quinta-feira, 21 de julho de 2011

MÍSTICA CATÓLICA : VERDADES E MENTIRAS - LITURGIA DIÁRIA , 21 DE JULHO DE 2011

MÍSTICA CATÓLICA: VERDADES E MENTIRAS
É, às vezes, com comoção que lemos os relatos de inúmeras pessoas que, ao entrar em contato com a infalível verdade católica, passam a respirar, depois de tanto tempo, ares frescos e convertem-se e agradecem veementemente a pessoa da qual Deus se utilizou para fazer resplandecer um raio da Sua luz puríssima.
"Ninguém vai ao Pai senão por Cristo" - (Jo 14,6)


Há pessoas até um tanto familiarizadas com certas questões teológicas, mas que persistem na prática de uma mística incorreta e adversa à verdadeira espiritualidade católica. Agem como se estes - doutrina e mística - fossem terrenos estanques, que não se comunicam, quando, na verdade, ocorre justamente o contrário.Existe uma teoria que ganha cada vez mais adeptos mundo afora e que consiste em dizer que a mística ou a experiência direta com a divindade localiza-se num nível supra-denominacional. As diferentes religiões e doutrinas seriam modos imperfeitos, acomodados ao limite humano, de fazer compreender algo daquele "quê" transcendente. Uma vez, porém, que alguém alcançasse a experiência mística, já não seria preciso manter-se dentro dos limites doutrinários que seriam como que uma palavra penúltima antes da imersão no abismo místico. As religiões seriam, na verdade, tentativas sistemáticas de expressão da experiência do inefável. Como não se pode esperar que todos os homens sejam místicos, então os diferentes sistemas religiosos mantêm a sua vigência, pois, então, eles servem para fazer vislumbrar algo daquele mistério.Esta doutrina do relativismo religioso em função de uma idêntica experiência mística, como eu falei, tem ganho cada vez mais espaço. S. João da Cruz, por exemplo, é muitas vezes instrumentalizado em discursos e palestras sobre o assunto e mostrado como exemplo desta teoria.Em abstrato, a falsa mística pode apresentar duas formas características. Ambas colocam a experiência mística numa relação incorreta com a Verdade revelada. Uma dessas definições incorretas afirma que o místico dispensa qualquer conhecimento conceitual de Deus. Para entrar na "união contemplativa" com Deus, o "homem espiritual" deve cessar toda atividade espiritual, esvaziando a alma de qualquer pensamento e afeto. Feito o vácuo, a alma torna-se automaticamente impregnada de contemplação "adquirida", e assim "conhece" a Deus, sem qualquer experiência do fato do conhecimento. Como isso passa por ser a verdadeira contemplação, considera-se o conhecimento teológico de Deus como um obstáculo à contemplação. Um teólogo estaria mal equipado para tornar-se místico, ao passo que um ignorante seria naturalmente mais preparado para a contemplação. Esses são os erros do Quietismo, condenados pela Igreja no século XVII. (...) Mas esse erro nos interessa por ser o que mais se parece, em alguns aspectos superficiais, com a doutrina de S. João da Cruz.O erro quietista consiste na rejeição expressa da teologia, na depreciação da Revelação, no desprezo completo da oração formal e da meditação, e na teoria que admite uma contemplação sobrenatural "adquirida" pela simples cessação da atividade mental. São erros erros que tornam impossível a verdadeira contemplação.A segunda forma de falso misticismo é mais encontradiça. Sua ambição é chegar a um especial conhecimento sobrenatural através de meios diferentes dos normais. É uma pretensão muito lisongeira à natureza humana. O homem decaído gosta de elevar-se acima dos seus semelhantes. A mais comum ilusão de certas almas é imaginar que ouvem vozes celestes, têm visões, caem em êxtases e arrebatamentos, quando na verdade são elas mesmas que fabricam na imaginação tais experiências. Não se deve, é verdade, deixar de reconhecer que podem vir de Deus essas experiências extraordinárias. Mas o que é importante lembrar é que, mesmo quando sobrenaturais, elas não constituem a essência da mística. A contemplação mística em sentido estrito é uma experiência de Deus diretamente consumada na ordem da fé, sob a inspiração da graça, sem o intermediário de qualquer coisa sobrenaturalmente vista, ouvida, ou "entendida". Na contemplação mística, Deus é conhecido da alma sem a mediação de qualquer espécie de imagem, seja da mente seja dos sentidos. Todas as visões e locuções são, pois, em certo sentido, opostos à verdadeira contemplação, ao menos enquanto diminuem a sua pureza e perfeição. Segundo a linguagem dos teólogos apofáticos, na tradição de S. Gregório de Nissa e do Pseudo-Dionísio, se alguém teve uma visão em que pensa ter visto Deus claramente, pode estar certo de que não viu Deus. S. João da Cruz dedica uma boa parte da Subida a provar a tese de que não se deve procurar nem aceitar experiências que nos pretendam comunicar um preciso conhecimento sobrenatural da divindade, pois nenhuma criatura pode trazer-nos a plena realidade de Deus como Ele é em si mesmo.(...) Como no caso de visões, locuções e outras experiências "distintas" do sobrenatural, não é tão clara a divisão entre a verdade e o erro, S. João da Cruz aconselha ao contemplativo uma grande reserva diante delas. Devem ser indiferentemente recusadas.É significativo que nesse assunto o maior dos teólogos místicos seja muito mais cauteloso do que outras autoridades. Concordam em geral os teólogos católicos em proibir à alma contemplativa a busca de visões, locuções e outras experiências do gênero. Estão também de acordo em encorajar as almas avançadas e bem dispostas a querer a verdadeira contemplação e união mística, compreendida como união com Deus na perfeita caridade. Muitos teólogos são, no entanto, mais tolerantes do que S. João da Cruz, permitindo a aceitação das visões ou locuções, que ocorrerem.
(...) A falsa mística prolifera onde existe um desordenado apetite por experiências desse gênero. Não é falsa mística ter visões. O que é falso é fazer a mística essencialmente consistir em visões. É também falsa mística atribuir a tais manifestações uma importância maior do que às verdades reveladas por Deus à Igreja, e que são objeto da fé teologal. É certamente falso misticismo seguir um caminho que leva a experiências espetaculares, em vez de tender à obscura união com Deus. A perfeição espiritual não consiste em tais experiências, como se não fosse possível ser santo sem elas.Em suma, as considerações que fizemos sobre o falso misticismo nos mostram que ele não só desconhece o papel do conhecimento e do amor na contemplação, mas também ignora a própria essência desta. Ou rejeita todo conhecimento de Deus, ou aspira a um "maravilhoso" conhecimento que exorbita da fé e não constitui, em verdade, um conhecimento de Deus. A contemplação lhe parece ora um amor sem conhecimento, ora um conhecimento sem amor. O resultado desse falso misticismo é desviar-nos do verdadeiro fim, para procurar, em vez da dádiva do nosso ser a Deus, o gozo de experiências exaltantes.(...) um dos [sinais] mais proeminentes [da falsa mística] será a rejeição contumaz da razão, da filosofia, da verdade teológica, e da autoridade dogmática da Igreja ensinante. (...) Quando, portanto, S. João reconhece na razão um dos fundamentos da vida mística, é porque para ele a razão só preenche o seu ofício quando submete o homem à direção da fé. E esta não é um valor puramente subjetivo, pessoal, incomunicável. Ela tem o seu centro em Deus, revelado ao Corpo inteiro dos fiéis. Chegamos, assim, a esta importante conclusão: a razão é a chave da vida mística enquanto ajuda o homem a conformar toda a sua vida ao ensino e autoridade do Cristo que vive e atua na sua Igreja visível. Esta Igreja é uma unidade orgânica, com credo definido, corpo de leis, culto, chefe visível. A mística de S. João da Cruz não é apenas reconciliável com uma Igreja autoritativa e um sistema dogmático. Ela é efetivamente impossível sem isso - [GRUPO DE RESGATE]

LITURGIA DO DIA 21 DE JULHO DE 2011




PRIMEIRA LEITURA : Êxodo 19, 1-2.9-11.16-20


XVI SEMANA COMUM
(verde - ofício do dia) - Leitura do livro do Êxodo - Naqueles dias, 1No terceiro mês depois de sua saída do Egito, naquele dia, os israelitas entraram no deserto do Sinai. 2Tendo partido de Rafidim, chegaram ao deserto do Sinai, onde acamparam. Ali se estabeleceu Israel em frente ao monte. 9Então o Senhor lhe disse: "Eis que me vou aproximar de ti na obscuridade de uma nuvem, a fim de que o povo ouça quando eu te falar, e para que também confie em ti para sempre." E Moisés referiu as palavras do povo ao Senhor, 10o qual lhe disse: "Vai ter com o povo, e santifica-o hoje e amanhã. Que lavem as suas vestes 11e estejam prontos para o terceiro dia, porque, depois de amanhã, o Senhor descerá à vista de todo o povo sobre o monte Sinai. 16Na manhã do terceiro dia, houve um estrondo de trovões e de relâmpagos; uma espessa nuvem cobria a montanha e o som da trombeta soou com força. Toda a multidão que estava no acampamento tremia. 17Moisés levou o povo para fora do acampamento ao encontro de Deus, e pararam ao pé do monte. 18Todo o monte Sinai fumegava, porque o Senhor tinha descido sobre ele no meio de chamas; o fumo que subia do monte era como a fumaça de uma fornalha, e toda a montanha tremia com violência. 19O som da trombeta soava ainda mais forte; Moisés falava e os trovões divinos respondiam-lhe. 20O Senhor desceu sobre o cume do monte Sinai; e chamou Moisés ao cume do monte. Moisés subiu, - Palavra do Senhor


SALMO RESPONSORIAL (Dn 3, 52. 53. 54. 55. 56)


REFRÃO: A vós louvor, honra e glória eternamente!
52- Sede bendito, Senhor Deus de nossos pais.*Sede bendito, nome santo e glorioso.R.
53- No templo santo onde refulge a vossa glória.R.
54- E em vosso trono de poder vitorioso.R.
55- Sede bendito, que sondais as profundezas* e superior aos querubins vos assentais.R.
56- Sede bendito no celeste firmamento.R.


EVANGELHO : Mateus 13, 10-17


Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo, segundo Mateus - Naquele tempo, 10Os discípulos aproximaram-se dele, então, para dizer-lhe: Por que lhes falas em parábolas? 11Respondeu Jesus: Porque a vós é dado compreender os mistérios do Reino dos céus, mas a eles não. 12Ao que tem, se lhe dará e terá em abundância, mas ao que não tem será tirado até mesmo o que tem. 13Eis por que lhes falo em parábolas: para que, vendo, não vejam e, ouvindo, não ouçam nem compreendam. 14Assim se cumpre para eles o que foi dito pelo profeta Isaías: Ouvireis com vossos ouvidos e não entendereis, olhareis com vossos olhos e não vereis, 15porque o coração deste povo se endureceu: taparam os seus ouvidos e fecharam os seus olhos, para que seus olhos não vejam e seus ouvidos não ouçam, nem seu coração compreenda; para que não se convertam e eu os sare (Is 6,9s). 16Mas, quanto a vós, bem-aventurados os vossos olhos, porque vêem! Ditosos os vossos ouvidos, porque ouvem! 17Eu vos declaro, em verdade: muitos profetas e justos desejaram ver o que vedes e não o viram, ouvir o que ouvis e não ouviram. - Palavra da salvação

MENSAGEM DO DIA 25/08/1990 - Hoje desejo convidá-los a aceitar com seriedade e a viver as Mensagens que Ihes estou dando. Saibam, filhinhos, que Eu estou com vocês e que desejo guiá-los para o Céu pela mes-ma (Minha) estrada que é bela para todos aqueles que a descobrem na oração. Por isso, filhinhos, não se esqueçam que estas Mensagens que Ihes transmito são para serem vividas no dia a dia, de modo que possam dizer: "Eis que eu recebi as Mensagens e tentei colocá-las em prática!". Queridos filhos, Eu os protejo com Minhas orações, diante do Pai Celestial - MENSAGEM DE NOSSA SENHORA EM MEDJUGORJE


"Assim como dizíamos dos que estão em pecado mortal quão negras e de mau odor são seus cursos de água, assim aqui (ainda que não são como aqueles, Deus nos livre, que isto é só comparação), metidos sempre na miséria da nossa terra, nunca o curso sairá do lodo de temores, de pusilanimidade e covardia: de olhar a se me olham, se me não olham; se indo por este caminho, me sucederá mal; se ousarei começar aquela obra, se será soberba; se é bom que uma pessoa tão miserável trate de coisa tão alta como a oração; se me hão-de ter por melhor não indo pelo caminho de toda a gente; que não são bons os extremos, mesmo em virtude; que, como sou tão pecadora, será cair de mais alto; não irei talvez por diante e farei dano aos bons; uma como eu não precisa de singularidades.Oh! Valha-me Deus, filhas, quantas almas deve o demônio ter feito perder por este meio! Tudo isto lhes parece humildade e outras muitas coisas que pudera dizer, vem de nunca acabarmos de nos entender; rende-se o próprio conhecimento, e, se nunca saímos de nós mesmos, não me espanto, que isto e mais se possa temer. Por isso digo, filhas, que ponhamos os olhos em Cristo, nosso Bem, e ali aprenderemos a verdadeira humildade, e em seus santos, e enobrecer-se-á o entendimento - como disse -, e não ficará o próprio conhecimento rasteiro e covarde. (...) Terríveis são os ardis e manhas do demônio para que as almas não se conheçam a si mesmas nem entendam Seus caminhos - [FONTE : Sta Teresa D'Avila, LIVRO "Castelo Interior"]
A IGREJA CELEBRA HOJE , SÃO LOURENÇO DE BRINDES - Presbítero da Igreja, o santo de hoje é reconhecido como Doutor, pois amou, aprofundou, serviu e com ardor comunicou a Sã Doutrina Católica. Nascido em Brindes, na Itália, no ano de 1559, São Lourenço entrou na família franciscana, como Capuchinho e chegou a Superior Geral.Homem de Deus e conciliador da maneira franciscana de viver com as necessidades da época, como pregador espalhou a Palavra de Deus em muitos lugares, como Itália, Espanha, Portugal, França, Bélgica, Holanda. Conhecedor do hebraico, aramaico, caldeu, grego, latim, alemão, italiano e outras línguas, pôde - como teólogo e apologista - aprofundar nos estudos das Sagradas Escrituras e bradar pelos quatro cantos da Igreja e do mundo a Verdade, pois o protestantismo se alastrava, assim como diversas heresias. São Lourenço fugia constantemente das honras e, além de dormir no chão, levantava-se à noite para rezar e se alimentava somente de pão, água e verduras, como penitência. Além de grande propagador da Palavra, foi quem muito lutou para vivê-la, por isso, ao ocupar a função de diplomata da Igreja, serviu de pacificador durante a ameaça de invasão por parte dos turcos. São Lourenço, que entrou no Céu com 60 anos, deixou muitos escritos, os quais externam o amor pela Palavra de Deus: "A Palavra de Deus é luz para a inteligência, fogo para a vontade, para que o homem possa conhecer e amar a Deus... É martelo contra a dura obstinação do coração, nos vícios contra a carne, o mundo e o demônio; é espada que mata todo o pecado".São Lourenço de Brindes, rogai por nós!!











































































































































































































































































































































































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