrependimento ninguém é santo. Arrependimento lá do coração. A misericórdia de Deus não é aprontar o que você quiser, como se ela não puxasse a dor do coração do Filho de Deus. A misericórdia nos faz ter saudade do Pai que espera o filho pródigo voltar. Deus, para perdoar, também sofre. Não trate a misericórdia como coisa, mas como ato do amor de Deus. E Padre Pio era muito consciente disso. Ele disse: “Atualmente vou agüentando 19 horas de confissão, na luta cara a cara com satanás para lhe furtar as almas e dar a Deus o que Lhe pertence”. O Papa João Paulo II já deu uma chamada de atenção sobre a confissão comunitária. Sacramento é pessoal, contato pessoal com o Senhor, com Jesus; o seu pecado e a misericórdia de Deus. Não é à toa que à noite satanás ia bater no Padre Pio – e batia mesmo. Ser sacerdote é buscar cada vez mais assemelhar-se ao mistério de Cristo. Para o Padre Pio, o confessionário não era uma máquina de confissão, era conversão. “Você não quer converter-se, saia daqui, hipócrita!”, dizia ele. A santidade traz sua fraqueza colocada no Sangue de Cristo. Um dos motivos também pelos quais o Padre Pio sentia dor era o conhecimento de suas fraquezas. Muitas vezes, ele não sentia nenhum desejo de rezar, mas ia e rezava, adorava o Senhor. Ele não tirava o rosário de suas mãos. O Sacramento da Confissão vai tirar de você, hoje, aquilo que é um desastre. Não comungar Jesus Eucarístico, hoje, é um desastre para sua vida! Ficar sem comungar Jesus no altar é loucura para sua vida. O Sacramento da Confissão é para os pecadores, para os doentes. O orgulhoso não confessa. A orgulhosa não confessa. É tão natural ouvir católicos dizendo: “Não vou confessar porque não mato, não roubo…” Tudo bem. Mas e o que você deixa de fazer? A desobediência a Deus dentro do coração, o seu humanismo, a sua “eudolatria”. Você não tem o poder de se auto-analisar. Coloque-se diante de Deus. Não caia na tentação de se auto-justificar, auto-santificar. Busque a confissão para escutar o que Deus tem a lhe dizer, não o que você quer. Como é bom escutar um sacerdote que me diz o que Deus quer para mim, mesmo que doa. Padre Pio amava o pecador, mas era intransigente com o pecado. Eram típicas certas frases suas: “Asseguro, tu vais para o inferno”; “Quando deixarás de fazer porcarias?”; “Não sabes que é pecado mortal? Vai embora!”. A multidão implorava, insistia, mas era difícil que mudasse de opinião daquela vez. Não guardava a fisionomia de ninguém: rico ou pobre, bonito ou feio, ele guardava as almas. Todos em fila, iguais, fosse um ministro ou um operário. Muitos haviam dito: “Que semelhança deve ter como o juízo de Deus, com as almas todas descobertas”. Um fator humano também contribuía: com a freqüência espera longa, de dias ou mesmo de semanas, havia a necessidade de serem breves, pelo grande fluxo, de modo que as pessoas preparassem bem o que iriam dizer. Era o momento de pensar, passar e repassar o próprio discurso. Se sabia, e diziam, que ele era dulcíssimo quando alguém estava realmente arrependido; prático em guiar as almas dizendo algum elogio; paciente, logo após a confissão, ainda escutava. Certamente, trabalhava muito com a Graça de Deus para predispor as almas, para fazê-las compreender a gravidade do pecado. Do Padre Pio confessor ficou impresso o gesto solene como qual dava a bênção pronunciando as palavras de absolvição. Todos os sacerdotes absolvem; mas a absolvição através de Padre Pio trazia uma paz que era um verdadeiro dom de Deus. Muitas vezes, com um pequeno gesto. Um sacerdote entendia ver, enquanto Padre Pio levantava a mão, uma pequena gota de sangue que se acendia no meio da chaga; ele percebeu um grande significado; deve ter sentido o quanto custava ao padre as confissões
LITURGIA DO DIA 23 DE SETEMBRO DE 2011
PRIMEIRA LEITURA : Ageu 1, 15; 2, 9
SÃO PIO DE PIETRELCINA PRESBÍTERO - (branco, pref.comum ou dos santos ofício da memória) - Leitura da profecia de Ageu - 15aos vinte e quatro dias do sexto mês. 9O esplendor desta casa sobrepujará o da primeira - oráculo do Senhor dos exércitos. - Palavra do senhor
SALMO RESPONSORIAL (SALMO 42)
REFRÃO: Espera em Deus! Louvai novamente / o meu Deus salvador!
1. Fazei-me justiça, ó Deus, e defendei minha causa contra uma nação ímpia. Livrai-me do homem doloso e perverso, - R.
2. pois vós, ó meu Deus, sois a minha fortaleza; por que me repelis? Por que devo andar triste sob a opressão do inimigo? - R.
3. Lançai sobre mim a vossa luz e fidelidade; que elas me guiem, e me conduzam ao vosso monte santo, aos vossos tabernáculos. - R.
4. E me aproximarei do altar de Deus, do Deus de minha alegria e exultação. - R.
1. Fazei-me justiça, ó Deus, e defendei minha causa contra uma nação ímpia. Livrai-me do homem doloso e perverso, - R.
2. pois vós, ó meu Deus, sois a minha fortaleza; por que me repelis? Por que devo andar triste sob a opressão do inimigo? - R.
3. Lançai sobre mim a vossa luz e fidelidade; que elas me guiem, e me conduzam ao vosso monte santo, aos vossos tabernáculos. - R.
4. E me aproximarei do altar de Deus, do Deus de minha alegria e exultação. - R.
EVANGELHO : Lucas 9, 18-22
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo, segundo Lucas - Naquele tempo, 18Num dia em que ele estava a orar a sós com os discípulos, perguntou-lhes: Quem dizem que eu sou? 19Responderam-lhe: Uns dizem que és João Batista; outros, Elias; outros pensam que ressuscitou algum dos antigos profetas. 20Perguntou-lhes, então: E vós, quem dizeis que eu sou? Pedro respondeu: O Cristo de Deus. 21Ordenou-lhes energicamente que não o dissessem a ninguém. 22Ele acrescentou: É necessário que o Filho do Homem padeça muitas coisas, seja rejeitado pelos anciãos, pelos príncipes dos sacerdotes e pelos escribas. É necessário que seja levado à morte e que ressuscite ao terceiro dia. - Palavra da salvação
MENSAGEM DO DIA 28/08/1986 - Convido-os a ser modelo para os outros, em tudo, especialmente na oração e no teste-munho. Queridos filhos, Eu não posso ajudar o mundo sem vocês. Desejo que colaborem Comigo em tudo, também nas menores coisas. Por isso, queridos filhos, ajam de modo que a sua oração venha do coração, abandonando-se totalmente a Mim; assim poderem instruí-los e guiá-los pela estrada que comecei a trilhar com vocês - MENSAGEM DE NOSSA SENHORA EM MEDJUGORJE
MENSAGEM DO DIA 28/08/1986 - Convido-os a ser modelo para os outros, em tudo, especialmente na oração e no teste-munho. Queridos filhos, Eu não posso ajudar o mundo sem vocês. Desejo que colaborem Comigo em tudo, também nas menores coisas. Por isso, queridos filhos, ajam de modo que a sua oração venha do coração, abandonando-se totalmente a Mim; assim poderem instruí-los e guiá-los pela estrada que comecei a trilhar com vocês - MENSAGEM DE NOSSA SENHORA EM MEDJUGORJE
Padre Pio tinha o Carisma de Conhecer o interior das pessoas a consciência. “Aquelas a quem perdoardes os pecados, ser-lhes-ão perdoados; aqueles a quem os retiverdes, ser-lhe-ão retidos”. (Jo 20,23). Essas palavras de Jesus eram bem impressas no coração de Padre Pio, unicamente pela percepção de ter de ser ministro da Misericórdia Divina. Mas sabia se podia absolver ou não absolver, segundo a disposição do penitente. Era severo com os curiosos, hipócritas e mentirosos, e amoroso e compassivo com os verdadeiramente arrependidos. Seu confessionário não era uma máquina de absolvições, mas um lugar de conversas. Queria que o arrependimento por todos os pecados, quer mortais ou veniais, fosse verdadeiro. Nisto era clara sua percepção de absoluta santidade de Deus, da necessidade que a alma chegasse ao Juízo, purificada nesta Terra, além de estado de Graça, porque sabia bem como são grandes as penas do Purgatório. Ficaram conhecidos vários casos de pessoas que, confessando, acusavam-se assim: -“Padre, eu cometi pecadinhos usuais, as besteiras de sempre….”. E ele, irredutível: - “Pecadinhos? Besteira ofender a Deus? Vá embora”, e naquele momento não havia nada a ser feito. Suas confissões são como atos de anúncio e de salvação, de dor e de glória, de reprimenda e de amor. Atesta uma carta de Foggia, em 23 de agosto de 1916: “Deveria saber que não me deixaria um momento livre: um turbilhão de almas sedentas de Jesus me desabam, antes mesmo de colocar as mãos nos bolsos” (Ep. I). Ele se prodigaliza com a evidente certeza que o confessionário é um tribunal de Misericórdia Divina, mas ao mesmo tempo a sofrida função da caridade sacerdotal. Para um penitente, disse: “Não vê como está escuro? Vá colocar as coisas no lugar, muda de vida e depois volta que eu te confesso”. Padre Tarcisio, presenciou a cena, ficou abatido por aquela resposta, mas Padre Pio lhe disse: “Se tu soubesses como essas situações ferem primeiro o meu coração! Mas se fosse assim, muitos não se converteriam a Deus…”. Muitas vezes repetia: “Gerei-lhe no amor e na dor”. Eu posso também golpear os meus filhos, mas choro por todos os que me procuram! Quero carregá-los sem resistência, como uma pipa”. Levava ao coração dos penitentes, esperança e fidelidade no perdão divino. Escreveu: “Você não tem tempo de amar o Senhor? Não O ama ainda? Não deseja amá-Lo para sempre? Não tenha medo por isso! Mesmo admitindo que você tenha cometido todos os pecados deste mundo, Jesus te repete: ‘são-te perdoados muitos pecados, porque muito você amou”’ (Ep.III). E mais uma vez: “Tenho como certo que Deus pode regenerar tudo em uma criatura concebida no pecado e que carrega a carga hereditária permanente de Adão: mas não pode, absolutamente, rejeitar o desejo sincero de amá-Lo” (Ep. IV). Uma alma que lhe pedisse o que fosse no confessionário, respondia: “O trono deve ser a maestria de Deus”. A um jovem que chorava, Padre Pio perguntou: - “Por que chora?”. Respondeu: - “Porque não me deu absolvição”. Com carinho, Padre Pio consolou-o: - “Filho, é assim, a absolvição não te foi negada para mandá-lo ao inferno, mas ao paraíso
A IGREJA CELEBRA HOJE , SÃO PADRE PIO DE PIETRELCINA - Este digníssimo seguidor de S. Francisco de Assis nasceu no dia 25 de maio de 1887 em Pietrelcina (Itália). Seu nome verdadeiro era Francesco Forgione. Ainda criança era muito assíduo com as coisas de Deus, tendo uma inigualável admiração por Nossa Senhora e o seu Filho Jesus, os quais via constantemente devido à grande familiaridade. Ainda pequenino havia se tornado amigo do seu Anjo da Guarda, a quem recorria muitas vezes para auxiliá-lo no seu trajeto nos caminhos do Evangelho. Conta a história que ele recomendava muitas vezes as pessoas a recorrerem ao seu Anjo da Guarda estreitando assim a intimidade dos fiéis para com aquele que viria a ser o primeiro sacerdote da história da Igreja a receber os estigmas do Cristo do Calvário.Com quinze anos de idade entrou no Noviciado da Ordem dos Frades Menores Capuchinhos em Morcone, adotando o nome de "Frei Pio" e foi ordenado sacerdote em 10 de agosto de 1910 na Arquidiocese de Benevento. Após a ordenação, Padre Pio precisou ficar com sua família até 1916, por motivos de saúde e, em setembro desse mesmo ano, foi enviado para o convento de São Giovanni Rotondo, onde permaneceu até o dia de sua morte.Abrasado pelo amor de Deus, marcado pelo sofrimento e profundamente imerso nas realidades sobrenaturais, Padre Pio recebeu os estigmas, sinais da Paixão de Jesus Cristo, em seu próprio corpo. Entregando-se inteiramente ao Ministério da Confissão, buscava por meio desse sacramento aliviar os sofrimentos atrozes do coração de seus fiéis e libertá-los das garras do demônio, conhecido por ele como "barba azul". Torturado, tentado e testado muitas vezes pelo maligno, esse grande santo sabia muito da sua astúcia no afã de desviar os filhos de Deus do caminho da fé. Percebendo que não somente deveria aliviar o sofrimento espiritual, recebeu de Deus a inspiração de construir um grande hospital, conhecido como "Casa Alívio do Sofrimento", que se tornou uma referência em toda a Europa. A fundação deste hospital se deu a 5 de maio de 1956. Devido aos horrores provocados pela Segunda Guerra Mundial, Padre Pio cria os grupos de oração, verdadeiras células catalisadoras do amor e da paz de Deus, para serem instrumentos dessas virtudes no mundo que sofria e angustiava-se no vale tenebroso de lágrimas e sofrimentos. Na ocasião do aniversário de 50 anos dos grupos de oração, Padre Pio celebrou uma Missa nesta intenção. Essa Celebração Eucarística foi o caminho para o seu Calvário definitivo, na qual entregaria a alma e o corpo ao seu grande Amor: Nosso Senhor Jesus Cristo; e a última vez em que os seus filhos espirituais veriam a quem tanto amavam. Era madrugada do dia 23 de setembro de 1968, no seu quarto conventual com o terço entre os dedos repetindo o nome de Jesus e Maria, descansa em paz aquele que tinha abraçado a Cruz de Cristo, fazendo desta a ponte de ligação entre a terra e o céu. Foi beatificado no dia 2 de maio de 1999 pelo Papa João Paulo II e canonizado no dia 16 de junho de 2002 também pelo saudoso Pontífice. Padre Pio dizia: "Ficarei na porta do Paraíso até o último dos meus filhos entrar!" São Pio de Pietrelcina, rogai por nós!
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