quinta-feira, 9 de junho de 2011

O INTERIOR DE MARIA - LITURGIA DIÁRIA , 09 DE JUNHO DE 2011

O INTERIOR DE MARIA
"Maria conservava todas estas palavras no Seu coração” [S. Lucas, cap. II]
Mostra-me o teu rosto e que a tua voz ressoe aos meus ouvidos.
Porque a tua voz é suave e a tua face é formosa.
Aleluia


Para bem julgar o interior de Maria, vejamos o que Deus fez por Ela e o que Ela fez por Deus. O Senhor, tendo-A predestinado para Mãe de Jesus Cristo; 1º) preservou-A do pecado original; 2º) enriqueceu-A com as maiores graças desde o momento da Sua Conceição; 3º) conferiu-Lhe muito cedo, e talvez desde o seio materno, o uso da razão; 4º) elevou-A á maternidade divina, deu-Lhe parte especial e única na Cruz e depois na glória do Seu Filho. Maria correspondeu a essas graças de Deus: 1º) Vivendo com tão grande resguardo e tão contínua vigilância como se tivesse algo a recear da concupiscência e de suas conseqüências. Que atenção e cautela não devemos ter, nós que tantas vezes experimentamos os efeitos funestos da concupiscência! 2º) Aplicando-Se a seguir todos os impulsos e ditames da graça com tanta fidelidade, que jamais cometeu o mais leve pecado; mereceu em todos os instantes da Sua vida novo aumento de graça; nunca fez um só ato interior, uma única ação exterior cujo fim não fosse a mais estreita união com Deus. Que modelo para a alma completamente entregue a Deus! 3º) Fazendo constantemente o mais perfeito uso da razão. E em que consistiu tal uso? Em constantemente submeter Maria a Sua razão ás luzes da fé; em trazê-la sempre sacrificada á razão suprema que é Deus; em nunca haver consentido num só raciocínio sobre os desígnios de Deus e o procedimento d'Este a Seu respeito, conquanto esse procedimento fosse cheio de mistérios e aparentes contradições. Jamais avançaremos na vida interior, se não fizermos igual uso da nossa razão. Deus conduz as almas por caminhos opostos a todas as vistas humanas; compraz-se em destruir todos os nossos juízos, transtornar todas as nossas previsões, frustrar as nossas espectativas. 4º) Dispondo-se, sem o saber, á maternidade divina, pelo que devia humanamente privá-la para sempre dessa honra. Todas as filhas de Judá anhelavam o matrimônio, afim de contar o Messias em sua posteridade. Para elas era opróbrio a esterilidade; Maria julga-se indigna de pretender á qualidade de Mãe de Deus. Desde a mais tenra idade, apresenta-Se ao templo para consagrar a Deus a Sua virgindade e, segundo as idéias de Sua nação, renuncia para sempre á mais alta pretensão das pessoas do Seu sexo e da Sua tribo. Não é aspirando a grandes coisas, concebendo projetos grandiosos, tomando resoluções sublimes que alcançamos a santidade e nos dispomos aos desígnios de Deus, bem diferentes dos nossos; é humilhando-nos, abismando-nos na nossa baixeza e no nosso nada, reconhecendo-nos indignos de toda graça, temendo todo desejo de elevação e rejeitando-o como sugestão do espírito do orgulho. Na Cruz de Jesus Cristo Maria teve tão grande parte que desde o nascimento até a morte do Seu Filho, n'Ela repercurtiu-se tudo quanto sofreu Ele, não só da parte dos homens, como da parte de Deus. Para termos idéia disso, basta considerarmos que Maria tinha por Seu Filho o maior amor de que seja capaz uma criatura: amava-O incomparavelmente mais do que a Si mesma. Não vivia em Si mesma, mas no Seu Filho; todos os sentimentos de Jesus comunicavam-se ao coração de Sua Mãe com toda a força e na extensão ao alcance de uma simples criatura. Elevemos-nos á meditação do que se passava na alma de Jesus Cristo, relativamente á glória do Seu Pai, ultrajada pelos homens, á santidade desonrada pelo pecado, á Sua justiça de que Ele era a vítima e a tantos milhões de almas, para as quais o Seu sangue seria inútil e até funesto em razão do abuso que dele fariam. E digamos afoitamente que a alma de Maria, guardadas as proporções experimentou as mesmas impressões. Jesus Cristo sacrificou-Se na Cruz entregando-Se a todo o rigor da justiça divina. Maria sacrificou-Se também e mais do que a Si mesma, sacrificando Jesus Cristo e consentindo na realização dos desígnios de Deus, sobre a Redenção do gênero humano: os maiores sacrifícios da vida interior são incomparavelmente inferiores ao Seu, tanto pela extensão, como pela intensidade e pela incompreensível dor do Seu coração. Quando tivermos passado pelas últimas provações, se Deus nos conceder tal graça, teremos pálida idéia do que sofreu Maria. Mas a maior parte dos cristãos só vê na Paixão de Jesus Cristo os tormentos do corpo e em Maria a Sua compaixão pelos sofrimentos do Filho. O interior de Maria foi a cópia, mas a cópia mais fiél do interior de Jesus Cristo. Como Jesus Se imolou constantemente ao Pai, durante todo o curso da Sua vida, também Maria imolou continuamente a Jesus o Seu coração e imolou-Se com Ele ao Pai Celestial. Como Jesus amou os homens, até lhes dar não só a vida do corpo, mas até a vida da alma. Maria amou os homens até lhes dar em Jesus Cristo o que lhe era mais caro do que a Sua própria vida e a Sua alma. Que direi agora da oração de Maria? Quem poderá dignamente descrevê-la? Jesus foi o único objeto do Seu amor: desde a Ressurreição, só corporalmente permaneceu Ela sobre a Terra; Sua alma seguiu Jesus por assim dizer, até ao Céu. Não fez senão consumir-Se de amores pelo Filho e suspirar por Ele com inexprimível veemência, inefável enlevo. A sua única distração, se assim póde chamar-se, foi interessar-se pelo progresso da Igreja nascente e orar em prol da mesma. Com sentimentos tão elevados quem era, quanto ao exterior, como pessoa, a SS. Virgem? Uma mulher do povo, paupérrima, que vivia do Seu trabalho manual, durante trinta anos dedicada ao governo de uma pequena casa em Nazareth, mais tarde confiada a São João que com Ela repartia as espórtulas dos fiéis. Que nome grangeou no mundo? Por que grandes feitos salientou-se aos olhos dos homens? Por ventura pôs-Se em evidência e contribuiu exteriormente, visivelmente, para a propagação do Evangelho? Era, entretanto, a Mãe de Deus, a mais santa e a mais pura das criaturas; foi quem teve a parte mais importante na Redenção da humanidade, e no estabelecimento da Religião cristã. Quão diversas das nossas são as idéias de Deus! Quão diferentes dos nossos os caminhos por Ele tomados para alcançar os Seus fins! Como a obscuridade, o retraimento, o retiro, a solidão, a prece em silêncio Lhe agradam e mil vezes maiores são aos Seus olhos do que toda sorte de ações brilhantes! Ah! como é ser tudo diante do Senhor - ser nada, nada pretender, aspirar apenas a viver ignorado, esquecido, desprezado, reputado o que há de mais vil e abjeto! Se a vida da Santíssima Virgem não nos ensina esta verdade, se não provoca o nosso amor, abafando em nós todo desejo de sermos alguma coisa, se não convence da necessidade de perdermo-nos por completo, em nós mesmos, afim de nos encontrarmos de novo em Deus, que exemplo mais sensível, que lição mais poderosa será capaz de persuadir-nos? Jesus e Maria demonstram a todo cristão que Deus só tira verdadeira glória neste mundo do nosso aniquilamento; provam ainda que quanto maior houver sido o nosso aniquilamento na Terra, tanto mais felizes, enaltecidos, poderosos seremos no Céu. Qual é, pois a sólida devoção á SS. Virgem? Tomarmos o Seu interior para modelo do nosso: procurarmos imitá-lA no baixo conceito que de Si mesma fazia; no amor á obscuridade, ao silêncio, ao retraimento; na atração que sentia pelas pequenas coisas; na fidelidade á graça; na simplicidade do recolhimento e da oração, cujo único objeto foi Deus e a Sua vontade, Jesus Cristo e o Seu amor; no sacrifício contínuo de si mesma e do que amava e devia amar mais do que a Si mesma. Peçamos-Lhe quotidianamente que nos sirva de guia e modelo na vida interior, que nos obtenha as graças necessárias para correspondermos aos desígnios de Deus sobre nós. Esses desígnios são indubitavelmente desígnios de morte e destruição. [EXCERTOS DO LIVRO : MANUAL DAS ALMAS INTERIORES]


LITURGIA DO DIA 09 DE JUNHO DE 2011


PRIMEIRA LEITURA : Atos dos Apóstolos 22, 30; 23, 6-11

BEATO JOSÉ DE ANCHIETA PRESBÍTERO E MISSIONÁRIO
(branco, pref. da Ascensão ou dos pastores - ofício da memória) - Leitura dos Atos dos Apóstolos - 30No dia seguinte, querendo saber com mais exatidão de que os judeus o acusavam, soltou-o e ordenou que se 6Paulo sabia que uma parte do Sinédrio era de saduceus e a outra de fariseus e disse em alta voz.: Irmãos, eu sou fariseu, filho de fariseus. Por causa da minha esperança na ressurreição dos mortos é que sou julgado. 7Ao dizer ele estas palavras, houve uma discussão entre os fariseus e os saduceus, e dividiu-se a assembléia. 8(Pois os saduceus afirmam não haver ressurreição, nem anjos, nem espíritos, mas os fariseus admitem uma e outra coisa.) 9Originou-se, então, grande vozearia. Levantaram-se alguns escribas dos fariseus e contestaram ruidosamente: Não achamos mal algum neste homem. (Quem sabe) se não lhe falou algum espírito ou um anjo... 10A discussão fazia-se sempre mais violenta. O tribuno temeu que Paulo fosse despedaçado por eles e mandou aos soldados que descessem, o tirassem do meio deles e o levassem para a cidadela. 11Na noite seguinte, apareceu-lhe o Senhor e lhe disse: Coragem! Deste testemunho de mim em Jerusalém, assim importa também que o dês em Roma. - Palavra do Senhor.

SALMO RESPONSORIAL (SALMO 15)

REFRÃO: Guardai-me, ó Deus, porque em vós me refugio!
1. Poema de Davi. Guardai-me, ó Deus, porque é em vós que procuro refúgio. Digo a Deus: Sois o meu Senhor, fora de vós não há felicidade para mim. - R.
2. Senhor, vós sois a minha parte de herança e meu cálice; vós tendes nas mãos o meu destino. - R.
3. Bendigo o Senhor porque me deu conselho, porque mesmo de noite o coração me exorta. Ponho sempre o Senhor diante dos olhos, pois ele está à minha direita; não vacilarei. - R.
4. Por isso meu coração se alegra e minha alma exulta, até meu corpo descansará seguro, porque vós não abandonareis minha alma na habitação dos mortos, nem permitireis que vosso Santo conheça a corrupção. - R.
5. Vós me ensinareis o caminho da vida, há abundância de alegria junto de vós, e delícias eternas à vossa direita. - R.

EVANGELHO : João 17, 20-26

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo, segundo João - Naquele tempo, Jesus ergueu os olhos ao ceú e rezou dizendo: 20Não rogo somente por eles, mas também por aqueles que por sua palavra hão de crer em mim. 21Para que todos sejam um, assim como tu, Pai, estás em mim e eu em ti, para que também eles estejam em nós e o mundo creia que tu me enviaste. 22Dei-lhes a glória que me deste, para que sejam um, como nós somos um: 23eu neles e tu em mim, para que sejam perfeitos na unidade e o mundo reconheça que me enviaste e os amaste, como amaste a mim. 24Pai, quero que, onde eu estou, estejam comigo aqueles que me deste, para que vejam a minha glória que me concedeste, porque me amaste antes da criação do mundo. 25Pai justo, o mundo não te conheceu, mas eu te conheci, e estes sabem que tu me enviaste. 26Manifestei-lhes o teu nome, e ainda hei de lho manifestar, para que o amor com que me amaste esteja neles, e eu neles. - Palavra da salvação

MENSAGEM DO DIA 25/07/1993 - Agradeço-Ihes por suas orações e pelo amor que Me demonstram. Convido-os a decidirem-se a rezar pelas Minhas intenções. Queridos filhos, ofereçam novenas, sacrificando-se naquilo a que vocês se sentem mais apegados. Eu desejo que a vida de vocês esteja unida a Mim; sou a Mãe de vocês e não desejo, queridos filhinhos, que Satanás os desoriente. Ele quer levá-los pelo mau caminho, mas não o conseguirá se vocês não lho permitirem. Por isso, queridos filhinhos, renovem a oração em seus corações e assim compreenderão o Meu apelo e o Meu vivo desejo de ajudá-los - MENSAGEM DE NOSSA SENHORA EM MEDJUGORJE

A IGREJA CELEBRA HOJE , BEM AVENTURADO JOSÉ DE ANCHIETA -Nascido nas Ilhas Canárias, pertencente a uma grande família de 12 irmãos, o santo de hoje viveu no século XVI. Por motivos de estudo, foi enviado para Coimbra – Portugal, local onde teve o primeiro contato com a Companhia de Jesus e com o testemunho de São Francisco Xavier. Muitas coisas o levaram a discernir seu chamado à vida religiosa, e aos 17 anos diante de uma imagem de Nossa Senhora, ele fazia o seu compromisso de abandonar tudo e servir a Deus. Anchieta entrou na Companhia de Jesus em 1551, fez um noviciado exigente, e mesmo com a saúde frágil fez os seus votos de castidade, pobreza e obediência, em 1553. Neste mesmo ano foi enviado para o Brasil, e chegando na Terra de Santa Cruz ele pôde evangelizar. Ainda não era sacerdote. Estudava Filosofia, Teologia, e sempre evangelizando, dando aulas, indo ao encontro dos indígenas. Respeitava a cultura do povo, conheceu a língua Tupi-Guarani para melhor evangelizar. Homem fiel à santa doutrina, à sua congregação e acima de tudo, fiel ao Espírito Santo. Esteve em diversos lugares do Brasil, como São Paulo, Rio de janeiro, Espírito Santo, Bahia etc. Consumia-se na missão. José de Anchieta é um modelo para todos os tempos, para uma nova evangelização no poder do Espírito Santo e com profundo respeito a quem nos acolhe, a quem é chamado também a ser inteiro de Jesus. Bem-aventurado José de Anchieta, rogai por nós!!


















































































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