sábado, 27 de agosto de 2011

SOBRE O ESPÍRITO SANTO - LITURGIA DIÁRIA , 27 DE AGOSTO DE 2011

SOBRE O ESPIRITO SANTO
Na profissão de fé católica professamos que a Igreja é Santa. A santidade, juntamente com a unicidade e a catolicidade são as notas que
caracterizam a Igreja. Ser santa faz parte do próprio ser da Igreja, de sua essência



Em Lc 11,13 Jesus afirma que o Pai dará o Espírito Santo aqueles que lho pedirem. Para se compreender a profundidade e a largueza dessas palavras é necessário situá-las textualmente. O capítulo 11 de s. Lucas inicia com o pedido de um dos discípulos para que Jesus os ensine a orar. Jesus ensina o Pai nosso, conta-lhes a parábola do amigo inoportuno, e deixa evidente a importância e a eficácia da oração de petição para os cristãos. “Pois todo aquele que pede, recebe; aquele que procura, acha; e ao que bater, se lhe abrirá” (cf. Lc 11,10). Por fim, Jesus conclui: “Se vós, pois, sendo maus, sabeis dar boas coisas a vossos filhos, quanto mais vosso Pai celestial dará o Espírito Santo aos que lho pedirem” (cf. Lc 11, 13). Numa palavra: Jesus encerra as suas colocações acerca da oração manifestando a sua real finalidade: dar a vida no seu Espírito Santo.A oração cristã não alcança de Deus simplesmente “coisas”. A intimidade com Deus alcança dele, na linguagem lucana, a “coisa boa” por excelência, o Espírito Santo. E o Espírito concede aos que o recebem aquilo que está descrito nas palavras da IV Oração Eucarística: “E, afim de não mais vivermos para nós, mas para Ele (Jesus), que por nós morreu e ressuscitou, enviou de vós, ó Pai, o Espírito Santo, como primeiro dom aos vossos fiéis para santificar todas as coisas, levando à plenitude a sua obra”. O Espírito Santo, portanto, abre o coração humano para Deus. Nele, o homem não vive mais para si mesmo, mas para Cristo. O homem vive para Cristo porque na sua natureza humana o Espírito habita como num templo, possuindo-a, transfigurando-a, sujeitando o homem velho ao senhorio de Cristo. Orar nos abre para Deus porque não nos dá “coisinhas”. A vida de oração dá-nos a vida na graça, porque nos embriaga do Espírito Santo. É Ele que nos permite perscrutar os planos de Deus, compreender a nossa vida dentro do mistério salvífico de Deus. Quem experimenta a oração assim, vive na presença de Deus. Mas se a oração nos dá o Espírito Santo e a liturgia é oração por excelência da Igreja, as celebrações litúrgicas são momentos privilegiados da epifania do Espírito Santo. Ali, os ritos, as palavras, comunicam-nos uma realidade nova, que não é nossa, é Dom do alto. Os sacramentos realmente nos transmitem o Espírito Santo. É por isso que dizemos que eles nos dão a vida na graça, porque a graça não uma das coisas boas que o Pai pode nos dá: a Graça é o próprio Espírito Santo. A vida de oração, seja individual ou litúrgica, não pode estar à mercê dos caprichos humanos. A oração individual não deve servir ao atendimento dos pedidos mesquinhos e desconectados do compromisso com uma vida nova; a liturgia, por sua vez, não pode ser manipulada e deturpada nos seus ritos. Ambas devem ser experimentadas como momentos de encontro, cujo fruto é ao mesmo tempo o protagonista: o Espírito Santo . Entre o Espírito e o pecado há uma oposição. Recordemos que o pecado é o fechamento à comunhão com Deus, é um "não"ao projeto de Deus, é iludir-se que podemos construir a nossa história sem a ação deificante do Espírito de Deus. O Espírito, por sua vez, é Aquele que nos coloca de novo no dinamismo da vida trinitária, na vida da graça. Por isso Ele é o perdão dos pecados. Por isso, podemos afirmar que onde está Espírito, a graça de Deus, não há espaço para a desgraça do pecado. Por outro lado, onde o pecado encontra espçao, a ação do Espírito fica sufocada. Essa realidade da oposição entre o Espírito e o pecado aparece de maneira eloquente nos evangelhos, quando Jesus afirma que até o pecado contra o filho do homem será perdoado, mas o pecado, a blasfêmia contra o Espírito Santo, não alcançará perdão, nem nesse mundo, nem no mundo vindouro (cf. Mt 12,32; Mc 3,29 e Lc 12,10). Jesus está dizendo com isso que o pecado contra o Espírito é o não acolhimento da ação de Deus. Lembrem-se que esse discurso se dá no contexto no qual o opositores Dele o acusam de estar possuído pelo diabo, mesmo vendo que suas obras são boas. O pecado contra o Espírito é a incapacidade de acolher com gratuidade o favor de Deus. Por isso não há perdão, não há espaço para a ação do Espírito de Deus, numa vida bloqueada pelo pecado. Porém, caso o coração humano se abra a Deus, ali novamente haverá a paz e alegria da graça de Deus. O Espírito Santo é a pessoa de Deus mais próxima de nós. É Deus em nós. É o perdão em nós. Deixemo-nos guiar por esse dinamismo divino que habita em nós, gerando sempre uma obra nova


LITURGIA DO DIA 27 DE AGOSTO DE 2011
PRIMEIRA LEITURA : 1º Tessalonicenses 4, 9-11


SANTA MÔNICA ESPOSA, MÃE E VIÚVA (branco, pref. comum ou dos santos - ofício da memória) - Leitura da carta de São Paulo aos Tessalonicenses - Irmãos, 9A respeito da caridade fraterna, não temos necessidade de vos escrever, porquanto vós mesmos aprendestes de Deus a vos amar uns aos outros. 10E é o que estais praticando para com todos os irmãos em toda a Macedônia. Mas ainda vos rogamos, irmãos, que vos aperfeiçoeis mais e mais. 11Procurai viver com serenidade, ocupando-vos das vossas próprias coisas e trabalhando com vossas mãos, como vo-lo temos recomendado. - Palavra do Senhor


SALMO RESPONSORIAL (SALMO 97)


REFRÃO: O Senhor julgará as nações com justiça
1. Cantai ao Senhor um cântico novo, porque ele operou maravilhas. Sua mão e seu santo braço lhe deram a vitória. - R.
2. Estruja o mar e tudo o que contém, o globo inteiro e os que nele habitam. Que os rios aplaudam, que as montanhas exultem em brados de alegria - R.
3. diante do Senhor que chega, porque ele vem para governar a terra. Ele governará a terra com justiça, e os povos com eqüidade. - R.


EVANGELHO : Mateus 25, 14-30


Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo, segundo Mateus - Naquele tempo, 14Será também como um homem que, tendo de viajar, reuniu seus servos e lhes confiou seus bens. 15A um deu cinco talentos; a outro, dois; e a outro, um, segundo a capacidade de cada um. Depois partiu. 16Logo em seguida, o que recebeu cinco talentos negociou com eles; fê-los produzir, e ganhou outros cinco. 17Do mesmo modo, o que recebeu dois, ganhou outros dois. 18Mas, o que recebeu apenas um, foi cavar a terra e escondeu o dinheiro de seu senhor. 19Muito tempo depois, o senhor daqueles servos voltou e pediu-lhes contas. 20O que recebeu cinco talentos, aproximou-se e apresentou outros cinco: - Senhor, disse-lhe, confiaste-me cinco talentos; eis aqui outros cinco que ganhei. 21Disse-lhe seu senhor: - Muito bem, servo bom e fiel; já que foste fiel no pouco, eu te confiarei muito. Vem regozijar-te com teu senhor. 22O que recebeu dois talentos, adiantou-se também e disse: - Senhor, confiaste-me dois talentos; eis aqui os dois outros que lucrei. 23Disse-lhe seu senhor: - Muito bem, servo bom e fiel; já que foste fiel no pouco, eu te confiarei muito. Vem regozijar-te com teu senhor. 24Veio, por fim, o que recebeu só um talento: - Senhor, disse-lhe, sabia que és um homem duro, que colhes onde não semeaste e recolhes onde não espalhaste. 25Por isso, tive medo e fui esconder teu talento na terra. Eis aqui, toma o que te pertence. 26Respondeu-lhe seu senhor: - Servo mau e preguiçoso! Sabias que colho onde não semeei e que recolho onde não espalhei. 27Devias, pois, levar meu dinheiro ao banco e, à minha volta, eu receberia com os juros o que é meu. 28Tirai-lhe este talento e dai-o ao que tem dez. 29Dar-se-á ao que tem e terá em abundância. Mas ao que não tem, tirar-se-á mesmo aquilo que julga ter. 30E a esse servo inútil, jogai-o nas trevas exteriores; ali haverá choro e ranger de dentes. - Palavra da salvação

MENSAGEM DO DIA 25/04/1987 - Também hoje, recordo-lhes a necessidade da oração. Entendam caros, caros filhos, que é, durante a oração, que Deus envia graças especiais. Esforcem-se e rezem, para que possam assimilar tudo o que lhes proporciono aqui. Queridos filhos, convido·os a rezarem com o coração. Sem a oração, não podem compreender os planos de Deus sobre vocês. Por ísso, rezem! Desejo que, em cada um, se realizem os desígnios de Deus e cresça o que Ele plantou em cada coração. Rezem para que a bênção de Deus os defenda do males que os ameaçam. Eu os abençôo, queridos filhos - MENSAGEM DE NOSSA SENHORA EM MEDJUGORJE



Quando falamos em santidade, falamos na vida segundo o Espírito Santo. Ora, a Igreja nasceu de Cristo que, derramando o Espírito Santo sobre aqueles que Nele creram, gerou um novo povo. Cristo, Cabeça da Igreja, uniu a si, ao comunicar o Dom do Espírito, um corpo, constituído por todos os fiéis batizados. Assim, a Igreja é Santa porque está unida a Cristo. E esse vínculo de santidade só possível pela ação do Espírito Santo que habita na Igreja como num Templo. O Espírito Santo na Igreja gera a vida da graça, à medida que renova cada homem que acolhe o Cristo pela fé nas águas do Batismo. Todo batizado é justificado, ou seja, regenerado no Espírito de Cristo, de tal forma que cada cristão é um homem novo, porque ali está semeado a semente da graça. É verdade, no entanto, que sentimos na vida prática o pecado dos filhos da Igreja, as marcas do homem velho. E não são poucos os escândalos provocados pelos pecados dos cristãos. Tais atitudes dos cristãos parecem contrárias à afirmação da santidade da Igreja. E muitos cristãos, diante destes escândalos, chegam até a afirmar que os cristãos agem assim porque a Igreja é uma realidade santa e pecadora. Tal afirmação não condiz com a fé, além de ser perigosa. Não está de acordo com a fé, porque, conforme já assinalamos, a santidade da Igreja vem do Espírito de Cristo dado a Igreja, gerando em cada cristão uma realidade nova. Não basta, portanto, um cristão pecar para que a Igreja deixe de ser santa, embora o pecado seja sempre um obstáculo à manifestação da santidade na Igreja com todo o seu esplendor. É uma colocação perigosa porque pode gerar nos cristãos certo consentimento ao pecado, uma vez que m bom número de cristãos possam ser levados a crê que somos assim mesmos um povo santo e pecador. Não há lugar na Igreja para o pecado. O mesmo Espírito autor da santidade da Igreja, convence-a permanentemente do pecado, convidando-o a uma contínua purificação, a tornar-se sempre aquilo que ela já é no seu ser, impulsionando cada cristão a ser aquilo que já é desde o Batismo: santos. Em síntese: na sua essência a Igreja é Santa, porque nasce do Santo. É o Espírito Santo que renova os batizados, os convocados em Cristo por Deus Pai a formarem o Seu povo santo, a Igreja. Na sua existência, porém, a Igreja sentirá sempre o peso do pecado, uma vez que os filhos da Igreja serão sempre tentados e, muitas vezes, cederão a ele. Mas aqui também o Espírito age, renovando-a, fazendo a Igreja retornar ao primeiro amor. Enfim, a experiência existencial do pecado na Igreja não lhe retira a santidade que lhe é própria, mas também não é convite aos cristãos se conformarem com o pecado, mas a se abrirem a uma permanente experiência Daquele que é a fonte da santidade e da permanente purificação da Igreja: o Espírito Santo



A IGREJA CELEBRA HOJE , SANTA MÔNICA - Neste dia, celebramos a memória desta grande santa, que nos provou com sua vida que realmente "tudo pode ser mudado pela força da oração." Santa Mônica nasceu no norte da África, em Tagaste, no ano 332, numa família cristã que lhe entregou – segundo o costume da época e local – como esposa de um jovem chamado Patrício.Como cristã exemplar que era, Mônica preocupava-se com a conversão de sua família, por isso se consumiu na oração pelo esposo violento, rude, pagão e, principalmente, pelo filho mais velho, Agostinho, que vivia nos vícios e pecado. A história nos testemunha as inúmeras preces, ultrajes e sofrimentos por que Santa Mônica passou para ver a conversão e o batismo, tanto de seu esposo, quanto daquele que lhe mereceu o conselho: "Continue a rezar, pois é impossível que se perca um filho de tantas lágrimas". Santa Mônica tinha três filhos. E passou a interceder, de forma especial, por Agostinho, dotado de muita inteligência e uma inquieta busca da verdade, o que fez com que resolvesse procurar as respostas e a felicidade fora da Igreja de Cristo. Por isso se envolveu em meias verdades e muitas mentiras. Contudo, a mãe, fervorosa e fiel, nunca deixou de interceder com amor e ardor, durante 33 anos, e antes de morrer, em 387, ela mesma disse ao filho, já convertido e cristão: "Uma única coisa me fazia desejar viver ainda um pouco, ver-te cristão antes de morrer". Por esta razão, o filho Santo Agostinho, que se tornara Bispo e doutor da Igreja, pôde escrever: "Ela me gerou seja na sua carne para que eu viesse à luz do tempo, seja com o seu coração para que eu nascesse à luz da eternidade". Santa Mônica, rogai por nós!



























































































































































































































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