Caríssimos irmãos em Cristo,
A paz!
A partir de amanhã, segunda feira dia 13.06.2011, estaremos disponibilizando aqui no blog, a Liturgia das Horas, ou seja, o Oficio Divino sendo que hoje, daremos somente uma simples e breve explicação para que todos possam entender a sua origem e como fazer para bem rezá-lo.
Particularmente, aconselho a todos que façam esta experiência, as graças recebidas serão abundantes. É um momento em que paramos no decorrer do nosso dia para dar glórias ao nosso Deus que merece todo nosso amor, conseguindo assim benefícios para você mesmo e a salvação de outros. É também o momento de nos colocarmos no lugar de criaturas que somos, totalmente dependentes das orientações e bençãos de nosso Pai para dar continuidade às nossas vidas.
Procurem um lugar propício ao recolhimento interior na sua comunidade ou em sua casa, vocês verão que mesmo interrompendo seu trabalho várias vezes ao dia para dar graças e louvores a Deus , vocês conseguirão terminar todo o restante com calma e tranqüilidade sem a agitação que este mundo nos impõe e ainda com as bênçãos do céu para a santificação do seu dia.
Para nossa reflexão:
"Creio que não é possível ter maior desejo do que tive de rezar bem o ofício sem cometer falta na sua recitação. A seu exemplo, empenhe-se em recitá-lo bem, tirando dele frutos de santificação. (Santa Terezinha do Menino Jesus)
Sobre o Ofício Divino:
Ele pode ser rezado em comunidade ou individualmente:
O Tempo Pascal
Os cinquenta dias que se prolongam desde o domingo da Ressurreição
ate ao domingo do Pentecostes celebram-se na alegria
e exultação como um único dia de festa, melhor, como «um
grande Domingo» (AC 22: EDREL 652).
Os oito primeiros dias do Tempo Pascal constituem a Oitava da
Páscoa e cele-bram-se como solenidades do Senhor (AC 24:
EDREL 654).
O Tempo da Quaresma
O Tempo da Quaresma decorre desde a Quarta-Feira de Cinzas
ate a Missa da Ceia do Senhor exclusive (AC 28: EDREL 658).
O Tempo do Natal
0 Tempo do Natal decorre desde as Vésperas I do Natal do
Senhor ate ao do-mingo depois da Epifania, isto e, ate ao domingo
a seguir ao dia 6 de Janeiro inclusive (AC 33: EDREL 663).
O Tempo do Advento
O Tempo do Advento começa com as Vésperas I do domingo
que ocorre no dia 30 de Novembro ou no mais próximo a este dia
e termina antes das Vésperas I do Natal do Senhor (AC 40:
EDREL 670).
O Tempo Comum
O Tempo Comum começa na segunda-feira a seguir ao domingo
que ocorre depois do dia 6 de Janeiro e prolonga-se ate A.
terça-feira antes da Quaresma inclusive; retoma-se na segundafeira
a seguir ao Domingo do Pentecostes e termina antes das
Vésperas I do Domingo I do Advento (AC 44: EDREL 674).
Consiste na oração quotidiana em diversos momentos do dia, através de Salmos e cânticos, da leitura de passagens bíblicas e da elevação de preces a Deus. Com essa oração, a Igreja procura cumprir o mandato que recebeu de Cristo, de orar incessantemente, louvando a Deus e pedindo-Lhe por si e por todos os homens.
Por esse motivo, os primeiros cristãos levaram a sério esta recomendação, pelo que tinham a oração regular como elemento essencial da sua vida cristã.
É uma oração de origem judaica. Os judeus, no tempo de Jesus Cristo, tinham uma oração pública e privada perfeitamente regulamentada quanto às horas, composta de salmos e de leituras do Antigo Testamento.
Jesus Cristo, enquanto judeu, terá certamente praticado este tipo de oração, e o mesmo terão feito os Apóstolos.
Os cristãos continuaram com esse costume, praticamente nos mesmos moldes, dando-lhe, claro, um sentido cristão, pelo que às leituras do Antigo Testamento cedo se juntaram leituras dos Evangelhos e das Epístolas. Isso pode ser confirmado através de documentos primitivos da igreja e também pelo Atos dos Apóstolos ( fala-se dos discípulos reunidos para a oração à terceira hora), o príncipe dos apóstolos sobe ao terraço da casa para orar, por volta da sexta hora At 10,9 ( Pedro e João sobem ao Templo para a oração da hora nona At 3,1), (a meio da noite, Paulo e Silas, em oração entoavam louvores a Deus At 16,25).
Jesus Cristo, enquanto judeu, terá certamente praticado este tipo de oração, e o mesmo terão feito os Apóstolos.
Os cristãos continuaram com esse costume, praticamente nos mesmos moldes, dando-lhe, claro, um sentido cristão, pelo que às leituras do Antigo Testamento cedo se juntaram leituras dos Evangelhos e das Epístolas. Isso pode ser confirmado através de documentos primitivos da igreja e também pelo Atos dos Apóstolos ( fala-se dos discípulos reunidos para a oração à terceira hora), o príncipe dos apóstolos sobe ao terraço da casa para orar, por volta da sexta hora At 10,9 ( Pedro e João sobem ao Templo para a oração da hora nona At 3,1), (a meio da noite, Paulo e Silas, em oração entoavam louvores a Deus At 16,25).
Essas orações em comunidade foram progressivamente se organizando até constituir um ciclo de horários bem definido, orações de louvor e súplicas, oração da igreja, com Cristo e à Cristo.
Com o progressivo distanciamento dos judeus, sobretudo desde a destruição de Jerusalém e a diáspora, os cristãos foram desenvolvendo um esquema próprio de oração. Ao longo dos séculos, toma forma a oração regular nas cidades, sob a presidência do bispo, centrada em dois pólos: a manhã e a tarde. Todos os cristãos eram convidados a tomar parte nesta oração pública e comunitária, ainda que sem obrigação.
A recitação privada das diversas horas primeiramente não existia, mas foi sendo recomendada àqueles que não podiam participar na celebração comunitária.
A recitação privada das diversas horas primeiramente não existia, mas foi sendo recomendada àqueles que não podiam participar na celebração comunitária.
O Ofício Divino é dividido em:
AS LAUDES:
É a primeira oração do dia. É feita de manhã e significa "louvor", de modo que nessa hora é privilegiado o louvor a Deus pelo início de mais um dia e o recomeço do trabalho; sendo assim, o rito das Laudes é solene e reúne:
· Inviatório:
Presidente: Abri os meus lábios, ó Senhor!
Resposta: E minha boca anunciará Vosso louvor!
Resposta: E minha boca anunciará Vosso louvor!
· Hino:
Para cada dia e cada momento do mesmo há um hino diferente.
· 1ª Salmodia:
· Cântico:
· 2ª Salmodia:
Segundo e último salmo de louvor nas Laudes.
· Leitura breve (e, se oportuno, faz-se a Homilia):
Breve momento se ouve e, em seguida, medita-se a Palavra de Deus.
· Resposta breve à Palavra de Deus:
Aqui, usa-se uma antífona para a resposta.
· Cântico Evangélico:
Nas Laudes, o Cântico Evangélico será sempre o Benedictus, que é o Cântico de Zacarias narrado no Evangelho segundo São Lucas capítulo 1, versículos de 68 a 79.
· Preces para consagrar o Dia e o Trabalho a Deus:
· Oração conclusiva:
A HORA MÉDIA:
Pode ser celebrada às 9h00, às 12h00 e/ou às 15h00. Nessa hora, agradece-se pela manhã que está sendo vivida e pelos trabalhos que nela estão sendo realizados (9h00); agradece-se pela manhã que passou e pelo almoço, além de agradecer pela tarde que vai começar (12h00); agradece-se pela tarde que está sendo vivida e pelo trabalhos que nela estão sendo realizados (15h00). É composta essa hora dos seguintes elementos:
· Inviatório:
P.: Vinde, ó Deus, em meu auxílio!
R.: Socorrei-me sem demora!
R.: Socorrei-me sem demora!
· Hino:
Para cada dia e cada momento do mesmo há um hino diferente.
· Salmodia:
Na Hora Média canta-se três salmos, podendo ser de louvor ou de súplica.
· Leitura breve:
Momento breve em que ouve-se e medita-se a palavra de Deus. Se for oportuno, pode-se guardar um momento de silêncio e, em seguida, faz-se o Responso.
· Resposta breve à Palavra de Deus:
Ocorre das mesma maneira que nas Laudes.
· Oração conclusiva:
Geralmente, toma-se a mesma oração que foi feita nas Laudes.
AS VESPÉRAS:
São as orações do fim da tarde, podendo ser celebrada já no poente como no começo imediato da noite. Da mesma maneira como nas Laudes, as Vésperas agradecem ao Senhor, por sua vez e momento, o fim do dia e dos trabalhos. Ora, se de manhã, nas Laudes, agradecemos o começo do dia, agora, nas Vésperas, agradeceremos o fim do dia. Compõem as Vésperas os seguintes elementos:
· Inviatório:
P.: Vinde, ó Deus, em meu auxílio!
R.: Socorrei-me sem demora!
R.: Socorrei-me sem demora!
· Hino:
Para cada dia e cada momento do mesmo há um hino diferente.
· Salmodia:
· Cântico:
· Leitura Breve (e, se oportuno, faz-se a Homilia):
Breve momento em se ouve e, em seguida, medita-se a Palavra de Deus.
· Resposta breve à Palavra de Deus:
Aqui, usa-se uma antífona para a resposta, ou seja, ocorre das mesma maneira que nas Laudes.
· Cântico Evangélico:
Nas Vésperas, o Cântico Evangélico será sempre o Magníficat (o Cântido de Maria), no Evangelho segundo São Lucas capítulo 1, versículos de 46 a 55.
· Preces ou Intercessões:
Agradecem a Deus pelo dia terminado e pedem por todo o Povo de Deus, pela Igreja e, na última prece, pelos falecidos.
· Oração conclusiva:
Uma oração para cada dia litúrgico, sempre diferente da oração que foi feita nas Laudes.
AS COMPLETAS:
A hora das Completas é rezada à noite, à preparação para dormir. É tomada como a última oração do dia e é composta dos seguintes elementos:
· Inviatório:
P.: Vinde, ó Deus, em meu auxílio!
R.: Socorrei-me sem demora!
R.: Socorrei-me sem demora!
· Ato de Contrição:
· Hino:
É usado um hino próprio do ordinário, ou seja, um mesmo hino para essa oração; porém, tem-se duas opções para serem cantadas fora do Tempo Pascal e uma única opção para ser usada dentro do Tempo Pascal.
· Salmodia
· Leitura breve
· Resposta breve à Palavra Deus:
Ocorre das mesma maneira que nas Laudes.
· Cântico Evangélico:
Nas Completas, usa-se o Cântico de Simeão Nunc Dimítis, narrado no Evangelho segundo São Lucas capítulo 2, versículos de 29 a 32.
· Oração conclusiva:
Usa-se todos os dias a mesma oração:
O Senhor todo-poderoso nos conceda uma noite tranquila e, no fim da vida, uma morte santa. Amém.
O Senhor todo-poderoso nos conceda uma noite tranquila e, no fim da vida, uma morte santa. Amém.
· Antífonas finais de Nossa Senhora:
Por fim, canta-se ou reza-se uma das antífonas propostas no ordinário, entre elas a Salve Rainha e, no Tempo Pascal, a Regina Coeli.
MATINAS ou OFÍCIO DAS LEITURAS (em Portugal) ou de Leituras (no Brasil) :
A sua origem está na antiga oração de Matinas, palavra que significa madrugada. Era esta constituída por uma série de vigílias, ou nocturnos, cujo número variava conforma a importância e solenidade do dia litúrgico. A partir do costume romano de dividir a noite em vigílias, as primeiras comunidades monásticas, sobretudo com São Bento de Núrsia, instituíram também uma oração ao longo da madrugada, que previa vários nocturnos, em que o sono se interrompia para a oração.
Matinas é a hora mais temporã do amanhecer e que servia como hora de oração na Igreja Católica e na Igreja Ortodoxa na liturgia das Horas canónicas. O termo também se usou em algumas denominações do Protestantismo para descrever os serviços matutinos.
Após o Concílio Vaticano II as Matinas da Igreja Católica foram mudadas e agora denominam-se oficialmente Ofício de Leitura. Algumas ordens religiosas monásticas mantêm a designação "matinas" para esse momento de oração. Tal costume foi adaptado também para comunidades não monásticas e para os clérigos na recitação individual. Contudo, face à dificuldade de adoptar rigorosamente o costume monástico de várias orações durante a madrugada, o ofício de Matinas foi adaptado e reduzido, sem contudo perder o seu carácter nocturno.
Ao longo dos séculos, assim, esta oração apresentava-se como a oração nocturna. No entanto a prática e as exigências pastorais não permitiam que esse horário fosse observado por grande número de clérigos seculares.
Deste modo, face à necessidade de adaptar o ofício divino às exigências atuais, e de dar às leituras bíblicas e patrísticas o seu papel central nesta oração, o Concílio Vaticano II decretou que “as Matinas, continuando embora, quando recitadas em coro, com a índole de louvor noturno, devem adaptar-se para ser recitadas a qualquer hora do dia; tenham menos salmos e leituras mais extensas” (Sacrosanctum Concilium 89 c).
A reforma incidiu também sobre as leituras constantes do Ofício. Face a muitas delas, sobretudo as que se propunham para a celebração dos santos, que se entretinham em pormenores lendários e que davam uma noção algo imperfeita da santidade das personagens, o Concílio decretou também que
“Quanto às leituras, sigam-se estas normas:
a) Ordenem-se as leituras da Sagrada Escritura de modo que se permita mais fácil e amplo acesso aos tesouros da palavra de Deus;
b) Faça-se melhor seleção das leituras a extrair das obras dos Padres da Igreja| Santos Padres, Doutores da Igreja| Doutores e Escritores eclesiásticos;
c) As «Paixões» ou vidas dos Santos sejam restituídas à verdade histórica.” (Sacrosanctum Concilium 92)
A oração passou assim a chamar-se Ofício de Leitura (em latim Officium lectionis), podendo ser rezada a qualquer hora do dia.
Matinas é a hora mais temporã do amanhecer e que servia como hora de oração na Igreja Católica e na Igreja Ortodoxa na liturgia das Horas canónicas. O termo também se usou em algumas denominações do Protestantismo para descrever os serviços matutinos.
Após o Concílio Vaticano II as Matinas da Igreja Católica foram mudadas e agora denominam-se oficialmente Ofício de Leitura. Algumas ordens religiosas monásticas mantêm a designação "matinas" para esse momento de oração. Tal costume foi adaptado também para comunidades não monásticas e para os clérigos na recitação individual. Contudo, face à dificuldade de adoptar rigorosamente o costume monástico de várias orações durante a madrugada, o ofício de Matinas foi adaptado e reduzido, sem contudo perder o seu carácter nocturno.
Ao longo dos séculos, assim, esta oração apresentava-se como a oração nocturna. No entanto a prática e as exigências pastorais não permitiam que esse horário fosse observado por grande número de clérigos seculares.
Deste modo, face à necessidade de adaptar o ofício divino às exigências atuais, e de dar às leituras bíblicas e patrísticas o seu papel central nesta oração, o Concílio Vaticano II decretou que “as Matinas, continuando embora, quando recitadas em coro, com a índole de louvor noturno, devem adaptar-se para ser recitadas a qualquer hora do dia; tenham menos salmos e leituras mais extensas” (Sacrosanctum Concilium 89 c).
A reforma incidiu também sobre as leituras constantes do Ofício. Face a muitas delas, sobretudo as que se propunham para a celebração dos santos, que se entretinham em pormenores lendários e que davam uma noção algo imperfeita da santidade das personagens, o Concílio decretou também que
“Quanto às leituras, sigam-se estas normas:
a) Ordenem-se as leituras da Sagrada Escritura de modo que se permita mais fácil e amplo acesso aos tesouros da palavra de Deus;
b) Faça-se melhor seleção das leituras a extrair das obras dos Padres da Igreja| Santos Padres, Doutores da Igreja| Doutores e Escritores eclesiásticos;
c) As «Paixões» ou vidas dos Santos sejam restituídas à verdade histórica.” (Sacrosanctum Concilium 92)
A oração passou assim a chamar-se Ofício de Leitura (em latim Officium lectionis), podendo ser rezada a qualquer hora do dia.
Esquema da celebração do Ofício de Leitura
Nas matinas é habitual a leitura de três salmos, uma leitura bíblica e o seu responsório.
· Invocação inicial: Vinde ó Deus em meu auxílio.R: Socorrei-me sem demora. e [Glória ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo.R: Assim como era no princípio, agora esempre.Amém.Aleluia.]. Hino. Salmodia: três salmos, ou partes de salmo, cada um com a respectiva antífona.
· Versículo simples, para servir de transição entre a salmodia e as leituras.
· Leitura hagiográfica (nas celebrações dos Santos) patrística, ou do Magistério, (nos outros dias) seguida de responsório.
· Oração conclusiva, na celebração comunitária proferida pelo presidente.
· Despedida (V. Bendigamos ao Senhor R. Graças a Deus)
O Ofício de Leitura pode também ser celebrado em forma de vigília, na noite anterior a um Domingo ou solenidade. Nesse caso, antes do hino Te Deum, rezam-se três cânticos do Antigo testamento e lê-se o Evangelho da Ressureição
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