Queridos irmãos, queridas irmãs, a paz! Vocês sabiam que, através da oração da ave-maria podemos participar das inexprimíveis graças que Deus concedeu a Sua Santa Mãe?
S. Jerônimo nos diz que “as verdades contidas na Ave-Maria são tão sublimes, tão maravilhosas, que nenhum homem ou anjo poderiam compreendê-las inteiramente”. S. Tomás de Aquino, príncipe dos teólogos, “o mais sábio dos santos e o mais santo dos sábios”, como Leão XIII o chamou, pregou a Ave-Maria por 40 dias em Roma, enchendo os corações de êxtase.
Pe. F. Suárez, o santo e erudito jesuíta, declarou ao morrer que daria alegremente todos os livros que escreveu, todas as obras de sua vida, pelo mérito de uma só Ave-Maria rezada devotamente.
Sta Matilde, que amava muito Nossa Senhora, certo dia estava se esforçando para compor uma bela oração em Sua honra. Nossa Senhora apareceu-lhe, trazendo no peito letras douradas em que se lia: “Ave Maria, cheia de graça”. Disse-lhe: “Desista, minha filha, de seu trabalho, pois nenhuma oração que talvez você pudesse compor dar-me-ia a alegria e o prazer da Ave-Maria”.
Cada vez que dizemos a Ave-Maria repetimos as mesmas palavras com que o arcanjo Gabriel saudou Maria no dia da Anunciação, quando Ela concebeu o Filho de Deus. Muitas graças e alegrias encheram a alma de Maria naquele momento. Quando rezamos a Ave-Maria ofertamos novamente essas graças e alegrias a Nossa Senhora e ela as aceita com imenso prazer. Em troca, ela nos dá uma ação dessas alegrias.
Certa vez, Nosso Senhor pediu a S. Francisco que lhe desse algo. O santo respondeu: “Querido Senhor, eu não posso lhe dar nada que eu já não lhe tenha dado, todo o meu amor”. Jesus sorriu e disse: “Francisco, dê-me tudo de novo e de novo e irá dar-me o mesmo prazer”. Da mesma forma, nossa querida Mãe aceita nossa oração e, cada vez que rezamos a Ave-Maria, Ela recebe as alegrias e o prazer que recebeu através das palavras de S. Gabriel. Deus Todo-poderoso deu à Sua Bendita Mãe toda a dignidade, grandeza e santidade necessária para torná-la perfeita para ser Sua Mãe. Mas Ele também Lhe deu toda a doçura, amor, brandura e afeto necessário para fazê-la também nossa querida Mãe. Assim como os filhos se dirigem às suas mães para pedir ajuda, da mesma forma deveríamos ir com a mesma confiança ilimitada a Maria.
S. Bernardo e muitos santos disseram que nunca ouviram falar que Maria se recusasse a ouvir as orações de seus filhos na Terra. Por que não percebemos estas consoladoras verdades? Por que recusar o amor e a consolação que a doce Mãe de Deus nos oferece? Amar e confiar em Maria é ser feliz agora na Terra e depois no céu.
O Dr. Hugh Lammer foi um dedicado protestante, com forte ódio contra a Igreja Católica. Um dia ele encontrou uma explicação da Ave-Maria e começou a lê-la. Ficou tão encantado que começou a rezá-la diariamente. Insensivelmente, toda a sua animosidade anti-católica começou a desaparecer. Ele se tornou um bom católico, um santo padre e um professor de teologia em Breslau.
Chamaram um sacerdote à cabeceira de um homem que morria no desespero por causa dos seus pecados. O homem se recusava a se confessar. Como último recurso, o sacerdote pediu-lhe que rezasse pelo menos a Ave-Maria. Logo depois, o homem fez uma confissão sincera e teve uma morte santa.
Na Inglaterra, pediram a um sacerdote que fosse ver uma senhora protestante que estava gravemente doente e que desejava se tornar católica. Perguntaram-lhe se alguma vez ela tinha ido à Igreja Católica ou se tinha lido livros católicos. Ela respondeu: “Não”. Tudo o que ela podia lembrar era que uma amiga lhe ensinara a Ave-Maria, oração que ela passara a rezar todas as noites. Ela foi batizada e, antes de morrer, teve a felicidade de ver seu marido e filhos batizados.
Santa Gertrudes diz-nos, no seu livro “Revelações”, que quando nós agradecemos a Deus pelas graças que Ele deu a qualquer santo, tornamo-nos participantes daquelas determinadas graças. Que graças então não receberemos quando rezamos a Ave-Maria agradecendo a Deus por todas as inexprimíveis graças que Ele deu à Sua Bendita Mãe?
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